SÃO PAULO/SP - O Brasil possui uma das mais ricas faunas de todo o planeta. Entretanto, há animais em extinção em todos os biomas: dos oceanos aos rios, dos pampas à Amazônia, a interferência humana fez com que diversas espécies tivessem sua existência ameaçada. Hoje, vamos falar de vários animais em extinção no Brasil e quais são as causas dessa perda para a nossa fauna.
© Yuri Ferreira
Biodiversidade no Brasil está em risco com desmatamento em aceleração e destruição do Ibama
Segundo dados do IBGE, pelo menos 3.299 espécies estavam em risco de extinção no Brasil em 2014. Apenas uma parcela da fauna foi analisada e, conforme apontam os dados, 10% da nossa diversidade natural está ameaçada à inexistência. Conheça algumas dessas espécies de animais em extinção no Brasil através dessa Seleção:
Não podemos listar aqui as mais de 3200 espécies ameaçadas de extinção em nosso país. Mas procuramos selecionar alguns animais em extinção no Brasil para mostrar que a necessidade de conservação e de políticas públicas nesse sentido é ampla: em todos os cantos e águas de nossa pátria de dimensões continentais há necessidade de proteção.
© Kauê Vieira animais em extinção no Brasil - animal em extinção - tartaruga
Ararinha-azul não é vista na natureza há anos; existem cerca de 200 pássaros desse tipo ao redor do mundo
A ararinha-azul é uma espécie de arara que costumava ser bastante comum nas regiões da Caatinga e no Cerrado. Considerada extinta na natureza, a espécie só existe em cativeiros e zoológicos atualmente. Um dos principais motivos para sua extinção é a caça e o tráfico de animais, além da destruição de seu habitat pela mão humana. É um dos animais em extinção do Brasil que mais recebe atenção internacional.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - lobo guará
Muito além da nota de R$ 200, o lobo-guará é considerado símbolo nacional, mas está ameaçado de extinção
O lobo-guará é um animal que habita o bioma do Cerrado. Principal canídeo da América do Sul, o nosso lobinho está considerado em risco de entrar em extinção devido à recente redução de sua população. Seu habitat comum era a Mata Atlântica e os Pampas, mas acabou sendo afastado de lá e foi para o Alto Pantanal, para o Cerrado e, em casos raros, para a Caatinga.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - tartaruga
Tartaruga-cabeçuda está ameaçada de extinção: animal também é chamado de tartaruga-comum
A tartaruga-cabeçuda (ou tartaruga-comum) não habita somente o nosso país. Entretanto, é comum que esse animal bote seus ovos na costa brasileira, especialmente nos estados do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. A espécie é considerada ameaçada de extinção e boa parte desse processo está relacionado com a destruição de seus ovos na praia.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - jacaré do papo amarelo
Jacaré do Papo Amarelo é outro símbolo nacional que pode deixar de existir
O Jacaré do Papo Amarelo é um dos animais em extinção no Brasil. Segundo o Ibama, a destruição de seu meio ambiente – como as queimadas no Pantanal – e a poluição nas águas têm causado uma redução considerável de sua população nos últimos anos.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - macaco prego
Apesar de parecido e também estar em extinção, não confunda o macaco-prego com o mico-leão dourado!
O macaco-prego dourado é um animal natural da Mata Atlântica nordestina. Também conhecido como macaco-prego galego, ele está em grande risco de extinção, segundo os especialistas. Hoje, ele habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - boto cor de rosa
Boto-cor-de-rosa é lenda das águas e pode ser extinto; animal é vítima da pesca de outros animais
O boto-cor-de-rosa é um daqueles animais míticos do Brasil: o amazônico é o maior golfinho de água-doce, mas a pesca na Amazônia com redes acaba predando os botos e, por isso, ele é considerado ameaçado de extinção.
© Yuri Ferreira animal em extinção no Brasil - ariranha
A ariranha é um dos animais ícones da Amazônia; seu som icônico e seu rosto ora engraçado, ora assustador, é símbolo das águas
A ariranha é um mustelídeo – como as doninhas e as lontras – nem tão comum assim nas águas amazônicas. Nem tão comum porque o animal é vítima da caça e da pesca e, por isso, está ameaçado de extinção. Atualmente, há menos de cinco mil ararinhas no Brasil.
