SÃO PAULO/SP - Piscicultura é a ciência que estuda e desenvolve técnicas de cultivo e reprodução de peixes. Esse cultivo é realizado em condições adequadas, com controle de iluminação e temperatura da água, podendo ocorrer em ambientes de água doce ou salgada (onde recebe o nome de maricultura). Um dos principais objetivos da piscicultura é garantir produtos para o consumo com maior controle e regularidade.
Como é realizada
A principal finalidade da piscicultura é produzir peixes. Embora sejam criados em maior quantidade para a comercialização como recurso alimentício, os peixes também são cultivados para uso esportivo e ornamental.
Esses animais podem ser cultivados tanto em ambientes naturais, como lagos, lagoas e o próprio oceano, quanto em tanques artificiais construídos pelo ser humano. Entre as metodologias utilizadas para produção aquícola, pode-se citar o uso de viveiros escavados no solo (reservatórios que permitem a entrada e saída de água), tanques-rede ou gaiola flutuante e o cultivo em espinhel e balsas.
Cenário atual
A piscicultura vem ocupando uma posição de destaque na produção mundial de proteína animal. Esse setor encontra-se em expansão desde os anos 90, e apresenta uma taxa de crescimento anual global estimada em torno de 7%. No Brasil, o aumento do consumo per capita de pescado e as condições favoráveis ao desenvolvimento dessa prática têm estimulado a produção aquícola, que alcançou um total de 707 mil toneladas em 2015. Esse número fez com que o país ocupasse o 12º lugar no ranking mundial de aquicultura.
Entre as espécies que são destaque na produção brasileira está a tilápia, uma espécie exótica, porém intensamente cultivada na região sudeste e sul do país; os tambaquis e pirarucus, alvo da piscicultura na região norte brasileira; e as carpas.
Impactos
Por ser uma atividade agropecuária, a piscicultura tem efeitos negativos. De acordo com estudos, os principais impactos causados por essa prática são:
O salmão é uma espécie muito afetada pela piscicultura. Estudos mostram que grandes criadouros com uma quantidade considerável de salmões são o ambiente propício para o desenvolvimento de parasitas perigosos, como o piolho de peixe.
No Canadá, pesquisas apontam que esse problema se tornou ainda mais sério. A explosão da população de piolhos de peixe causou, em algumas regiões, a diminuição de 80% da população de salmão rosa. Já na Finlândia, pesquisadores afirmam que o problema é o fortalecimento e maior resistência de doenças. Enquanto os peixes dos criadouros são tratados com medicamentos, os salmões selvagens acabam infectados e morrendo.
Além disso, a própria estrutura necessária para a aquicultura pode causar sérios problemas ambientais. De acordo com a Food and Agriculture Organization da ONU (FAO), quando os criadouros são instalados em locais com correntes de água inadequadas, eles podem causar acúmulo de metais pesados, como cobre e zinco.
É fonte de poluição por microplástico
Pesquisas na área de piscicultura revelam preocupações crescentes relacionadas às partículas de microplástico presentes na alimentação dos peixes.
Um estudo publicado na revista Aquaculture analisou 26 produtos de farinha de peixe de 11 países em quatro continentes diferentes. Em quase todas as amostras foram encontrados plásticos, exceto na farinha da Antártica.
A farinha de peixe é um ingrediente que faz parte da alimentação dos peixes. A própria ração utilizada na indústria de criação de peixes inclui a farinha. No entanto, produzir esses alimentos sem microplásticos parece uma missão impossível. Segundo Sedat Gündo?du, biólogo marinho e autor do estudo publicado na Aquaculture, o oceano é um grande sistema que hospeda toneladas de lixo plástico, logo, os alimentos derivados desse ambiente são contaminados com plástico e seus fragmentos como o micro e o nanoplásticos.
Mesmo os animais criados em outros ambientes estão sendo contaminados com as partículas. E esse problema também chega à alimentação dos seres humanos. Os microplásticos mudam a saúde dos peixes e, consequentemente, podem afetar a nutrição e causar outros efeitos na saúde humana, como piorar a asma, inflamar o sistema imunológico e danificar os órgãos internos.
Ainda que os peixes não consumam as partículas de plástico diretamente, existem outras vias de exposição, como as redes de plástico da pesca fantasma. Em suma, como aponta Gündo?du, estamos em uma armadilha de plástico em que as partículas voltam ao prato em algum momento.
*Por: Equipe eCycle
BELO HORIZONTE/MG - Acordos entre responsáveis por atividades poluidoras ou prejudiciais à natureza e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) poderão voltar a ser celebrados. Desde maio, os Termos de Ajustamento de Condutas (TACs) estavam suspensos pela Justiça, atendendo ao Ministério Público, que considerava o instrumento inconstitucional.
