RIO DE JANEIRO/RJ - Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%.
Os dados, divulgados no último dia 25, são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018. De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias. O restante (90%) é proveniente de outras áreas urbanas.
“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.
Bruno Bocchini - Agência Brasil
Nutricionista ressalta a importância do líquido para se recuperar de doenças infecciosas e detalha os benefícios do consumo adequado. Excesso pode fazer mal
SÃO PAULO/SP - Em estudo recente conduzido pela Danone Research, pesquisadores avaliaram o consumo de água em 13 países, incluindo o Brasil. Os resultados apontam que tomamos, em média, 1,830 mililitros de líquido por dia, mas apenas 42% do volume, ou 769 mililitros, seria proveniente de água pura. Bem longe, portanto, do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica como quantidade ideal para o consumo diário de água 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg. Fazer uso adequado da água é fundamental para manter a saúde em dia. O líquido é tão precioso que possui uma data para ser celebrado, o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março.
Em alusão à data, a nutricionista Jalily Moura (CRN: 10694) traz importantes orientações para que possamos aproveitar melhor os seus benefícios para o bom funcionamento do organismo. A profissional, que atende na Clínica Sin, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, afirma que em média 60% do peso corporal de um adulto é constituído de água.
“Ela está distribuída dentro e fora das nossas células, participando de diversos processos metabólicos, como a regulação da temperatura corporal e o transporte de nutrientes. Essa é uma função muito importante, armazenar e transportar nutrientes, como as vitaminas hidrossolúveis, que são as vitaminas do complexo B e a vitamina C”, explica.
Segundo ela, quem está gripado ou o fica com frequência deve se hidratar muito. A especialista salienta que, além de reduzir efeitos colaterais de alguns remédios, o consumo de água irá contribuir com a absorção do medicamento e dos nutrientes da alimentação. “A hidratação adequada também ameniza os sintomas da gripe e fortalece o organismo para combater o vírus. Se a gripe for grave, com episódios de vômitos e diarreia, é bem provável que o corpo ficará desidratado, perdendo eletrólitos, como sódio, cloreto e potássio. Esses são importantes para manter o pH do corpo e ajudar as células a absorverem e utilizarem os fluidos ingeridos”, revela.
De acordo com Jalily, o consumo de água é importante para combater infecções no geral, inclusive a Covid-19. “A água contribui com a imunidade, ela é fundamental para linfa (fluido linfático), um líquido incolor e viscoso com composição bem parecida com a do plasma sanguíneo. Esse líquido contém muitos leucócitos e linfócitos, que remetem aos invasores presentes no sangue para ajudar a combater doenças. Os fluidos corporais transportam as células imunes pelo corpo todo. Então manter-se hidratado auxilia no transporte dessas células, facilitando o combate a infecções”, ressalta.
A água é essencial para a nossa sobrevivência e seus benefícios são inúmeros. “Ao ingerirmos água na quantidade adequada iremos evitar deficiência de nutrientes, desidratação, falta de atenção, alteração na memória, fadiga e constipação intestinal. Para o bom funcionamento do organismo é necessário a ingestão de água na quantidade adequada e isso é individual”, salienta a nutricionista do Órion Complex sobre esse valioso líquido.
Há um ditado popular que diz: “Em excesso, até água faz mal”. A nutricionista Jalily Moura afirma que isso é verdade, mas difícil de acontecer. “Tudo em excesso faz mal, até mesmo os alimentos saudáveis. Se exageramos na quantidade de água, um consumo bem elevado, em média de sete a oito litros por dia, podemos ter hiponatremia que é caracterizado como nível baixo de sódio no organismo. Dessa forma pode-se desenvolver sonolência, edema cerebral, convulsões e náuseas”, destaca.
Ela avalia que o consumo ideal de água varia para cada um. “Vai depender da composição corporal, estilo de vida, nível de atividade física e clima. Sendo assim, o ideal é calcular a quantidade de água para cada pessoa e isso varia de 30 a 50ml por Kg/dia. Ou seja, existe um cálculo para descobrir a quantidade de água ideal para cada indivíduo, um exemplo seria multiplicar 30ml pelo peso corporal”, explica a especialista, que ressalta ainda que o ideal é ingerir a água pura, não tentando substituir por sucos. “E muito menos refrigerantes, pois estes devem ser evitados”, completa.
