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SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos tornou público o edital de procedimento licitatório para a contratação de emissora de Rádio para divulgação ao vivo das sessões plenárias, realizadas habitualmente às terças-feiras a partir das 15 horas.

A contratação está prevista no Regimento Interno do Legislativo Municipal (Resolução nº 302 de 2018), que determina que as sessões devam ser gravadas em áudio e vídeo e transmitidas diretamente por emissoras de Rádio, de Televisão e também pela internet, com o objetivo de facilitar o acesso da população ao que é discutido e votado pelos vereadores.

As sessões da Câmara devem ser assistidas pelo maior número possível de pessoas”, salienta o presidente da Câmara, Roselei Françoso (MDB). “E o rádio é um dos meios mais eficazes ainda, especialmente para as pessoas com menos recursos tecnológicos”, frisa.

De acordo com Roselei, a escolha de uma emissora local por meio da licitação é o caminho que a lei determina. “A licitação é um processo público e aberto a todos os interessados, nossa torcida é para que o maior número possível de emissoras participe”, observa o presidente da Câmara.

O procedimento licitatório será realizado na modalidade Pregão Presencial, do tipo menor preço global, com credenciamento e sessão pública no dia 29 de janeiro.

Poderão participar emissoras de Rádio de Amplitude Modulada (AM) ou de Frequência Modulada (FM) com abrangência no município de São Carlos e que atendam aos demais requisitos de habilitação previstos no Edital (Pregão Presencial nº 001/21, Processo Administrativo nº 085/21).

O Edital completo pode ser obtido no site oficial da Câmara Municipal (www.camarasaocarlos.sp.gov.br/licitacao/) ou pessoalmente na sede do Legislativo, localizada na Rua 7 de setembro, nº 2.078, Centro, São Carlos, no horário das 8 às 12 horas, nos dias úteis (Setor de Compras). Demais informações sobre o certame poderão ser solicitadas pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..gov.br.

MUNDO - O tratado internacional de proibição de armas nucleares, não assinado pelos países que têm armamento atómico, entrou na sexta-feira (22) em vigor, numa concretização saudada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo papa Francisco.

"O tratado representa uma etapa importante no caminho para um mundo sem armas nucleares e demonstra forte apoio a iniciativas multilaterais de desarmamento nuclear", destacou, em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres.

Trata-se do "primeiro tratado multilateral de desarmamento nuclear concluído em mais de 20 anos", acrescentou Guterres, que pediu "a todos os Estados para trabalharem no sentido do progresso da segurança e proteção coletivas".

O documento proíbe a utilização, o desenvolvimento, a produção, os testes, o estacionamento, o armazenamento e a ameaça de uso dessas armas.

É o "primeiro instrumento juridicamente vinculativo a proibir explicitamente essas armas, cuja utilização tem impacto indiscriminado, atinge grande número de pessoas em pouco tempo e causa danos a longo prazo ao ambiente", considerou nesta semana o papa Francisco.

"Encorajo vivamente todos os Estados e todas as pessoas a trabalharem com determinação para promover as condições necessárias a um mundo sem armas nucleares, contribuindo para o avanço da paz e da cooperação multilateral, de que a humanidade tanto precisa hoje em dia", acrescentou.

Também o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, disse, em comunicado, que esta é uma vitória para a humanidade, destacando a necessidade de atingir o objetivo do tratado: "um mundo sem armas nucleares".

Em 24 de outubro, o tratado, aprovado por uma centena de nações, foi ratificado por 50 países, o que permitiu a entrada em vigor 90 dias depois, ou seja, hoje.

 

Cenário atual e reações

Com os Estados Unidos e a Rússia, que detêm 90% desse tipo de armamento, o mundo conta com nove potências nucleares: China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.

A maioria desses países defende que os arsenais servem de dissuasão e afirmam aplicar o tratado de não proliferação, que visa a impedir a disseminação do armamento a outras nações.

