Captação de Recursos para Investimento em Equidade (CRIE) configura projeto emergencial para fomento à permanência estudantil
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como princípios de atuação a oferta de Educação Superior pública, gratuita e de qualidade e a promoção da inclusão e da diversidade. Esses princípios se concretizam em seu Programa de Ações Afirmativas articulado ao Programa de Assistência Estudantil, que visam à democratização do acesso e à garantia de permanência com qualidade na Universidade a toda a população de estudantes. No entanto, as ações voltadas à permanência estudantil, entendidas como direito dos estudantes, estão sob risco de serem inviabilizadas diante da redução de recursos destinados à Universidade nos últimos anos e, muito especialmente, no orçamento para 2021
Nesse contexto sistêmico e crítico de cortes orçamentários, os recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) destinados à UFSCar foram, neste ano, da ordem de R$ 8 milhões, diante de uma necessidade de R$ 10 milhões, mesmo déficit observado em 2020. Assim, como medida emergencial, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade (FAI-UFSCar) estruturou, em parceria com a Instituição, o CRIE - sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade.
A iniciativa permite que qualquer pessoa ou empresa faça doações a partir de R$ 10,00, para ajuda no custeio a moradia, alimentação, transporte e outras necessidades de estudantes em situação de vulnerabilidade. Para doações em valores de até R$ 500,00, é possível usar o PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Para colaborações acima desse valor, basta acessar bit.ly/crieufscar. É possível contribuir por débito automático, transferência bancária ou boleto.
"A UFSCar pretende contar com o apoio de seus estudantes egressos, que hoje ocupam lugares de destaque no mercado de trabalho e podem retribuir o que conquistaram a partir da sua formação na Universidade e, mais importante, contribuir para que outros jovens tenham as mesmas oportunidades neste momento difícil. Queremos contar com a sensibilidade de empresários e o maior número de pessoas possível de todos os outros setores da comunidade que podem nos ajudar nesta importante tarefa", afirma a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira.
Atualmente, dois mil estudantes dos cursos de graduação da UFSCar recebem bolsas ou outros tipos de auxílio à permanência. Outros 300 graduandos moram em edifícios próprios da UFSCar ou casas alugadas pela Instituição. Esses números representam cerca de 14% do total de estudantes dos quatro campi da Universidade. Além das bolsas, a UFSCar também oferece suporte socioassistencial, de saúde física e mental, e acompanhamento pedagógico para estudantes que enfrentam diferentes tipos de situação que podem impactar negativamente seu desempenho e conclusão de curso.
"Hoje em dia, a UFSCar investe por mês cerca de R$ 900 mil em bolsas, outros auxílios e pagamento de aluguéis e gás de cozinha para as moradias. Porém, desde janeiro de 2021, tem recebido cerca de R$ 700 mil mensais de recursos do PNAES do Governo Federal. Nosso investimento em assistência estudantil chegou a ser na ordem de R$10 milhões por ano e, nos últimos anos, tem recebido cortes sistemáticos. Os recursos atuais são iguais ao que a UFSCar recebia em 2014, sem corrigir a inflação", explica Djalma Ribeiro Junior, Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da Universidade. Recursos de outras fontes do orçamento têm sido usados para quitar esse déficit.
O Pró-Reitor ressalta que os estudantes que passam pela universidade pública têm o direito de se graduar em condições adequadas, e que esse direito está em risco.
"Não estamos abrindo mão da luta para recomposição do orçamento pelo Governo Federal, mas o CRIE é uma possibilidade de conseguirmos, neste momento, por meio das doações, garantir a permanência estudantil. O dinheiro doado vai complementar as ações de assistência da UFSCar, que é uma referência já há muitos anos", lembra o dirigente. Targino de Araújo Filho, Diretor Executivo da FAI-UFSCar, classifica a situação financeira da Universidade como dramática. "Nós temos uma redução em relação aos recursos que nós recebemos que vai inviabilizar a assistência estudantil na Universidade. Quase 20% dos nossos estudantes de graduação são de famílias que têm uma renda menor do que um salário mínimo e meio por pessoa. Para permanecerem na Universidade, milhares de alunos dependem de bolsas", alerta.
A distribuição dos investimentos arrecadados pelo CRIE será feita no âmbito das ações coordenadas pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE). "Todo o dinheiro doado será repartido por meio de editais, com critérios e procedimentos de análise socioeconômica já existentes na Universidade", explica Djalma Ribeiro Junior. Na avaliação dele, o número de estudantes que precisam de ajuda para se formar deve aumentar por conta do empobrecimento das famílias brasileiras neste momento de pandemia.
