SÃO CARLOS/SP - Na sexta-feira (13), o vereador Sérgio Rocha protocolou um requerimento à Prefeitura sobre as obras paradas no Parque São José, na zona sul da cidade. Segundo ele, “o bairro enfrenta problemas com as péssimas condições do asfalto, que se agravam com o alto volume de chuvas”.
O parlamentar foi procurado por empresários que têm suas instalações no Parque São José, que reclamaram da morosidade na finalização das obras e solução dos problemas do bairro, pendentes há anos.
Em sua visita ao bairro, Rocha se deparou com a situação precária das ruas, com muitos buracos, pedras e cascalho solto, sujeira e algo que considera ainda mais grave: obras paradas.
“Estamos em período chuvoso. As ruas do Parque São José ainda não foram asfaltadas e com as chuvas ficam quase intransitáveis”, declarou.
Em requerimento, o vereador indaga a Prefeitura o motivo pelos quais as obras foram paralisadas, quando serão retomadas, se a Prefeitura está realizando a fiscalização dessas obras e qual o prazo de conclusão.
“É inadmissível ver um bairro tão importante para nossa cidade em situação de verdadeiro descaso e com obras paradas. Vou procurar mais informações sobre isso”, finalizou Sérgio Rocha.
BRASÍLIA/DF - Uma mistura perigosa dos vieses político e jurídico vem ditando o debate público e o tom das autoridades brasileiras ao chamarem de terrorismo atos como a invasão e depredação das sedes dos três Poderes por bolsonaristas no domingo, 8, afirma o pesquisador Guilherme France, autor do livro As Origens da Lei Antiterrorismo no Brasil. Mestre em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em História pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e doutorando no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp/Uerj), France diz que os atos do fim de semana e questões subsequentes, como a supostamente criminosa derrubada de torres de transmissão de energia, não podem ser tipificados como atos terroristas, embora sejam, em tese, crimes. Isso porque a lei brasileira sobre terror, de 2016, fixa três requisitos claros para a classificação, um dos quais, a motivação por xenofobia ou discriminação não se concretizou nos episódios.
O especialista defende o uso de definições como “vândalos, golpistas ou fascistas” para classificar os bolsonaristas que atacaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. E rechaça qualquer reforma da lei. Isso abriria o debate em um Congresso mais conservador e, em grande parte, pró-Jair Bolsonaro, diz.
Os bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes podem ser considerados terroristas?
Terrorismo é conceito político e jurídico amplamente contestado por ser passível de apropriações e interpretações diversas ao sabor do momento. Mas a legislação não permite que os atos de domingo sejam considerados terroristas. Juridicamente, não se aplica.
Por que não?
A lei antiterrorismo, 13.260/2016, exige que três requisitos estejam necessariamente presentes. O primeiro é a finalidade de provocar terror social generalizado, expondo a perigo integridade de pessoas e patrimônio. Isso aconteceu. O segundo é que os atos tenham atentado contra a vida ou determinadas instalações, o que também houve e pode ficar ainda mais evidente se comprovada a derrubada de torres de transmissão de energia no Paraná e em Rondônia. Mas o terceiro requisito, que os atos sejam motivados por xenofobia ou discriminação de raça, cor, etnia ou religião, não estava presente. A motivação foi político-ideológica.
Os extremistas têm apoiado sua defesa na Lei Antiterror.
O fato de não se enquadrar legalmente como terrorismo não impede, de forma alguma, a responsabilização daqueles indivíduos por ataques ao estado democrático de direito e dano ao patrimônio público, para ficar em só dois crimes de uma lista longa.
O uso do termo por Alexandre de Moraes indica que o STF pode ampliar o entendimento sobre terrorismo?
É difícil prever o que o STF vai fazer. Em outras ocasiões, o tribunal já teve uma interpretação extensiva do direito penal. Então, não seria de todo surpreendente que o Supremo ou outros juízes ampliassem.