O tratado de proibição das armas nucleares foi estabelecido por iniciativa da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican), uma organização não governamental distinguida com o prémio Nobel da Paz em 2017.

O Japão, único país bombardeado com armas nucleares, não assinou o tratado e questionou a eficácia do documento por não ter sido aprovado pelas potências atômicas.

Portugal também não assinou o tratado por considerar que não responde à necessidade de desarmamento e não observa as preocupações de segurança de muitos países, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em entrevista ao jornal online SeteMargens.

 

 

*Por RTP

RIO DE JANEIRO/RJ - As 2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começarão a seguir para os estados na tarde deste sábado (23). Depois de chegar em voo da Emirates no Aeroporto de Guarulhos, às 17h20 da sexta-feira (22), a carga foi transportada em um avião da Azul até a Base Aérea do Galeão, onde chegou às 22h.

O avião foi recebido na pista por um batismo simbólico, com jatos de água lançados em forma de arco pelos bombeiros do Aeroporto Rio-Galeão.

As vacinas prontas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde sábado (16), mas tiverem atraso no envio por questões internas da Índia.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu o lote em solo brasileiro, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria. Também estavam presentes o embaixador da Índia, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade. Esta última se juntou ao grupo no Rio de Janeiro.

"A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre. Essas 2 milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. O objetivo do Ministério da Saúde é a vacinação em massa do povo brasileiro. E isso vai nos colocar, rapidamente, no topo da lista do número de vacinados. Com 8 milhões de doses, nós passaremos a ser o segundo país do ocidente que mais vacinou", disse Pazuello, em pronunciamento à imprensa na Base Aérea.

O ministro Ernesto Araújo ressaltou a cooperação e a relação diplomática com a Índia. "Isto aqui é o começo de uma parceria tanto na área farmacêutica quanto em muitas outras áreas com a Índia. País pelo qual temos uma admiração imensa, uma amizade imensa, que agora se consolida ainda mais", disse Araújo.

Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade

Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade - Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O embaixador indiano classificou o momento como um dia histórico entre os dois países. "Este dia traz sorrisos e otimismo a muitas pessoas. O Brasil é o primeiro país a receber esta carga e nós estamos muito orgulhosos de fazer parte deste processo. A Índia assegurará vacinas para todos os países e todos os povos", disse Suresh Reddy.

Para a presidente da Fiocruz, a chegada da vacina é uma vitória da ciência. "Neste momento de perdas, ter a vacina é uma esperança que vem da ciência, que vem do Sistema Único de Saúde. É uma vacina com 70% de eficácia e que poderá ser administrada no intervalo de 12 semanas. Isto será muito importante para o nosso sistema de saúde", ressaltou Nísia Trindade.

 

Fiocruz

Da Base Aérea, as vacinas seguiram em caminhões refrigerados para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), para checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português.

Esse processo será feito ao longo da madrugada e da manhã de sábado e será realizado por equipes treinadas em boas práticas de produção. A previsão é de que as vacinas estejam prontas para distribuição para todos os estados brasileiros no período da tarde.

Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

 

Bolsonaro

Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre a chegada das 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford ao Brasil. Ele disse que foram “negociadas pelo Ministério da Saúde e [a vacina já foi] adquirida também por um grande número de países”.

 

 

*Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

ÍNDIA - Um grande incêndio atingiu na quinta-feira (21) o complexo do Instituto Serum, na Índia (SII), o maior fabricante mundial de vacinas. O chefe do instituto, Adar Poonawalla, disse que a produção de imunizantes contra a covid-19 não foi atingida e que não haverá perda de doses da vacina da AstraZeneca por causa do incidente.

Vídeos e fotos da ANI, uma parceira da Reuters, mostraram fumaça negra saindo de um edifício cinza, do complexo gigantesco que sedia o SII em dezenas de hectares na cidade de Pune, no oeste indiano.

"Obrigado a todos por sua preocupação e suas orações", disse Poonawalla, no Twitter.

