SÃO CARLOS/SP - A ausência não justificada de pacientes em atendimentos previamente agendados tem sido um dos principais obstáculos à efetividade dos serviços públicos de saúde municipal em São Carlos. Esse fenômeno é conhecido como absenteísmo, termo que designa o hábito de se ausentar com frequência de compromissos obrigatórios, como consultas, exames e procedimentos médicos, sem aviso prévio ou justificativa. No contexto da saúde pública, o absenteísmo representa uma quebra na continuidade do cuidado, além de gerar desperdício de recursos e desorganização na gestão dos serviços.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro quadrimestre de 2025, os números revelam perdas significativas em todas as frentes da Rede Municipal, desde os centros especializados até as unidades básicas. No Centro Municipal de Especialidades (CEME), foram registradas 4.728 faltas em consultas (22,1%) e 736 em exames (16,5%). Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), o número absoluto de faltas foi o mais alto de toda a rede: 18.761 pessoas deixaram de comparecer aos atendimentos, o que representa 19,7% de ausências. O índice também é elevado nas Unidades de Saúde da Família (USF’s), com 10.105 faltas (12,6%).
Centros Especializados - O problema não se restringe à atenção primária. Nos centros especializados, como o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), 505 pacientes faltaram às consultas (16%). O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS-II) teve uma taxa de absenteísmo de 19,2%, com 1.007 faltas — e o CAPS-AD, focado no cuidado de dependentes químicos, registrou 836 ausências (14%). Já o Ambulatório de Oncologia, apesar de atender pacientes em situação crítica, teve 307 faltas (9,9%). O CAPS Infantojuvenil (CAPS-IJ), voltado para crianças e adolescentes, contabilizou 221 faltas (6,8%), enquanto o Ambulatório de Feridas Complexas e Ostomias, que lida com tratamentos continuados e delicados, apresentou menor índice de absenteísmo (2,5%), com 63 não comparecimentos.
“As consequências vão além das estatísticas. A ausência compromete diretamente o diagnóstico precoce e a continuidade de tratamentos essenciais, além de provocar o desperdício de recursos públicos, como insumos já adquiridos, infraestrutura mobilizada e tempo de profissionais que ficam ociosos. O atraso na assistência também agrava o estado clínico dos pacientes, impacta o sistema de regulação e dificulta o planejamento da oferta de serviços”, alerta Leandro Pilha, secretário de Saúde, que reforça: o cenário exige ações concretas. “Cada ausência não comunicada representa uma oportunidade de cuidado perdida e um investimento que não retorna ao sistema”.
Já a diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial, Viviane Cavalcante, destaca o comprometimento da gestão com soluções equilibradas. “Estamos lidando com um comportamento recorrente que precisa ser enfrentado com conscientização, educação e melhor comunicação com o cidadão. Penalizar o paciente não é uma opção, mas racionalizar o uso dos serviços é uma necessidade”.
A Secretaria já realiza o envio de lembretes via SMS e WhatsApp e estuda a implantação de campanhas educativas e medidas regulatórias que atuem sobre reincidências injustificadas, sempre respeitando o direito constitucional ao acesso à saúde, conforme o artigo 196 da Constituição Federal.
Confira os números do absenteísmo na Rede Municipal de Saúde — 1º Quadrimestre de 2025:
CEME – Consultas: 4.728 faltas de 21.411 agendamentos (22,1%)
CEME – Exames: 736 faltas de 4.453 agendamentos (16,5%)
UBS – 11 unidades: 18.761 faltas de 95.248 atendimentos (19,7%)
CAPS-II: 1.007 faltas de 5.251 consultas (19,2%)
CAPS-AD: 836 faltas de 5.921 atendimentos (14%)
CAPS-IJ: 221 faltas de 3.262 consultas (6,8%)
CEO – Odontologia: 505 faltas de 3.150 atendimentos (16%)
USF – 23 unidades: 10.105 faltas de 80.157 atendimentos (12,6%)
Ambulatório de Oncologia: 307 faltas de 3.090 consultas (9,9%)
Ambulatório de Feridas Complexas e Ostomias: 63 faltas de 2.493 atendimentos (2,5%).
