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Segunda turma da pós-graduação online tem início das aulas marcado para agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Os remédios fitoterápicos, aqueles produzidos a partir de plantas medicinais ou de seus derivados, têm ganhado cada vez mais espaço como uma alternativa, tanto na prevenção quanto no tratamento de problemas de saúde dos brasileiros. Tradicionais, esse tipo de medicamento tem segurança e eficácia comprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em cápsulas, comprimidos, pomadas, xaropes ou óleos essenciais, hoje em dia, pelo menos, 12 medicações fitoterápicas já estão incluídas na Relação Nacional de Medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).


Para atender a uma demanda crescente por conhecimento por parte dos profissionais da saúde desse tipo de medicamento, estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso online de especialização em Fitoterapia Clínica da UFSCar. Com início das aulas em agosto de 2021, a pós-graduação aborda desde os princípios básicos em fitoterapia clínica e farmacologia até a fisiopatologia - que analisa os fenômenos que provocam alterações no corpo humano doente.

A grade curricular trata de múltiplos e inovadores mecanismos de ação dos princípios ativos naturais para tratar distúrbios em diferentes sistemas do organismo, como o Nervoso Central, Respiratório, Cardiovascular, Digestivo, Renal e Reprodutivo. Ainda são apresentados conceitos relacionados ao controle de inflamações crônicas, tratamento de feridas, dores e estresse. A formação também tem disciplinas relativas a nutrição esportiva, estética e medicina tradicional chinesa.

Promovido pelo Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSCar, o curso tem aulas em um final de semana por mês, nas manhãs e tardes de um sábado e um domingo, além de outras atividades e fóruns de discussão. O formulário de inscrição, valores de investimento e mais informações podem ser encontradas no link bit.ly/cursofitoterapiaclinica.

Estudo na área da Psicologia convida voluntários para entrevista online

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando identificar quais variáveis estão envolvidas em um contexto de interação social em um ambiente profissional. Para isso, o estudo busca voluntários - profissionais ou estagiários - das áreas de Direito e Tecnologia da Informação (TI). O intuito é compreender quais elementos podem ser importantes, ou não, para a avaliação do desempenho profissional de uma pessoa por seus pares. 

A pesquisa, intitulada "Percepções do Desempenho Profissional", enfoca os comportamentos interpessoais, que são "comportamentos, ações, atitudes que realizamos em um contexto de contato com outras pessoas, ou seja, em qualquer situação social", explica a aluna Maria Clara Nasser, que é orientada pela professora Elizabeth Joan Barham, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar. 

Para participar do estudo são convidados profissionais ou estagiários das áreas de Direito e TI, com 18 anos ou mais. A participação ocorrerá por meio de entrevista online (plataforma Google Meet) com duração média de 30 a 45 minutos. Ao final da entrevista, os participantes receberão uma cartilha para explicar conceitos da área de habilidades interpessoais testados em pesquisa. A participação é voluntária e gratuita. Os interessados podem acessar o link do formulário online (https://forms.gle/zfuTc5gVoaEJvEkp7) ou entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..br, inserindo no assunto "interesse em pesquisa". Dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail da pesquisadora. 

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40821520.3.0000.5504).

Evento online vai de 23 a 25 de junho

 

SÃO CARLOS/SP - A educação de surdos tem ganhado novos contornos desde às conquistas legais que garantem uma prática de ensino com foco na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Inúmeras ações e reivindicações têm sido feitas pelas comunidades surdas a fim de se alcançar práticas bilíngues (Libras/Língua Portuguesa) que valorizem as diferenças linguístico-culturais. 

Nesse contexto, será realizado, de 23 a 25 de junho, o 1° Encontro de Pesquisas do Grupo de Pesquisa em Educação de Surdos, Subjetividades e Diferenças (GPESDi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O objetivo é oportunizar a troca de conhecimentos entre pesquisadores envolvidos com estudos surdos, abordagem conceitual que tematiza as diferenças, subjetividades e práticas educacionais bilíngues em diálogo com as filosofias da diferença.