Na página da Semad, há disponíveis para consultas 827 TACs firmados com o setor produtivo em todas as regiões mineiras, desde ajustamentos para impedir derrubada da vegetação, expansões de minas e outras atividades, alguns desses instumentos prevendo até compensações para a sociedade por danos já causados.
No dia 4 deste mês, a decisão foi revertida na Justiça, após atuação judicial da Advocacia-Geral do Estado (AGE) a partir de subsídios técnicos fornecidos pela Semad, permitindo a retomada da assinatura dos TAC’s.
De acordo com a Semad, o TAC é instrumento "utilizado para garantir a continuidade da operação do empreendimento, ainda sem a devida regularização ambiental, sem causar danos ao meio ambiente".
Durante o período de vigência do termo, o empreendedor é monitorado constantemente pelo órgão ambiental até que seu processo de regularização seja analisado pela unidade competente. A secretária Marília Melo ressaltou a compreensão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) sobre a importância dos TAC’s e destacou que o instrumento não substitui a licença ambiental.
“A decisão foi um grande acerto e uma garantia para a continuidade da celebração de TAC'S com requisitos essenciais, que garantem a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado”, salientou.
Para embasar a atuação da AGE, foram elaboradas cinco notas técnicas por diversas áreas da Semad. Os documentos foram considerados como as diretrizes para a celebração dos TAC’s. Dentre as notas técnicas que foram elaboradas destaca-se a Nota Técnica Suram 004/2021, que define a estrutura do Termo de Ajustamento de Conduta fixando as obrigações e forma de instrução do pedido.
“O TAC é um instrumento importante para que se tenha alternativas de conseguir manter o desenvolvimento sustentável da atividade produtiva, mantendo a higidez técnica, e garantindo a proteção ambiental no território mineiro”, avalia o assessor de Gestão Regional da Semad, Vitor Salum.
As cláusulas para assinatura do TAC apresentam condições e prazos para adequar o empreendimento à legislação. Isso será feito com determinações de medidas de controle de fontes de poluição e adoção de medidas mitigadoras de danos ambientais, conduzindo o empreendimento à regularidade ambiental. O TAC também deve conter as obrigações da empresa junto ao órgão ambiental, além de descrever as medidas de monitoramento, controle e fiscalização por parte da Semad.
Outro fator presente no instrumento é a previsão de punições administrativas em caso de descumprimento das determinações feitas no âmbito do TAC. As medidas vão desde a aplicação de multas até a suspensão e embargo total das atividades. Todos os Termos de Ajustamento de Conduta firmados deverão ser publicados, também, do Diário Oficial do Estado, e disponibilizados no site da Semad.
*Por: Mateus Parreiras / ESTADO DE MINAS
SÃO PAULO/SP - O café sustentável é um ramo em ascensão dentro do mercado e envolve a adoção de diversas práticas no campo. O Brasil é o maior produtor e exportador de grão de café, além de ser o maior consumidor mundial da bebida.
Nesse contexto, o café sustentável permite que os cafeicultores se diferenciem no mercado e alcancem um consumidor atento a práticas de sustentabilidade. Os grãos considerados sustentáveis também têm um valor de mercado mais alta, o que atrai os produtores.
Café sustentável
O ramo do café sustentável não é muito diferente de outros setores, de modo que para fazer jus à denominação as empresas cafeicultoras precisam criar processos de produção, serviços, métodos de gestão ou de negócio inovadores e que tragam resultados positivos para a sociedade e o meio ambiente. Alguns fatores envolvidos são a redução de riscos ambientais, da poluição e de outros impactos negativos do uso de recursos.
Além disso, para ser considerado sustentável, o negócio também precisa ser eficiente em termos econômicos, respeitar a capacidade de suporte do meio ambiente e ser instrumento de justiça social, promovendo a inclusão social.
Segundo o Sebrae, "a relação entre inovação e sustentabilidade pode ser entendida como sendo aquela que cria valor agregado sem comprometer o equilíbrio entre os aspectos econômico, ambiental e social das empresas. E a consequência é o fortalecimento da sua competitividade, lucratividade e até mesmo sobrevivência".
A inovação feita com base no tripé da sustentabilidade é considerada fundamental para o setor do café sustentável, e tem três principais características:
Diferenciais do café sustentável
O café sustentável segue uma regulamentação específica em sua cadeia de produção, que conta com recomendações para plantio, cuidados com a lavoura, colheita, armazenamento e torrefação. Segundo o Sebrae, essas exigências favorecem os pequenos e médios produtores, que podem ter maior controle das etapas, cumprindo as exigências do mercado sustentável. A produção de café orgânico é parte desse nicho e também está em expansão.
