Equipe desenvolveu ferramenta para triagem de pacientes em serviços de Saúde
SÃO CARLOS/SP - Uma equipe brasileira formada por dois estudantes de graduação e um doutorando acaba de ser premiada na International Create Challenge (ICC 2020 - www.createchallenge.org), competição de desenvolvimento de protótipos na área de Inteligência Artificial realizada na Suíça, com participação online de equipes estrangeiras. Os integrantes da equipe são Rogério Ruivo, estudante de Engenharia de Computação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Vinícius Molina, também estudante de Engenharia de Computação, mas na Universidade de São Paulo (USP); e Francisco Nardi, doutorando em Ciência da Computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em sua nona edição, a ICC 2020 incluiu premiação específica para a área da Saúde, na qual a equipe brasileira ficou com a terceira colocação, pelo desenvolvimento do projeto denominado Triage. O Triage é um sistema de inteligência artificial para prognóstico e triagem de pacientes com o objetivo de auxiliar profissionais de Saúde na tomada de decisões sobre quem atender primeiro em situações de emergência ou de superlotação de equipamentos de Saúde. A ferramenta pode levar em consideração, por exemplo, dados clínicos - como sintomas reportados e prontuário médico, quando disponível - e exames laboratoriais do paciente, bem como bancos de dados com informações sobre doenças e sua evolução em diferentes quadros.
Ruivo conta que a ideia vem sendo desenvolvida desde o final de 2019, a partir da sua participação em desafio vinculado ao Supera Parque, parque tecnológico situado na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Na ocasião, a equipe participante pôde conhecer demandas de organização de fila no serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão e, a partir disso, pensar em possíveis soluções. No ICC 2020, os participantes tiveram nove dias para trabalhar na transformação da ideia em protótipo e, como premiação, receberam cheque no valor de 500 francos suíços. Outra conquista recente foi a aprovação para incubação, no mesmo Supera Parque, de empresa que deve dar continuidade ao desenvolvimento do sistema.
BRASÍLIA/DF - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que as perícias médicas estão suspensas até que adequações sejam feitas das agências da Previdência, para garantir a segurança dos peritos e beneficiários contra riscos de infecção pelo novo coronavírus (covid-19). Ontem (14), diversas unidades retomaram o atendimento presencial, suspenso em março em razão da pandemia.
Entretanto, os médicos peritos decidiram não retomar as atividades por falta de segurança e todas as perícias médicas agendadas foram suspensas. De acordo o INSS, novas inspeções serão feitas hoje (15) e amanhã (16) para viabilizar o rápido retorno dos peritos.
De acordo com a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, durante vistorias nas agências na semana passada, ficou constatado que das mais de 800 unidades que oferecem perícia pelo Brasil, apenas 12 tinham estrutura para retorno seguro neste período de pandemia. “Abrir apenas estas agências e manter fechadas as demais é inviável do ponto de vista gerencial e operacional, e causaria potencial caos nas cidades devido a riscos de sobrecarga de demanda”, explicou, em comunicado.
Os peritos continuam em trabalho remoto, atendendo os pedidos de antecipação e demais solicitações que já vêm sendo feitas ao longo da pandemia.
Mesmo sem o serviço de perícia, segundo o INSS, a retomada gradual inclui a avaliação social, cumprimento de exigências, reabilitação profissional e justificação administrativa. Todos esses serviços devem ser agendados com antecedência pelos canais remotos. “Segurados não agendados não serão atendidos a fim de evitar aglomerações, conforme determinações do Ministério da Saúde”, destacou o INSS.
O segurado deve acessar o portal covid.inss.gov.br para saber qual agência está aberta e se já oferece a perícia. Caso positivo, é necessário fazer a remarcação pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.
*Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro declarou hoje (15) que o governo não vai suspender reajustes das aposentadorias e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) - auxílio pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O presidente descartou também a criação do programa Renda Brasil até 2022 - iniciativa que estava em estudo para expandir o alcance e suceder o Bolsa Família, que é pago a famílias que estão em situação de pobreza extrema e miséria.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro citou notícias que dizem que a intenção do governo é congelar as aposentadorias para garantir recursos para o Renda Brasil. “Eu já disse que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem por ventura vier a propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. É gente que não tem um mínimo de coração, não tem o mínimo de entendimento como vivem os aposentados do Brasil”, disse.
De acordo com o Bolsonaro, “pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado sobre este assunto”, mas que seu governo “jamais” vai congelar salários de aposentados ou reduzir o BPC “para qualquer coisa que seja”. “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, destacou.
Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a intenção do governo em criar o Renda Brasil após a pandemia do novo coronavírus, com a unificação de vários programas sociais. Desde então, a equipe econômica e o Palácio do Planalto têm discutido a fonte de recursos para financiar o novo programa social.
Na semana passada, Bolsonaro descartou o fim do seguro-defeso como forma de garantir o programa de renda permanente. Em agosto, ele também já havia anunciado que a criação do Renda Brasil estava suspensa porque não aceitaria eliminar, em troca, o abono salarial, espécie de 14º salário pago aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos.
*Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Os vereadores Gustavo Pozzi (PL) e Roselei Françoso (MDB) protocolaram moção de apelo ao governador do Estado de São Paulo, João Dória, para que não torne obrigatório o retorno presencial às aulas da rede pública estadual nesse ano letivo de 2020. A moção deve ser apreciada em regime de urgência na sessão desta terça-feira (15) pelos demais vereadores.
Entre as informações consideradas pelos parlamentares para elaborar a moção está a de que na próxima semana o governo estadual deve decidir se haverá ou não o retorno às aulas regulares a partir do dia 7 de outubro, como previsto anteriormente. O retorno ao regime de plantão já está autorizado.
A tomada de decisão do governo de São Paulo leva em conta o Plano São Paulo de retomada econômica do Estado, que está dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição (Vermelha), às etapas de controle (Laranja), flexibilização (Amarela), abertura parcial (Verde) até normal controlado (Azul). “Até o momento nenhuma cidade está na fase verde ou azul, portanto os cuidados devem ser mantidos”, frisa Gustavo Pozzi.
“O retorno às aulas regulares presencialmente é um dos temas mais polêmicos em todos os Estados”, observa Roselei. “Ainda enfrentamos a pandemia e as pessoas estão com muitas dúvidas e medos”, completa.
Os vereadores também destacaram ainda no texto que está em curso o último trimestre letivo do ano e que, portanto, dois terços deste ano letivo já transcorreram. “As aulas poderiam continuar sendo realizadas de forma remota”, registram. Eles salientam ainda que o regime de plantão pode ser mantido.
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