SÃO PAULO/SP - Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que associações entre as condições do bebê e fatores de acompanhamento como pré-natal insuficiente, idade materna, raça, cor e baixa escolaridade, além de fatores socioeconômicos e biológicos associados às anomalias congênitas no Brasil, aponta que uma parte dessas anomalias poderia ser evitada com o aprimoramento de políticas públicas.
A pesquisa identificou que mulheres que não realizaram consulta pré-natal durante o início da gravidez tiveram 47% mais chances de ter um bebê com anomalias do que mulheres que iniciaram o acompanhamento no primeiro trimestre.
A investigação foi realizada a partir de bases de dados interligadas do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Fiocruz.
Para a pesquisa foram utilizados dados de nascidos no Brasil entre 2012 e 2020, totalizando cerca de 26 milhões de bebês nascidos vivos, sendo cerca de 144 mil com algum tipo de anomalia congênita.
Das anomalias registradas, foram priorizados defeitos de membros, cardíacos, tubo neural, fenda oral, genitais, parede abdominal, microcefalia e síndrome de Down, selecionados por serem identificadas como anomalias prioritárias para vigilância no Brasil.
O artigo - de autoria da pesquisadora associada do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, Qeren Hapuk - foi publicado no periódico BMC Pregnancy and Childbirth. O trabalho procurou compreender como esses fatores impactam no desenvolvimento dos bebês, buscando embasar estratégias preventivas direcionadas para crianças com anomalias congênitas.
Anomalias congênitas são alterações estruturais e/ou funcionais que contribuem significativamente para o aumento do risco de morbidade e mortalidade observado em crianças em todo o mundo. Esses distúrbios são complexos e sua ocorrência é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo condições socioeconômicas que desempenham um papel significativo.
A investigação aponta ainda que mães que se autodeclararam pretas tiveram 16% mais chance de ter filhos com anomalias congênitas em comparação com mães brancas.
Outro fator de risco identificado foi a idade. Enquanto mulheres com mais de 40 anos possuíam quase 2,5 vezes mais chances de ter um bebê com anomalias congênitas, mulheres com menos de 20 anos também tiveram um risco maior (13%) do que mães com idade entre 20 e 34 anos.
A escolaridade também se apresentou como um fator que influenciou na chance de mulheres terem filhos com alguma anomalia: possuir baixa escolaridade (0 a 3 anos) significou 8% mais de chances do que com 12 ou mais anos de escolaridade.
Algumas anomalias tiveram maior associação a determinados fatores de riscos. Os casos de nascidos com defeitos do tubo neural (estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal) foram fortemente ligados à baixa escolaridade, ausência de pré-natal e gestação múltipla.
Defeitos cardíacos foram associados à idade avançada, perda fetal e pré-natal inadequado, enquanto casos com Síndrome de Down foram fortemente associados à idade materna superior a 40 anos.
Além disso, houve variações significativas nas chances de crianças nascerem com anomalias entre as regiões do país e os grupos de anomalias. A principal causa dessa variação é a subnotificação. O Sudeste é a região que melhor notifica nascimentos com anomalias congênitas em comparação com as demais regiões.
A Região Nordeste concentra quase metade da população brasileira vivendo em situação de pobreza, o que pode ajudar a explicar a maior probabilidade de mães residentes terem nascimentos com defeitos do tubo neural, uma vez que essa condição está altamente associada à baixa renda, baixa escolaridade e má alimentação (suplementação insuficiente).
A epidemia do vírus Zika no Brasil - entre 2015 e 2016 - resultou em um aumento na notificação de nascidos vivos com microcefalia e outras anomalias congênitas do sistema nervoso, especialmente no Nordeste, o que pode ter contribuído para os resultados observados.