O modelo do café sustentável também atrai cooperativas e associações de cafeicultores. A produção pode se dar de modo independente, quando o cafeicultor realiza todos os ciclos, ou integrado, quando as etapas produtivas são divididas entre os membros da cooperativa.
A implementação do sistema de produção do café sustentável pode ter custos iniciais que superam as rotinas tradicionais. No entanto, o produto final tem mercado garantido, com maior valor de venda, o que compensa os investimentos.
O respeito ao trabalhador e o incentivo à capacitação na produção do café sustentável são atrativos para conseguir mão de obra, fator que pode ser um desafio para os cafeicultores. Esse modelo de produção também envolve menos riscos que o convencional, o que resulta em um produto de melhor qualidade.
Certificação do café sustentável
A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) oferece uma certificação aos cafeicultores que investem na produção sustentável. O selo "Cafés Sustentáveis do Brasil" pode ser solicitado e a associação oferece apoio quanto às normas necessárias para qualificação dos produtores.
Esse processo de certificação tem início com o preenchimento de um termo de adesão. Assim, oprodutor é orientado sobre as etapas para que seu café seja considerado sustentável e terá um prazo para se adequar às regras. Cumpridas as exigências, o processo produtivo do café será avaliado para atestar se a propriedade cumpre a regulamentação, recebendo assim o certificado sustentável.
O café sustentável pode ser produzido em uma mesma propriedade que mantém o sistema convencional de plantio. É necessário que o produtor separe uma parte do terreno para a lavoura sustentável. Vale lembrar que oselo da Abic é emitido para os produtos torrado e moído e em geral está ligado a outros certificados, como Rainforest Alliance, Fair Trade, Utz Certified, Certifica Minas ou Orgânico, que são responsáveis pela avaliação e auditoria das fazendas.
Para receber o selo, o café sustentável certificado deve comprovar que pelo menos 60% do blend a matéria-prima básica para cafés superiores e gourmets é proveniente de fornecedores sustentáveis.
*Por: Equipe eCycle
PORTO ALEGRE/RS - No final do mês de julho e começo do mês de agosto, uma massa de ar frio atingiu a região Sul do Brasil – e avançou de modo que algumas quedas bruscas de temperatura foram previstas também para regiões do Norte e Nordeste do país. O frio intenso trouxe neve para diversas cidades do sul brasileiro – em Santa Catarina, por exemplo, nevou em mais de dez cidades.
Eventos de frio fora do comum costumam levantar uma questão entre os desavisados: “Se estamos passando pelo aquecimento global, por que o frio?”. Mas não se engane: o aquecimento global não se resume, necessariamente, apenas ao aumento de temperatura ao redor do planeta.
Pode parecer paradoxal falar de aquecimento global e frio extremo, mas são coisas muito relacionadas uma à outra – o que pode explicar a neve incomum em solo brasileiro. Calma, vamos explicar.
O aquecimento global é o agravamento do efeito estufa. Nossa atmosfera possui gases como o vapor d’água e o dióxido de carbono (CO2) que atuam como um cobertor ao redor do planeta, mantendo uma temperatura favorável à nossa sobrevivência por aqui.
Mas, desde o século 18, a humanidade tem aumentado a quantidade de carbono no ar, a partir da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento de florestas (que convertem CO2 em oxigênio), por exemplo. Assim, o efeito estufa da nossa atmosfera foi intensificado, fazendo com que a absorção de calor e a temperatura média do planeta aumentassem.
O clima da Terra tem uma variabilidade natural. Com as temperaturas mais quentes, o planeta tenta reagir a essa situação inesperada, buscando retornar ao clima normal (mais ou menos como a transpiração, que serve para equilibrar a temperatura do corpo quando superaquecemos). E são nessas reações que extremos de frio, calor, seca ou chuva, por exemplo, são gerados.
“Em função do aquecimento, os sistemas de circulação atmosférica são alterados. Massas de ar frias podem gerar extremos de temperatura mais baixa ou massas de ar muito mais úmidas podem gerar inundações, por exemplo”, explica Tércio Ambrizzi, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “A circulação geral da atmosfera responde de forma extrema ao aumento de temperatura, causando eventos extremos também”, acrescenta.
O que acontece, então, são mudanças na dinâmica natural do planeta. Assim, o aquecimento global intensifica a ocorrência de eventos extremos – como as tempestades e inundações na Europa ou o calor intenso no Canadá.
E uma série de estudos têm mostrado que o aquecimento global está se intensificando. Já se descobriu que a Terra está capturando quase o dobro de calor que capturava há 16 anos, e que as temperaturas anormais decorrentes das mudanças climáticas – extremos de frio e calor – estão levando a 5 milhões de mortes por ano.