"A redução de investimentos e o empobrecimento da sociedade provocado pela pandemia de Covid 19 reflete em um número maior de pessoas em situação de vulnerabilidade e mais estudantes precisando de apoio. Estamos passando por um momento de crise. O Brasil começa a entrar de novo no mapa da fome e o número de famílias em situação de miséria aumenta. Precisamos buscar investimentos", defende o Pró-Reitor. Targino de Araújo Filho lembra também que a pandemia colocou em evidência a importância da Ciência para toda a população. "São as universidades que fazem a Ciência no Brasil, e são esses estudantes que constroem o desenvolvimento socioeconômico do País. Assim, quando os apoiamos, estamos apoiando o País", ressalta.
"A UFSCar tem de ser um espaço cada vez mais democrático, e isso passa pela permanência estudantil. Esse também é um pilar da Educação Superior pública, para além do ensino, da pesquisa e da extensão. O CRIE pode ajudar muito, sem dúvidas, a passar por essa fase que a gente está vivendo. Peço a empatia de todos para somarmos forças", convoca a Reitora da UFSCar.
Edital já está disponível, com oferta de 12 vagas
SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA-So) da UFSCar-Sorocaba divulgou o edital do processo seletivo de alunos regulares para o curso de mestrado, com ingresso no primeiro semestre de 2022.
O PPGA tem o objetivo de formar pesquisadores capazes de atuar no aperfeiçoamento dos sistemas de gestão, considerando as relações entre as organizações, no contexto das diversas perspectivas de desenvolvimento. Nessa seleção, são ofertadas 12 vagas, distribuídas em duas linhas de pesquisa: "Gestão na Cadeia de Suprimentos" e "Gestão Financeira e Desempenho Organizacional".
O processo seletivo terá duas etapas, ambas eliminatórias e classificatórias: Teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad) - cuja próxima prova é dia 27 de junho - e análise do projeto de pesquisa.
As inscrições podem ser feitas de 30 de junho a 31 de outubro. Todas as informações devem ser conferidas no edital do processo seletivo para aluno regular 2021 (ingresso 2022), disponível no site do PPGA-So (www.ppga.ufscar.br).
Ingresso está previsto para o mês de setembro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de julho, as inscrições para o processo seletivo do Doutorado em Engenharia Urbana (PPGEU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com ingresso em setembro de 2021. O edital completo pode ser conferido neste link (https://bit.ly/3uHQ8gz).
O Programa está ofertando um total de 17 vagas, distribuídas nas três áreas de pesquisa: Urbanismo (quatro vagas), Geotecnia e Geoprocessamento (nove vagas) e Saneamento (quatro vagas).
Ficha de inscrição, documentos e demais informações podem ser obtidos no site do Programa (www.ppgeu.ufscar.br), no link Ingresso.
Sobre o Programa
O PPGEU da UFSCar teve seu Mestrado criado em 1994, sendo um dos primeiros do país com a abordagem de pesquisa em sistemas de engenharia aplicáveis no território urbanizado. Trabalhados como eixos estruturantes, o planejamento urbano, o saneamento, o transporte e a geotecnia são vistos de forma integrada às áreas de meio ambiente, habitação social e geoprocessamento. A crescente taxa de urbanização das cidades brasileiras é uma das principais questões atuais que desafia a comunidade acadêmica, requerendo respostas abrangentes sobre os diversos problemas urbanos para o desenvolvimento de um conhecimento sólido e sistêmico. Além de buscar atender à demanda de um mercado de trabalho cada vez mais aberto a profissionais com conhecimentos integrados, o PPGEU resgata o papel social do engenheiro e de outros profissionais que estejam comprometidos com a qualidade de vida nas cidades.
Estudo internacional, em parceria com a Itália, evidencia desafios do cotidiano na Educação Infantil durante a pandemia de Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Junto à crise sanitária, a crise educacional é uma das principais implicações da pandemia de Covid-19, com impactos na atual geração de crianças e grandes desafios para oferta de ensino significativo e com qualidade. Na permanência do atendimento não presencial e de ensino remoto, a problemática se aprofunda no caso das instituições de Educação Infantil, que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Justamente para mapear, analisar e compreender a organização da prática educativa na Educação Infantil em contexto não presencial durante a pandemia, o Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância (Cfei) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu pesquisa em parceria com a Università degli Studi Roma Tre (UniRoma Tre), no âmbito de convênio internacional, coordenado na UFSCar por Aline Sommerhalder, docente no Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTTP) e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e uma das diretoras do Cfei.
