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AMAZÔNIA - Um estudo publicado na quarta-feira (14), na revista científica Nature, indicou que a devastação em regiões de floresta afetada pelo desmatamento está causando um fenômeno inverso: ao invés de absorver carbono, a floresta está emitindo mais gases tóxicos.

O levantamento foi liderado por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a cientista Luciana Vanni Gatti, e apontou que a floresta amazônica emite 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano além do que consegue absorver.

A região mais crítica fica na região sudeste da Amazônia, ponto de fronteira com outros biomas e berço do chamado “arco do desmatamento”.

Para chegar aos números apontados no levantamento, a equipe de pesquisa coletou 590 amostras do ar em diferentes altitudes, variavando entre 4.420 metros e 300 metros acima do nível do mar. Para realizar o trabalho, foram usados aviões em quatro pontos da Amazônia entre 2010 e 2018.

A pesquisa publicada na Nature também se diferenciou na forma de coleta do material de análise, isso porque outros projetos científicos medem o carbono disponível no tronco das árvores, enquanto a equipe de Luciana Gatti mediu o CO2 que está no ar. Acredita-se que essa forma de análise consiga monitorar o nível gases tóxicos na atmosfera com mais exatidão.

A íntegra do estudo pode ser acompanhada clicando aqui.

 

 

*Por: ISTOÉ DINHEIRO

GRAMADO/RS - O inverno chegou com tudo na Serra Gaúcha, onde pelo menos dez cidades registraram temperaturas negativas essa semana. São José dos Ausentes, por exemplo, teve as sensações térmicas mais baixas do ano, com os termômetros marcando -2,9°C na terça-feira (29). O grande destaque, no entanto, foram os primeiros flocos de neve de 2021 caindo sobre Gramado, cena registrada e compartilhada por moradores nas redes sociais:

Enquanto isso, Caxias do Sul teve neve e chuva congelada, dois fenômenos meteorológicos diferentes. O primeiro acontece quando toda a atmosfera está próxima ou abaixo dos 0ºC, o que faz com que a água caia já no formato de pequenos flocos de neve. O segundo acontece quando as temperaturas atmosféricas estão um pouco mais elevadas: os pingos despencam das nuvens em formato líquido, mas congelam antes de tocar no solo, formando pequenos cristais de gelo.

A possibilidade de ver neve é um dos motivos que levam tantos turistas para a Serra Gaúcha durante o inverno. É durante essa estação, porém, que o trânsito e a dificuldade de encontrar lugar para estacionar são dignos de metrópole nas queridinhas Gramado e Canela. Mesmo durante a pandemia, os municípios inauguraram novas atrações a tempo da alta temporada, como o parque aquático indoor Acquamotion e a nova passarela de vidro Skyglass. Confira os nossos guias atualizados de Gramado e Canela.

Serra Catarinense

A neve também está caindo na Serra Catarinense. Desde o início da semana, as baixas temperaturas estão fazendo com que os municípios de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema amanheçam com neve acumulada nas ruas. Veja as imagens:

 

 

*Por: Bruno Chaise / VIAGEM E TURISMO

SÃO PAULO/SP - A derrubada de árvores no Instituto Butantan, localizado na Zona Oeste da capital paulista, causou revolta em moradores da região. Durante duas semanas, com início no final do mês de maio, uma área de cerca de 13 000 metros quadrados, contendo vegetação de grande porte, foi desmatada.

Segundo o Instituto, naquela região do terreno, conhecida como Fazendinha, será construído um laboratório que vai auxiliar na fabricação de imunobiológicos em função da "elevada demanda de produção de vacinas e soros". Como compensação ambiental, 2 215 mudas de espécies nativas da região serão plantadas em 40 000 metros quadrados, dentro do Butantan. O barulho das serras elétricas, no entanto, chamou atenção dos moradores de condomínios residenciais da Rua Barroso Neto, vizinhos da área verde da instituição.

"A gente começou a ouvir as árvores tombando", diz a professora Tarita de Souza, 42. "Por que eles tiveram que devastar uma área em São Paulo? Isso que me deixa revoltada. Com tanto lugar para construir, acho que como sociedade, a gente devia questionar", afirma. "Começaram a abrir clareiras. Demorou quase uma semana para a gente obter resposta [do Butantan], pensamos que iam acabar com todas as árvores". Aquela não é a única área verde do complexo, que conta com 750 000 metros quadrados de vegetação, o equivalente a metade do Parque Ibirapuera. De acordo com a instituição, a mata que crescia na área não era nativa e, por isso, aquele pedaço foi escolhido para abrigar o novo laboratório.