Segundo Ambrizzi, o frio intenso e a neve que apareceram por terras brasileiras nos últimos dias podem, sim, estar relacionadas a essas mudanças climáticas. “A onda de frio que estamos vendo é algo que já aconteceu no passado, sendo parte da variabilidade natural do planeta", diz o professor. "Mas, ao longo dos últimos anos, tem ocorrido com menos frequência e mais intensidade. O aquecimento global faz com que haja um aumento nos [eventos] extremos, então pode estar, sim, relacionado a esse frio anormal no Brasil.
Eventos como esses podem se tornar cada vez mais intensos se a taxa atual de emissão de gases do efeito estufa se mantiver – e se continuarmos a nos preocupar tão pouco com o meio ambiente.
“Nós vemos que o nosso governo demonstra uma preocupação muito baixa com o meio ambiente, e isso é realmente triste", alerta Ambrizzi. "Estamos contribuindo negativamente com o aquecimento global – e seremos punidos a longo prazo.”
*Por: Luisa Costa / SUPER INTERESSANTE
SÃO PAULO/SP - A massa de ar polar que atinge as regiões sul, sudeste, centro-oeste e norte do Brasil a partir desta quarta-feira deve causar temperaturas bem baixas. Em regiões de maior altitude, as mínimas ficarão entre -6°C e -8°C. E durante ao menos três dias, as máximas não devem passar de 10°C. No sul, meteorologistas preveem geadas.
Os efeitos na agricultura podem ser devastadores. Por mais que na região sul as culturas sejam apropriadas para climas mais frios, as temperaturas negativas previstas para os próximos dias podem prejudicar muito a produção. Tanto que cooperativas e outras instituições do setor têm divulgado práticas para proteger as culturas e minimizar as perdas.
Mesmo assim, o perigo é grande. Geadas anteriores já prejudicaram a produção. Só em regiões como Franca, em São Paulo, o prejuízo é estimado em 15%, de acordo com a Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo).
A situação é mais dramática se levarmos em conta que 84% das propriedades da região sul se enquadram na categoria agricultura familiar, de acordo com dados da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) de 2017. São esses os produtores mais afetados pelos eventos climáticos, e também aqueles que menos têm condições de contratar os seguros rurais.
A questão é delicada. Em 2019, por exemplo, as estimativas davam conta de que apenas 10% a 15% da área agrícola total tinha algum tipo de apólice de seguro no país. A região sul está à frente das outras justamente por conta da experiências anteriores com eventos climáticos mais extremos. Os recursos são poucos, a burocracia para contratar os seguros é grande e muitos agricultores pequenos, aqueles que mais sofrem quando perdem a produção, não são elegíveis, ou precisam se contentar com apólices que não cobrem todos os riscos.
Ainda há muito para avançar. Quando anunciou o Plano Safra 2021-2022 há cerca de um mês, a ministra Tereza Cristina criticou os recursos destinados ao seguro agrícola: apenas R$ 1 bilhão, quando a previsão original era de R$ 1,3 bilhão. Se a ministra não está satisfeita, imagine os produtores afetados. A democratização dos seguros no campo é uma pauta urgente, e eventos como essa queda na temperatura só reforçam a necessidade de uma política mais inclusiva.
*Por: André Sollitto, Editor da DINHEIRO RURAL
SÃO PAULO/SP - O Brasil possui uma das mais ricas faunas de todo o planeta. Entretanto, há animais em extinção em todos os biomas: dos oceanos aos rios, dos pampas à Amazônia, a interferência humana fez com que diversas espécies tivessem sua existência ameaçada. Hoje, vamos falar de vários animais em extinção no Brasil e quais são as causas dessa perda para a nossa fauna.
© Yuri Ferreira
Biodiversidade no Brasil está em risco com desmatamento em aceleração e destruição do Ibama
Segundo dados do IBGE, pelo menos 3.299 espécies estavam em risco de extinção no Brasil em 2014. Apenas uma parcela da fauna foi analisada e, conforme apontam os dados, 10% da nossa diversidade natural está ameaçada à inexistência. Conheça algumas dessas espécies de animais em extinção no Brasil através dessa Seleção:
Não podemos listar aqui as mais de 3200 espécies ameaçadas de extinção em nosso país. Mas procuramos selecionar alguns animais em extinção no Brasil para mostrar que a necessidade de conservação e de políticas públicas nesse sentido é ampla: em todos os cantos e águas de nossa pátria de dimensões continentais há necessidade de proteção.