Como vê a possibilidade?
Seria problemático. Sobretudo porque, à época, a exclusão da motivação político-ideológica foi decisão alcançada por parlamentares e considerada vitória dos movimentos sociais. Desvirtuar a lei pode gerar jurisprudência que, à frente, pode ser usada contra esses movimentos.
Como avalia uma revisão pelo próprio Congresso?
Absolutamente temerária. Qualquer proposta de reforma da lei antiterrorismo tem de levar em consideração a atual composição do Congresso conservadora e punitivista. Não custa lembrar que o bolsonarismo foi vitorioso no Legislativo.
Autoridades deveriam parar de usar o termo terrorismo?
Essa mistura dos vieses político e jurídico do termo é perigosa. Existem outras terminologias que podem ser usadas para manifestar repúdio: golpistas, fascistas, vândalos, antidemocráticos.
por Gabriel Vasconcelos / ESTADÃO
IRÃ - O Irã executou no sábado (14/01) um britânico-iraniano, que havia sido condenado por suposta espionagem para os serviços de inteligência do Reino Unido.
Alireza Akbari, de 61 anos, ex-funcionário de alto escalão da Defesa iraniana, foi condenado por "corrupção na Terra e atacar a segurança interna e externa do país ao passar informações de inteligência" para o Reino Unido, disse a agência de notícias da autoridade judicial, Mizan Online, neste sábado.
A execução por enforcamento ocorreu três dias após o anúncio da sentença de morte. Akbari foi acusado pelo regime iraniano de atuar como "espião-chave" do Serviço Secreto de Inteligência britânico (SIS), mais conhecido como MI6.
É um "ato bárbaro" que "não ficará sem resposta", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, James Cleverly, após a execução. O governo britânico "convocará o encarregado de negócios iraniano para transmitir a ele nosso descontentamento", acrescentou Cleverly.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, denunciou no Twitter a execução como "implacável e covarde", enquanto a Anistia Internacional descreveu o episódio como um "ataque atroz" do Irã ao "direito à vida".
Pouco depois, o Executivo britânico afirmou que ordenou sanções contra o procurador-geral do Irã, Mohammar Jafar Montazeri.
O governo do Irã convocou o embaixador britânico em Teerã para protestar contra o que descreveu como "intervenções não convencionais", denunciando o "apoio malicioso" de Londres a um "espião".
A França também condenou a execução "com a maior firmeza", segundo um comunicado de imprensa do Ministério das Relações Exteriores divulgado neste sábado.
Já o diplomata americano Vedant Patel expressou a "grande preocupação" de Washington na sexta-feira com relatos de que Akbari havia sido "drogado, torturado enquanto estava sob custódia policial" e "forçado a fazer confissões falsas".
De acordo com a mídia oficial iraniana, Alireza Akbari ocupou altos cargos no aparato de segurança e defesa iraniano.
Este veterano da guerra entre o Irã e o Iraque (1980-1988) foi, entre outros, vice-ministro da Defesa para as Relações Exteriores, chefe de uma unidade num centro de pesquisa ministerial e assessor do comandante da Marinha, segundo a agência de notícias Irna, sem fornecer datas.
O Irã frequentemente anuncia a prisão de agentes suspeitos de trabalhar para serviços de inteligência estrangeiros. Quatro pessoas acusadas de cooperar com os serviços de inteligência israelenses foram executadas em dezembro.
por dw.com
BRASÍLIA/DF - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou na noite de sexta-feira (13) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a autoria intelectual dos atos antidemocráticos realizados no domingo (8) e que resultaram na invasão e depredação nos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional em Brasília.
Na decisão, Moraes entendeu que há indícios para abertura da investigação contra o ex-presidente.
“O pronunciamento do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às Instituições, em especial o STF – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o TSE–, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi fraudado", escreveu o ministro.