O evento virtual tem como tema "Educação e diferenças em diálogo na pandemia do Covid-19" e conta com a participação de integrantes do GPESDi. As inscrições foram prorrogadas até 21 de junho. O prazo para submissão de trabalhos já foi encerrado.

Programação

A programação tem início no dia 23 de junho, com abertura sobre ações do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar na pandemia, com mediação de Vanessa Martins, professora do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade e coordenadora do evento. Na sequência, serão realizadas três mesas-redondas.

No dia 24 de junho, o evento dá continuidade às mesas e, no dia 25/6, abre espaço para comunicações orais. A conferência de encerramento fica por conta da professora Lucyenne Matos, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que aborda o tema "Aprendendo com a história: encontros de pesquisa como potência para a educação bilíngue de surdos".

Mais informações, incluindo a programação completa com horários e participantes, estão no site https://gpesdi2021.faiufscar.com. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Oferecida a distância a partir do segundo semestre, capacitação foca em Avaliações de Impacto

 

SÃO CARLOS/SP - Já estão abertas as inscrições para o Curso "Práticas Perícias Ambientais: Avaliação de Impacto Ambiental", que será ofertado a distância no segundo semestre de 2021 pela UFSCar. A capacitação vai ensinar os participantes a atuarem como Peritos Judiciais. Em tempos de mudanças no mercado de trabalho, profissionais com nível superior de diferentes áreas têm encontrado nesta profissão um novo caminho.

O professor Celso Maran, docente do Departamento de Ciências Ambientais da UFSCar e coordenador do curso, explica que, usando de métodos científicos, técnicas de dimensionamento e análises laboratoriais biológicas, químicas e físicas, o perito investiga danos ambientais e ainda é responsável por apontar maneiras de recuperar os prejuízos causados.

"Os laudos produzidos por peritos são essenciais para esclarecer questões técnicas relacionadas ao equilíbrio ecológico. Eles estudam e entendem do que se trata o processo judicial, vão a campo para coletar evidências de possíveis danos provocados, por quantas vezes for preciso e, assim, levantam provas e reúnem as informações no laudo para responder, em prol da defesa do meio ambiente, os questionamentos da justiça para que decisões responsáveis possam ser tomadas", descreve o especialista.

A crescente preocupação com estragos causados no meio ambiente, a pressão econômica sobre os recursos naturais e a judicialização de conflitos têm aumentado a procura por Peritos Ambientais Judiciais. Dividido em três módulos - estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA); vistorias e amostragens em perícia judicial; e práticas de redação em laudos -, o curso aborda teoria e prática, apresentando diversas técnicas usadas na área, análises de laudos periciais e estudos de casos com recursos audiovisuais.

"Com professores da própria UFSCar, além de especialistas convidados, nós tratamos de diferentes tipos de impactos ambientais, licenciamento, métodos de fiscalização, avaliação e diagnóstico", lembra Maran. A professora Cátia Farias, também docente do curso e perita judicial especialista em Engenharia de Avaliações, ressalta que a capacitação apresenta as práticas mais comuns à atividade, abordando tanto a rotina do perito, como também do assistente técnico.

"Esse curso é uma excelente oportunidade para que os alunos iniciem na carreira, podendo realizar perícias judiciais ambientais, mas também para aqueles que já estão neste mercado e desejam aprimorar seus conhecimentos. São 40 horas, sendo oito encontros agendados, nas noites de quartas e quintas-feiras a partir de agosto deste ano, além do conteúdo para os estudantes acessarem em seu horário de preferência", conta Farias. Profissionais com nível superior completo de diferentes áreas, que desejam se tornar Peritos Judiciais Ambientais, podem se inscrever até o dia 18 de agosto, pelo site http://bit.ly/periciasambientais. Na página, também há outras informações, como valor de investimento.

SÃO PAULO/SP - As escolas públicas e particulares do Estado de São Paulo poderão decidir a quantidade de alunos que vão receber presencialmente a partir de agosto. A mudança na ocupação das escolas foi anunciada nesta quarta-feira, 16, pelo governador João Doria (PSDB), e havia sido adiantada pelo Estadão. Até agora, elas só podem atender 35% dos estudantes por dia.