© Yuri Ferreira animal em extinção no Brasil - curimatã
O curimatã ou curimbatá é vítima da pesca; peixe de água doce é comestível, mas pode desaparecer em breve
O curimatã é um dos peixes mais comuns da mesa brasileira: o animal de água doce está sempre no prato do brasileiro. Mas a pesca de rede e a expansão da tilápia (em breve, explicamos) fez com que essa espécie entrasse em risco de extinção recentemente no Brasil.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - toninha
A toninha é um dos animais em extinção no Brasil e no mundo todo
Toninha é um nome relativamente genérico para diversos tipos de baleias e golfinhos. Entretanto, por conta da pesca e até do som que os navios fazem no mar, as toninhas que habitam a costa brasileira estão desaparecendo e a maior parte das espécies estão em risco de extinção.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - pica-pau
Pica-pau de capacete ou Pica-pau-de-cara-canela é um animal em extinção no Brasil
Em extinção no Brasil, o pica-pau-de-cara-canela é uma ave comum no Paraguai, no Paraná e em São Paulo. Um dos poucos pica-paus do nosso país, esse animal é alvo do tráfico de pássaros e da destruição de seu habitat, a Mata Atlântica.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - pacu
O pacu é um dos principais peixes das águas doces do nosso país
O pacu, assim como o curimatã, é outro peixe comum na mesa dos brasileiros. Comumente consumido como assado, o animal é vítima de pescas em épocas inapropriadas e pode deixar de existir nas águas do nosso país com o baixo nível de regulação sobre a pesca que há no país.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - gato-do-mato-pequeno
Sim, a exploração desmedida do meio ambiente fez com que essa bichano aí ficasse em risco de extinção
O gato do mato pequeno não tem esse nome à toa: ele é menor que os gatos domésticos, pesa em média só 2 quilos e raramente passa dos 50 centímetros de comprimento. Natural de toda região norte e nordeste do Brasil, ele foi perdendo espaço para as aglomerações humanas.
© Yuri Ferreira
A ararajuba é um dos mais belos animais da nossa fauna e é mais um pássaro vitimado pelo tráfico
A ararajuba ou guaruba é um animal endêmico do norte do Brasil. Devido ao tráfico de animais, há pouco menos de 3 mil guarubas vivas no país atualmente e a caça preocupa especialistas. Atualmente, ela só existe na Floresta Nacional do Tapajós e na Reserva Biológica do Gurupi.
Existem diversas causas para o risco dos animais em extinção no Brasil: mas basicamente elas podem ser divididas em três categorias:
A preservação da diversidade da fauna passa não só pelo trabalho de conservação dos biólogos, mas também é responsabilidade de políticas públicas com o fim de desacelerar a mudança climática, que também intensifica o processo de extinção de diversas espécies ao redor de todo o planeta.
“As mudanças climáticas ameaçam áreas transbordantes de espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. O risco de que tais espécies se percam para sempre aumenta mais de dez vezes se falharmos os objetivos do Acordo de Paris”, alerta Stella Manes cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
*Por: Yuri Ferreira / HYPENESS
AMAZÔNIA - Um estudo publicado na quarta-feira (14), na revista científica Nature, indicou que a devastação em regiões de floresta afetada pelo desmatamento está causando um fenômeno inverso: ao invés de absorver carbono, a floresta está emitindo mais gases tóxicos.
O levantamento foi liderado por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a cientista Luciana Vanni Gatti, e apontou que a floresta amazônica emite 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano além do que consegue absorver.
A região mais crítica fica na região sudeste da Amazônia, ponto de fronteira com outros biomas e berço do chamado “arco do desmatamento”.
Para chegar aos números apontados no levantamento, a equipe de pesquisa coletou 590 amostras do ar em diferentes altitudes, variavando entre 4.420 metros e 300 metros acima do nível do mar. Para realizar o trabalho, foram usados aviões em quatro pontos da Amazônia entre 2010 e 2018.
A pesquisa publicada na Nature também se diferenciou na forma de coleta do material de análise, isso porque outros projetos científicos medem o carbono disponível no tronco das árvores, enquanto a equipe de Luciana Gatti mediu o CO2 que está no ar. Acredita-se que essa forma de análise consiga monitorar o nível gases tóxicos na atmosfera com mais exatidão.