Moraes também determinou a realização de diligências, como envio de pedido de informações à Meta, empresa que administra o Facebook, para preservar o vídeo, que foi apagado, além do fornecimento de dados sobre alcance da postagem, autoria da publicação, número de compartilhamentos e de comentários.
O ministro também quer a oitava de especialistas em comunicação de politica de movimentos extremistas e em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro.
Por fim, o ministro deixou de analisar o pedido para o ex-presidente prestar depoimento porque Bolsonaro está nos Estados Unidos.
Em nota, o advogado Frederick Wassef declarou que Bolsonaro não tem relação com as manifestações e que repudia veementemente os atos de vandalismo.
“O presidente Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição”, declarou a defesa.
Mais cedo, a procuradoria pediu a abertura de investigação e argumentou que Bolsonaro teria feito a incitação pública ao crime ao publicar um vídeo nas redes sociais, no dia 10 de janeiro, que tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022.
Na petição, a procuradoria argumenta que Bolsonaro teria feito a incitação pública ao crime ao publicar um vídeo nas redes sociais, no dia 10 de janeiro, que tinha como tema o questionamento da regularidade das eleições de 2022.
No entendimento do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, a conduta deve ser apurada por ter ocorrido após os atos contra a sede dos Três Poderes.
EUA - Os legisladores republicanos anunciaram na sexta-feira o lançamento de uma investigação sobre a retirada militar das tropas norte-americanas do Afeganistão no Verão de 2021, o que permitiu que os talibãs voltassem ao poder e que milhares de cidadãos fugissem.
O republicano Michael McCaul, presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara, pediu ao Departamento de Estado chefiado por Antony Blinken documentos relacionados com a retirada das tropas da administração Biden.
McCaul deu um prazo de 26 de Janeiro para uma resposta, ameaçando com o poder de intimação se o Departamento não cumprir o pedido.
"É imperativo que o Departamento de Estado dê respostas completas a estes pedidos há muito formulados, e o Comité não tolerará atrasos contínuos", escreveu o representante do Texas numa carta a Blinken acedida pela CNN.
"Em caso de incumprimento, o Comité utilizará as autoridades disponíveis para fazer cumprir estes pedidos conforme necessário, inclusive através de um processo obrigatório.
A carta de 10 páginas solicitava uma lista de todas as reuniões realizadas pelas autoridades americanas a nível interagências, bem como com os Talibãs desde Janeiro de 2021.
A intenção do inquérito, disse McCaul, é investigar melhor o planeamento do processo de desengajamento e elucidar os efeitos subsequentes do desengajamento.
O Partido Republicano enviou ao Departamento vários pedidos ao longo do ano passado, mas, faltando uma maioria na Câmara, Blinken não forneceu as informações solicitadas. Agora que os Republicanos obtiveram a maioria na Câmara dos Representantes, podem legalmente exigir que a Administração forneça os documentos solicitados.
O Departamento de Estado realizou a sua própria revisão da retirada do Afeganistão no ano passado, embora os resultados ainda não tenham sido divulgados, embora o relatório tenha sido concluído há mais de 10 meses, várias fontes informaram a CNN.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Amaral, recebeu nesta quinta-feira (12) a visita do novo Chefe de Instrução do Tiro de Guerra 02-035 de São Carlos, Subtenente Julio Cezar de Alencar, acompanhado do Na ocasião, Marquinho reiterou o compromisso do Legislativo em apoiar as atividades do Tiro de Guerra, destacando as ações da instituição em colaboração com a comunidade local.
Procedente do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado - A Casa do Combatente de Caatinga - de Petrolina, Pernambuco, o Subtenente Alencar expressou agradecimento pela receptividade dos militares do TG e a acolhida da população são-carlense. Nomeado para exercer o posto no biênio 2023-204, destacou que é das melhores possíveis a missão do Tiro de Guerra, pretendendo dar continuidade ao trabalho da atual equipe. “Temos a missão de formar cidadãos, dando prosseguimento à instrução dos atiradores que serão incorporados nestes próximos dois anos”. O militar colocou-se “à disposição da sociedade são-carlense, em parceria com o poder público, para realizarmos um excelente trabalho”.