“Esses dados mostram que a desigualdade socioeconômica em conjunto com fatores biológicos impacta diretamente na saúde e desenvolvimento do bebê”, disse a pesquisadora Qeren Hapuk.
Para ela, os achados indicam que tais fatores de agravamento são evitáveis ou modificáveis. Intervenções em educação materna, planejamento reprodutivo, nutrição e, principalmente, acesso ao pré-natal são fundamentais para a prevenção de anomalias congênitas.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO CARLOS/SP - Em 2025 já foram registradas 25.597 notificações para Dengue, com 6.133 casos descartados e 19.448 casos positivos (somente 11 casos referentes a essa última semana e 125 referentes a exames de semanas anteriores, cujo resultado saiu somente agora), sendo todos autóctones, 16 ainda aguardam resultado de exame, com 20 óbitos confirmados, 7 óbitos em investigação e 19 descartados. Neste momento não temos pacientes internados.
Para Chikungunya foram registradas 482 notificações, com 480 casos descartados, 2 casos positivos (todos importados) e nenhum aguardando resultado de exame. Para Zika foram registradas 439 notificações, com 439 casos descartados e Febre Amarela 2 notificações e 1 óbito confirmado. Portanto até o momento foram registrados 20 óbitos por Dengue e 1 por Febre Amarela.
Confira os óbitos por Dengue:
1) 90 anos, sexo feminino, moradora do Jardim Paraíso e com comorbidades. Óbito em 13/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 02/03/25;
2) 93 anos, sexo masculino, morador da Vila Prado e com comorbidades. Óbito em 13/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 28/02/25;
3) 90 anos, sexo feminino, moradora da Vila Prado e com comorbidades. Óbito em 20/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 07/03/25;
4) 83 anos, sexo feminino, morador do Cruzeiro do Sul e com comorbidades. Óbito em 29/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 21/03/25;
5) 91 anos, sexo masculino , morador do Presidente Collor e com comorbidades. Óbito em 28/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 12/03/25;
6) 74 anos, sexo masculino, morador do Planalto Paraíso e com comorbidades. Óbito em 22/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 14/03/25;
7) 65 anos, sexo feminino, moradora no Cidade Aracy e com comorbidades. Óbito em 10/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 01/04/25;
8) 81 anos, sexo masculino, morador do Jardim Tangará e com comorbidades. Óbito em 13/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 06/04/25;
9) 82 anos, sexo feminino, moradora da Vila Costa do Sol e com comorbidades. Óbito em 23/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 19/03/25;
10) 58 anos, sexo feminino, moradora da Vila Costa do Sol e com comorbidades. Óbito em 25/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 20/03/25.
11) 84 anos, sexo feminino, moradora do Jardim Tangará e com comorbidades. Óbito em 31/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 26/03/25;
12) 53 anos, sexo feminino, moradora do Jockey Club e com comorbidades. Óbito em 24/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 09/04/25;
13) 83 anos, sexo feminino, moradora do Boa Vista e com comorbidades. Óbito em 22/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 13/04/25;
14) 60 anos, sexo feminino, moradora do bairro Dom Constantino Amstalden e com comorbidades. Óbito em 20/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 13/03/25;
15) 68 anos, sexo feminino, moradora do Jardim Hicaro e com comorbidades. Óbito em 18/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 11/04/25;
16) 89 anos, sexo feminino, moradora do Boa Vista e com comorbidades. Óbito em 26/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 10/03/25;
17) 73 anos, sexo masculino, morador do Residencial Parati e com comorbidades. Óbito em 24/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 21/04/25;
18) 76 anos, sexo feminino, morador do Núcleo Residencial Silvio Villari e com comorbidades. Óbito em 11/05/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 10/04/25;
19) 82 anos, sexo feminino, moradora da Vila Prado e com comorbidades. Óbito em 28/04/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 07/04/25;
20) 73 anos, sexo masculino, morador da Cidade Aracy e com comorbidades. Óbito em 19/05/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 22/04/25.