"Até agora, o mais importante é que não houve perda de vidas ou grandes ferimentos devido ao incêndio, apesar de alguns andares terem sido destruídos".

Ele também afirmou que o instituto tem vários prédios que abrigam a produção de vacinas para lidar com contingências.

O SII está produzindo, por mês, cerca de 50 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, em outras instalações do complexo.

O Corpo de Bombeiros informou que ao menos cinco caminhões foram enviados para combater as chamas no edifício, que uma fonte descreveu como uma "planta de vacina em construção".

Ainda não foi divulgado comunicado sobre a causa do incêndio.

Muitos países de renda baixa e média dependem da entrega das vacinas do SII para enfrentar a epidemia.

A vacina da AstraZeneca já está sendo usada na Índia, e também foi enviada a países como Bangladesh, Nepal, Maldivas e Butão.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) busca importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford para a imunização no Brasil, mas a carga ainda não foi liberada pelo governo indiano e é alvo de conversas entre os dois países.

 

 

*Por Krishna N. Das, Rajendra Jadhav e Euan Rocha - Repórteres da Reuters

SÃO CARLOS/SP - O vereador Marquinho Amaral (PSDB) manifestou nesta quinta-feira (21), sua contrariedade com medidas no âmbito do governo estadual que, segundo ele, “são inaceitáveis e extremamente prejudiciais aos interesses da população”. Ele se referiu ao aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para a venda de carros usados e seminovos no Estado e à proposta que tramita na Assembleia Legislativa que prevê elevação do ITCMD (Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos).

Marquinho qualifica como “atitude desumana” qualquer majoração de impostos de setores da economia e da população “em um momento que o mundo sofre com uma pandemia crescente”. “Nossos governantes precisam ajudar a diminuir a grande carga tributária existente no Brasil e não  aumentá-la”, declara.

O parlamentar elaborou uma moção de apelo que será protocolada na Câmara Municipal, endereçada ao governador João Dória e à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Ele se insurge contra o aumento de 207% para a comercialização de automóveis seminovos e usados e a pretensão – estabelecida no PL 250/2020 que tramita na Assembleia, de elevar o ITCMD de 4% para até 8%.

“As investidas contra o bolso da população ocorre praticamente na surdina, uma vez que não se estabelece o diálogo a respeito de tais medidas, nem tampouco as discussões ocorrem com a transparência que se exige no regime democrático”, afirma.

A seu ver “é oportunismo ampliar a arrecadação do ITCMD em meio à pandemia, que já custou a vida de mais de 50 mil paulistas, ao mesmo tempo em que se mostra injusta a majoração de um impostos que incidirá sobre a população da classe média (os muito ricos mantém  bens em nome de offshores e holdings)”.

Observa que o aumento do ICMS sobre carros usados, cuja alíquota passará de 1,8% para 5,53% impactando duramente um mercado já abalado na pandemia e prejudicando o consumidor, dada a consequente elevação no preço dos veículos para a venda.

“É necessário e urgente que sejam revistas essas decisões que contrariam os interesses da população”, declara o vereador. “Esperamos que haja bom senso e que a administração estadual, tanto no Executivo quanto no Legislativo,  seja parceira da população na recuperação econômica no pós pandemia”, conclui.

SÃO CARLOS/SP - Atento às demandas de São Carlos, o vereador Ubirajara Teixeira – Bira (PSD) foi até ao bairro Cidade Aracy para verificar uma situação apresentada por moradores da localidade, a ponte do atalho que liga o bairro até a avenida Integração, conhecida como Serra do Aracy, que está em situação precária.

Convidado pelo morador Weslen Paulo, Bira foi até o local no dia 15 de janeiro. “O Weslen me procurou e contou a situação da ponte deste atalho que liga o Cidade Aracy até a Serra, de imediato fui verificar e realmente notei que a ponte precisa urgentemente de reparos”, disse.