PARÁ - Desde o início dos anos 2000, o Pará foi o Estado que registrou a maior redução da floresta. Foi uma diminuição de 116 mil quilômetros quadrados ou 11,5% de seu território, segundo a última edição do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 17, o Pará também foi o Estado que registrou o maior incremento absoluto de área de pastagem com manejo, 83,4 mil quilômetros quadrados. Em 2018, 14% desses territórios do País estavam no Estado.
Entre 2000 e 2018, de acordo com o IBGE, observou-se em Mato Grosso a redução de 17% (71.253 quilômetros quadrados) da área de vegetação florestal. Também houve recuo de 9,7% (22.653 quilômetros quadrados) da vegetação campestre – as segundas maiores diminuições registradas entre os Estados nessas categorias.
No mesmo período, também cresceu em Mato Grosso a região de pastagem com manejo (45.449 km²). Em terceiro lugar, aparece Rondônia, com redução de 22,7% (37.901 km²) na vegetação florestal e o incremento da pastagem com manejo de 33.259 km².
“Nos Estados do Norte observa-se a interiorização da ocupação do território e o forte crescimento de áreas de pastagem com manejo sobre áreas de vegetação florestal. Em alguns Estados, nota-se também a marcante expansão de áreas destinadas ao cultivo agrícola”, avaliam os pesquisadores do IBGE no trabalho.
“A Região Centro-Oeste foi caracterizada primeiramente pela expansão de áreas de pastagem com manejo sobre áreas de vegetação florestal e vegetação campestre. Em um segundo momento, a partir de 2012, o avanço das áreas agrícolas e da silvicultura sobre as pastagens, tornando-se um dos processos de transformação do território mais representativo da região.”
A cada dois anos, o IBGE divulga o monitoramento da cobertura e uso da terra, permitindo a comparação entre os anos analisados e as formas de ocupação do País. Os números analisados remontam a 2000 e vão até 2018. Agora, pela primeira vez, o IBGE faz uma análise individual de cada uma das 27 unidades da Federação. O objetivo é orientar políticas públicas e gestão.
O levantamento mostra que a dinâmica no Nordeste é marcada pela expansão de áreas chamadas de mosaicos campestres. Elas são caracterizadas por um elevado número de estabelecimentos rurais de pequeno porte com múltiplos usos. Uma das principais fronteiras agrícolas do Brasil fica na borda oeste da região. Lá, territórios de vegetação campestre vêm sendo substituídos por agricultura. Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,7% do aumento das regiões agrícolas no Nordeste entre 2000 e 2018.
Os Estados do Sudeste apresentam dinâmica mais variada, com áreas de antropização (ação dos seres humanos sobre a natureza) das vegetações naturais e também conversões entre as faixas já ocupadas. Em São Paulo, por exemplo, entre 2000 e 2018, houve predominância de transições entre os usos pelo homem. Ocorreu especialmente avanço dos cultivos agrícolas sobre territórios previamente ocupados por mosaicos florestais e por pastagem com manejo.
No mesmo período, o Estado contabilizou aumento de sua área agrícola de 28,1% (22.290 km²). Em 2018, São Paulo apresentava 15,2% do território agrícola do País e 11,9% da silvicultura.
A dinâmica de ocupação do território no Sul é similar à do Sudeste. É marcada pelo avanço de áreas agrícolas e de silvicultura sobre outras classes de uso da terra. Em Santa Catarina e no Paraná esse avanço ocorreu principalmente sobre territórios anteriormente ocupados por mosaicos florestais e, no Rio Grande do Sul, sobre a vegetação campestre.
*Por: Roberta Jansen / ESTADÃO
BRASIL - Com uma meta de restaurar 12 milhões de hectares de áreas desmatadas até 2030, o Brasil tem um desafio enorme para resolver em apenas nove anos. É o que indica um estudo inédito que buscou levantar projetos de restauração já em desenvolvimento em todo o País. Ele mapeou a existência de somente cerca de 66 mil hectares sendo restaurados ativamente com árvores nativas – o que representa 0,55% do compromisso.
O dado faz parte do novo Observatório da Restauração e Reflorestamento, uma iniciativa que será lançada nesta terça-feira, 9, pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura – rede que reúne representantes do agronegócio, dos principais bancos do País, da academia e do ambientalismo.