ÓBITO POR FEBRE AMARELA: 72 anos, sexo masculino, morador na Zona Rural com comorbidades. Óbito em 21/03/25 e apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 15/03/25.
Ação da Defensoria Pública, com apoio da Prefeitura, inclui testes de DNA, orientação jurídica e apoio à conciliação entre as partes
ARARAQUARA/SP - A Defensoria Pública do Estado de São Paulo realiza, no dia 16 de agosto, o mutirão "Meu Pai Tem Nome", uma iniciativa nacional voltada ao reconhecimento gratuito de paternidade. Em Araraquara, a ação será promovida das 9h às 13h na sede da Defensoria, localizada na Rua São Bento, 1725, no Centro.
As inscrições estão abertas até o dia 13 de agosto e devem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do site da Defensoria Pública de São Paulo: https://www.defensoria.sp.def.br
Além dos testes de DNA, o mutirão oferecerá orientação jurídica na área do direito de família, mediação entre as partes e encaminhamentos para conciliações extrajudiciais.
No dia do atendimento, não será exigida avaliação socioeconômica. Esse procedimento só será necessário caso haja a necessidade de ajuizamento posterior de ação judicial.
De acordo com a Defensoria, o reconhecimento de paternidade garante direitos fundamentais às crianças e adolescentes, como o acesso à herança, benefícios previdenciários e, sobretudo, o direito à identidade e ao vínculo familiar.
A campanha conta com o apoio da Prefeitura de Araraquara, das Secretarias Estaduais da Justiça e Cidadania e da Saúde, da Unesp e do Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo).
Quem pode participar:
* Pessoas interessadas no reconhecimento voluntário de paternidade, quando há consenso entre pai e mãe (incluindo vínculos afetivos, como pais de criação)
* Casos em que o suposto pai tenha dúvidas sobre o vínculo biológico, sendo necessário o teste de DNA
* Pessoas maiores de 18 anos que desejam ser reconhecidas oficialmente como filhas
Mais informações sobre o mutirão estão disponíveis no link: https://www.defensoria.sp.def.br/atendimento/mutirao-nacional-de-reconhecimento-e-investigacao-de-paternidade-2025
Evento reuniu especialistas de todo o país para discutir avanços em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.
SÃO CARLOS/SP - A coordenadora de enfermagem do Serviço de Hemodinâmica da Santa Casa de São Carlos, Elaine Furquim, apresentou um trabalho científico no Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), realizado em Porto Alegre (RS).
O evento, um dos mais importantes do Brasil, reuniu especialistas para debater avanços em hemodinâmica, área que estuda o fluxo sanguíneo no organismo e sua aplicação no diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Além disso, foram abordados avanços em cardiologia intervencionista, especialidade que realiza procedimentos minimamente invasivos no coração e nos vasos sanguíneos.
Durante o evento, Elaine apresentou o trabalho "Cardiomiopatia Hipertrófica, Tratamento Minimamente Invasivo", que evidenciou o papel estratégico da equipe de enfermagem em procedimentos realizados por via percutânea, técnica que dispensa cirurgia aberta, utilizando um cateter inserido por punção. “A participação em um evento desse porte reforça nosso papel como hospital de média e alta complexidade. Estar presente em espaços como este é fundamental para fortalecer a instituição e aprimorar os cuidados prestados à população”, disse Elaine.
O estudo destacou um caso de cardiomiopatia hipertrófica, condição que provoca o espessamento anormal do músculo cardíaco. A técnica inovadora aplicada proporcionou excelente recuperação e melhora significativa na qualidade de vida do paciente. “A qualificação da nossa equipe está diretamente ligada à qualidade do atendimento prestado à população. Incentivar a participação em eventos científicos e o compartilhamento de experiências como essa é uma forma de promover excelência, inovação e valorização profissional”, afirma o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Junior.