A íntegra do estudo pode ser acompanhada clicando aqui.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
GRAMADO/RS - O inverno chegou com tudo na Serra Gaúcha, onde pelo menos dez cidades registraram temperaturas negativas essa semana. São José dos Ausentes, por exemplo, teve as sensações térmicas mais baixas do ano, com os termômetros marcando -2,9°C na terça-feira (29). O grande destaque, no entanto, foram os primeiros flocos de neve de 2021 caindo sobre Gramado, cena registrada e compartilhada por moradores nas redes sociais:
❄ Neve fraca em Gramado nesta manhã. @metsul ? Eduardo Cavichioni/Especial pic.twitter.com/7uyfADvclk
— Jornal NH (@jornalnh) June 29, 2021
E ela chegou ❄
— Prefeitura de Gramado (@cidadedegramado) June 29, 2021
Primeira neve do ano pic.twitter.com/iNmnuy7LIH
Enquanto isso, Caxias do Sul teve neve e chuva congelada, dois fenômenos meteorológicos diferentes. O primeiro acontece quando toda a atmosfera está próxima ou abaixo dos 0ºC, o que faz com que a água caia já no formato de pequenos flocos de neve. O segundo acontece quando as temperaturas atmosféricas estão um pouco mais elevadas: os pingos despencam das nuvens em formato líquido, mas congelam antes de tocar no solo, formando pequenos cristais de gelo.
TEMPO | Neve fraca em Caxias do Sul. Vídeo da emissora parceira @RadioCaxias. ☃️ pic.twitter.com/KR16AZeUGG
— MetSul.com (@metsul) June 29, 2021
A possibilidade de ver neve é um dos motivos que levam tantos turistas para a Serra Gaúcha durante o inverno. É durante essa estação, porém, que o trânsito e a dificuldade de encontrar lugar para estacionar são dignos de metrópole nas queridinhas Gramado e Canela. Mesmo durante a pandemia, os municípios inauguraram novas atrações a tempo da alta temporada, como o parque aquático indoor Acquamotion e a nova passarela de vidro Skyglass. Confira os nossos guias atualizados de Gramado e Canela.
Serra Catarinense
A neve também está caindo na Serra Catarinense. Desde o início da semana, as baixas temperaturas estão fazendo com que os municípios de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema amanheçam com neve acumulada nas ruas. Veja as imagens:
TEMPO | Neve ganha força no Planalto Sul Catarinense. Era a tendência. Com a chegada de ar mais gelado da tarde para a noite de hoje a previsão é que as precipitações antes de chuva congelada sejam essencialmente de neve e atinjam mais locais. Vídeo de @guilhermercf em Urubici. pic.twitter.com/Xh0N6FTaKF
— MetSul.com (@metsul) June 28, 2021
Maior neve em 23 anos, pelo menos, na área urbana de Urupema, vídeo via Rodrigo/BAZ.
— CLIMATERRA (Ronaldo Coutinho e Piter Scheuer) (@Climaterra) June 30, 2021
Coutinho/Piter Scheuer pic.twitter.com/n6oSNaUTrk
*Por: Bruno Chaise / VIAGEM E TURISMO
SÃO PAULO/SP - A derrubada de árvores no Instituto Butantan, localizado na Zona Oeste da capital paulista, causou revolta em moradores da região. Durante duas semanas, com início no final do mês de maio, uma área de cerca de 13 000 metros quadrados, contendo vegetação de grande porte, foi desmatada.
Segundo o Instituto, naquela região do terreno, conhecida como Fazendinha, será construído um laboratório que vai auxiliar na fabricação de imunobiológicos em função da "elevada demanda de produção de vacinas e soros". Como compensação ambiental, 2 215 mudas de espécies nativas da região serão plantadas em 40 000 metros quadrados, dentro do Butantan. O barulho das serras elétricas, no entanto, chamou atenção dos moradores de condomínios residenciais da Rua Barroso Neto, vizinhos da área verde da instituição.