Segundo o governador, serão adquiridos testes para detecção da covid-19. "A partir de agosto, cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total de alunos de acordo com sua realidade. Para a volta às aulas, estão sendo adquiridos 3 milhões de testes destinados aos profissionais de educação e aos estudantes da rede pública."

As escolas devem respeitar uso de máscaras, uso de álcool em gel e distanciamento social.

As redes poderão organizar suas escolas, mas respeitando os protocolos de distanciamento e sanitários. Com a vacinação dos professores, o secretário de Educação, Rossieli Soares, entende que é necessário ter mais alunos presencialmente.

A mudança da ocupação já era um pedido de movimentos de pais e de escolas particulares, já que muitas delas afirmavam ter espaço sobrando para receber mais alunos.

"É importante lembrar que a escola é um espaço que busca garantir o aprendizado, a socialização, a construção do futuro, o acolhimento nesses tempos é fundamental. A partir de agosto, não trabalharemos mais com limitação de porcentual, mas sim, com a regra de um metro (de distanciamento). Temos escolas com capacidade física para 3 mil alunos, mas tem apenas 350 alunos matriculados", afirma o secretário.

As escolas precisam respeitar a distância de 1 metro entre os estudantes e não mais 1,5 metro, como era até agora. Segundo ele, se houver necessidade, a unidade pode ainda fazer rodízio de estudantes.

O secretário anunciou também que está comprando 3 milhões de testes para as redes de ensino. Os testes serão realizados em três cenários: casos sintomáticos, episódios de dois ou mais casos com vínculo epidemiológico e monitoramento sentinela. "Será um monitoramento mensal ou bimestral para verificar a prevalência do vírus dentro da rede."

Rossieli afirmou que, em agosto, ainda não será obrigatória a presença dos alunos nas escolas, mas que isso está sendo avaliado para ser mudado os próximos meses.

O governo passou a permitir também que os cursos de Saúde coletiva, Saúde pública e Medicina Veterinária possam funcionar presencialmente. O restante do ensino superior continua remotamente.

“Estamos caminhando para ser primeira área a estar mais perto do normal.”

No Estado, de acordo com o secretário de Estado da Saúde Jean Gorinchteyn, a taxa de ocupação de UTI no Estado está em 82% e é de 79% na Grande São Paulo. O Estado já contabiliza 3.509.967 casos e 119.905 óbitos.

Comparando a semana passada com a semana retrasada, o número de casos da doença apresentou queda de 5,9%, mas as internações e os óbitos cresceram 2,6% e 26,6%, respectivamente.

"O dado de internação é um dado atual, mas o aumento ocorreu em enfermaria e não em unidades de terapia intensiva. Isso reflete que as pessoas, mesmo internando, estão internando em formas menos graves em relação ao que nós víamos anteriormente."

O governador anunciou ainda que foi aberto o pré-cadastro para voluntários acima de 18 anos para os testes com a vacina Butanvac. Nos testes clínicos de fase 1, de acordo com Doria, vão participar 418 voluntários.

Butantan detecta 19 variantes do novo coronavírus no Estado

Também nesta quarta-feira, o Instituto Butantan apontou a circulação de 19 variantes do novo coronavírus no Estado de São Paulo.

Segundo os dados, coletados em laboratórios públicos e privados, a variante Gama (P.1), identificada pela primeira vez em Manaus, é predominante, mas há registros da Alfa (identificada no Reino Unido) e da B.1.1.28, que originou a Gama.

O instituto lançou o boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes, que será atualizado semanalmente e terá como foco detectar as cepas em circulação em São Paulo. Os dados são obtidos por meio do sequenciamento genômico de parte dos testes com resultado positivo realizados pelo Butantan e pelos laboratórios que integram a rede

 

 

*Por: Paula Felix e Renata Cafardo / ESTADÃO

Iniciativa testa programa remoto como alternativa de intervenção para idosos e cuidadores em relação a saúde mental, qualidade de vida e capacidade funcional

 

SÃO CARLOS/SP - Na pandemia de Covid-19, a população idosa demanda cuidados especiais não apenas pelos riscos associados diretamente à doença, mas também pela impossibilidade de realização presencial de intervenções necessárias à manutenção de sua saúde e da qualidade de vida, especialmente de pessoas com distúrbios neurodegenerativos, como é o caso dos vários tipos de demência.