DESCALVADO/SP - A Prefeitura Municipal de Descalvado, por meio da Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo (SELT), lançou o projeto Movimenta Saúde, uma iniciativa voltada à promoção da saúde e da qualidade de vida da população, por meio da prática regular de atividades físicas.
As aulas são gratuitas, voltadas para adultos, idosos e pessoas com recomendação médica, e acontecem em praças públicas próximas às Unidades de Saúde da Família (USFs). As atividades incluem alongamento, caminhada, dança e ginástica, com orientação profissional da professora Fernanda, promovendo o bem-estar físico e emocional dos participantes.
As ações visam estimular hábitos saudáveis, prevenir doenças crônicas e fortalecer os vínculos comunitários, contribuindo para uma população mais ativa e saudável.
Programação Semanal:
Segunda-feira
⏰ 9h às 10h – USF Benedicto de Arruda Oliveira (Praça Igreja São Sebastião)
Terça-feira
⏰ 9h às 10h – USF Raphael Chiarello (Praça Cemitério)
Quarta-feira
⏰ 9h às 10h – USF Maria Martins Kastein (Praça da Bíblia)
Quinta-feira
⏰ 8h30 às 9h20 – USF Norma Moreira Colussi (Praça Rosa Romantini)
⏰ 9h40 às 10h30 – USF José Ignácio Alonso
Sexta-feira
⏰ 8h30 às 9h20 – Centro de Saúde (Praça Matriz)
⏰ 9h40 às 10h30 – USF Arlindo Zóia (Praça Santa Cruz)
A orientação é que os participantes levem sua própria garrafinha de água e utilizem roupas confortáveis para a prática das atividades.
EUA - Um estudo internacional publicado em junho na revista científica Lancet avaliou que uma versão genérica do lenacapavir, novo medicamento considerado revolucionário na prevenção do HIV, poderia ter um custo mil vezes menor que o valor atual.
Comercializado pela biofarmacêutica Gilead, o tratamento hoje custa US$ 25,3 mil por pessoa ao ano (cerca de R$ 136 mil), podendo chegar a US$ 44,8 mil (R$ 241 mil) em algumas situações. Se fosse produzido por outros laboratórios, porém, o tratamento poderia custar de US$ 25 a US$ 47 por ano (de R$ 135 a R$ 253), segundo o levantamento.
Segundo os autores do estudo, se 5 a 10 milhões de pessoas usarem o lenacapavir por ano, o custo de produção poderia chegar aos US$ 25 por pessoa ao ano.
Os pesquisadores afirmam, contudo, que a produção de versões genéricas depende de uma combinação complexa de fatores técnicos, regulatórios e financeiros. É preciso, por exemplo, que os países estejam autorizados a produzir. A Gilead firmou acordos de licenciamento com seis fabricantes, mas limitados a 120 países de baixa renda e excluindo países de renda média, que concentram a maior parte das novas infecções.
Além disso, os fabricantes precisam dominar a síntese do princípio ativo, cuja fórmula foi publicada pela própria farmacêutica, e atender a rigorosos padrões internacionais de qualidade. A cadeia produtiva exige acesso a matérias-primas específicas, fornecidas principalmente por empresas da Índia e da China, e capacidade para fabricar tanto os comprimidos usados no início do tratamento quanto as soluções injetáveis semestrais, afirma o estudo.
COMO FUNCIONA O LENACAPAVIR
Aprovado em junho pela FDA (agência reguladora dos EUA), o lenacapavir surge como nova opção de PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o HIV, com 99,9% de eficácia na prevenção da infecção, de acordo com dois estudos clínicos de fase 3 também publicados na revista The Lancet. É um medicamento injetável que requer apenas duas doses por ano.
O remédio é administrado por via subcutânea ou intramuscular e se acumula no tecido, sendo liberado lentamente ao longo de meses. No Brasil, a PrEP disponível atualmente é apenas oral, com comprimidos diários distribuídos gratuitamente pelo SUS.