O professor Marcus Mazzari, 62, também vizinho do local, pede explicações. "Eles falam que vão fazer uma compensação, mas onde, quando? E se eles têm espaço para compensação, por que não construir lá então? É o habitat de animais, é algo muito preocupante. Quantos anos vai demorar para crescer? Ninguém está contestando a necessidade de se lutar pela produção de vacinas, mas o meio ambiente também é importante", comenta.

De acordo com a instituição, o plantio das mudas deve começar em cerca de dois meses, em uma área próxima da que foi desmatada. A derrubada das árvores foi autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que informa que a autorização foi baseada em leis federais e estaduais: "também foi consultada a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município [São Paulo], que se manifestou por não ter oposição à supressão de vegetação para implantação do Biotério Central", disse em nota para a Vejinha.

Biotérios são viveiros onde se conservam animais em condições adequadas para o uso em pesquisas científicas.

O Butantan é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). Procurado pela reportagem, o órgão de preservação afirmou que "autorizou o projeto de ampliação das atividades. A instituição do governo de São Paulo iniciou o trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para construção do novo laboratório P 402. Todas essas intervenções em curso na área tombada seguem o Plano Diretor, aprovado pelo Condephaat".

"Infelizmente, é mais um pedaço de área verde que a cidade perde", finaliza o professor Marcus Mazzari.

 

Confira abaixo a íntegra da nota do Butantan sobre o caso:

 

O Instituto Butantan informa que iniciou trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para a construção de um novo laboratório que auxiliará na produção de imunobiológicos na instituição. Todo o trabalho realizado conta com a devida autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (n° 022210/2021 – Processo Administrativo n° 062913/2020-78 e Licença de Instalação n° 45002809) e uma compensação ambiental será realizada com a restauração ecológica de uma extensão de aproximadamente 40 mil metros quadrados nas proximidades da região impactada, contemplando uma área três vezes maior que o local das intervenções.

Para a restauração, será realizado o plantio de enriquecimento, conjugado com a regeneração natural de espécies nativas e com o incremento da diversidade de espécies promovidas pelo plantio de 2.215 mudas de espécies nativas.

O Instituto Butantan também elaborou informes que começaram a ser enviados aos vizinhos para fins de esclarecimentos de dúvidas. No documento consta, dentre outras informações, o número da licença que nos permite realizar o manejo.

Em função da elevada demanda de produção de vacinas e soros, e com isso a necessidade de expansão da Instituição, necessários para o atendimento da demanda nacional e desenvolvimento de novas pesquisas, o Instituto Butantan pretende construir os prédios para abrigar as instalações do novo laboratório P 402 e suas utilidades P 1401, devido ao seu papel estratégico e de grande relevância para produção dos imunobiológicos produzidos no Instituto Butantan.

Ressaltamos, por fim, que o Butantan possui 750 mil metros quadrados de área verde.

 

 

*Por: Guilherme Queiroz / VEJASP

SÃO PAULO/SP - A seca que atinge o Brasil há vários meses ameaça o abastecimento de eletricidade do país, muito dependente de suas hidrelétricas, aumenta o custo da energia e põe em risco a produção agrícola e a recuperação da economia.

A falta de chuvas nas regiões sudeste e centro-oeste do país é a pior em quase um século, segundo o governo brasileiro, e a situação não deve melhorar: o inverno é caracterizado por chuvas fracas nessas regiões.

No sul do Brasil, o principal culpado é o fenômeno climático La Niña, explica à AFP Pedro Luiz Cortês, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP).

Ativo de setembro até o início de maio, o fenômeno pode retomar no final de setembro, quando normalmente começa o período de chuvas. "Na prática, nós vamos ter de um ano e meio a dois anos de período seco atingindo a região sul", prevê o pesquisador.

Em relação ao centro-oeste, Cortês aponta para um déficit pluviométrico de quase uma década devido ao "desmatamento da Amazônia, que abaixa a umidade na atmosfera e reduz as chuvas na região central", problema que pode se tornar "crônico".