© Kauê Vieira animais em extinção no Brasil - animal em extinção - tartaruga
Ararinha-azul não é vista na natureza há anos; existem cerca de 200 pássaros desse tipo ao redor do mundo
A ararinha-azul é uma espécie de arara que costumava ser bastante comum nas regiões da Caatinga e no Cerrado. Considerada extinta na natureza, a espécie só existe em cativeiros e zoológicos atualmente. Um dos principais motivos para sua extinção é a caça e o tráfico de animais, além da destruição de seu habitat pela mão humana. É um dos animais em extinção do Brasil que mais recebe atenção internacional.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - lobo guará
Muito além da nota de R$ 200, o lobo-guará é considerado símbolo nacional, mas está ameaçado de extinção
O lobo-guará é um animal que habita o bioma do Cerrado. Principal canídeo da América do Sul, o nosso lobinho está considerado em risco de entrar em extinção devido à recente redução de sua população. Seu habitat comum era a Mata Atlântica e os Pampas, mas acabou sendo afastado de lá e foi para o Alto Pantanal, para o Cerrado e, em casos raros, para a Caatinga.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - tartaruga
Tartaruga-cabeçuda está ameaçada de extinção: animal também é chamado de tartaruga-comum
A tartaruga-cabeçuda (ou tartaruga-comum) não habita somente o nosso país. Entretanto, é comum que esse animal bote seus ovos na costa brasileira, especialmente nos estados do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. A espécie é considerada ameaçada de extinção e boa parte desse processo está relacionado com a destruição de seus ovos na praia.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - jacaré do papo amarelo
Jacaré do Papo Amarelo é outro símbolo nacional que pode deixar de existir
O Jacaré do Papo Amarelo é um dos animais em extinção no Brasil. Segundo o Ibama, a destruição de seu meio ambiente – como as queimadas no Pantanal – e a poluição nas águas têm causado uma redução considerável de sua população nos últimos anos.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - macaco prego
Apesar de parecido e também estar em extinção, não confunda o macaco-prego com o mico-leão dourado!
O macaco-prego dourado é um animal natural da Mata Atlântica nordestina. Também conhecido como macaco-prego galego, ele está em grande risco de extinção, segundo os especialistas. Hoje, ele habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - boto cor de rosa
Boto-cor-de-rosa é lenda das águas e pode ser extinto; animal é vítima da pesca de outros animais
O boto-cor-de-rosa é um daqueles animais míticos do Brasil: o amazônico é o maior golfinho de água-doce, mas a pesca na Amazônia com redes acaba predando os botos e, por isso, ele é considerado ameaçado de extinção.
© Yuri Ferreira animal em extinção no Brasil - ariranha
A ariranha é um dos animais ícones da Amazônia; seu som icônico e seu rosto ora engraçado, ora assustador, é símbolo das águas
A ariranha é um mustelídeo – como as doninhas e as lontras – nem tão comum assim nas águas amazônicas. Nem tão comum porque o animal é vítima da caça e da pesca e, por isso, está ameaçado de extinção. Atualmente, há menos de cinco mil ararinhas no Brasil.
© Yuri Ferreira animal em extinção no Brasil - curimatã
O curimatã ou curimbatá é vítima da pesca; peixe de água doce é comestível, mas pode desaparecer em breve
O curimatã é um dos peixes mais comuns da mesa brasileira: o animal de água doce está sempre no prato do brasileiro. Mas a pesca de rede e a expansão da tilápia (em breve, explicamos) fez com que essa espécie entrasse em risco de extinção recentemente no Brasil.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - toninha
A toninha é um dos animais em extinção no Brasil e no mundo todo
Toninha é um nome relativamente genérico para diversos tipos de baleias e golfinhos. Entretanto, por conta da pesca e até do som que os navios fazem no mar, as toninhas que habitam a costa brasileira estão desaparecendo e a maior parte das espécies estão em risco de extinção.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - pica-pau
Pica-pau de capacete ou Pica-pau-de-cara-canela é um animal em extinção no Brasil
Em extinção no Brasil, o pica-pau-de-cara-canela é uma ave comum no Paraguai, no Paraná e em São Paulo. Um dos poucos pica-paus do nosso país, esse animal é alvo do tráfico de pássaros e da destruição de seu habitat, a Mata Atlântica.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - pacu
O pacu é um dos principais peixes das águas doces do nosso país
O pacu, assim como o curimatã, é outro peixe comum na mesa dos brasileiros. Comumente consumido como assado, o animal é vítima de pescas em épocas inapropriadas e pode deixar de existir nas águas do nosso país com o baixo nível de regulação sobre a pesca que há no país.