Nessa realidade, pesquisadores das áreas de Fisioterapia, Gerontologia e Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) iniciaram projeto de pesquisa que testa um programa de telerreabilitação - ou seja, utilizando recursos tecnológicos de informação e comunicação para viabilizar intervenções a distância - para idosos com demência e seus cuidadores.

A iniciativa, realizada pelo Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso (LaPeSI) da UFSCar e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), objetiva analisar os efeitos desse programa em relação a três aspectos no cotidiano dessa população: saúde mental, qualidade de vida e capacidade funcional (que se refere à habilidade de realizar atividades físicas e mentais do cotidiano, garantindo a autonomia da pessoa).

Larissa Pires de Andrade, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) e coordenadora do projeto, conta que apesar de os principais sinais clínicos da demência envolverem comprometimentos cognitivos, como prejuízos à memória e à atenção, estudos mostram que ela também traz, com frequência e em seus estágios iniciais, prejuízos motores e funcionais, que exigem intervenções fisioterapêuticas precoces para prevenir agravamentos na parte física.

Em estudos anteriores, Andrade, juntamente com orientandos, desenvolveu um protocolo de intervenção para ser aplicado em ambiente domiciliar. Um grande desafio diz respeito às funções cognitivas da população atendida. "Durante a avaliação física, o paciente comumente demonstra dificuldades em relação às intervenções fisioterapêuticas propostas, mas não pela habilidade física em si, e sim por um não entendimento do exercício. Outras vezes, ele possui distúrbio de comportamento, como irritabilidade, agressividade, e não quer fazer o exercício. Por isso a importância de um acompanhamento próximo tanto ao idoso como ao cuidador, mostrando caminhos para superarmos essas barreiras", situa a pesquisadora.

Antes da pandemia, os pesquisadores iam até a casa do paciente para testar o protocolo, orientando o cuidador pessoalmente. Nesse estudo inicial, os resultados mostraram alta adesão às sessões (93,75%), e o protocolo se mostrou eficaz considerando a mobilidade dos idosos, pois aumentou significativamente a força muscular e a capacidade funcional, além de diminuir o risco de quedas.

Com a pandemia e consequente distanciamento social, o protocolo aderiu à telessaúde, migrando acompanhamento e orientações para o formato online. A ferramenta é multicomponente. Para a percepção da saúde mental e da qualidade de vida, que se tornaram aspectos ainda mais importantes nesse período, há a aplicação de questionários, aos quais tanto o idoso como o cuidador respondem, para avaliação de similaridades e discrepâncias nas respostas. Um outro questionário avalia a saúde mental específica do cuidador, para, se necessário, dar suporte emocional a ele também.

"O cuidador comumente apresenta sobrecargas física e emocional, já que tem a sua rede de apoio diminuída e a necessidade de ficar dentro de casa, todo o tempo, com os idosos. Nosso protocolo prevê o cuidado também com ele, por meio de uma orientação profissional e apoio, demonstrando que ele não está sozinho", enfatiza Andrade.

Já a capacidade funcional envolve, além de questionários relacionados a memória, atenção e linguagem, exercícios físicos multimodais que compreendem trabalho de força, equilíbrio, sensibilidade e capacidade aeróbia.

Avaliação

Atualmente, o projeto busca pessoas com mais de 60 anos, que tenham diagnóstico de demência leve ou moderada e não tenham restrição de atividade física, para participar voluntariamente do estudo e testar o protocolo que envolve especificamente a telerreabilitação.

A ferramenta deve ser acessada pelos voluntários por meio de uma plataforma online e os pesquisadores realizam uma capacitação prévia com o cuidador. Em seguida, aplicam os questionários e acompanham as intervenções com os idosos, que correspondem à realização de exercícios físicos três vezes por semana.

Durante as duas primeiras semanas, o acompanhamento é integral, online. A partir da terceira semana, o cuidador deve fazer os exercícios com o idoso sem acompanhamento, conforme explica Carolina Tsen, estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar e integrante do estudo.

