AUSTRÁLIA - Reino Unido e Austrália fecharam na quinta-feira (16) um acordo de livre comércio que poderia render 13 bilhões de dólares extras em transações comerciais ao ano, informou o governo britânico.
O acordo, que a princípio se formalizou em junho, foi assinado em uma cerimônia virtual.
Este é o primeiro acordo de livre comércio que a Grã-Bretanha negocia do zero desde que deixou a União Europeia no começo do ano.
O Departamento Britânico de Comércio Internacional afirmou que o tratado permitirá eliminar tarifas alfandegárias sobre as exportações entre as duas nações, e que ajudará a criar novas oportunidades de negócios entre ambas.
"Nosso acordo com a Austrália é um marco na história e vital relação entre as duas nações da Commonwealth", disse a Secretária de Comércio Internacional, Anne-Marie Trevelyan, em um comunicado.
O acordo, vai gerar "13 bilhões de dólares a mais em intercâmbios comerciais (...), ao eliminar as tarifas alfandegárias de 100% das exportações", diz o comunicado.
As relações comerciais entre os dois países representaram 18,5 bilhões de dólares em 2020, apenas 1% do total de transações comerciais britânicas.
O acordo também é um impulso para o robusto setor de serviços britânicos, pois facilita o acesso a vistos de trabalho na Austrália para profissionais como advogados e contadores.
Também será permitido aos jovens britânicos viajar e trabalhar na Austrália por três anos seguidos.
O acordo será remetido aos legisladores para revisão.
O Departamento do Comércio também descreve o acordo como "uma porta de entrada à zona do Indo-pacífico, que está crescendo rápido, e pode impulsionar nossa oferta de nos unirmos ao CPTPP", o Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica, um dos maiores acordos de livre comércio do mundo.
Antes de se tornar primeiro-ministro, Boris Johnson prometeu que o Brexit permitiria construir uma "Grã-Bretanha global", que se tornaria uma potência comercial graças a acordos melhores.
O Reino Unido discute com a Índia novos acordos e lançou no começo de outubro as negociações para um tratado de livre comércio com seis países árabes do Golfo.
Também busca reforçar os vínculos com os Estados Unidos, embora por enquanto não tenha tido promessas de Washington.
AFP