O grupo pondera que o levantamento (com dados de campo georreferenciados e tecnologia de monitoramento via satélite), ainda subestimado, é só um primeiro esforço de mapear esses projetos e que o número real é bem maior – certamente existem muitos outros que ficaram abaixo do radar e a ideia é que ele continue sendo alimentado com o tempo. Mas já começa a suprir uma lacuna que até então não existia e dá uma noção da necessidade de mais ações e também da oportunidade econômica.
Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo WRI-Brasil, um dos parceiros do observatório, indicou a restauração florestal como um caminho para uma retomada verde da economia do País por ser um instrumento para geração de emprego e renda. O trabalho calculou um retorno de US$ 2,39 para cada dólar investido para a restauração com árvores nativas em um período de 20 anos.
O observatório tem como objetivo mostrar o que já está sendo feito, a fim de estimular novos projetos e parcerias, mas também apontar onde estão os principais gargalos e vazios no País. De acordo com Laura Lamonica, coordenadora de Relações Institucionais da coalizão, além de visibilidade para as iniciativas, a plataforma traz também transparência e confiabilidade nos dados de restauração em escala nacional.
Com o mapeamento vai ser mais fácil definir onde são os melhores lugares para fazer novas restaurações – de modo a, por exemplo, unir florestas que estão isoladas, fazer corredores ecológicos, contar com mão de obra que já foi formada, saber onde tem viveiro de mudas, banco de sementes, etc, e gerar incentivos para essas áreas –, explica Marcelo Matsumoto, especialista em sistema de informação geográfica do WRI-Brasil.
No futuro, a plataforma permitirá identificar os benefícios que os projetos estão gerando, como captura de carbono, melhora da qualidade do solo e água e geração de emprego e renda.
A maioria dos projetos de restauração mapeados até o momento pelo observatório está na Mata Atlântica (93%), sendo 38,7% desses no Estado de São Paulo. Na escala de municípios, porém, o que mais está restaurando é o Rio de Janeiro (3,3 mil hectares).
Essa desigualdade ocorre, por um lado, porque a Mata Atlântica é o bioma que foi mais desmatado no País – restam somente cerca de 12% de remanescentes da floresta original – e é onde mais ocorreram acordos com Ministério Público de ajustamento de conduta para cumprimento do Código Florestal.
Além disso, a nova plataforma começou a ser alimentada com informações de outras bases regionais, como a feita pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, hoje o mais organizado grupo do tipo. Mas os pesquisadores que organizaram o trabalho estimam que a maior parte dos projetos, nesse momento, deve estar na Amazônia, informação que eles pretendem obter rapidamente a partir do momento em que a plataforma estiver no ar.
Uma das motivações de criar o observatório, de acordo com Matsumoto, foi justamente a noção de que existem muitas iniciativas de restauração no País, mas elas são pequenas e isoladas, o que acaba sendo um entrave para que ganhem escala. Com o primeiro levantamento, a ideia é que agora essa base seja alimentada com outros projetos, de modo a ajudar a alavancar o processo para que o Brasil possa cumprir seus compromissos.
A meta de 12 milhões de hectares foi proposta pelo próprio governo federal, em 2015, como parte da contribuição oferecida pelo País junto ao Acordo de Paris – o esforço de praticamente todos os países do mundo para reduzir o aquecimento global. Além da manutenção de florestas, o replantio daquelas que foram devastadas é considerado uma das maneiras mais baratas e fáceis de retirar carbono da atmosfera – justamente o principal gás de efeito estufa.
O observatório traz ainda dois outros dados importantes para entender o contexto da restauração no Brasil. Foram mapeadas as áreas que passam por um processo de regeneração natural – uma pastagem abandonada, por exemplo, que voltou a ser floresta, e também projetos de reflorestamento para fins comerciais (grandes extensões de monocultura, em geral ocorrem com árvores exóticas para a produção de madeira, papel e celulose).
A regeneração natural responde pela maior fatia, de acordo com o mapeamento. São 10 milhões de hectares hoje no Brasil nessa situação – 96% na Amazônia. O dado foi obtido a partir da análise temporal de imagens de satélites do projeto MapBiomas, que revelam a mudança em áreas anteriormente degradadas. Já de plantio de exóticas são 9 milhões de hectares.