O estudo investigou o tema junto a cerca de 450 profissionais atuantes nos dois países, sendo 150 no Brasil, entre professoras e outras educadoras de instituições municipais de Educação Infantil, coordenadoras pedagógicas e diretoras. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários online, no período de abril a junho de 2020.
No Brasil, a maior parte do grupo participante foi de profissionais mulheres (92,6%), na faixa etária de 31 a 60 anos (84,2%), atuantes principalmente no setor municipal de ensino (78,4%). Muitas são pedagogas (72%) com pós-graduação (69,6%), sendo, portanto, profissionais com alto nível de formação (especialização, mestrado ou doutorado) e experiência, com 5 a 25 anos de atuação profissional (68,2%).
Os resultados brasileiros evidenciaram, dentre outros pontos, a transferência de responsabilidades às famílias e, de outro lado, a inexistência de condições para exercício adequado das atividades escolares no ambiente doméstico.
Dados já sistematizados no estudo mostram que a maior preocupação das profissionais brasileiras (91%) dizia respeito, no momento inicial da pandemia, à condição emocional das crianças e à expressão de uma mensagem tranquilizadora às famílias. Além disso, grande parte das educadoras (89%) almejava a continuidade do trabalho educativo - antes feito nas escolas - no contexto doméstico, com foco no brincar e nas aprendizagens. As participantes (86%) também consideram que a memória da escola é um elemento de grande relevância nas intenções educacionais no cenário de distanciamento. Ou seja, que as famílias se tornam responsáveis, no trabalho escolar remoto, por manter a memória da escola viva nas crianças, desenvolvendo atividades do cotidiano da Educação Infantil, como contação de histórias, cantigas, uso de brinquedos como massinha de modelar e materiais como papéis, lápis de cor ou giz de cera, bem como experiências de recorte e colagem.
Assim, os resultados da investigação anunciam uma demanda às famílias, de modo que as crianças consigam manter o vínculo com as profissionais e a memória de viver a infância no cotidiano da Educação Infantil, além das novas aprendizagens. Das respostas, 93% indicam que os familiares precisam criar e sustentar um espaço lúdico nos espaços domésticos, considerando o brincar como um eixo organizador das práticas de cuidar e de educar.
Na perspectiva das educadoras brasileiras, as demandas para as atividades não presenciais que se voltam às famílias são diversas, e a pesquisa também busca compreender em quais condições as escolas e as profissionais conseguem dar suporte às crianças e às famílias para a manutenção dessas atividades, e se os familiares conseguiram promover as adequações necessárias nos contextos domésticos.
Didattica a Distanza
Na caracterização da realidade dos países estudados, o estudo apontou grandes diferenças, envolvendo especialmente três fatores: densidade demográfica, desigualdade social e características estruturais. Na Itália, o número de filhos por família é menor que no Brasil e, além disso, uma parcela importante das crianças nas escolas públicas de Educação Infantil vem de famílias com melhores condições socioeconômicas, com menores índices de desigualdade social, em relação ao Brasil.
"A Itália teve estrutura e investimento, com ação política no nível nacional, para reagir de forma emergencial ao cenário da pandemia. O País criou uma política educacional específica, inclusive com a implementação de estrutura chamada de 'Didattica a Distanza'", informa Sommerhalder.
Já no Brasil, os dados são discrepantes. As crianças que estudam em escolas públicas na Educação Infantil geralmente não têm boas condições socioeconômicas, e indicadores apontam que, quanto menor a escolarização das famílias, maior a quantidade de filhos. Essas crianças não têm acesso a computadores, tablets ou celulares com conexão à Internet de qualidade razoável.
"Na época da coleta de dados, as ferramentas utilizadas pelas educadoras para se comunicarem com as famílias não se constituem como recursos pedagógicos ou didáticos, são redes sociais como Facebook e WhatsApp, com ações diretas somente uma vez por semana, com duração de 15 a 20 minutos. E muitos materiais foram disponibilizados apenas impressos, segundo os resultados preliminares do estudo, justamente para atender às famílias e crianças sem acesso à Internet. É uma diferença gigantesca de realidades entre os dois países", detecta a pesquisadora.
Assim, a transferência de responsabilidade pelas atividades, em alguma medida, da escola para a família evidenciada na pesquisa é um cenário muito difícil de se concretizar com qualidade no caso brasileiro. "Além de todas as necessidades impostas pela pandemia, como gestões doméstica, de trabalho e do orçamento, precisar aproximar ou tentar reproduzir uma rotina de educação infantil em contextos domésticos com as crianças (muitas vezes, várias) se torna algo inviável ou de muito difícil realização. Além disso, a família não tem o papel de exercício da docência, com formação, condições estruturais e uma rede de suporte para tanto, ao que se soma o fato de que as aprendizagens, na educação infantil, ocorrem na convivência, no brincar coletivo e nas relações afetivas com a professora e com as outras crianças", enfatiza Sommerhalder.