"Os exercícios são adaptados para serem feitos em casa e auxiliam na cognição, no equilíbrio e na força. Ao longo de todo o período, nossa equipe realiza adaptações, se necessário. Em seguida, espaçamos os acompanhamentos, realizando-os a cada duas semanas, e depois uma vez ao mês. Conforme o tempo passa, evoluímos e colocamos cargas nos exercícios. Após 12 semanas, fazemos uma reavaliação online, repetindo testes físicos e aplicação dos questionários para, assim, analisar os dados, avaliar a adesão e possíveis evoluções ou lacunas", detalha Tsen.

Pessoas interessadas em participar do projeto - aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE nº 34696620.0.0000.5504) - podem entrar em contato pelo telefone (45) 99960-4522 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Desafios e perspectivas

Para Andrade, os principais desafios do projeto envolvem chegar até a população almejada e a aderência à telerreabilitação. Embora no Brasil ainda existam poucos estudos na área, pesquisas em outros países apontam a eficácia da modalidade. "Nosso intuito é disseminar esse protocolo para todo o País, já que não há limites geográficos para implementá-lo", relata.

Porém, a própria telessaúde, pelo fato de ser totalmente online, já apresenta desafios. "No Brasil, há dificuldade de acesso à tecnologia e à Internet, o que limita parte do público em receber a intervenção. Além disso, nós, da área da Saúde, estamos acostumados ao contato físico, a colocar a mão no paciente. Outro desafio é, também, conseguir que o idoso faça os exercícios a distância, sem a presença física do profissional", elenca a pesquisadora.

Apesar das dificuldades, Andrade tem boas expectativas em relação à testagem do protocolo. "Assim como os resultamos preliminares que mostraram boa aderência ao protocolo domiciliar convencional, esperamos alta aderência também ao programa na modalidade de telerreabilitação, melhorando capacidade funcional, saúde mental e qualidade de vida de idosos e seus cuidadores", sintetiza a pesquisadora.

Além disso, caso os resultados do protocolo de intervenção comprovem seus benefícios, a perspectiva futura é disponibilizá-lo aos profissionais de Saúde pelo Brasil, para que também possam utilizar a ferramenta online e, assim, auxiliar idosos com demência e seus cuidadores.

Mais informações sobre o projeto podem ser acompanhadas em seu perfil no Instagram (https://www.instagram.com/projetotelessaude.ufscar).

Espaço foi inaugurado pela Prefeitura de Araras durante a Festa da Árvore

 

ARARAS/SP - No último dia 7 de junho, foi realizada a Festa das Árvores. O evento foi promovido pela Prefeitura de Araras, que contou com a parceria da Diretoria do Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a revitalização do Espaço Eco-Cultural João Pedro Cardoso, entregue durante o evento. A revitalização incluiu a recuperação de área verde e plantio de diversas árvores. O local deve receber outras reformas para ser utilizado pela população ararense.

"Estamos muito contentes com essa parceria, juntamente com a Secretaria de Cultura. É a primeira de muitas ações que nós pretendemos realizar no município. Consideramos muito importante estreitar laços e fazer com que a Universidade se torne integrada à nossa comunidade de Araras", declarou o professor Ricardo Toshio Fujihara, diretor do CCA, que participou da festividade.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Rodolfo Bergamin, a parceria reflete alguns dos maiores objetivos da pasta: a recuperação de áreas verdes na cidade e a educação da população sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Conhecida como "Cidades das Árvores", Araras foi pioneira em comemorar o "Dia da Árvore", em 7 de junho de 1902. A Festa das Árvores, que tem como principal objetivo o resgate histórico-cultural da cidade, marcou a retomada da festividade, que há muito tempo não acontecia. De acordo com a Prefeitura, a Festa das Árvores de 1902 aconteceu nos moldes do "Arbor Day", realizado nos Estados Unidos, onde já se discutia o desenvolvimento da consciência ecológica nas pessoas, principalmente por meio da educação dos mais jovens. Na época, Araras foi a primeira cidade do Brasil a sediar evento ecológico.