© Yuri Ferreira animais em extinção no Brasil - gato-do-mato-pequeno
Sim, a exploração desmedida do meio ambiente fez com que essa bichano aí ficasse em risco de extinção
O gato do mato pequeno não tem esse nome à toa: ele é menor que os gatos domésticos, pesa em média só 2 quilos e raramente passa dos 50 centímetros de comprimento. Natural de toda região norte e nordeste do Brasil, ele foi perdendo espaço para as aglomerações humanas.
© Yuri Ferreira
A ararajuba é um dos mais belos animais da nossa fauna e é mais um pássaro vitimado pelo tráfico
A ararajuba ou guaruba é um animal endêmico do norte do Brasil. Devido ao tráfico de animais, há pouco menos de 3 mil guarubas vivas no país atualmente e a caça preocupa especialistas. Atualmente, ela só existe na Floresta Nacional do Tapajós e na Reserva Biológica do Gurupi.
Existem diversas causas para o risco dos animais em extinção no Brasil: mas basicamente elas podem ser divididas em três categorias:
A preservação da diversidade da fauna passa não só pelo trabalho de conservação dos biólogos, mas também é responsabilidade de políticas públicas com o fim de desacelerar a mudança climática, que também intensifica o processo de extinção de diversas espécies ao redor de todo o planeta.
“As mudanças climáticas ameaçam áreas transbordantes de espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. O risco de que tais espécies se percam para sempre aumenta mais de dez vezes se falharmos os objetivos do Acordo de Paris”, alerta Stella Manes cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
*Por: Yuri Ferreira / HYPENESS
AMAZÔNIA - Um estudo publicado na quarta-feira (14), na revista científica Nature, indicou que a devastação em regiões de floresta afetada pelo desmatamento está causando um fenômeno inverso: ao invés de absorver carbono, a floresta está emitindo mais gases tóxicos.
O levantamento foi liderado por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a cientista Luciana Vanni Gatti, e apontou que a floresta amazônica emite 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano além do que consegue absorver.
A região mais crítica fica na região sudeste da Amazônia, ponto de fronteira com outros biomas e berço do chamado “arco do desmatamento”.
Para chegar aos números apontados no levantamento, a equipe de pesquisa coletou 590 amostras do ar em diferentes altitudes, variavando entre 4.420 metros e 300 metros acima do nível do mar. Para realizar o trabalho, foram usados aviões em quatro pontos da Amazônia entre 2010 e 2018.
A pesquisa publicada na Nature também se diferenciou na forma de coleta do material de análise, isso porque outros projetos científicos medem o carbono disponível no tronco das árvores, enquanto a equipe de Luciana Gatti mediu o CO2 que está no ar. Acredita-se que essa forma de análise consiga monitorar o nível gases tóxicos na atmosfera com mais exatidão.
A íntegra do estudo pode ser acompanhada clicando aqui.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
GRAMADO/RS - O inverno chegou com tudo na Serra Gaúcha, onde pelo menos dez cidades registraram temperaturas negativas essa semana. São José dos Ausentes, por exemplo, teve as sensações térmicas mais baixas do ano, com os termômetros marcando -2,9°C na terça-feira (29). O grande destaque, no entanto, foram os primeiros flocos de neve de 2021 caindo sobre Gramado, cena registrada e compartilhada por moradores nas redes sociais:
❄ Neve fraca em Gramado nesta manhã. @metsul ? Eduardo Cavichioni/Especial pic.twitter.com/7uyfADvclk
— Jornal NH (@jornalnh) June 29, 2021
E ela chegou ❄
— Prefeitura de Gramado (@cidadedegramado) June 29, 2021
Primeira neve do ano pic.twitter.com/iNmnuy7LIH
Enquanto isso, Caxias do Sul teve neve e chuva congelada, dois fenômenos meteorológicos diferentes. O primeiro acontece quando toda a atmosfera está próxima ou abaixo dos 0ºC, o que faz com que a água caia já no formato de pequenos flocos de neve. O segundo acontece quando as temperaturas atmosféricas estão um pouco mais elevadas: os pingos despencam das nuvens em formato líquido, mas congelam antes de tocar no solo, formando pequenos cristais de gelo.
TEMPO | Neve fraca em Caxias do Sul. Vídeo da emissora parceira @RadioCaxias. ☃️ pic.twitter.com/KR16AZeUGG
— MetSul.com (@metsul) June 29, 2021
A possibilidade de ver neve é um dos motivos que levam tantos turistas para a Serra Gaúcha durante o inverno. É durante essa estação, porém, que o trânsito e a dificuldade de encontrar lugar para estacionar são dignos de metrópole nas queridinhas Gramado e Canela. Mesmo durante a pandemia, os municípios inauguraram novas atrações a tempo da alta temporada, como o parque aquático indoor Acquamotion e a nova passarela de vidro Skyglass. Confira os nossos guias atualizados de Gramado e Canela.