O Cfei e a UniRoma Tre estão realizando outro estudo que investiga a percepção das famílias, atualmente na etapa de análise de dados.
Desafios
Diante desses resultados, Sommerhalder reflete sobre a inadequação de um sistema de ensino a distância (ou atividades remotas ou não presenciais) na Educação Infantil, sinalizando que o problema se acentua diante de um calendário estendido desse tipo de trabalho ou possibilidade de anúncio como solução definitiva, muito especialmente no Brasil. "Além de não ser responsabilidade das famílias fazer o papel da escola e das professoras, as crianças da Educação Infantil precisam estar em convívio presencial com as demais crianças e as profissionais. É no espaço da escola e do coletivo escolar que as práticas educativas e de cuidados acontecem", enfatiza a pesquisadora da UFSCar.
Sommerhalder indica a necessidade de formulação, no Brasil, de políticas públicas que reconheçam a função social da escola. Defende, também, a urgência de pensar na volta do atendimento presencial de forma segura e articulada, entendimento que implica a caracterização de três ações como fundamentais: vacinação de todos os profissionais que atuam no ambiente escolar; ampliação de recursos humanos, com a contratação de mais educadores e, consequentemente, formação de turmas menores para evitar a aglomeração; e investimento em infraestrutura e materiais nas unidades escolares.
"Dentro desse investimento, entram os recursos financeiros para mudanças estruturais, como a valorização de ambientes abertos, ventilação ampla em salas, ampliação dessas salas ou criação de outras, além de compra de materiais básicos, o que inclui kits de higienização, para atendimento ao protocolo de uso de máscara e higiene de mãos. São, portanto, desafios complexos diante das políticas educacionais atuais na realidade brasileira", avalia.
As pesquisas estão sendo realizadas por Sommerhalder em parceria com Fernando Donizete Alves, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e do PPGE, ambos da UFSCar, e também diretor do Cfei, com a participação de pesquisadora de pós-doutorado do Cfei e os parceiros da UniRoma Tre.
Projeto Muda8 conta com parceria do Enactus UFSCar
SÃO CARLOS/SP - Aliar a produção e o acesso de alimentos saudáveis à geração de renda: essa é a proposta do projeto Muda8, do programa Enactus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que implantou uma horta no bairro São Carlos VIII, a fim de comercializar hortaliças de qualidade, sem uso de nenhum tipo de produto industrial ou agrotóxico, a preço muito abaixo do mercado. Com a ampliação do projeto, os produtos agora também estão disponíveis para venda a toda a população.
São comercializados aproximadamente 15 tipos de hortaliças, que variam conforme as estações do ano. Entre elas, alface crespa, lisa e mimosa, couve, salsinha, cebolinha, rúcula, coentro, brócolis, couve-flor e repolho. Todas são vendidas a R$ 2, diretamente na horta, que fica na Av. Comendador Oscar Freire, s/n, e funciona no período da manhã. O contato direto com os produtores pode ser feito pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
O manejo da horta é feito pelos integrantes da família Almeida - José Carlos, Eliana Gomes, Talia Gabriela, Jéssica Ieda e Maicon -, residentes no bairro. Eles obtêm renda por meio da venda dos produtos. "Com a produção e venda de hortaliças, a família tem a chance de ter seu próprio negócio, não precisando depender de subempregos, como a maioria da população local. Dessa forma, a renda obtida com a horta proporciona melhorias significativas na qualidade de vida de Carlos e sua família", explica Gabriel Saba de Almeida Cunha, estudante do curso de Engenharia de Produção e integrante do Enactus UFSCar.
O projeto, que tem parceria das empresas Semeia Compostagem, Francisco Esterco e Viveiro Ranzini, surgiu a partir de duas problemáticas encontradas no bairro São Carlos VIII: o descarte irregular de lixo e, principalmente, o acesso limitado a alimentos saudáveis pela comunidade. "No caso, existia um terreno com descarte irregular de lixo (lixão) e foi encontrada uma oportunidade de limpeza deste terreno com a transformação do local em uma horta", conta o integrante do Enactus UFSCar.
Implantado em 2014, o projeto enfrentou um desafio: expandir a produção da horta, tanto em relação ao número de canteiros quanto à diversidade de hortaliças. "Atualmente, após uma expansão da produção contínua, estamos prevendo nos próximos meses maior oferta do que procura. Dessa forma, queremos divulgar os grupos de vendas e os canais possíveis para que mais gente possa conhecer a horta", afirma Gabriel Cunha. Além disso, o projeto já está estruturando um serviço de entregas, uma vez por semana, a ser implantado nos próximos meses.