O primeiro dado chama atenção porque pode tanto ser um caminho interessante para ajudar o Brasil a cumprir suas metas, quanto um perigo de que essa recuperação se perca com o tempo. Somente com o dado do satélite não dá para saber neste momento se é um processo natural espontâneo, sem intervenção humana, ou um local que foi cercado propositadamente para deixar a floresta voltar. “Mas, diferentemente da restauração ativa, não temos segurança de que será mantida no longo prazo”, explica Matsumoto.
Por isso, a ideia é direcionar a atenção para essas áreas. Primeiramente para entender o que levou àquela regeneração (se trata-se de algo proposital, como uma mudança de comportamento, ou não). E depois para motivar os proprietários de terra a mantê-las assim, com incentivos econômicos, como o pagamento por serviços ambientais. “Queremos com essa iniciativa que as pessoas entendam a restauração como uma agenda positiva, que além de benefícios ambientais e climáticos, traz também geração de emprego e renda”, diz Laura.
Um outro trabalho do WRI-Brasil também divulgado no ano passado – Uma Nova Economia para uma Nova Era – estimou que a restauração de 12 milhões de hectares de vegetação nativa poderia gerar uma economia anual de R$ 4,7 milhões em produtos químicos no tratamento de água.
*Por: Giovana Girardi / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Sabemos que o plástico tem sido um dos maiores inimigos da natureza durante os últimos tempos. E mesmo assim são consumidos bilhões de toneladas deles, inclusive nos mercados, onde são mais usados para sustentar os alimentos até a chegada em nossas casas. E de lá, essas sacolas são descartadas de maneira incorreta em destino ao ‘lixão’.
Acontece que essas sacolinhas têm alto custo ambiental: são produzidas a partir de petróleo e gás natural que são recursos naturais não-renováveis e por isso levam cerca de 450 anos para se decompor. Nesse tempo, elas aumentam a poluição, entopem bueiros, impedindo o escoamento das águas das chuvas, além de formarem uma camada plástica de impermeabilização no solo.
Para isso foram criadas as sacolas sustentáveis, que além de serem personalizadas, geram menos impacto no meio ambiente. Essas ‘ecobags’ são feitas de pano ou de outros recursos como cortiça, bioplástico, material reciclável e as veganas, que são eticamente feitas por artesãos que recebem salários justos em fábricas limpas.
Esses exemplos de sacolas mostram que nossos hábitos precisam mudar e se direcionar também para sustentabilidade. Se conscientizar dos problemas ambientais e adquirir novas formas de consumo é o primeiro passo para gerar menos impacto no planeta e preservar nossa humanidade.
*Por: Izabela Machado / PaiPee
BELO HORIZONTE/MG - Um cachorro da raça boxer foi diagnosticado com coronavírus em Belo Horizonte. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais, que desenvolvem uma pesquisa financiada pelo CNPq e pelo Ministério da Saúde sobre o comportamento do vírus em animais.
O cão que testou positivo vive com uma família que estava contaminada com a covid-19. O animal não apresentou sintomas.
De acordo com o professor que coordena pesquisa, David Soeiro, do Laboratório de Epidemiologia e Controle de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, os resultados do estudo reforçam a ideia de que os animais podem ser contaminados no convívio com os humanos, e não o inverso.
Para pessoas contaminadas com a covid-19, o professor recomenda evitar dormir com os animais para não transmitir o vírus para eles.
Este é o primeiro caso de animal de estimação diagnosticado com o coronavírus em Belo Horizonte, mas não é o único no Brasil. Desde o início da pandemia, já foram confirmados 11 testes positivos de covid-19 já em animais. Além do cachorro em Belo Horizonte, foram infectados um gato em Cuiabá; quatro cães e um gato em Curitiba; dois gatos no Recife e um cão e um gato em Campo Grande.
Todos os casos foram notificados aos órgãos oficiais, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Organização Mundial de Saúde Animal.
Além de Belo Horizonte, outras cinco capitais integram a rede de estudo sobre as relações de transmissão do vírus entre pessoas e animais. São elas: Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Recife (PE), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).