Serra Catarinense
A neve também está caindo na Serra Catarinense. Desde o início da semana, as baixas temperaturas estão fazendo com que os municípios de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema amanheçam com neve acumulada nas ruas. Veja as imagens:
TEMPO | Neve ganha força no Planalto Sul Catarinense. Era a tendência. Com a chegada de ar mais gelado da tarde para a noite de hoje a previsão é que as precipitações antes de chuva congelada sejam essencialmente de neve e atinjam mais locais. Vídeo de @guilhermercf em Urubici. pic.twitter.com/Xh0N6FTaKF
— MetSul.com (@metsul) June 28, 2021
Maior neve em 23 anos, pelo menos, na área urbana de Urupema, vídeo via Rodrigo/BAZ.
— CLIMATERRA (Ronaldo Coutinho e Piter Scheuer) (@Climaterra) June 30, 2021
Coutinho/Piter Scheuer pic.twitter.com/n6oSNaUTrk
*Por: Bruno Chaise / VIAGEM E TURISMO
SÃO PAULO/SP - A derrubada de árvores no Instituto Butantan, localizado na Zona Oeste da capital paulista, causou revolta em moradores da região. Durante duas semanas, com início no final do mês de maio, uma área de cerca de 13 000 metros quadrados, contendo vegetação de grande porte, foi desmatada.
Segundo o Instituto, naquela região do terreno, conhecida como Fazendinha, será construído um laboratório que vai auxiliar na fabricação de imunobiológicos em função da "elevada demanda de produção de vacinas e soros". Como compensação ambiental, 2 215 mudas de espécies nativas da região serão plantadas em 40 000 metros quadrados, dentro do Butantan. O barulho das serras elétricas, no entanto, chamou atenção dos moradores de condomínios residenciais da Rua Barroso Neto, vizinhos da área verde da instituição.
"A gente começou a ouvir as árvores tombando", diz a professora Tarita de Souza, 42. "Por que eles tiveram que devastar uma área em São Paulo? Isso que me deixa revoltada. Com tanto lugar para construir, acho que como sociedade, a gente devia questionar", afirma. "Começaram a abrir clareiras. Demorou quase uma semana para a gente obter resposta [do Butantan], pensamos que iam acabar com todas as árvores". Aquela não é a única área verde do complexo, que conta com 750 000 metros quadrados de vegetação, o equivalente a metade do Parque Ibirapuera. De acordo com a instituição, a mata que crescia na área não era nativa e, por isso, aquele pedaço foi escolhido para abrigar o novo laboratório.
O professor Marcus Mazzari, 62, também vizinho do local, pede explicações. "Eles falam que vão fazer uma compensação, mas onde, quando? E se eles têm espaço para compensação, por que não construir lá então? É o habitat de animais, é algo muito preocupante. Quantos anos vai demorar para crescer? Ninguém está contestando a necessidade de se lutar pela produção de vacinas, mas o meio ambiente também é importante", comenta.
De acordo com a instituição, o plantio das mudas deve começar em cerca de dois meses, em uma área próxima da que foi desmatada. A derrubada das árvores foi autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que informa que a autorização foi baseada em leis federais e estaduais: "também foi consultada a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município [São Paulo], que se manifestou por não ter oposição à supressão de vegetação para implantação do Biotério Central", disse em nota para a Vejinha.
Biotérios são viveiros onde se conservam animais em condições adequadas para o uso em pesquisas científicas.
O Butantan é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). Procurado pela reportagem, o órgão de preservação afirmou que "autorizou o projeto de ampliação das atividades. A instituição do governo de São Paulo iniciou o trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para construção do novo laboratório P 402. Todas essas intervenções em curso na área tombada seguem o Plano Diretor, aprovado pelo Condephaat".
"Infelizmente, é mais um pedaço de área verde que a cidade perde", finaliza o professor Marcus Mazzari.
Confira abaixo a íntegra da nota do Butantan sobre o caso:
O Instituto Butantan informa que iniciou trabalho de manejo arbóreo dentro de suas instalações para a construção de um novo laboratório que auxiliará na produção de imunobiológicos na instituição. Todo o trabalho realizado conta com a devida autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (n° 022210/2021 – Processo Administrativo n° 062913/2020-78 e Licença de Instalação n° 45002809) e uma compensação ambiental será realizada com a restauração ecológica de uma extensão de aproximadamente 40 mil metros quadrados nas proximidades da região impactada, contemplando uma área três vezes maior que o local das intervenções.