De acordo com Weslen, há mais de anos os moradores do bairro Cidade Aracy vêm lutando para que a ponte receba manutenção. “É uma luta antiga nossa dos moradores do Cidade Aracy, tanto para quem passa a pé, de bicicleta ou de moto”, contou.

Bira observa que a ponte está com pedaços de madeira faltando e um buraco foi aberto.

“Está muito perigoso, onde falta madeira alguma pessoa pode sofrer um acidente e quebrar um pé ou até mesmo cair no buraco e sofrer lesões maiores, principalmente à noite”, ressaltou.

Após conversar com as autoridades da cidade, na manhã desta quarta-feira (20), Bira e o vice-prefeito Edson Ferraz, os secretários de Obras Públicas Júlio César Alves Ferreira e Serviços Públicos Mariel Olmo e o chefe da Defesa Civil de São Carlos, Pedro Caballero, foram até a ponte.

O vice-prefeito reconheceu que a ponte precisa de manutenção e que melhorias irão acontecer em breve. “Vamos tomar as providências o mais rápido possível. O perigo é evidente. É obrigação do poder público dar uma atenção e o mais rápido possível comprar os materiais e deixar a ponte em perfeitas condições para uso”, garantiu Ferraz.

O secretário de Obras comentou que existe um projeto e que novos estudos devem ser realizados. “Já temos um projeto, vamos fazer mais estudos para complementar o projeto com o que houver de melhorias em caráter emergencial”, revelou Ferreira.

Mariel Olmo enfatizou que os serviços devem começar nos próximos dias.

“Nos próximos dias os serviços emergenciais como a colocação e troca de pedaços de madeiras e fechar o buraco que se abriu já serão feitos”, falou o secretário de Serviços Públicos.

A Defesa Civil fez uma análise do local e irá apresentar a real situação da ponte. “Fizemos fotos e uma análise detalhada da ponte e vamos fazer um relatório do que é necessário fazer para deixar a ponte em ordem”, apontou Pedro Caballero.

Para Bira, conseguir reunir diversos setores para resolver um problema é o primeiro passo para que no fim seja solucionado esse pedido dos moradores. “Demos o primeiro passo que foi vir até aqui, ouvir os moradores e juntos buscarmos uma solução, agora vamos aguardar as ações da Prefeitura para consertar a ponte e caso isso não aconteça, vou continuar fiscalizando e cobrando por uma solução”, finalizou o vereador.

Além da pavimentação, ruas do Popular e Santa Terezinha estão recebendo recape asfáltico

 

IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal de Obras, iniciou nesta semana o trabalho de pavimentação asfáltica de cerca de 500 metros da continuação das ruas Monsenhor Frederico, no bairro São Benedito, e da Avenida São Paulo, no Conjunto Habitacional Comendador Nello Morganti (Popular).

A pavimentação facilitará o acesso entre os bairros São Benedito e Popular, em Ibaté, desde o Cemitério Municipal "Nossa Senhora de Fátima" até a passagem de nível da linha férrea.

Além do trabalho de pavimentação, a Prefeitura de Ibaté está executando mais uma etapa de recapeamento na cidade que deve chegar a 350 metros. Os trabalhos estão sendo realizados no bairro Popular, com o recapeamento de trechos das Ruas João Vieira Filho e Ademar Ceratti. Vários quarteirões da Rua Júlio de Cápua, no bairro Santa Terezinha, também estão recebendo o recape.

O prefeito José Luiz Parella destacou que a Prefeitura vem realizando um trabalho contínuo de melhorias das vias da cidade. "Em 2020 fizemos um grande recapeamento em vários bairros e nas principais entradas da cidade, somando um total de 4,5 km de recape. Esse trabalho não para em Ibaté. O Distrito Industrial também foi totalmente asfaltado e, no ano passado, um trecho de 2,5km da Avenida São João foi recapeado, o qual dá acesso ao bairro Jardim Cruzado, deixando aquela região em perfeitas condições para entrada e saída de caminhões e demais veículos", destacou. 

