COREIA DO SUL - No domingo (21), o brasileiro Lucas Koo conseguiu um resultado de destaque na patinação velocidade em pista curta, nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em Gangwon, na Coreia do Sul. Ele terminou a prova dos 1.000 metros na nona colocação.
Considerando apenas a posição final, este é o terceiro melhor desempenho de um atleta brasileiro em uma edição de Jogos de Inverno da Juventude. Koo só ficou atrás de Zion Bethonico – dono da primeira medalha do Brasil na história, conquistada na véspera – e de Marley Linhares, que foi o oitavo colocado no monobob nos Jogos de 2016, em Lillehammer, na Noruega.
O brasileiro, que terminou em 21º na prova dos 1.500 metros, no sábado, poderia ter chegado ainda mais longe. Primeiro, ele esteve perto de alcançar a final quando disputava a segunda posição na semi, mas acabou tendo uma queda e perdendo a chance. Posteriormente, na Final B, disputa que define as colocações um pouco mais abaixo do pódio, ele venceu a bateria, o que lhe daria o 6º lugar. Porém, sofreu uma punição na briga por posição nos momentos decisivos e caiu para o nono lugar.
Lucas Koo tem mais uma chance de melhorar o próprio currículo e o do Brasil nestes Jogos de Inverno da Juventude de 2024. Na madrugada desta segunda-feira (22), às 3h no horário de Brasília, ele participa da prova dos 500 metros.
Neste domingo, a seleção brasileira mista de curling teve mais dois compromissos para tentar superar o revés na estreia para a Coreia do Sul. No entanto, a equipe formada por Pedro Ribeiro, Julia Gentile, Guilherme Melo e Rafaela Ladeira acabou sendo derrotada em ambos: primeiro, 14 a 0 para o Canadá e, mais tarde ,14 a 1 para a Dinamarca.
Com os resultados, o Brasil está na oitava e última posição do Grupo B.
Por Igor Santos – Repórter da EBC
COREIA DO SUL - O Parlamento da Coreia do Sul aprovou na terça-feira (9) uma lei que proíbe o consumo e a venda da carne de cachorro, uma prática tradicional no país, porém criticada por ativistas da causa animal.
O texto teve 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional. A nova lei deve entrar em vigor após um período de carência de três anos, assim que receber a aprovação final do presidente Yoon Suk-yeol. Abater cães, assim como vender a carne para consumo, será punido com até três anos de prisão ou multa de até 30 milhões de wones (R$ 111,4 mil).
A carne de cachorro faz parte da culinária sul-coreana há muito tempo. Estima-se que um milhão de cães chegaram a ser abatidos em um único ano, mas o número diminuiu com o passar do tempo devido à crescente adoção dos cachorros como animais de estimação.
Comer carne de cachorro atualmente é considerado um tabu entre os jovens urbanos da Coreia do Sul e, mais recentemente, ativistas aumentaram a pressão para que o governo proibisse o consumo. Nos últimos anos, a prática ficou restrita a pessoas mais velhas e a restaurantes específicos.
Pesquisa divulgada na segunda (8) por uma organização de bem-estar animal aponta que nove em cada dez pessoas do país dizem que não comeriam carne canina no futuro. Os ativistas afirmam que a maioria dos cães é eletrocutada ou enforcada no momento em que são mortos, embora os criadores e comerciantes argumentem que houve progresso em tornar o abate menos doloroso.
A proibição foi apoiada pelo presidente Yoon, que já adotou cães e gatos de rua, e pela primeira-dama Kim Keon-hee, crítica do consumo de carne canina. Tentativas anteriores de proibir o comércio encontraram oposição por parte dos agricultores que criavam os animais para consumo. A nova lei contempla compensações a esses negócios para que possam se dedicar a outras atividades.
"Isso é história em construção", disse Chae Jung-ah, diretor executivo da Humane Society International Korea, um grupo de proteção animal. "Atingimos o ponto de inflexão em que a maioria dos cidadãos coreanos rejeita comer cães e quer ver esse sofrimento relegado aos livros de história."