A medicação representa um avanço significativo, por ser o primeiro da nova classe de antirretrovirais chamada inibidores de capsídeo, que atuam bloqueando a cápsula do vírus e impedindo sua multiplicação. "É uma inovação tanto em segurança quanto em eficácia", disse à Folha o infectologista Paulo Abrão, professor da Unifesp e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, em março, quando analisou os dados da Gilead publicados na Lancet.
O estudo que mostrou as diferenças no custo também aponta que o lenacapavir seria mais fácil de seguir do que os tratamentos orais, que exigem uso diário e estão sujeitos a esquecimentos.
Há também benefícios ambientais. Enquanto a PrEP oral exige 365 toneladas de insumos por ano para atender 2 milhões de pessoas, o lenacapavir precisaria de apenas 4 toneladas do princípio ativo e 8 toneladas de excipientes, segundo os autores do estudo. Isso significaria menos embalagens, menos transporte e menor emissão de carbono.
FOLHAPRESS
SÃO CARLOS/SP - Na sexta-feira (18), o provedor da Santa Casa de São Carlos, Antonio Valério Morillas Junior, o mesário Omar Casale e o gerente médico, Dr. Bento Gomes de Moraes Neto, realizaram uma visita técnica à sede da Razek Equipamentos Ltda, em São Carlos. A comitiva foi recebida pelo diretor da empresa, Artur Sassoli.
Durante a visita, os representantes da Santa Casa puderam conhecer de perto a estrutura da fábrica, seus equipamentos de alta tecnologia e os projetos em desenvolvimento voltados à cirurgias para coluna e ortopedia em geral. A Razek, referência nacional na fabricação de dispositivos médicos, demonstrou interesse em estreitar o relacionamento com o hospital, especialmente nas áreas de inovação, educação e produção.
“O que vimos aqui nos impressionou muito. A Razek é uma empresa que pensa na qualidade de vida das pessoas, e tem grande potencial para contribuir com o avanço das técnicas minimamente invasivas na nossa instituição. Queremos transformar essa aproximação em uma parceria sólida, que beneficie tanto a assistência aos nossos pacientes quanto a formação dos nossos profissionais”, afirmou o provedor Antonio Valério.
A ideia é iniciar um projeto conjunto voltado à capacitação de equipes médicas, com foco em procedimentos de alta complexidade na área da ortopedia, aproveitando o conhecimento técnico da indústria e a experiência prática da equipe da Santa Casa. A proposta também contempla a possibilidade de criação de um laboratório de tecnologia voltado à pesquisa e ao aperfeiçoamento cirúrgico.
Para o diretor da Razek, Artur Sassoli, a visita abre caminhos promissores. “Receber os representantes da Santa Casa foi uma grande honra. Nossa missão é aproximar cada vez mais a indústria da realidade hospitalar, contribuindo com soluções tecnológicas que facilitem o dia a dia dos profissionais de saúde. Essa troca é essencial para a inovação com propósito.”
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos USP sediará um dos centros Temáticos apoiados pela FINEP, através da chamada pública MCTI / FINEP / FNDCT / Centros Temáticos 2023), instituído no corrente ano, com financiamento inicial de cerca de 12 milhões de reais e vigência até 2028. Sob coordenação do prof. Valtencir Zucolotto, o “Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia Aplicada ao Diagnóstico e Terapia do Câncer e Doenças Raras” surge através do trabalho e dos resultados obtidos no Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano-IFSC/USP), fundado em 2012. Participam do centro também os professores Osvaldo Novais de Oliveira Jr e Cleber Mendonça, dos grupos de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” e do grupo de Fotônica/IFSC, respectivamente.
