O sacerdote ainda fala sobre "ser famoso" e o que mudou nos brasileiros neste tempo de pandemia
CURITIBA/PR - "A fé é uma potência, a maior e mais poderosa força propulsora do ser humano", afirma Padre Reginaldo Manzotti para a edição de janeiro da Revista Info:Mente, que traz como matéria principal a "fé" dos brasileiros em relação a pandemia. Para o sacerdote, fé é um ato de confiança, de entrega total e absoluta, isto é, ter certeza sem contar com a comprovação da contrapartida. O convite para falar de um tema tão delicado surgiu do convite da editora chefe Renata Rode e de Andreia Roma diretora da editora Leader.
Durante a pandemia, o sacerdote afirma que pode sentir com mais clareza a fragilidade humana e que as pessoas começaram a se questionar mais sobre Deus e com isso perceberam que não são autossuficientes. Para Padre Reginaldo Manzotti, "na espiritualidade, a fé é um dom gratuito de Deus, oferecido a todos os homens sem exceção. Chamamos de dons infusos a fé, a esperança e a caridade."
Questionado sobre a fé das pessoas na pandemia e diante de tantos acontecimentos "ruins”, o sacerdote diz que não sente a fé do povo abalada, porque tem visto que as pessoas, pela dor, têm se aproximado mais de Deus e que existe uma visão distorcida de que uma pandemia, inundações e outras catástrofes são castigos mandados por Deus. "Tenho insistido com veemência que Deus não faz isso, Ele é o Sumo bem. Porém, como um Pai zeloso, que nos ama, pode permitir que aconteça, não para castigar mas para nos educar. Precisamos então desfazer essa imagem de que Deus castiga, que se vinga."
A matéria ainda traz outros assuntos importantes, como ter resiliência neste ano de 2022, sobre os exercícios da fé e um trecho especial onde o padre Reginaldo Manzotti fala sobre ser considerado o "padre que arrasta multidões", título dado pela mídia em 2018 quando realizou a decima primeira edição do Evangelizar, em Fortaleza, Ceará, quando reuniu 1,9 milhão de pessoas no aterro de Iracema, onde celebrou a terceira maior missa do Brasil. As duas primeiras foram celebradas pelos Papas João Paulo II, em 1997, e Francisco, em 2013.
Sobre ser famoso, Padre Reginaldo Manzotti afirma não se sentir desta forma. "O grande problema da fama é quando você se acha famoso e eu sou apenas um instrumento de Deus para propagar a sua Palavra, essa é a minha missão e vocação", finaliza.