Outro objetivo do projeto é garantir o acesso a alimentos saudáveis: "A comunidade do projeto reside em um bairro mais afastado do centro da cidade, o que resulta em uma oferta menor de opções de alimentos, além do baixo poder econômico dessa população, já que produtos orgânicos podem custar até 257% a mais", avalia o estudante da UFSCar.
Para saber mais sobre o Muda8 e acompanhar a oferta de produtos disponíveis, acesse as páginas do projeto no Instagram (instagram.com/muda8), Facebook (facebook.com/projetomuda8) ou entre em contato diretamente com os produtores pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
Atividade é gratuita e pode ser acompanhada pelo YouTube por todo o público
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de junho, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) realiza nova edição da série de eventos online que aborda a aprendizagem e novos desafios após um ano de Covid-19. Na apresentação desta semana, o tema será "Saúde materno-infantil em tempos de Covid-19". A live será transmitida ao vivo, a partir das 14h20, pelo canal do HU no YouTube (encurtador.com.br/aJMTW). A atividade é aberta ao público, especialmente a profissionais, pesquisadores, estudantes e docentes da área da Saúde, é gratuita e não há necessidade de inscrição.
A abertura do evento será feita por Daniela Brassolatti, Chefe da Unidade de e-Saúde do HU-UFSCar, com mediação de Letícia Pancieri, enfermeira do HU-UFSCar. A mesa-redonda abordará os seguintes temas: morbidade e mortalidade em gestantes; Projeto Nascer e Covid-19; aleitamento humano; manifestações da Covid-19 em crianças; e repercussões de isolamento para crianças. Participam da atividade as professoras da UFSCar Carla Andreucci Polido e Flávia Pileggi Gonçalves, do Departamento de Medicina; Monika Wernet e Natália Stofel, do Departamento de Enfermagem; e Maria Fernanda Barboza Cid, do Departamento Terapia Ocupacional.
Os encontros online são realizados no formato de mesa-redonda, com espaço para perguntas dos participantes e mediados de forma a garantir as perspectivas multiprofissionais e interdisciplinares dos temas tratados. A atividade, promovida pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do HU, é um momento importante para compartilhamento de conhecimentos entre os envolvidos no cuidado das pessoas com Covid-19.
Outros temas
O cronograma das lives tem mais quatro temáticas: "Comprometimentos Cardiovasculares, Renais e Neurológicos", no dia 18/6; "Cuidado Integral Pós-Covid-19", em 25/06; "Saúde Mental", em 2/7; e "Vacinas e desafios para o futuro", no dia 16/7. As atividades serão sempre às sextas-feiras, à tarde, com transmissão pelo canal do HU no Youtube. Os eventos também ficarão disponíveis no canal para acesso posterior.
Primeiro encontro, nesta quinta, fala de coleções e acervos históricos e biológicos
SÃO CARLOS/SP - Estreia nesta quinta-feira, dia 10 de junho, às 17 horas, a série de eventos "Convergências", iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq) em parceria com a Assessoria para Comunicação Científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O primeiro encontro, intitulado "Acervos e coleções: do passado na memória a futuros diversos pela pesquisa e formação", partirá da apresentação e de reflexões sobre as coleções biológicas do Laboratório de Estudos Subterrâneos (LES, www.lesbio.ufscar.br) e o acervo da Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM, www.ueim.ufscar.br) para identificar as convergências, conceitos, categorias, problemas e soluções comuns aos esforços e objetivos das duas iniciativas e, também, outras de mesma natureza.
"No contexto da gestão participativa da ProPq, algo que queremos concretizar é a integração dos diferentes saberes que existem na Universidade, tão rica em suas linhas de pesquisa. 'Convergências' vem para iniciar esse diálogo", situa o Pró-Reitor de Pesquisa da UFSCar, Ernesto Chaves Pereira. "Queremos, a partir de diferentes pontos de partida, alcançar o lugar de discussão construtiva e integrativa desses saberes, bem como dar visibilidade a essa possível convergência de formas de pensar, de diferentes abordagens para um determinado problema, a partir do cuidado com uma linguagem que possa ser compreendida por não especialistas", complementa.
Para tanto, participam do primeiro encontro Maria Elina Bichuette, docente do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE), e João Roberto Martins Filho, professor aposentado junto ao Departamento de Ciências Sociais (DCSo).