A posse de animais de estimação aumentou ao longo dos anos na Coreia do Sul. Um em cada quatro (25%) lares coreanos tinha um cachorro de estimação em 2022, em comparação com 16% em 2010, segundo dados do governo.
Son Won-hak, funcionário da Associação Coreana de Cães Comestíveis, uma coalizão de criadores e vendedores, disse que o grupo planeja levar o assunto ao Tribunal Constitucional do país para questionar a legitimidade da lei.
O governo sul-coreano estimou que, em abril de 2022, cerca de 1.100 fazendas estavam criando 570 mil cães para serem servidos em cerca de 1.600 restaurantes. A associação de fazendeiros disse que a proibição afetará 3.500 fazendas que criam 1,5 milhão de cães, bem como 3.000 restaurantes.
POR FOLHAPRESS
SEUL - China, Japão e Coreia do Sul concordaram no domingo em reiniciar uma cooperação e agendar uma reunião no mais recente movimento para aliviar as tensões entre os vizinhos asiáticos.
Mesmo com China e Estados Unidos tentando consertar uma relação desgastada, incluindo com um encontro entre os presidentes Xi Jinping e Joe Biden mais cedo neste mês, Pequim está preocupada com o fato de que Washington e seus principais aliados regionais estão reforçando laços.
Pequim, Seul e Tóquio haviam concordado em realizar encontros anuais a partir de 2008 para reforçar os intercâmbios diplomáticos e econômicos, mas divergências bidirecionais e a pandemia da Covid-19 interromperam o plano. O último encontro ocorreu em 2019.
Os três ministros do exterior se reuniram no porto sul-coreano de Busan para a primeira reunião deste tipo desde 2019, depois de autoridades dos três países terem concordado, em setembro, em organizar uma reunião trilateral. Nenhum dos três ministros especificaram quando isso vai acontecer.
Xi Jinping, da China, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, podem não conseguir se reunir ainda este ano, mas o encontro deve acontecer num futuro próximo, disse o conselheiro de segurança nacional da Coreia do Sul, Cho Tae-yong, à Yonhap News TV.
Os ministros concordaram em avançar com a cooperação em seis áreas, incluindo segurança, economia e tecnologia, além de promover discussões concretas para preparar a reunião, afirmou o ministério dos Relações Exteriores do Japão, em comunicado.
O ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Park Jin, que também estava preocupado com as questões norte-coreanas, disse que era "importante institucionalizar ainda mais a cooperação trilateral para que se desenvolva um sistema estável e sustentável", afirmou ele, em comunicado.
Wang Yi, da China, disse que os três países deveriam "opor-se à demarcação ideológica e resistir em colocar a cooperação regional no jogo", conforme comentários dirigidos à aliança de Seul e Tóquio com Washington.
Wang também pediu que os três países reiniciem as negociações sobre um acordo trilateral de livre comércio o mais rápido possível, de acordo com o ministério das Relações Exteriores da China.
Por Hyonhee Shin / REUTERS
WASHINGTON - Washington Joe Biden não escolheu à toa o lugar onde vai receber o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, nesta sexta (18).
Oficialmente, Camp David é o retiro de campo dos presidentes americanos, a cerca de 110 km da Casa Branca. Historicamente, é palco dos principais encontros diplomáticos do país foi ali que Egito e Israel selaram um acordo de paz em 1978 sob a mediação de Jimmy Carter.
Desde 2015, porém, o local não recebia nenhuma liderança estrangeira. O encontro é o primeiro na história somente entre os três países, fora de um evento maior como o G20 e a Assembleia-Geral da ONU.
A expectativa é que seja anunciada nesta sexta uma cooperação militar e econômica muito mais forte entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. O objetivo é promover uma coordenação estratégica entre os países para fazer frente à Coreia do Norte e à China que já está chamando a iniciativa de "mini-Otan", em referência à aliança militar ocidental, e de um passo dos EUA em direção a uma nova Guerra Fria.
Concretamente, são esperadas medidas como a criação de uma linha direta entre os três países para ser acionada em momentos de crise, exercícios militares conjuntos, fortalecimento das cadeias de produção especialmente de semicondutores e baterias para carros elétricos e o compromisso de repetir a reunião anualmente.