Marquinho Amaral manifestou as boas vindas ao novo Chefe de Instrução e reafirmou o compromisso da Câmara em seguir com a parceria histórica que mantém com o Tiro de Guerra, desde a época em que seu pai Francisco Xavier Amaral Filho foi diretor geral da Câmara.
“Sabemos da importância que o TG tem na formação de nossos jovens, principalmente no momento em que vivemos”, disse o presidente da Câmara. Ele ressaltou que a instituição realiza um grande trabalho na formação de verdadeiros cidadãos, atuando na educação e formação do caráter de cada jovem, conscientizando-os a se conduzirem com responsabilidade e disciplina.
Marquinho lembrou que em sua primeira gestão na presidência do Legislativo, possibilitou a realização de reformas no Tiro de Guerra com a devolução de recursos do duodécimo da Casa, inclusive destinando uma perua Kombi para o transporte de atiradores que necessitavam realizar treinamentos em outras cidades.
“Reiteramos no biênio 2023-2024 o compromisso não só do mandato do vereador Marquinho, como dos demais 20 vereadores em apoiarmos a atuação do TG de nossa cidade, cuja parceria com o poder público e a comunidade, iremos retribuir sempre com ajuda e entusiasmo”, finalizou o presidente do Legislativo.
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia, juntamente com os secretários municipais Netto Donato (Governo) e Samir Gardini (Segurança Pública) acompanharam o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nesta quinta-feira (12/01), na visita a cidade de Ribeirão Preto, quando o Estado entregou viaturas para a Defesa Civil da cidade e equipamentos do Programa Ação de Aparelhamento para Prevenção de Desastres Naturais.
Participaram do evento o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Henguel Pereira, o secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, e os representantes dos 33 municípios da região de Ribeirão Preto que foram contemplados com as entregas.
O secretário municipal de Governo, Netto Donato, ressaltou que o prefeito Airton Garcia foi agradecer ao governador Tarcísio de Freitas pela destinação de verbas para o combate às enchentes e conversar com o Governador sobre outras demandas relacionadas a infraestrutura do município.
“O diálogo com o Governo Estado está muito positivo, o prefeito foi bem recebido pelo governador Tarcísio de Freitas que se colocou à disposição e fará uma visita a São Carlos. Tenho certeza que a colaboração será ampliada. Em breve poderemos anunciar outras parcerias do município com o Estado de São Paulo, ressaltou Donato.
Netto Donato lembrou, ainda, que São Carlos já havia recebido do ex-governador Rodrigo Garcia, em 2022, viatura e equipamentos para a Defesa Civil.
“Agradeci o Tarcísio de Freitas que prontamente já liberou a construção do muro de contenção em gabião na rua General Osório, no Jardim Cardinalli. Pedimos recursos para a construção de mais um piscinão e vamos continuar passando o chapéu”, disse o prefeito Airton Garcia.
Na última terça-feira (10/01) o Governo de São Paulo destinou R$ 11 milhões aos municípios que decretaram situação de emergência para recuperação das áreas atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas. Está em processo de análise pelo Estado a liberação de outros R$ 14 milhões para obras emergenciais de recuperação.
BRASÍLIA/DF - O governo federal tornou público, na quinta-feira (12), os gastos com o cartão corporativo dos ex-presidentes da República entre 2003 e 2022. Regido por um decreto federal, o cartão de gastos do governo é utilizado para pagamento de despesas materiais e prestação de serviços, como hospedagem, transporte e alimentação, por exemplo.
Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, a liberação dessas informações - que abrangem os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016), Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022) - atende uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), tomada em novembro do ano passado. Desde 2017, segundo o ministro, a corte de contas discutia a forma como essas informações deveriam ser divulgadas.