 

- Escassez de recursos hídricos -

 

A estiagem afeta o funcionamento do setor hidrelétrico, que contribui com 63,8% do potencial de produção de energia elétrica do Brasil, com grande parte das usinas localizadas nessas duas regiões.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível médio dos reservatórios dessas usinas caiu no final de maio para 32%, o pior desde a crise hídrica de 2015, comprometendo sua capacidade de produção de energia nos meses por vir.

No dia 1º de junho, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou até novembro "situação crítica de escassez de recursos hídricos" na bacia do Paraná, zona de maior potencial hidrelétrico do país.

Isso permitirá modificar temporariamente as regras de captação de água. "Num primeiro momento", porém, "a necessidade de restrições para usos consuntivos como a irrigação e o abastecimento humano não é vislumbrada", diz a resolução da ANA.

Mas, para preservar suas reservas, o setor elétrico quer flexibilizar as regras de vazão mínima das barragens, o que pode ter um impacto negativo sobre outros usos dos recursos, como transporte fluvial ou irrigação.

Para salvar os reservatórios e evitar um apagão gigantesco ou racionamento como o de 2001, ainda fresco na memória dos brasileiros, o governo também passou a solicitar usinas térmicas disponíveis.

"Mas as usinas termelétricas são fontes secundárias. Mesmo somadas a outras fontes de eletricidade, como o crescente parque eólico, dificilmente compensarão as hidrelétricas se o consumo de energia aumentar significativamente com a retomada da atividade econômica", afirma Pedro Luiz Cortês, para quem a urgência agora é sensibilizar a população.

De qualquer forma, os brasileiros sentirão os efeitos da crise no bolso: em função do maior custo operacional das termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica, após um primeiro reajuste em maio, acionou a bandeira vermelha de patamar 2, o maior existente, para junho, uma taxa adicional de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos.  

 

- "Mais um desafio" -

A seca também atinge importantes regiões agrícolas e ameaça as lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja,milho e soja, pressionando seus preços.

Aves e suínos, alimentados com rações de cereais e oleaginosas, também devem custar mais, alerta André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A indústria, por sua vez, "já segue muito afetada pelo encarecimento das matérias-primas e a questão da energia é mais um desafio", ressalta o especialista.

A consultoria MB Associados projeta alta de 5,8% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, acima do teto estabelecido pelo governo.

Essa pressão inflacionária pode levar o Banco Central a voltar a aumentar suas taxas de juros.

Já o PIB, após ter caído 4,1% em 2020, pode crescer este ano na mesma proporção.

Mas para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, "a recuperação da economia (...) em andamento" pode ter seu ritmo "atrasado" pela questão energética e pela chegada iminente da terceira onda da covid-19.

 

 

*Por: AFP

SÃO PAULO/SP - Uma ossada de quatro metros de comprimento foi encontrado na praia da Barra do Una, em Peruíbe, no litoral sul do estado de São Paulo, neste fim de semana. A apuração é do G1.

O pescador Marcelo Rodrigues, 46, é um dos moradores da região que divulgaram imagens do esqueleto nas redes sociais. “Passo por ali quase todos os dias, mas naquele dia me deparei com aquilo tudo. Corri para casa, que fica perto, para buscar o celular e tirar fotos”, disse ao G1.

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Segundo o biólogo marinho Thiago Augusto do Nascimento, responsável pelo Aquário Municipal e presidente do Instituto Ambiecco, a ossada é de uma baleia. Ele acredita que seja uma baleia-de-bryde de 14 metros que encalhou, já morta, na região em 2009.

 

 

*Por: ISTOÉ 

AMAZÔNIA - Em abril, o desmatamento na Amazônia Legal atingiu seu maior valor na série histórica para o mês nos últimos 10 anos. A divulgação dos dados é do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), com base no SAD (Sistema de Alerta do Desmatamento), que monitora a região por satélite. Somente neste mês, a área total devastada foi de 778 km². As informações são do UOL.

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O aumento em relação a abril de 2020 é de 45% no desmatamento. Entre os estados da Amazônia Legal, o Amazonas lidera o ranking de regiões com maior área desmatada. Em seguida vem o Pará com 26%, Mato Grosso com 22%, Rondônia com 16%, Roraima com 5%, Maranhão com 2% e Acre com 1%.