Bichuette coordena o LES, voltado a estudos de Espeleobiologia ou Biologia Subterrânea. Neste contexto, mantém, desde 2006, coleção importante de exemplares da biota subterrânea, coletados na pesquisa de campo em cavernas e outros ambientes subterrâneos. O acervo do Laboratório inclui aquários com peixes cavernícolas e invertebrados, fundamentais ao conhecimento e conservação da biodiversidade subterrânea.
Já Martins Filho foi o fundador do Arquivo Ana Lagôa de política militar, em 1996. Hoje, o Arquivo integra a UEIM, criada em 1998, da qual o docente foi Diretor entre 2007 e 2013. A UEIM, vinculada ao Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar, é voltada à conservação da memória histórica e cultural regional e nacional, abrigando documentos privados e públicos, mapas e plantas históricas, cartazes, folhetos, almanaques, fotografias, obras de arte e de artesanato, filmes, microfilmes, discos de vinil, partituras e coleções de periódicos, além de cerca de 40 mil livros.
O encontro será transmitido nos canais UFSCar Oficial no Facebook (www.facebook.com/
"Em um belo poema, Drummond faz referência a um tempo de homens partidos. Ainda guardam grandes verdades esses versos. Vivemos um tempo de seres partidos e apartados uns dos outros. Mas também a Ciência parece enfrentar um tempo de saberes partidos. Reflexo de um modelo de ultraespecialização, cada campo do conhecimento foi ficando mais restrito a suas especificidades, a sua literatura, de tal sorte que as grandes questões ou perguntas que a Ciência poderia resolver ou, no mínimo, buscar resolver, nem sempre encontram o diálogo necessário entre cientistas de formações distintas mas que juntos poderiam construir soluções e, sem dúvida, um mundo mais dialógico em que a inteligência coletiva, o bem comum e a ética do pensamento fossem os alicerces", reflete Junkes.
"É nesse sentido que nasce 'Convergências'" com o objetivo de em primeiro lugar valorizar e arejar os debates na e a partir da diferença, em busca de caminhos para o pensamento, acessos aos sentidos e promoção de uma sociedade mais justa, digna e democrática, cuja construção precisa começar pela democratização das ciências e da participação dos vários conhecimentos nas discussões e debates. Comecei com Drummond e termino a partir dele: temos todos nós, cientistas, duas mãos e um sentimento de mundo; que este seja significativo o bastante para melhorarmos e tornarmos mais vivível a nossa jornada no Antropoceno", conclui a Pró-Reitora.
Evento, aberto ao público, terá transmissão online e celebra plantio de 155 mudas no Loteamento São Carlos I
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de junho, sexta-feira, a partir das 17 horas, será inaugurado o projeto Praça dos Professores em São Carlos. Localizada no Loteamento Habitacional São Carlos I, próximo ao Campus II da Universidade de São Paulo (USP), a praça marca mais uma edição do projeto de arborização urbana conduzido pelo Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pelo Rotary Club de São Carlos - Pinhal.
O evento presencial ocorre na Praça dos Professores, localizada na Rua Afonso Botelho de Abreu Sampaio, 1.045, em São Carlos e será transmitido pelo canal do YouTube do Rotary São Carlos Pinhal (https://bit.ly/3fUPSHa). Durante a inauguração, será feito o descerramento da placa com os nomes dos 155 professores homenageados e a entrega de um certificado a cada um dos professores. Após o evento, os certificados poderão ser retirados na SS Veículos (Av. São Carlos, 2.050, Centro).
Nesta quarta edição, o projeto conta com o apoio do Centro do Professorado Paulista (CPP) de São Carlos e de pessoas que, por meio de doações, prestam uma homenagem a professores que foram especiais em suas vidas. A iniciativa também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos e participação especial da construtora RPS Engenharia.
O projeto "Valorização de espaços verdes públicos urbanos: integração universidade e sociedade", implantado junto ao Rotary - Pinhal em 2017 e coordenado, na UFSCar, pela professora Andréa Lúcia Teixeira de Souza, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), já soma um total de 700 mudas plantadas, incluindo manutenção posterior, em cinco locais de São Carlos. Saiba mais sobre a iniciativa no Portal da UFSCar (https://bit.ly/2QydeZ4). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo WhatsApp (16) 99101-2384 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Pesquisas serão apresentadas em quatro mesas temáticas
SÃO CARLOS/SP - Anualmente, os discentes do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizam o Colóquio de Imagem e Som. O evento conta com uma programação que se divide entre mesas de apresentação das pesquisas desenvolvidas no PPGIS, debates, palestra de encerramento e sessões de mostra audiovisual.