Pela Lei de Acesso à Informação, os dados que coloquem em risco o presidente e vice-presidente, incluindo cônjuges e familiares, deve ser mantido sob sigilo até o término do mandato.
"O Acórdão [do TCU] do dia 30/11 determinou que a divulgação deve ser feita e com transparência ativa, portanto, publicada no site de transparência do governo", explicou Pimenta.
Para cumprir a determinação, o governo anterior teria disponibilizado os dados até 2018, no fim de dezembro. Já no dia 6 de janeiro, com o término do mandato de Bolsonaro, os dados do período 2019 a 2022 também foram incluídos.
A disponibilização dos números também é decorrente de um pedido da agência Fiquem Sabendo, especializada no acesso a informações públicas.
Pelas planilhas disponibilizadas, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que terminou o mandato no fim do ano passado, gastou cerca R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022 no cartão corporativo. A maior parte dos gastos se refere a hospedagem (R$ 13,7 milhões), tanto em viagens nacionais quanto internacionais; alimentação e supermercado (R$ 10,2 milhões). Também há gastos com abastecimento e outras despesas.
De acordo com Paulo Pimenta, esses dados agora disponíveis sobre o cartão corporativo presidencial não se referem a outros sigilos que estão sob análise da Controladoria Geral da União (CGU). No dia 1º de janeiro, logo ao tomar posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto determinando que a CGU analisasse a necessidade de manutenção ou levantamento de sigilo de uma série de dados.
O ministro explicou que, ao longo dos últimos 4 anos, mais de 65 mil informações solicitadas por cidadãos no Portal da Transparência tiveram acesso negado. Dessas, restaram 2 mil informações, em que os solicitantes interpuseram recursos, e que caberá à CGU dar a palavra final. O órgão tem até o fim deste mês para emitir o parecer, conforme o decreto de Lula.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
PERU - Grupos de esquerda anunciaram, na quinta-feira (12), mobilizações em Lima, capital do Peru, para pedir a renúncia da presidente Dina Boluarte e eleições antecipadas, como parte dos protestos que deixaram ao menos 42 mortos em um mês no país.
"Nem mais uma morte, abaixo a ditadura cívico-militar, racista e classista", diz o slogan nas redes sociais para a marcha em Lima convocada por um conglomerado de grupos sociais, sindicatos e partidos de esquerda.
Os protestos entram em sua segunda semana consecutiva, após uma trégua durante as festividades do fim de ano, e são promovidas por setores radicais e sindicatos camponeses que também exigem justiça para as famílias que tiveram entes queridos mortos e punição para os responsáveis pelo uso desproporcional da força.
O Peru amanheceu nesta quinta-feira com bloqueios em 10 das 25 regiões do país, afetando cidades como Tacna, na fronteira com o Chile; Puno, Cusco, Arequipa e Madre de Dios, entre outras, detalhou a Superintendência de Transporte Terrestre.
As mobilizações foram retomadas em Arequipa, Tacna e Cusco. Em Puno, epicentro do movimento, é esperado o enterro de 17 dos falecidos nos confrontos de segunda-feira com as forças de ordem na cidade de Juliaca.
Um manifestante de 16 anos que estava internado desde segunda morreu nesta quinta em Juliaca. Seu falecimento elevou para 19 o número de mortos na cidade.
Além da renúncia de Boluarte e da antecipação das eleições, os protestos exigem o fechamento do Congresso e a convocação de uma Constituinte para substituir a Carta Magna de 1993, promovida pelo então presidente Alberto Fujimori, que estabelece a economia de mercado como o eixo do desenvolvimento socioeconômico.
- "Golpe contra Lima" -
A mobilização na capital faz parte de um "golpe que querem realizar contra Lima nos próximos dias", havia dito na segunda-feira o chefe de gabinete, Alberto Otárola.
Segundo Otárola, os protestos "estão sendo financiados com dinheiro obscuro do narcotráfico", supostamente provenientes dos vales cocaleiros do sul andino.