*Por: CATRACA LIVRE
MARAÚ/BA - Nada de clubinho infantil ou atividades especiais para as crianças. Na Pousada Lagoa do Cassange, na Península de Maraú, no sul da Bahia, os pequenos têm um propósito maior: a conexão direta com a natureza.
Os 50.000 m2 de área verde cercados por coqueirais, uma praia remota, um bosque e uma lagoa de águas calmas formam o cenário perfeito para pais e filhos reestabelecerem a relação com a natureza, tão comprometida pela vida nos centros urbanos.
Assim que chegam na pousada, as crianças encontram um extenso jardim onde podem correr livres, observar micos e passarinhos e descobrir as mais diversas flores, frutas e plantas.
A praia, em um trecho quase deserto, fica a poucos passos dos bangalôs e também oferece um espaço amplo para crianças e adultos brincarem juntos, pegando onda, fazendo castelinhos de areia, observando as tartarugas que nascem na primavera e no verão ou nadando nas piscininhas naturais que se formam nos dias de maré baixa.
O tempo ao ar livre também é especial para ressignificar as relações entre pais e filhos, aproximando-os de uma forma mais criativa e especial.
As viagens de imersão na natureza têm sido a grande tendência durante a pandemia com um movimento de retomada de valores essenciais como a saúde, o bem-estar e o cuidado com o planeta. De acordo com o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, “o contato com a natureza melhora todos os marcos mais importantes de uma infância saudável: imunidade, memória, sono, capacidade de aprendizado, sociabilidade, capacidade física – e contribui significativamente para o bem-estar integral das crianças e jovens”.
Observando que esses benefícios da conexão com a natureza são essenciais para as crianças da própria Península de Maraú, os sócios da Pousada Lagoa do Cassange entenderam que esse encontro deve se desenvolver de forma natural, para incentivar a criatividade, o lado lúdico e explorador e a colaboração entre os pequenos.
Por isso, os atrativos para crianças na pousada não estão em estruturas artificiais ou luxuosas, mas no que o meio ambiente local apresenta. Como tudo na natureza, a diversão vai depender da época, tempo, estação e outros fatores. Entre setembro e março, é temporada de nascimento de tartarugas marinhas na Península de Maraú e, com sorte, é possível acompanhar alguns ninhos eclodirem bem na frente da pousada, com o monitoramento dos voluntários do projeto Coração de Tartaruga.
Os pequenos também têm a oportunidade de visitar e fazer colheitas na agrofloresta, em uma experiência de contato direto com os alimentos frescos e orgânicos que depois irão comer nas refeições. Caminhando por 300m pelo bosque a partir da pousada, encontramos a escondida Lagoa do Cassange, onde a criançada pode nadar livremente ou se aventurar em caiaques e pranchas de stand up paddle.
*Por Ana Duék, do blog Viajar Verde
Segundo o IBOPE, 77% dos brasileiros acreditam que ação humana é a maior responsável pelo aquecimento global
SÃO PAULO/SP - Na última quinta-feira (4), o instituto de pesquisas IBOPE Inteligência divulgou o relatório Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros, encomendado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) em parceria com a Universidade de Yale dos EUA. A pesquisa de opinião se baseou em entrevistas feitas entrevistas com 2,6 mil pessoas entre setembro e outubro de 2020, com margem de erro de dois pontos percentuais. Os resultados revelam que a maioria dos cidadãos brasileiros se preocupa com as mudanças climáticas e com o meio ambiente.
Para 77% dos entrevistados, a proteção ao meio ambiente é mais importante do que o desenvolvimento econômico. Quase a totalidade dos participantes (98%) afirmou já ter ouvido falar das queimadas na Amazônia e, para 84%, elas prejudicam a imagem do Brasil no exterior.
A maioria esmagadora dos entrevistados (92%) acredita que o aquecimento global está de fato acontecendo e 78% consideram a questão muito importante. A ação humana é apontada como a principal causa do fenômeno por 77% dos brasileiros.
Além disso, 61% dos participantes se dizem muito preocupados com o meio ambiente atualmente. No entanto, apenas 25% afirmaram saber profundamente sobre as mudanças climáticas. Somente 17% já chegaram a participar de manifestações ou abaixo-assinados sobre o tema. Por outro lado, a maioria dos entrevistados (88%%) acredita que que o aquecimento global pode prejudicar muito as gerações futuras.