A festa foi transmitida ao vivo e está registrada no Facebook (https://fb.watch/60x5s1qnqg). Saiba mais na matéria do site da Prefeitura de Araras (https://araras.sp.gov.br/noticias/23987).

Título homenageia a trajetória do escritor e seu compromisso com a educação pública e a transformação do País

 

BURI/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza no dia 2/7, às 9 horas, a cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa a Raduan Nassar por sua trajetória na Literatura e, também, considerando sua participação na história da Universidade, a partir da doação, em 2012, da fazenda Lagoa do Sino, onde hoje está o Campus Lagoa do Sino da UFSCar.

A cerimônia será realizada de forma remota e transmitida ao vivo nos canais oficiais da UFSCar (@UFSCar oficial) no Facebook (https://www.facebook.com/ufscaroficial/) e YouTube (https://www.youtube.com/c/ufscaroficial). A outorga do título foi aprovada no último dia 26/3, durante a 247ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário (ConsUni), momento marcado por emoção e qualificado como histórico pelos conselheiros da Universidade.

RADUAN NASSAR - Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro galardoado com o Prêmio Camões em 2016. Na adolescência foi para São Paulo com a família, onde cursou Letras, Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Estreou na Literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978, foi publicada a novela Um Copo de Cólera, escrita em 1970. Em 1997, foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 1960 e 1970. 

Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da Literatura Brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Deixou de escrever em 1984 e passou a dedicar-se à atividade rural na Fazenda Lagoa do Sino. Atualmente mora na cidade de São Paulo.

Captação de Recursos para Investimento em Equidade (CRIE) configura projeto emergencial para fomento à permanência estudantil

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como princípios de atuação a oferta de Educação Superior pública, gratuita e de qualidade e a promoção da inclusão e da diversidade. Esses princípios se concretizam em seu Programa de Ações Afirmativas articulado ao Programa de Assistência Estudantil, que visam à democratização do acesso e à garantia de permanência com qualidade na Universidade a toda a população de estudantes. No entanto, as ações voltadas à permanência estudantil, entendidas como direito dos estudantes, estão sob risco de serem inviabilizadas diante da redução de recursos destinados à Universidade nos últimos anos e, muito especialmente, no orçamento para 2021

Nesse contexto sistêmico e crítico de cortes orçamentários, os recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) destinados à UFSCar foram, neste ano, da ordem de R$ 8 milhões, diante de uma necessidade de R$ 10 milhões, mesmo déficit observado em 2020. Assim, como medida emergencial, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade (FAI-UFSCar) estruturou, em parceria com a Instituição, o CRIE - sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade.

A iniciativa permite que qualquer pessoa ou empresa faça doações a partir de R$ 10,00, para ajuda no custeio a moradia, alimentação, transporte e outras necessidades de estudantes em situação de vulnerabilidade. Para doações em valores de até R$ 500,00, é possível usar o PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Para colaborações acima desse valor, basta acessar bit.ly/crieufscar. É possível contribuir por débito automático, transferência bancária ou boleto.

"A UFSCar pretende contar com o apoio de seus estudantes egressos, que hoje ocupam lugares de destaque no mercado de trabalho e podem retribuir o que conquistaram a partir da sua formação na Universidade e, mais importante, contribuir para que outros jovens tenham as mesmas oportunidades neste momento difícil. Queremos contar com a sensibilidade de empresários e o maior número de pessoas possível de todos os outros setores da comunidade que podem nos ajudar nesta importante tarefa", afirma a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira.

Atualmente, dois mil estudantes dos cursos de graduação da UFSCar recebem bolsas ou outros tipos de auxílio à permanência. Outros 300 graduandos moram em edifícios próprios da UFSCar ou casas alugadas pela Instituição. Esses números representam cerca de 14% do total de estudantes dos quatro campi da Universidade. Além das bolsas, a UFSCar também oferece suporte socioassistencial, de saúde física e mental, e acompanhamento pedagógico para estudantes que enfrentam diferentes tipos de situação que podem impactar negativamente seu desempenho e conclusão de curso.