"A gente começou a ouvir as árvores tombando", diz a professora Tarita de Souza, 42. "Por que eles tiveram que devastar uma área em São Paulo? Isso que me deixa revoltada. Com tanto lugar para construir, acho que como sociedade, a gente devia questionar", afirma. "Começaram a abrir clareiras. Demorou quase uma semana para a gente obter resposta [do Butantan], pensamos que iam acabar com todas as árvores". Aquela não é a única área verde do complexo, que conta com 750 000 metros quadrados de vegetação, o equivalente a metade do Parque Ibirapuera. De acordo com a instituição, a mata que crescia na área não era nativa e, por isso, aquele pedaço foi escolhido para abrigar o novo laboratório.
O professor Marcus Mazzari, 62, também vizinho do local, pede explicações. "Eles falam que vão fazer uma compensação, mas onde, quando? E se eles têm espaço para compensação, por que não construir lá então? É o habitat de animais, é algo muito preocupante. Quantos anos vai demorar para crescer? Ninguém está contestando a necessidade de se lutar pela produção de vacinas, mas o meio ambiente também é importante", comenta.
De acordo com a instituição, o plantio das mudas deve começar em cerca de dois meses, em uma área próxima da que foi desmatada. A derrubada das árvores foi autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que informa que a autorização foi baseada em leis federais e estaduais: "também foi consultada a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município [São Paulo], que se manifestou por não ter oposição à supressão de vegetação para implantação do Biotério Central", disse em nota para a Vejinha.
Biotérios são viveiros onde se conservam animais em condições adequadas para o uso em pesquisas científicas.
O Butantan é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). Procurado pela reportagem, o órgão de preservação afirmou que "autorizou o projeto de ampliação das atividades. A instituição do governo de São Paulo iniciou o trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para construção do novo laboratório P 402. Todas essas intervenções em curso na área tombada seguem o Plano Diretor, aprovado pelo Condephaat".
"Infelizmente, é mais um pedaço de área verde que a cidade perde", finaliza o professor Marcus Mazzari.
Confira abaixo a íntegra da nota do Butantan sobre o caso:
O Instituto Butantan informa que iniciou trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para a construção de um novo laboratório que auxiliará na produção de imunobiológicos na instituição. Todo o trabalho realizado conta com a devida autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (n° 022210/2021 – Processo Administrativo n° 062913/2020-78 e Licença de Instalação n° 45002809) e uma compensação ambiental será realizada com a restauração ecológica de uma extensão de aproximadamente 40 mil metros quadrados nas proximidades da região impactada, contemplando uma área três vezes maior que o local das intervenções.
Para a restauração, será realizado o plantio de enriquecimento, conjugado com a regeneração natural de espécies nativas e com o incremento da diversidade de espécies promovidas pelo plantio de 2.215 mudas de espécies nativas.
O Instituto Butantan também elaborou informes que começaram a ser enviados aos vizinhos para fins de esclarecimentos de dúvidas. No documento consta, dentre outras informações, o número da licença que nos permite realizar o manejo.
Em função da elevada demanda de produção de vacinas e soros, e com isso a necessidade de expansão da Instituição, necessários para o atendimento da demanda nacional e desenvolvimento de novas pesquisas, o Instituto Butantan pretende construir os prédios para abrigar as instalações do novo laboratório P 402 e suas utilidades P 1401, devido ao seu papel estratégico e de grande relevância para produção dos imunobiológicos produzidos no Instituto Butantan.
Ressaltamos, por fim, que o Butantan possui 750 mil metros quadrados de área verde.
*Por: Guilherme Queiroz / VEJASP
SÃO PAULO/SP - A seca que atinge o Brasil há vários meses ameaça o abastecimento de eletricidade do país, muito dependente de suas hidrelétricas, aumenta o custo da energia e põe em risco a produção agrícola e a recuperação da economia.
A falta de chuvas nas regiões sudeste e centro-oeste do país é a pior em quase um século, segundo o governo brasileiro, e a situação não deve melhorar: o inverno é caracterizado por chuvas fracas nessas regiões.
No sul do Brasil, o principal culpado é o fenômeno climático La Niña, explica à AFP Pedro Luiz Cortês, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP).
Ativo de setembro até o início de maio, o fenômeno pode retomar no final de setembro, quando normalmente começa o período de chuvas. "Na prática, nós vamos ter de um ano e meio a dois anos de período seco atingindo a região sul", prevê o pesquisador.
Em relação ao centro-oeste, Cortês aponta para um déficit pluviométrico de quase uma década devido ao "desmatamento da Amazônia, que abaixa a umidade na atmosfera e reduz as chuvas na região central", problema que pode se tornar "crônico".