"O fortalecimento do nosso engajamento faz parte dos nossos esforços mais abrangentes para revitalizar, fortalecer e unir as nossas alianças e parcerias e, neste caso, para ajudar a concretizar uma visão compartilhada de um Indo-Pacífico que seja livre e aberto, próspero, seguro, resiliente e conectado", afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, durante conversa com jornalistas na terça (15).
Líderes de Japão e Coreia do Sul foram os primeiros a serem recebidos na Casa Branca por Biden e são os principais aliados dos americanos na região. Juntos, eles sediam cerca de cem bases militares e 80 mil soldados dos EUA. No entanto, problemas históricos entre os países asiáticos sempre impediram um alinhamento maior entre os três países, o cenário ideal para Washington.
Por isso, o encontro tem um peso simbólico enorme para Tóquio e Seul, cuja relação é marcada por um forte antagonismo que vem da violenta ocupação da Coreia pelos japoneses de 1910 a 1945.
"O governo Biden busca institucionalizar a cooperação trilateral porque ela oferece uma base mais sólida do que ter que gerenciar alianças bilaterais separadas", afirma Scott Snyder, diretor do programa de política EUA-Coreia do think tank Council on Foreign Relations (CFR), sediado em Washington. "É uma resposta à convergência nas percepções de ameaça por parte de EUA, Japão e Coreia do Sul, reflexo de uma China que busca operar seguindo um conjunto de regras diferente daquele que tem estado em vigor no leste da Ásia por décadas", completa.
Esse temor do poderio chinês, com a crescente tensão em relação à Taiwan, soma-se às ameaças nucleares norte-coreanas e a interesses próprios dos líderes asiáticos para resultar em uma oportunidade única para os americanos fazerem seus aliados sentarem na mesa, avaliam analistas.
Yoon e Kishida são vistos como líderes conservadores, pragmáticos e ansiosos por uma vitória diplomática que lhes renda popularidade. Desde que tomou posse, o sul-coreano vem buscando se aproximar do Japão, e os dois países chegaram a um plano de compensação referente à exploração de trabalho forçado por japoneses durante os anos de ocupação.
Essa tentativa coreana de ganhar espaço na região colocou os chineses em alerta. Em editorial, o jornal Global Times, vinculado ao Partido Comunista Chinês, diz duvidar que as autoridades sul-coreanas "entendam o que as águas turvas em que estão se metendo" significam para o país.
"Se eles estivessem conscientes, não demonstrariam esse nível de entusiasmo e ansiedade ao receberem seu ingresso para a cúpula de Camp David, parecendo uma criança da pré-escola recebendo uma estrelinha do professor. Em vez disso, estariam cheios de um profundo temor e cautela, como se estivessem à beira de um abismo ou pisando em gelo fino", completa o texto.
"Não importa o quanto você tinja seu cabelo de loiro, o quanto você afine seu nariz, você nunca pode se tornar um ocidental", afirmou Wang Yi, principal diplomata da China, em julho, segundo a CNN.
A resposta norte-coreana não foi menos agressiva. Segundo o veículo chinês, o ministro da Defesa da Coreia do Norte, Kang Sun-man, disse que os EUA estão deixando o nordeste da Ásia à beira de uma guerra nuclear.
Do lado japonês, Kishida dá continuidade como presidente a esforços que vem fazendo desde que foi chanceler. Em 2015, ele negociou o acordo sobre as "mulheres de conforto", como eram chamadas as vítimas de prostituição e escravidão sexual durante a ocupação japonesa na Coreia do Sul.
Líderes asiáticos não são os únicos com interesses no acordo. Para Biden, é outro passo em uma política mais dura contra Pequim há duas semanas, Washington anunciou a proibição de investimentos em tecnologias que possam ser usadas com fins militares por determinados países. Entre eles, claro, a China.