Nessa fase do recape, ruas dos bairros Encanto do Planalto, Conjunto Habitacional Pedro Riccó da Silva, Jardim Cruzado, Jardim Encanto do Planalto (Esfer), Vila Bandeirantes, Vila Tamoio e Jardim Menzani, receberam recape.

A obra de pavimentação e recape em Ibaté está sendo executada por empresa vencedora do processo licitatório, com supervisão da Secretaria Municipal de Obras.

BRASÍLIA/DF - Após perder seu principal e talvez único aliado internacional, o presidente Jair Bolsonaro deu dois passos atrás e hasteou uma bandeira branca para Joe Biden, recém-empossado presidente nos Estados Unidos que substitui Donald Trump. Em carta enviada ao novo presidente, Bolsonaro fez o primeiro gesto para evitar que o Brasil se isole mais internacionalmente, num momento em que o Governo está sob pressão interna por falhar na “diplomacia da vacina” com a China e a Índia. Desejou êxito ao democrata e demonstrou que o país está preocupado com a manutenção do Acordo de Paris, o acordo global contra a crise climática que Biden acaba de retomar após a retirada determinada por Trump. Bolsonaro e equipe sempre demonstraram pouco apreço pelo trato que prevê que os países devam cumprir metas para frear o aquecimento global.

“Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais”, disse Bolsonaro.

Ao citar a política ambiental, o mandatário brasileiro muda o tom empregado em boa parte de sua gestão. No ano passado, após um debate entre Biden e Trump, no qual o democrata criticou o desmatamento e prometeu angariar 20 bilhões de dólares para o Brasil não queimar mais a Amazônia, Bolsonaro reagiu de maneira contundente. Considerou o comentário lamentável e desastroso. A questão ambiental, a economia verde, são questões centrais na agenda de Biden.

Nos últimos dias, o EL PAÍS ouviu de diplomatas europeus e asiáticos que os chanceleres de países europeus, principalmente, darão suporte a qualquer veto ou restrição que Biden fizer ao Brasil por conta política ambiental, daí a preocupação de Bolsonaro. De acordo com esses interlocutores, os europeus já pediram que o presidente americano faça essa pressão.

Na carta, Bolsonaro também demonstrou que espera um “excelente futuro para a parceria Brasil-EUA”. A carta foi publicada na íntegra em suas redes sociais. No documento, o brasileiro ainda expressou que espera que Biden cumpra um compromisso feito por seu antecessor, o de apoiar o ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Na OCDE, com o apoio dos EUA, o Brasil espera poder dar contribuição mais efetiva e aumentar a representatividade da organização. Nosso processo de acessão terá, também, impacto fundamental para as reformas econômicas e sociais em curso em nosso país”.

A entrada na OCDE foi debatida por Bolsonaro e Trump, mas o americano deixou o tema apenas nos discursos. A carta entregue nesta quarta-feira tenta reparar a demora que o presidente brasileiro teve em reconhecer a vitória de Biden. Ele levou quase um mês para admitir que o democrata havia derrotado seu preferido declarado nas urnas. Ainda assim, aderiu, até o início de janeiro, à teoria infundada de Trump de que as eleições foram fraudadas e, ao contrário de vários líderes mundiais e de vizinhos, como o argentino Alberto Fernández, não criticou o ataque ao Capitólio.

Ampla crise diplomática

Para um futuro de algum sucesso entre os dois países a partir de agora era esperado esse primeiro gesto do Brasil para tentar acalmar os ânimos. A nova gestão democrata é considerada pragmática na seara internacional e não se espera que se atue para exacerbar conflitos, nem mesmo para com o Planalto. A guinada de Bolsonaro acenando a Biden e publicando nas redes sociais, sua principal correia de transmissão com sua base radical, é feita em um momento em que a política de relações exteriores do Brasil tem sido colocada em xeque. Nas últimas semanas, o Brasil fracassou em importar 2 milhões de doses da vacina de um laboratório Índia e não obteve aprovação para comprar insumos da China para produzir o imunizante em solo brasileiro. Enquanto isso, vê a Argentina obter acordo parecido.