"Hoje em dia, a UFSCar investe por mês cerca de R$ 900 mil em bolsas, outros auxílios e pagamento de aluguéis e gás de cozinha para as moradias. Porém, desde janeiro de 2021, tem recebido cerca de R$ 700 mil mensais de recursos do PNAES do Governo Federal. Nosso investimento em assistência estudantil chegou a ser na ordem de R$10 milhões por ano e, nos últimos anos, tem recebido cortes sistemáticos. Os recursos atuais são iguais ao que a UFSCar recebia em 2014, sem corrigir a inflação", explica Djalma Ribeiro Junior, Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da Universidade. Recursos de outras fontes do orçamento têm sido usados para quitar esse déficit.

O Pró-Reitor ressalta que os estudantes que passam pela universidade pública têm o direito de se graduar em condições adequadas, e que esse direito está em risco.

"Não estamos abrindo mão da luta para recomposição do orçamento pelo Governo Federal, mas o CRIE é uma possibilidade de conseguirmos, neste momento, por meio das doações, garantir a permanência estudantil. O dinheiro doado vai complementar as ações de assistência da UFSCar, que é uma referência já há muitos anos", lembra o dirigente. Targino de Araújo Filho, Diretor Executivo da FAI-UFSCar, classifica a situação financeira da Universidade como dramática. "Nós temos uma redução em relação aos recursos que nós recebemos que vai inviabilizar a assistência estudantil na Universidade. Quase 20% dos nossos estudantes de graduação são de famílias que têm uma renda menor do que um salário mínimo e meio por pessoa. Para permanecerem na Universidade, milhares de alunos dependem de bolsas", alerta.

A distribuição dos investimentos arrecadados pelo CRIE será feita no âmbito das ações coordenadas pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE). "Todo o dinheiro doado será repartido por meio de editais, com critérios e procedimentos de análise socioeconômica já existentes na Universidade", explica Djalma Ribeiro Junior. Na avaliação dele, o número de estudantes que precisam de ajuda para se formar deve aumentar por conta do empobrecimento das famílias brasileiras neste momento de pandemia. 

"A redução de investimentos e o empobrecimento da sociedade provocado pela pandemia de Covid 19 reflete em um número maior de pessoas em situação de vulnerabilidade e mais estudantes precisando de apoio. Estamos passando por um momento de crise. O Brasil começa a entrar de novo no mapa da fome e o número de famílias em situação de miséria aumenta. Precisamos buscar investimentos", defende o Pró-Reitor. Targino de Araújo Filho lembra também que a pandemia colocou em evidência a importância da Ciência para toda a população. "São as universidades que fazem a Ciência no Brasil, e são esses estudantes que constroem o desenvolvimento socioeconômico do País. Assim, quando os apoiamos, estamos apoiando o País", ressalta.

"A UFSCar tem de ser um espaço cada vez mais democrático, e isso passa pela permanência estudantil. Esse também é um pilar da Educação Superior pública, para além do ensino, da pesquisa e da extensão. O CRIE pode ajudar muito, sem dúvidas, a passar por essa fase que a gente está vivendo. Peço a empatia de todos para somarmos forças", convoca a Reitora da UFSCar.

Edital já está disponível, com oferta de 12 vagas

 

SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA-So) da UFSCar-Sorocaba divulgou o edital do processo seletivo de alunos regulares para o curso de mestrado, com ingresso no primeiro semestre de 2022. 

O PPGA tem o objetivo de formar pesquisadores capazes de atuar no aperfeiçoamento dos sistemas de gestão, considerando as relações entre as organizações, no contexto das diversas perspectivas de desenvolvimento. Nessa seleção, são ofertadas 12 vagas, distribuídas em duas linhas de pesquisa: "Gestão na Cadeia de Suprimentos" e "Gestão Financeira e Desempenho Organizacional".  

O processo seletivo terá duas etapas, ambas eliminatórias e classificatórias: Teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad) - cuja próxima prova é dia 27 de junho - e análise do projeto de pesquisa.

As inscrições podem ser feitas de 30 de junho a 31 de outubro. Todas as informações devem ser conferidas no edital do processo seletivo para aluno regular 2021 (ingresso 2022), disponível no site do PPGA-So (www.ppga.ufscar.br).

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