Para a restauração, será realizado o plantio de enriquecimento, conjugado com a regeneração natural de espécies nativas e com o incremento da diversidade de espécies promovidas pelo plantio de 2.215 mudas de espécies nativas.
O Instituto Butantan também elaborou informes que começaram a ser enviados aos vizinhos para fins de esclarecimentos de dúvidas. No documento consta, dentre outras informações, o número da licença que nos permite realizar o manejo.
Em função da elevada demanda de produção de vacinas e soros, e com isso a necessidade de expansão da Instituição, necessários para o atendimento da demanda nacional e desenvolvimento de novas pesquisas, o Instituto Butantan pretende construir os prédios para abrigar as instalações do novo laboratório P 402 e suas utilidades P 1401, devido ao seu papel estratégico e de grande relevância para produção dos imunobiológicos produzidos no Instituto Butantan.
Ressaltamos, por fim, que o Butantan possui 750 mil metros quadrados de área verde.
*Por: Guilherme Queiroz / VEJASP
SÃO PAULO/SP - A seca que atinge o Brasil há vários meses ameaça o abastecimento de eletricidade do país, muito dependente de suas hidrelétricas, aumenta o custo da energia e põe em risco a produção agrícola e a recuperação da economia.
A falta de chuvas nas regiões sudeste e centro-oeste do país é a pior em quase um século, segundo o governo brasileiro, e a situação não deve melhorar: o inverno é caracterizado por chuvas fracas nessas regiões.
No sul do Brasil, o principal culpado é o fenômeno climático La Niña, explica à AFP Pedro Luiz Cortês, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP).
Ativo de setembro até o início de maio, o fenômeno pode retomar no final de setembro, quando normalmente começa o período de chuvas. "Na prática, nós vamos ter de um ano e meio a dois anos de período seco atingindo a região sul", prevê o pesquisador.
Em relação ao centro-oeste, Cortês aponta para um déficit pluviométrico de quase uma década devido ao "desmatamento da Amazônia, que abaixa a umidade na atmosfera e reduz as chuvas na região central", problema que pode se tornar "crônico".
A estiagem afeta o funcionamento do setor hidrelétrico, que contribui com 63,8% do potencial de produção de energia elétrica do Brasil, com grande parte das usinas localizadas nessas duas regiões.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível médio dos reservatórios dessas usinas caiu no final de maio para 32%, o pior desde a crise hídrica de 2015, comprometendo sua capacidade de produção de energia nos meses por vir.
No dia 1º de junho, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou até novembro "situação crítica de escassez de recursos hídricos" na bacia do Paraná, zona de maior potencial hidrelétrico do país.
Isso permitirá modificar temporariamente as regras de captação de água. "Num primeiro momento", porém, "a necessidade de restrições para usos consuntivos como a irrigação e o abastecimento humano não é vislumbrada", diz a resolução da ANA.
Mas, para preservar suas reservas, o setor elétrico quer flexibilizar as regras de vazão mínima das barragens, o que pode ter um impacto negativo sobre outros usos dos recursos, como transporte fluvial ou irrigação.
Para salvar os reservatórios e evitar um apagão gigantesco ou racionamento como o de 2001, ainda fresco na memória dos brasileiros, o governo também passou a solicitar usinas térmicas disponíveis.
"Mas as usinas termelétricas são fontes secundárias. Mesmo somadas a outras fontes de eletricidade, como o crescente parque eólico, dificilmente compensarão as hidrelétricas se o consumo de energia aumentar significativamente com a retomada da atividade econômica", afirma Pedro Luiz Cortês, para quem a urgência agora é sensibilizar a população.
De qualquer forma, os brasileiros sentirão os efeitos da crise no bolso: em função do maior custo operacional das termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica, após um primeiro reajuste em maio, acionou a bandeira vermelha de patamar 2, o maior existente, para junho, uma taxa adicional de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos.
A seca também atinge importantes regiões agrícolas e ameaça as lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja,milho e soja, pressionando seus preços.
Aves e suínos, alimentados com rações de cereais e oleaginosas, também devem custar mais, alerta André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A indústria, por sua vez, "já segue muito afetada pelo encarecimento das matérias-primas e a questão da energia é mais um desafio", ressalta o especialista.
A consultoria MB Associados projeta alta de 5,8% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano, acima do teto estabelecido pelo governo.
Essa pressão inflacionária pode levar o Banco Central a voltar a aumentar suas taxas de juros.
Já o PIB, após ter caído 4,1% em 2020, pode crescer este ano na mesma proporção.
Mas para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, "a recuperação da economia (...) em andamento" pode ter seu ritmo "atrasado" pela questão energética e pela chegada iminente da terceira onda da covid-19.
*Por: AFP
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