Outras iniciativas dos EUA contra Pequim são o Quad, aliança em que Washington se une a Japão, Índia e Austrália, e o Aukus, em conjunto com Reino Unido e Austrália.
por FERNANDA PERRIN / FOLHA DE S.PAULO
JAPÃO - O Japão anunciou na terça-feira, 27, a decisão de restabelecer a Coreia do Sul como nação preferencial com status de comércio acelerado a partir de 21 de julho, encerrando virtualmente uma disputa econômica de quatro anos que foi ainda mais tensa devido suas amargas disputas históricas. O ministro do Comércio, Yasutoshi Nishimura, disse a repórteres que o Japão e a Coreia do Sul também concordaram em estabelecer uma estrutura para revisar e acompanhar os sistemas conforme necessário.
O Japão e a Coreia do Sul têm consertado rapidamente seus laços à medida que aprofundam a cooperação de segurança de três vias com Washington em resposta às crescentes ameaças regionais da Coreia do Norte e da China. O restabelecimento do status preferencial da Coreia do Sul no próximo mês encerraria uma disputa que começou em julho de 2019, quando o Japão removeu a Coreia do Sul de sua “lista branca” de países que receberam aprovações rápidas no comércio, à medida que os laços se deterioravam devido à compensação pelas ações de guerra japonesas.
O Japão reforçou os controles de exportação dos principais produtos químicos usados por empresas sul-coreanas para fabricar semicondutores e monitores, levando a Coreia do Sul a registrar uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) e remover o Japão de sua própria lista de países com status comercial preferencial.
Seus laços melhoraram rapidamente desde março em uma iniciativa do governo do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol para resolver disputas decorrentes de compensação para trabalhadores forçados coreanos durante a guerra. Yoon também viajou a Tóquio para conversar com o primeiro-ministro Fumio Kishida e concordou em reconstruir a segurança e os laços econômicos dos países. Após as negociações, a Coreia do Sul retirou sua reclamação na OMC.
O Japão confirmou simultaneamente a remoção dos principais controles de exportação de produtos químicos. A Coreia do Sul também restabeleceu o status comercial preferencial do Japão. Fonte: Associated Press
SEUL - Forças sul-coreanas e norte-americanas iniciaram nesta quinta-feira seus maiores exercícios com fogo real, simulando um "ataque em grande escala" da Coreia do Norte, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Cerca de 2.500 soldados de Coreia do Sul e Estados Unidos participaram do início dos exercícios de cinco dias em Pocheon, perto da fronteira com a Coreia do Norte, disse o ministério. Vários tanques, obuses e caças também estavam envolvidos, acrescentou.
"O exercício demonstrou a capacidade e prontidão de nossos militares para responder fortemente às ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte e a um ataque em grande escala", disse o ministério em um comunicado à imprensa.
Na semana passada, a mídia estatal da Coreia do Norte informou que o líder Kim Jong Un havia aprovado os preparativos finais para o lançamento do primeiro satélite espião militar norte-coreano. Analistas dizem que o satélite aumentará a capacidade de vigilância do país, permitindo-lhe atingir alvos com mais precisão em caso de conflito.
As forças dos EUA e da Coreia do Sul têm realizado vários tipos de treinamento militar, incluindo exercícios aéreos e marítimos envolvendo bombardeiro norte-americano B-1B nos últimos meses, depois que os esforços diplomáticos e as restrições da Covid-19 levaram à redução de muitos exercícios.
A Coreia do Norte reagiu furiosamente a esses exercícios, e Kim disse que o lançamento planejado de seu primeiro satélite espião era necessário para combater ameaças captadas dos EUA e da Coreia do Sul.
Reportagem de Soo-hyang Choi e Daewoung Kim / REUTERS
EUA - O presidente americano, Joe Biden, e seu colega sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disseram na quarta-feira (26) à Coreia do Norte que um ataque daquele país representaria "o fim" de seu regime, uma vez que terá uma resposta, inclusive com armas atômicas.
Durante uma coletiva de imprensa posterior a uma reunião na Casa Branca, os dois dirigentes multiplicaram as advertências contra o vizinho do Norte, e enfatizaram seus meios de dissuasão e sua "aliança inabalável", forjada "em tempos de guerra e que prosperou em tempos de paz", segundo Biden.