Segundo o Imazon, as florestas degradadas na Amazônia Legal somam 99 km² em abril. O aumento em relação ao mesmo período do ano passado é de 60%.

 

 

*Por: ISTOÉ

EUA - Quando falamos de vida selvagem, para os animais vale quase tudo para sobreviver e se alimentar. Se você está curioso, um vídeo compartilhado recentemente pelo perfil do Instagram The Real Nature Page mostra como um embate entre um tigre e um javali é interrompido por um crocodilo.

Na gravação, que em pouco tempo de publicada já superou as 130 mil visualizações, pode-se perceber que o felino está tentando garantir seu almoço, quando é surpreendido pelo réptil que também tenta ganhar um pedaço da presa.

Ao se ver diante da situação com mais um predador, o tigre sai arrastando o javali, que tenta de todas as formas escapar do ataque.

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Vídeo rendeu diversos comentários

É isso aí! Os internautas aproveitaram a oportunidade para compartilhar suas impressões sobre as imagens, deixando mensagens como:

  • “Aquele tigre teria sido o almoço se não tivesse se virado quando o fez”;
  • “Nossa, parece cena de filme”;
  • “Ei, pare com isso, nós queremos uma luta limpa”.

Preparado para ver como tudo aconteceu? Confira a seguir o vídeo divulgado no Instagram.

 

 

*Por: Leandro Luz / METRO

DOURADOS/MS - Uma capivara foi encontrada “passeando” no interior de um motel em Dourados, em Mato Grosso do Sul, e capturada por agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA). O animal foi levado de volta para a natureza.

As autoridades foram acionadas por funcionários do estabelecimento, que não sabiam como a capivara foi para no motel, segundo o G1.

De acordo com a PMA, os oficiais usaram cambões e uma espécie de rede para capturar a capivara. Depois, o animal foi colocado em uma jaula de contenção e levado a uma mata nativa distante da cidade.

A polícia também afirmou que a capivara capturada no motel não tinha nenhum ferimento.

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Capivaras do Centro-Oeste

Em fevereiro, uma capivara atacou um morador de Brasília quando ele se exercitava dentro do Lago Paranoá. Fernando Soaris foi mordido nas pernas e nas mãos. Ao todo, ele precisou levar quase 40 pontos.

No geral, capivaras são animais muito tranquilos e não atacam. É possível que fosse uma fêmea assustada, tentando proteger seus filhotes, ou um macho estressado com brigas de território. Outra questão é que, sem predadores naturais, as capivaras se multiplicam descontroladamente, o que pode causar superpopulação e com isso animais estressados.

 

 

 *Por: Go Outside

AMAZÔNIA - Nossa natureza está menos bela. Rica em biodiversidade, a floresta amazônica pede socorro, uma vez que as borboletas, ilustres moradoras, podem desaparecer. Altamente dependentes das árvores, os lepidópteros — termo científico usado para definir borboletas e mariposas — estão perdendo a cor, reflexo das ações humanas que lhes rouba a vida.

Um estudo intitulado “Descolorindo a Floresta Amazônica”, feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Federal de Pelotas, junto com a Universidade de Exeter, no Reino Unido, analisou mais de mil quilômetros quadrados da floresta e confirmou que o ecossistema está em colapso. Nas áreas menos devastadas, ainda é possível ver insetos com asas vermelhas, verdes e azuis, entre outros tons, e é por isso que eles conseguem se camuflar e manter uma alimentação razoável. Nas áreas onde quase tudo foi destruído, as borboletas ficam no solo, comem e moram em plantas queimadas, o que explica as cores marrom e cinza. Para o geógrafo Marcelo Lemes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), “o desmatamento reduz o número de espécies porque nem todas se ajustam ao clima”.

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Ele ressalta que os insetos coloridos não se adaptam tão bem fora de zonas com vegetação, mas as borboletas escuras sim, uma vez que se camuflam no solo, nas folhas e na fuligem para fugir dos perigos. Opinião que Olaf Hermann, Lepidopterologista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reforça. “Se acabar a comida, acaba a vida, é simples”, diz. “É um cenário muito triste, mas a tendência é aumentar”.