Ideologizada, a política externa brasileira tem cometido vários deslizes. Em vários momentos seus protagonistas são personagens-chaves que deveriam apaziguar ao invés de estressar o relacionamento. Só com a China já houve sinais negativos enviados pelo próprio presidente, pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, e pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

Diante da atual crise com os chineses, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, interveio e se encontrou com o embaixador do país em Brasília. Encontro que foi celebrado pelo embaixador Yang Wanming. O que forçou o Governo brasileiro a emitir uma nota dizendo que representantes do Itamaraty, da Saúde, da Agricultura e das Comunicações debateram o tema com a embaixada chinesa. E ainda ressaltou que “o Governo Federal é o único interlocutor oficial com o Governo chinês”.

 

 

*Por: Afonso Benites / EL PAÍS

MUNDO - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nesta quarta-feira (20), o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris. Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões de gases de efeito estufa até 2050. Biden e a vice-presidente Kamala Harris tomaram posse na tarde de ontem, 20.

Biden também revogou uma licença que era essencial para o projeto de oleoduto Keustone XL e uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional da Vida Selvagem no Ártico.

O presidente também assinou pelo menos seis decretos relacionados à imigração. Entre os decretos, está a suspensão imediata da proibição da entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de diversos países, principalmente muçulmanos ou africanos, interromper a construção de um muro na fronteira com o México e reverter uma ordem do ex-presidente Donald Trump que impedia que imigrantes ilegais fossem contados na próxima redefinição dos distritos eleitorais para o Congresso dos EUA.

Biden ainda assinou um memorando direcionando o Departamento de Segurança Nacional e o procurador-geral dos EUA a preservar o programa Daca, que protege de deportação imigrantes que chegaram ao país como crianças, e para reverter a ordem executiva de Trump que pede fiscalização interna mais rígida à imigração.

O presidente também enviou ao Congresso um projeto de lei de imigração que abre caminho para a cidadania de imigrantes que vivem ilegalmente no país.

 

 

* Com informações da Agência Reuters

*Por Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - A líder do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (SP), cobrou informações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre os estoques de cilindros de oxigênio, seringas e agulhas para vacinação em todos os Estados do Brasil. A parlamentar protocolou na terça-feira, 19, um requerimento pedindo explicações ao Ministério da Saúde.

No documento, Sâmia solicita detalhamento de dados como a média de consumo semanal de oxigênio medicinal em cada unidade federativa e em quais Estados o Ministério da Saúde percebeu aumento de consumo deste insumo a partir de dezembro.

A deputada questiona, ainda, se existe um plano para evitar a escassez de equipamentos de proteção individual na rede pública - como luvas descartáveis, óculos de proteção, aventais, máscaras cirúrgicas, máscaras N95, toucas descartáveis e protetor facial de acrílico.

"Devemos garantir urgentemente que tal situação de desabastecimento não se repita e que os trabalhadores da saúde tenham sua segurança assegurada pelo poder público", disse Sâmia.

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o Estado vive atualmente o pior momento da pandemia, com colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio para pacientes.

Na última quinta-feira, 14, o estoque do insumo chegou a acabar nos hospitais de Manaus e pacientes morreram asfixiados, segundo o relato de médicos. Nesta terça-feira, 19, sete pacientes morreram em Coari (AM) e seis em Faro (PA) devido à falta do insumo.

Como divulgou o Estadão, pelo menos desde o dia 23 de novembro a Secretaria de Saúde do Amazonas sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a alta demanda provocada pela pandemia de covid-19.

As dificuldades no atendimento da demanda teriam sido relatadas ao Ministério da Saúde no dia 7 de janeiro. O governo federal disse ao Supremo Tribunal Federal que soube da falta de oxigênio no dia 8. Pazuello esteve em Manaus no dia 11.

 

 

*Por: Camila Turtelli / ESTADÃO

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