A pesquisa foi realizada pelo IBOPE Inteligência com 2.600 entrevistados, maiores de 18 anos, das cinco regiões do Brasil, entre os dias 24 de setembro a 16 de outubro de 2020. As entrevistas foram realizadas por telefone com apoio de questionário eletrônico, no sistema C.A.T.I (Computer Assisted Telephone Interview).
A amostra da pesquisa é representativa da população brasileira com 18 anos ou mais e garante a leitura independente dos resultados por região geográfica do Brasil. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais para os resultados pelo total da amostra, considerando um nível de confiança de 95%.
Fonte: Mudanças climáticas na percepção dos brasileiros
*Por: Equipe eCycle
SÃO CARLOS/SP - O bagaço da cana-de-açúcar, um dos principais resíduos da agroindústria brasileira, mostrou ser promissor para ser usado em processo de descontaminação de água com concentração de íons metálicos potencialmente tóxicos. Um material produzido a partir do bagaço e de nanopartículas magnéticas removeu cobre e crômio da água.
O grupo de pesquisadores brasileiros, responsáveis pelo estudo, destacou que o alto uso do cobre acaba levando resíduos para reservatórios de água de consumo humano. Em altas concentrações na água pode provocar náusea, vômito e diarreia.
Após a remoção do contaminante pelo compósito de bagaço, por processo de adsorção, o material é retirado do meio aquoso pela ação de um ímã, deixando a água limpa.
“Sua natureza híbrida permite que os materiais propostos no trabalho sejam versáteis. O que reforça seu potencial para tratamento de água e efluentes”, informou o grupo de pesquisadores.
O estudo faz parte de uma série de trabalhos desenvolvidos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) usando biomassas como biossorventes, alternativa viável e eficiente para a descontaminação de ambientes aquáticos.
*Por: DINHEIRO RURAL
SÃO CARLOS/SP - O Parque Ecológico “Dr. Antônio Teixeira Vianna”, fechado para visitação pública desde o dia 17 de março em virtude da pandemia do novo coronavírus, continua recebendo investimentos por parte da Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Serviços Públicos.
O fraldário, uma reivindicação antiga dos visitantes, foi construído próximo a área administrativa do Parque. Quando estava aberto o local recebia cerca de 4 mil pessoas por fim semana, sempre famílias inteiras com muitas crianças e bebês, por isso foi construído esse espaço próprio com trocadores para facilitar a vida dos pais. Em outra região do Parque Ecológico foram construídos novos conjuntos de sanitários com acessibilidade.
Um conjunto de recintos está sendo finalizado. Os novos locais vão abrigar 4 espécies de primatas: macaco-aranha de cara preta, macaco-aranha de cara branca, macaco-aranha do peito amarelo e macaco-barrigudo. “São recintos maiores, modernos e com um novo conceito de interação com o público. Os visitantes vão poder se aproximar mais dos animais com total segurança, tanto para as pessoas como para os animais”, conta o diretor do Departamento de Defesa e Controle Animal da Secretaria de Serviços Públicos, Fernando Magnani.
Para o secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, o investimento, mais de R$ 340 mil, foi necessário uma vez que o Parque Ecológico é um cartão postal da cidade. “Antes da pandemia o local recebia mais de 16 mil pessoas por mês, tanto da própria cidade como de outras regiões do estado e da capital, portanto sempre é preciso investir em melhoramentos. Pensamos no bem estar dos animais, mas também dos visitantes”, explica Olmo.
Samanta Campos da Silva, chefe do Parque Ecológico de São Carlos, revelou que o recinto das araras azuis foi totalmente reformado e o Centro de Educação Ambiental vai passar por melhorias também.
Para a construção do conjunto de recintos para os primatas foram investidos aproximadamente R$ 230 mil. Para a construção de novos conjuntos de sanitários, para o prédio do fraldário e demais reformas foram investidos R$ 118.099,38.
O Parque Ecológico “Dr. Antônio Teixeira Vianna” está localizado na Estrada Municipal Guilherme Scatena, km 2. O Parque no momento não está aberto para visitação pública em virtude da disseminação da COVID-19. Outras informações podem ser obtidas pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (16) 3361-2429 ou 3361-4456.
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