Em 2021, as atividades da nona edição acontecem de forma virtual, entre 8 e 10 de junho, e serão abertas ao público. As apresentações das pesquisas desenvolvidas no PPGIS serão distribuídas em quatro mesas temáticas e podem ser acompanhadas via Google Meet. Para acompanhar as atividades e receber o link de acesso às salas virtuais no Google Meet, é necessário se inscrever através do formulário, disponível nas redes sociais do evento.
O bate-papo com egressos do PPGIS e a palestra "Metodologias de Pesquisa em Audiovisual" serão transmitidos ao vivo pelo canal do YouTube do Programa. Já as sessões da Mostra Audiovisual, que acontecem em parceria com o Cine UFSCar, serão transmitidas pelo canal do YouTube do projeto nos dias 8 e 9 de junho.
Mais informações, incluindo a programação completa, estão disponíveis nas redes sociais do evento, @coloquioppgis no Facebook e Instagram. Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Com passagens pelo Chile e Estados Unidos ainda durante a graduação, Taruhim Quadros é prova de como a universidade pública transforma vidas
SOROCABA/SP - Das salas de aula da UFSCar-Sorocaba ao Chile; mais tarde, disciplinas cursadas em duas universidades diferentes dos Estados Unidos; muitos projetos de pesquisa ainda durante a graduação; estágio na área de Biotecnologia e melhoramento genético; mestrado; e atuação profissional destacada em uma das maiores organizações de preservação da natureza no mundo, o WWF-Brasil. Esse é apenas o resumo da trajetória de Taruhim Miranda Cardoso Quadros, engenheira florestal formada em 2017 pela UFSCar, em Sorocaba. Taruhim é exemplo de dedicação e também de como a universidade pública - gratuita e de qualidade - pode transformar a vida das pessoas.
Sua conexão com a natureza desde a infância foi decisiva no momento de escolher em qual curso ingressar no Ensino Superior. A dúvida entre Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental foi desfeita quando pôde conhecer, antes mesmo de ser aprovada no SiSU (Sistema de Seleção Unificada, do Governo Federal, utilizado para a seleção de candidatos na UFSCar e em outras instituições de ensino do País), a sala de uma das professoras da Universidade, no campus de Sorocaba. "Tive a chance de conversar com a professora Fátima Piña Rodrigues. Lembro-me de entrar na sala dela e ver diversos artesanatos de sementes nativas, muitos livros e a grande persona que a Fátima é no meio daquilo tudo. E ali percebi o diferencial da Engenharia Florestal da UFSCar: o curso proporciona infinitas oportunidades, incluindo uma visão de conservação, sustentabilidade e produtividade a partir de nossas matas nativas, se destacando dentre outras universidade que têm um enfoque em plantios de florestas exóticas comerciais. Saí certa de que queria ser engenheira florestal", relembra ela.
A partir da aprovação e do ingresso no curso de Engenharia Florestal da UFSCar-Sorocaba, Taruhim não se limitou aos estudos teóricos dentro das salas de aula e logo se envolveu em projetos de Iniciação Científica. Foi justamente o envolvimento precoce com atividades de pesquisa que permitiu que ela fizesse um estágio de férias no Chile. "Esse foi um intercâmbio inesperado, que só apareceu porque já estava engajada com pesquisa. Meu orientador da época, o professor Fábio Yamaji, tinha contatos no Chile e incentivava muito que seus alunos agarrassem a oportunidade. E lá fui eu, sem saber falar uma palavra em Espanhol. Levei mais duas colegas de sala comigo e juntas fizemos um estágio na Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), em uma Reserva Nacional chamada Pampa del Tamarugal", conta.
A Reserva Pampa del Tamarugal é uma região desértica, completamente diferente dos ecossistemas brasileiros, o que tornou a experiência ainda mais rica. "Trabalhei em um projeto específico que visava auxiliar pequenos agricultores que viviam nas proximidades da Reserva e sofriam muito com os intensos ventos. Minha responsabilidade era escutá-los e idealizar um reflorestamento no entorno de suas propriedades para funcionar como cortinas corta-vento", detalha. Para ela, "foi um aprendizado prático entender outras culturas, se comunicar sem nem compartilhar a mesma língua, ter empatia e saber escutar a necessidade dos atores locais. Foi também uma primeira visão da importância da natureza para pessoas e do meu papel como profissional da área".
Mais tarde, Taruhim passou quase dois anos nos Estados Unidos, participando do programa Ciências sem Fronteiras, hoje extinto. Primeiro, esteve na University of Montana, em Missoula, no estado de Montana. "Nos seis primeiros meses, fiz um curso intensivo de Inglês, com apenas duas matérias na universidade", pontua. Em seguida, cursou quatro semestres do curso de Forestry (Silvicultura) na mesma universidade e fez um estágio de verão em outro estado, na Colorado State University.