Otárola, que obteve na terça-feira um voto de confiança para sua posse no Congresso dominado pela direita, retratou uma hipotética situação de guerra, lembrando que as forças de ordem defenderão Lima.
Ele responsabiliza o ex-presidente preso Pedro Castillo de ser "quem inflama as pessoas e coordena essas mobilizações em busca de impunidade".
Castillo foi destituído pelo Congresso e detido em 7 de dezembro após um fracasso autogolpe, ao tentar dissolver o Parlamento, intervir na justiça e governar por decreto. A vice-presidente Dina Boluarte, de 60 anos, assumiu a presidência em seu lugar.
Castillo, que era investigado por corrupção, cumpre 18 meses de prisão preventiva ordenados por um juiz sob acusações de rebelião.
- Cusco, turismo e protestos -
Em Cusco, uma das mecas do turismo mundial e ponto de partida para chegar à cidadela de Machu Picchu, o hotel Marriot foi atacado com pedras por vândalos durante uma marcha pelas ruas da cidade na noite de quarta-feira, com manifestantes furiosos após a morte de um líder camponês durante uma confronto com a polícia.
A Defensoria do Povo registrou mais de 50 feridos, entre eles 19 policiais.
Também em Cusco, os moradores queimaram uma cabine no terminal regional de transporte terrestre, atacaram estabelecimentos comerciais e colocaram pedras na linha férrea. Segundo a polícia, 11 pessoas foram presas, incluindo um cidadão colombiano.
Os protestos violentos iniciados há um mês deixam um balanço de 42 mortos, incluindo um policial que foi queimado vivo por uma multidão, segundo a polícia.
Em Ayacucho, na noite de quarta-feira, uma vigília foi organizada em memória às vítimas da violência nos protestos com caixões de papelão vazios e pretos.
Em função da crise no país vizinho, o Chile recomendou a seus cidadãos, "na medida do possível, adiar sua viagem até que a situação se normalize devido aos protestos em várias regiões" do Peru.
O balanço trágico da violência no país motivou um apelo dos Estados Unidos por "moderação" a todas as partes, enquanto uma missão de observação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) está no Peru para avaliar a situação.
O sistema das Nações Unidas instou o governo a respeitar os direitos humanos e evitar o uso desproporcional da força para reprimir os protestos diante do aumento das mortes, a maioria por armas de fogo.
O pedido dirige-se também às diversas organizações por trás dos protestos, às quais foi pedido que "abstenham-se de atos de violência e exerçam o direito de protestar pacificamente, respeitando a vida e a propriedade pública e privada".
As perdas econômicas devido à crise ultrapassam os 300 milhões de soles em 2023 (cerca de 78,9 milhões de dólares), com um impacto "muito negativo" concentrado nas zonas mais atingidas pelas mobilizações, segundo o ministro da Economia e Finanças do Peru, Alex Contreras.
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Amaral, esteve reunido na tarde desta quarta-feira (11) com o prefeito Airton Garcia e com o secretário de Governo, Netto Donato, discutindo as pautas prioritárias, para as primeiras sessões ordinárias de 2023. Segundo Marquinho, entre os temas apontados se incluem “o atendimento às importantes questões sociais, como as pessoas em situação de rua e a empregabilidade dos são-carlenses, além das obras de recuperação pós-enchente”.
O vereador fez referência aos trabalhos do Poder Legislativo que realizará a primeira sessão do ano no próximo dia 24. “Confirmei ao prefeito, que todos os projetos de interesse popular e que proporcionam reais benefícios ao nosso povo serão tratados com extrema celeridade e desburocratização”, disse.
Durante o encontro, Marquinho aproveitou para felicitar o prefeito pela retomada de seus compromissos de agenda presencial no Paço Municipal. “Pude externar a minha alegria em ver o querido amigo Airton sorridente e de volta ao trabalho em seu gabinete”, concluiu o presidente da Câmara.
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