"Um ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados ou parceiros é inaceitável e levará ao fim de qualquer regime que tomar tal ação", advertiu o presidente americano.
"Podemos alcançar a paz mediante a superioridade de uma força esmagadora e não uma paz falsa, baseada na boa vontade da outra parte", afirmou Yoon, insistindo em que os Estados Unidos responderiam a qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte com armas atômicas.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul adotaram, nesta quarta, uma "Declaração de Washington" para reforçar consideravelmente sua cooperação na área da defesa, inclusive a nuclear, através de "consultas" mais estreitas.
"Nossos dois países acordaram consultas presidenciais bilaterais imediatas em caso de um ataque nuclear da Coreia do Norte e prometem responder de forma rápida, esmagadora e decisiva, usando toda a força da aliança, inclusive armas nucleares dos Estados Unidos", afirmou Yoon.
Os Estados Unidos, que recentemente reforçaram suas relações de defesa com a Austrália, o Japão e as Filipinas, fortalecerão o guarda-chuvas de segurança para tranquilizar seu aliado sul-coreano, enquanto a Coreia do Norte efetuou um número recorde de disparos de mísseis balísticos este ano.
A mensagem também se dirige à China, considerada pelos Estados Unidos seu principal desafio estratégico para as próximas décadas.
O presidente Yoon, em visita de Estado de seis dias, chegou à Casa Branca sob aplausos de centenas de pessoas a recebeu honras militares. À noite, os dois líderes participarão com as esposas de um jantar de gala.
- Submarino nuclear -
Entre as medidas decididas no âmbito desta "Declaração de Washington" está a escala de um submarino nuclear na Coreia do Sul pela primeira vez em décadas. O envio deste submarino com mísseis balísticos dotados de ogiva nuclear será "ocasional".
A declaração também estabelece um mecanismo de consulta e troca de informações com Seul sobre dissuasão nuclear.
Um funcionário que pediu para ter sua identidade preservada assegurou que os Estados Unidos não têm a intenção de estacionar armas nucleares na Coreia do Sul. Além disso, Seul reitera na declaração seu compromisso de não obter arsenal nuclear.
Os dois países reafirmam como objetivo a desnuclearização da península coreana. Além dos submarinos, haverá "uma cadência regular" de outras plataformas, "inclusive bombardeiros e porta-aviões", mas não haverá "base para estes ativos e, certamente, não para armas nucleares", acrescentou o funcionário. Washington tomou a precaução de alertar a China, que poderia denunciar uma nova escalada na região.
Segundo Frank Aum, do Instituto para a Paz de Washington, estes anúncios podem ter um efeito contrário ao esperado. "A História mostra que reforçar as medidas de dissuasão não apenas não dissuade os exercícios militares norte-coreanos, mas também tende a exacerbá-los", estimou.
O presidente sul-coreano fará um discurso no Congresso amanhã e irá almoçar com a vice-presidente americana, Kamala Harris, e com o secretário de Estado, Antony Blinken.
Na sexta-feira, ele viajará a Boston para visitar as universidades MIT e Harvard, antes de voltar à Coreia do Sul no sábado.
Após chegar à capital americana na segunda-feira, Yoon esteve na terça no cemitério de Arlington e no centro espacial Goddard, da Nasa, perto de Washington. À noite, visitou com Biden o Monumento à Guerra da Coreia, no centro da capital, formado por estátuas de aço em escala real de soldados que lutaram na Guerra da Coreia (1950-1953) contra o Norte comunista.
EUA - Os Estados Unidos e a Coreia do Sul alertaram para os perigos das actividades cibernéticas da Coreia do Norte, que alegadamente incluem o roubo de dinheiro de entidades estrangeiras para financiar o "regime" norte-coreano.
Isto foi realçado após uma reunião em Washington pelo Representante Especial dos EUA para a Coreia do Norte Sung Kim e pelo Representante Especial para os Assuntos de Paz e Segurança da Coreia do Sul Kim Gunn, que expressou a sua "grande preocupação com o desrespeito de Pyongyang pelos repetidos apelos de Washington e Seul para o envolvimento", de acordo com uma declaração do Departamento de Estado dos EUA.