A estiagem afeta o funcionamento do setor hidrelétrico, que contribui com 63,8% do potencial de produção de energia elétrica do Brasil, com grande parte das usinas localizadas nessas duas regiões.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível médio dos reservatórios dessas usinas caiu no final de maio para 32%, o pior desde a crise hídrica de 2015, comprometendo sua capacidade de produção de energia nos meses por vir.
No dia 1º de junho, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou até novembro "situação crítica de escassez de recursos hídricos" na bacia do Paraná, zona de maior potencial hidrelétrico do país.
Isso permitirá modificar temporariamente as regras de captação de água. "Num primeiro momento", porém, "a necessidade de restrições para usos consuntivos como a irrigação e o abastecimento humano não é vislumbrada", diz a resolução da ANA.
Mas, para preservar suas reservas, o setor elétrico quer flexibilizar as regras de vazão mínima das barragens, o que pode ter um impacto negativo sobre outros usos dos recursos, como transporte fluvial ou irrigação.
Para salvar os reservatórios e evitar um apagão gigantesco ou racionamento como o de 2001, ainda fresco na memória dos brasileiros, o governo também passou a solicitar usinas térmicas disponíveis.
"Mas as usinas termelétricas são fontes secundárias. Mesmo somadas a outras fontes de eletricidade, como o crescente parque eólico, dificilmente compensarão as hidrelétricas se o consumo de energia aumentar significativamente com a retomada da atividade econômica", afirma Pedro Luiz Cortês, para quem a urgência agora é sensibilizar a população.
De qualquer forma, os brasileiros sentirão os efeitos da crise no bolso: em função do maior custo operacional das termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica, após um primeiro reajuste em maio, acionou a bandeira vermelha de patamar 2, o maior existente, para junho, uma taxa adicional de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos.
A seca também atinge importantes regiões agrícolas e ameaça as lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja,milho e soja, pressionando seus preços.
Aves e suínos, alimentados com rações de cereais e oleaginosas, também devem custar mais, alerta André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A indústria, por sua vez, "já segue muito afetada pelo encarecimento das matérias-primas e a questão da energia é mais um desafio", ressalta o especialista.
A consultoria MB Associados projeta alta de 5,8% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, acima do teto estabelecido pelo governo.
Essa pressão inflacionária pode levar o Banco Central a voltar a aumentar suas taxas de juros.
Já o PIB, após ter caído 4,1% em 2020, pode crescer este ano na mesma proporção.
Mas para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, "a recuperação da economia (...) em andamento" pode ter seu ritmo "atrasado" pela questão energética e pela chegada iminente da terceira onda da covid-19.
*Por: AFP
SÃO PAULO/SP - Uma ossada de quatro metros de comprimento foi encontrado na praia da Barra do Una, em Peruíbe, no litoral sul do estado de São Paulo, neste fim de semana. A apuração é do G1.
O pescador Marcelo Rodrigues, 46, é um dos moradores da região que divulgaram imagens do esqueleto nas redes sociais. “Passo por ali quase todos os dias, mas naquele dia me deparei com aquilo tudo. Corri para casa, que fica perto, para buscar o celular e tirar fotos”, disse ao G1.
Segundo o biólogo marinho Thiago Augusto do Nascimento, responsável pelo Aquário Municipal e presidente do Instituto Ambiecco, a ossada é de uma baleia. Ele acredita que seja uma baleia-de-bryde de 14 metros que encalhou, já morta, na região em 2009.
*Por: ISTOÉ
AMAZÔNIA - Em abril, o desmatamento na Amazônia Legal atingiu seu maior valor na série histórica para o mês nos últimos 10 anos. A divulgação dos dados é do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), com base no SAD (Sistema de Alerta do Desmatamento), que monitora a região por satélite. Somente neste mês, a área total devastada foi de 778 km². As informações são do UOL.
O aumento em relação a abril de 2020 é de 45% no desmatamento. Entre os estados da Amazônia Legal, o Amazonas lidera o ranking de regiões com maior área desmatada. Em seguida vem o Pará com 26%, Mato Grosso com 22%, Rondônia com 16%, Roraima com 5%, Maranhão com 2% e Acre com 1%.