O novo Centro Temático FINEP tem como objetivo o desenvolvimento de novos sistemas de diagnóstico e de Terapias Avançadas utilizando Nanomedicina para aplicação em Câncer (especialmente em Glioblastoma e de pulmão) e doenças raras, incluindo a Atrofia Muscular Espinhal, AME. Na temática do câncer, em particular, os trabalhos baseiam-se na aplicação de novas nanopartículas desenvolvidas nos últimos anos pelo grupo GNano/USP, capazes de entregar fármacos antitumorais específicos e com alta especificidade, graças ao uso de sistemas biomiméticos - https://doi.org/10.1021/acsami.4c16837 .
O centro será mantido pelo IFSC/USP, com corpo docente e discente altamente integrado em atividades de pesquisa e extensão, incluindo colaborações externas, como pesquisadores do Hospital de Amor (Barretos), da FMUSP e ICESP (através da iniciativa C2PO/ICESP/USP), em São Paulo, bem como diversas instituições internacionais.
O uso da nanomedicina em doenças raras representa um novo paradigma terapêutico, especialmente para pacientes que até então tinham poucas ou nenhuma opção de tratamento. O Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia aplicada ao diagnóstico e terapia do câncer e doenças raras irá contribuir significativamente ao propor soluções de alta tecnologia, com segurança, personalização e potencial de escalar essas terapias futuramente para a prática clínica.
Dentre os objetivos do centro estão três áreas que se deve ter em consideração. A primeira, relacionada com nanomedicina teranóstica, cujo foco é desenvolver nanopartículas que unam diagnóstico e terapia, detectando tumores e, simultaneamente, eliminando células doentes. A segunda vertente são as nanovacinas e a imunoterapia, criando formulações de nanovacinas personalizadas, que “ensinam” o sistema imune a reconhecer e atacar células tumorais, particularmente em câncer e doenças raras. Por último, a nanotoxicologia, com a análise dos riscos e dos impactos das nanopartículas no organismo e meio ambiente, garantindo segurança nas aplicações clínicas.
Inúmeros projetos financiados pela FAPESP, dentre outras agências, justificam a importância da criação deste Centro em termos de inovação clínica e biotecnológica, motivo pelo qual em 2024 o GNano recebeu um dos prêmios “Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica”, pela tecnologia de nanomedicina desenvolvida para administração de medicamentos via nasal no tratamento do glioblastoma
Em resumo, o Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia aplicada ao diagnóstico e terapia do câncer e doenças raras representa uma força transformadora na luta contra o câncer e doenças raras, usando nanotecnologia avançada para criar soluções teranósticas, seguras e personalizadas, com impacto direto na medicina de precisão e inovação clínica no Brasil.
IBATÉ/SP - A cidade de Ibaté foi contemplada com importantes investimentos na área da saúde por meio do Novo PAC Seleções, programa do Governo Federal que prevê a ampliação do acesso aos serviços públicos em todo o país.
O anúncio oficial foi feito nesta quinta-feira (17), durante agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Juazeiro, na Bahia.
Ao todo, o Governo Federal destinará R$ 6 bilhões para novos empreendimentos e equipamentos voltados à saúde em todo o Brasil.
No eixo saúde, Ibaté está entre as cidades aprovadas e receberá recursos para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), com os equipamentos necessários e para a aquisição de uma ambulância totalmente equipada como expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A nova UBS será instalada no bairro CDHU, em uma área da praça localizada na Avenida Santa Rufina.
O projeto contempla também uma sala de teleconsulta, permitindo que a população tenha acesso a atendimentos especializados à distância, ampliando o alcance e a qualidade dos serviços de saúde no município.
As obras da unidade de saúde estão previstas para iniciar ainda este ano.
A conquista é fruto do planejamento da Prefeitura de Ibaté, que apresentou a proposta com toda a documentação técnica exigida, incluindo a área pública já disponível para a construção.
O prefeito Ronaldo Venturi destacou a importância do investimento: “Essa conquista representa mais qualidade de vida para a nossa população. Com a nova UBS e uma ambulância padrão SAMU, a Prefeitura de Ibaté vai poder oferecer um atendimento mais ágil, moderno e eficiente”.
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