"Os funcionários sublinharam a importância da sensibilização do sector privado e da comunidade internacional para os perigos das atividades cibernéticas ilícitas da Coreia do Norte, que incluem roubar dinheiro a entidades estrangeiras para financiar Kim Jong Un e o seu regime", dizia a carta.
Funcionários de ambos os países apelaram a todos os Estados para que "implementem plenamente" as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Coreia do Norte e exortam Pyongyang a cessar as suas atividades provocatórias e perigosas.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
COREIA DO SUL - O Partido Democrático (DP) da oposição da Coreia do Sul decidiu apresentar uma nova moção de censura contra o Ministro do Interior Lee Sang Min sobre a resposta falhada do governo à avalanche humana de Itaewon que matou mais de 150 pessoas.
O PD indicou que esta decisão foi tomada numa reunião geral na segunda-feira, de acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.
A moção deve ser submetida à Câmara para parecer 72 horas mais tarde, como exigido por lei.
A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou uma moção para impugnar Lee em Dezembro, após um pedido do Partido Democrático, ganhando 182 votos a favor, mais do que os 150 votos necessários para a sua aprovação.
No entanto, a moção não era vinculativa, tendo o gabinete presidencial declarado na altura que tal movimento deveria ser feito após investigações sobre o incidente.
A polícia do país concluiu uma investigação sobre a multidão de Itaewon em meados de Janeiro, concluindo que a catástrofe foi causada "pela incapacidade das autoridades".
A equipa de investigação salientou que as autoridades, tais como o gabinete distrital, a polícia ou os bombeiros, não tomaram qualquer medida adequada de salvamento de emergência ou de controlo de catástrofes.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
COREIA DO SUL - As autoridades da Coreia do Sul suspenderam a proibição de importação de bonecas sexuais do tamanho adulto.
A decisão ocorre após anos de debate sobre se o governo estava interferindo na vida privada da população sul-coreana.
A recente mudança agora permite que bonecas em forma de pessoas adultas possam entrar no país pela alfândega.
Mas bonecas que se assemelham a menores de idade ainda são proibidas, segundo o Serviço de Alfândega da Coreia.
Bonecas sexuais não são ilegais na Coreia do Sul. No entanto, milhares delas foram apreendidas na alfândega do país desde 2018.
As autoridades proibiram a importação dos objetos sexuais em tamanho real sob uma lei que restringe produtos que são vistos como "prejudiciais às tradições e à moral pública da Coreia do Sul."
Os importadores inicialmente recorreram à Justiça, pedindo o relaxamento da proibição e a liberação das bonecas na alfândega. Eles argumentavam que os produtos "não atentam contra a dignidade humana."
Em 2019, a Suprema Corte do país manteve a decisão de que as bonecas sexuais são usadas para uso pessoal e se enquadram na mesma categoria da pornografia, que é rigidamente regulamentada, mas legal do ponto de vista jurídico.
No entanto, por volta de 250 mil pessoas assinaram uma petição para impedir a importação dessas bonecas. O autor do pedido, que não se identificou, disse que os produtos "podem levar a um aumento de crimes sexuais."
Mil bonecas guardadas na alfândega
A questão foi resolvida quando os funcionários da alfândega decidiram suspender a proibição.
Em comunicado, eles disseram que a decisão foi tomada após a revisão de decisões judiciais recentes e pareceres de agências governamentais relevantes, incluindo o Ministério da Igualdade de Gênero e Família.
A decisão também permite que os importadores retirem seus produtos da custódia do governo. Funcionários da alfândega disseram que ainda guardam mais de 1.000 bonecas sexuais que chegaram à Coreia do Sul nos últimos quatro anos.
Por outro lado, as autoridades alfandegárias afirmam terem proibido a entrada de bonecas sexuais que se assemelham a pessoas reais, como celebridades.
Não está claro se a proibição de venda também se aplica a bonecas sexuais produzidas no país que se parecem com menores de idade — tais restrições existem na Austrália, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64105851
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