Segundo o Imazon, as florestas degradadas na Amazônia Legal somam 99 km² em abril. O aumento em relação ao mesmo período do ano passado é de 60%.
*Por: ISTOÉ
EUA - Quando falamos de vida selvagem, para os animais vale quase tudo para sobreviver e se alimentar. Se você está curioso, um vídeo compartilhado recentemente pelo perfil do Instagram The Real Nature Page mostra como um embate entre um tigre e um javali é interrompido por um crocodilo.
Na gravação, que em pouco tempo de publicada já superou as 130 mil visualizações, pode-se perceber que o felino está tentando garantir seu almoço, quando é surpreendido pelo réptil que também tenta ganhar um pedaço da presa.
Ao se ver diante da situação com mais um predador, o tigre sai arrastando o javali, que tenta de todas as formas escapar do ataque.
Vídeo rendeu diversos comentários
É isso aí! Os internautas aproveitaram a oportunidade para compartilhar suas impressões sobre as imagens, deixando mensagens como:
Preparado para ver como tudo aconteceu? Confira a seguir o vídeo divulgado no Instagram.
*Por: Leandro Luz / METRO
DOURADOS/MS - Uma capivara foi encontrada “passeando” no interior de um motel em Dourados, em Mato Grosso do Sul, e capturada por agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA). O animal foi levado de volta para a natureza.
As autoridades foram acionadas por funcionários do estabelecimento, que não sabiam como a capivara foi para no motel, segundo o G1.
De acordo com a PMA, os oficiais usaram cambões e uma espécie de rede para capturar a capivara. Depois, o animal foi colocado em uma jaula de contenção e levado a uma mata nativa distante da cidade.
A polícia também afirmou que a capivara capturada no motel não tinha nenhum ferimento.
Capivaras do Centro-Oeste
Em fevereiro, uma capivara atacou um morador de Brasília quando ele se exercitava dentro do Lago Paranoá. Fernando Soaris foi mordido nas pernas e nas mãos. Ao todo, ele precisou levar quase 40 pontos.
No geral, capivaras são animais muito tranquilos e não atacam. É possível que fosse uma fêmea assustada, tentando proteger seus filhotes, ou um macho estressado com brigas de território. Outra questão é que, sem predadores naturais, as capivaras se multiplicam descontroladamente, o que pode causar superpopulação e com isso animais estressados.
*Por: Go Outside
AMAZÔNIA - Nossa natureza está menos bela. Rica em biodiversidade, a floresta amazônica pede socorro, uma vez que as borboletas, ilustres moradoras, podem desaparecer. Altamente dependentes das árvores, os lepidópteros — termo científico usado para definir borboletas e mariposas — estão perdendo a cor, reflexo das ações humanas que lhes rouba a vida.
Um estudo intitulado “Descolorindo a Floresta Amazônica”, feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Federal de Pelotas, junto com a Universidade de Exeter, no Reino Unido, analisou mais de mil quilômetros quadrados da floresta e confirmou que o ecossistema está em colapso. Nas áreas menos devastadas, ainda é possível ver insetos com asas vermelhas, verdes e azuis, entre outros tons, e é por isso que eles conseguem se camuflar e manter uma alimentação razoável. Nas áreas onde quase tudo foi destruído, as borboletas ficam no solo, comem e moram em plantas queimadas, o que explica as cores marrom e cinza. Para o geógrafo Marcelo Lemes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), “o desmatamento reduz o número de espécies porque nem todas se ajustam ao clima”.
Ele ressalta que os insetos coloridos não se adaptam tão bem fora de zonas com vegetação, mas as borboletas escuras sim, uma vez que se camuflam no solo, nas folhas e na fuligem para fugir dos perigos. Opinião que Olaf Hermann, Lepidopterologista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), reforça. “Se acabar a comida, acaba a vida, é simples”, diz. “É um cenário muito triste, mas a tendência é aumentar”.
Hermann destaca que o descaso do governo brasileiro com o meio ambiente não é novidade, mas que nunca viu uma situação como a atual, em mais de 20 anos estudando borboletas. “Se os políticos não tomarem iniciativas, vai acabar tudo”, lamenta. Elas são fundamentais para a Amazônia. É seguro afirmar que as borboletas sem cor simbolizam o início do fim da nossa natureza.
*Por: Brian Alan / ISTOÉ
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