Hermann destaca que o descaso do governo brasileiro com o meio ambiente não é novidade, mas que nunca viu uma situação como a atual, em mais de 20 anos estudando borboletas. “Se os políticos não tomarem iniciativas, vai acabar tudo”, lamenta. Elas são fundamentais para a Amazônia. É seguro afirmar que as borboletas sem cor simbolizam o início do fim da nossa natureza.

 

 

*Por: Brian Alan / ISTOÉ

RIO GRANDE DO NORTE - Os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba enfrentam um grave problema ambiental desde o último dia 16. Dezenas de toneladas de lixo têm sido encontradas em praias, despejados nas areias. O material inclui também lixo hospitalar.

No estado potiguar, até agora quatro praias foram confirmadas como tendo sido atingidas pela enxurrada de lixo: Nísia Floresta, Tibau do Sul, Canguaretama e Baía Formosa. Há indícios de que Natal, Senador Georgino Avelino e Parnamirim também tenham recebido os resíduos, mas o fato ainda não foi confirmado pelas autoridades.

Entre o conteúdo despejado nas areias foram encontrados materiais hospitalares, roupas, sapatos, garrafas, isopores e máscaras descartáveis. Na praia de Nísia Floresta, até mesmo um tubo de coleta de sangue estava entre os descartes.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente da Paraíba, aproximadamente 40 toneladas de lixo foram retiradas das praias. O lixo teria sido trazido pela corrente marítima a partir de outros estados da região. Ele foi devidamente recolhido e levado a aterros sanitários.

Um vídeo gravado na praia em Baía Formosa mostra um grupo de garis retirando lixo de um veículo e jogando na areia. A prefeitura afirmou que esse lixo estava sendo deixado ali provisoriamente para um posterior recolhimento. Segundo a prefeitura informou ao “G1”, isso é feito para facilitar a logística de transporte.

De qualquer forma, a origem das toneladas do material ainda é desconhecida. Porém, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema-RN), foram encontradas etiquetas no material que identificariam o lixo como originário de Maragogi (AL), de João Pessoa (PB) e uma parte maior relacionada ao estado de Pernambuco. Itens como um título de eleitor e uma mochila escolar do Recife levam os peritos a acreditar nessa linha de investigação.

O Idema também afirma que parte da vegetação encontrada envolvida no lixo é de água doce, o que indicaria que o material foi levado até às praias por conta de enchentes que ocorreram nas últimas semanas, principalmente no estado pernambucano.

Polícia Federal, MP e Ibama investigam

O Consórcio Nordeste, articulado em 2019 como instrumento de integração entre os nove estados da região, criou uma rede de apoio para lidar com o problema do lixo nas praias. Especialistas de todos os estados estão sendo enviados ao Rio Grande do Norte para ajudar no mapeamento e na análise da situação.

O Consórcio também planeja elaborar um protocolo que ajude a orientar os municípios nesse tipo de ocorrência. A orientação também é que a administração fiscalize com rigor os prestadores de serviço que fazem o recolhimento e transporte do lixo.

O Ministério do Meio Ambiente afirmou, em comunicado enviado à TV Globo e ao portal “G1”, que a responsabilidade pela gestão dos resíduos é dos municípios. Apesar disso, reforçou que “Ministério do Meio Ambiente apoia o combate ao lixo no mar a partir de duas frentes de ação: a prevenção, por meio do Programa Lixão Zero, de forma a evitar que o lixo chegue nos rios, na praia e no mar, com medidas como a coleta seletiva, logística reversa e a reciclagem, e a recuperação ambiental, por meio de ações de limpeza de rios e praias”.

A Polícia Federal do Rio Grande do Norte abriu um inquérito para investigar o ocorrido. O Ibama também está à procura de respostas sobre o lixo nas praias.

“Sempre que acontece um evento dessa magnitude, necessitamos de um relatório para sistematizar todas as informações, de todas as ações que estão sendo executadas, todas as medidas, sugestões, informações com data e hora. A análise ainda é muito inicial, ainda não temos tanta informação concreta. Sugerimos que os estados se reúnam com os municípios costeiros para recolher as informações e possamos trabalhar com informações mais detalhadas possível”, explicou Leon Aguiar, diretor do Idema, ao “G1”.

 

 

*Por: Hypeness

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