"Nesse período, aprendi muito em termos profissionais, mas também pessoais. Me encantei com a estrutura e a maneira que os americanos se engajam com a natureza, como o governo apoia as áreas protegidas e parques nacionais, com o respeito da população aos ecossistemas. Além disso, vi tópicos comuns à Engenharia Florestal no Brasil, mas de uma forma completamente diferente - colheita com neve e bacias hidrográficas onde a principal fonte de recarga é o degelo pós inverno. Foi um aprendizado único", garante.
Na volta à UFSCar-Sorocaba, seu envolvimento com projetos de pesquisa continuou. "Foram ao menos quatro Iniciações Científicas", destaca com orgulho. Em uma delas, sob a orientação da professora Karina Martins, buscou entender padrões de genética populacional de uma espécie amazônica - a virola. "Essa espécie nativa tem um valor econômico associado e, por isso, vem sendo explorada há décadas. Isso cria uma preocupação em termos de diversidade genética e de padrões de reprodução.
Em linhas gerais, existe um risco dessa espécie ter poucas árvores reprodutivas, devido à redução de sua população com a exploração, o que faz com que árvores que são parentes se reproduzam, levando a cada vez menos diversidade genética", detalha.
De acordo com ela, a pesquisa desde a graduação lhe deu um importante senso de direção, favoreceu sua habilidade de elaborar ideias, interpretar resultados, entender contextos, estruturar relatórios e muito mais: "Foi graças à pesquisa que trilhei o caminho do meu desenvolvimento", atesta. Aliás, foi o seu engajamento com a pesquisa científica que garantiu uma importante vaga de estágio profissional na área de Biotecnologia e melhoramento genético, no centro de tecnologia da antiga Fibria Celulose (hoje, Suzano S/A). "Essa oportunidade só me apareceu por estudar na UFSCar-Sorocaba. Toda minha experiência em Iniciação Científica foi essencial, pois pude não só executar tarefas, mas colaborar com o pensamento dos pesquisadores, sugerir inovações para os procedimentos e as pesquisas. Um aprendizado prático muito importante", afirma.
Depois de formada, Taruhim ingressou no mestrado na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus na Bahia, trabalhando com a compreensão da contribuição da restauração florestal da Mata Atlântica a partir de uma perspectiva genética. Sua pesquisa contou com apoio financeiro da Fundação Rufford, um fundo com sede no Reino Unido que financia projetos de conservação da natureza em países em desenvolvimento. "Foi um apoio financeiro essencial para a execução do meu projeto, especialmente considerando as reduzidas oportunidades de apoio à pós-graduação no Brasil. Sem esse recurso, não teríamos dinheiro para as idas a campo, para material de laboratório, nem para a infraestrutura necessária. Isso me deu flexibilidade para realmente executar o melhor trabalho possível, sem restrições por dificuldades financeiras", diz Taruhim.
Quando terminou o mestrado, candidatou-se para trabalhar no WWF-Brasil, como analista na área de conservação com foco em restauração. O WWF-Brasil é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que trabalha para mudar a atual trajetória de degradação ambiental e promover um futuro onde sociedade e natureza vivam em harmonia. "Com muita felicidade, realizo trabalhos voltados à restauração da Mata Atlântica, a partir de valores e princípios que prezo na minha vida pessoal, e contribuo para a conservação do nosso Brasil. Hoje, executo as mais diversas atividades relacionadas à restauração de paisagens florestais da Mata Atlântica, mas com o papel de trazer um olhar técnico-cientifico, conectando as ações de campo a uma visão estratégica de longo prazo", descreve com satisfação.
Aliás, esse sentimento de satisfação predomina, quando, em retrospecto, analisa toda a sua trajetória até aqui. Satisfação que se mistura com gratidão ao falar do papel da UFSCar-Sorocaba em sua vida pessoal, acadêmica e profissional. "Não há uma coisa sequer que tenha acontecido na minha trajetória que não esteja interligada à UFSCar. Sem dúvidas, tive uma formação diferenciada. A junção do todo - professores, infraestrutura, oportunidades de pesquisa - me fez chegar onde estou agora, me impulsionando sempre para experiências profissionais marcantes!", destaca. O percurso de Taruhim só confirma a importância de se ter o acesso ao ensino público e de qualidade, como é na UFSCar, na sua própria cidade. "Sigo com sentimento de gratidão e orgulho de ter feito parte da história da UFSCar, mas mais ainda de ter a UFSCar como parte da minha história", conclui com emoção.
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