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SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas com diabetes que tenham, ou não, dor no ombro para estudo que pretende verificar sintomas dolorosos e a funcionalidade da articulação, além de sinais e sintomas de neuropatia diabética em indivíduos com diabetes. Os participantes receberão avaliação musculoesquelética gratuita no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro da UFSCar.
O estudo é desenvolvido por Julia Kortstee Ferreira, sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade. A pesquisadora avalia que o estudo é importante uma vez que a literatura sobre possíveis sintomas e alterações que podem ocorrer no ombro de quem tem diabetes ainda é escassa. "Temos indícios sobre esta relação, mas ainda faltam estudos para compreender melhor este aspecto. Além disso, este estudo avalia também como se dá a manifestação da neuropatia diabética periférica nos membros superiores (mãos e braços) de quem tem diabetes para melhor compreender como isso ocorre nesta região do corpo, visto que a maioria dos estudos aborda essa condição somente nos membros inferiores (pés e pernas)", explica Ferreira.
A neuropatia diabética é uma complicação bastante comum do diabetes e leva à ocorrência de danos aos nervos periféricos do corpo. Esses nervos carregam informações que saem do cérebro e informações que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal. "Os danos a esses nervos fazem com que esse mecanismo não funcione bem. Desta forma, a neuropatia pode afetar um único nervo ou um grupo de nervos e manifestar sintomas como dor contínua e constante, que pode ser espontânea, além de sensações de queimação, formigamento e alterações na sensibilidade. Uma forma bastante comum da neuropatia diabética é a manifestação periférica, quando esses sintomas aparecem nas extremidades (pés e pernas, e mãos e braços)", complementa a doutoranda da UFSCar.
Como reforça a pesquisadora, já há estudos que apontam uma maior prevalência de queixas e alterações musculoesqueléticas em pessoas com diabetes quando comparadas às pessoas sem diabetes. Além disso, alguns estudos também têm apontado uma maior prevalência de dor no ombro em pessoas com a doença, mas "ainda não se sabe ao certo os mecanismos exatos que contribuem com estes quadros e, por isso, mais estudos ainda são necessários".
A expectativa da pesquisa atual é levantar resultados que ajudem a compreender melhor quais os sintomas e as alterações presentes no ombro de quem tem diabetes (como possíveis alterações de movimento e da força do ombro), assim como compreender se a neuropatia diabética tende a ocorrer simultaneamente e na mesma proporção nos membros inferiores e superiores. "Com estes achados, poderemos compreender melhor as alterações que acontecem, e poderemos pensar em pesquisas futuras que estudem intervenções e programas preventivos mais específicos para estas condições", detalha Julia Ferreira.
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas pessoas com idades entre 18 e 65 anos. Os participantes devem ter diabetes e podem, ou não, ter dor no ombro. As pessoas voluntárias não podem ter problemas na tireoide, fibromialgia, fratura ou cirurgia ortopédica recente nos membros superiores, e ter realizado tratamento fisioterapêutico ou infiltração para o ombro nos últimos seis meses. Os voluntários passarão por avaliação única presencial, no laboratório da UFSCar, com duração de duas horas. Ao final da avaliação, os voluntários receberão uma cartilha de orientações e exercícios para o cuidado com a diabetes.
Pessoas interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3D9AyRY). O contato com a pesquisadora também pode ser feito pelo whatsapp (16) 99714-1240 ou pelo e-mail projetodiabetes.ombro@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52273521.8.0000.5504).

Evento, que acontece de 15 a 18 de março, recebe pesquisadores brasileiros e internacionais

 

Foram prorrogadas, até 31 de janeiro, as inscrições para o II Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular (II SIELiPop), que nesta edição será realizado de 15 a 18 de março na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A programação conta com seis mesas-redondas e quatro minicursos ofertados por renomados pesquisadores brasileiros e internacionais. Já confirmaram presença Beth Brait, Dominique Maingueneau, Diana Luz Pessoa de Barros e Dennis Preston, dentre outros.
Estudantes de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores da área da Linguística, e demais interessados, podem participar apresentando pesquisas ou como ouvintes. Será emitido certificado. Ao longo do SIELiPop, haverá também uma sessão de lançamento de livros. Além disso, Mário de Andrade, responsável por um legado linguístico e participante fundamental na Semana de Arte Moderna - que completou 100 anos em 2022 -, e Antenor Nascentes, que há um século publicou o livro "O Linguajar Carioca", serão homenageados ao longo da programação.
Os valores de inscrição variam de acordo com a modalidade. De acordo com o Roberto Baronas, professor do Departamento de Letras da UFSCar e um dos coordenadores do evento, 30% do valor arrecadado será doado ao Programa de Fomento à Permanência Estudantil da UFSCar, o CRIE, sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade. "O CRIE tem uma função importantíssima para ajudar na permanência dos nossos estudantes que estão em condições de vulnerabilidade social. Por isso, nós convidamos todos para o nosso evento e para colaborar com os nossos estudantes", diz. O CRIE recebe doações a partir de R$ 10 de pessoas físicas. Para empresas, o valor mínimo de colaboração é R$ 50. O código PIX para doações é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
As inscrições para o II SIELiPop podem ser feitas pelo site www.even3.com.br/2sielipop/. Na página, está disponível a programação completa e outras informações. O Seminário ocorrerá no Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), localizado na Área Sul do Campus São Carlos da UFSCar.
Candidatos precisam ter feito o ENEM 2022 e se inscrever na prova de Habilidades Musicais

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicou o Edital ProGrad n. 002, de 20 de janeiro de 2023, para ingresso no curso presencial de graduação em Música (Licenciatura), por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da Prova de Habilidades Musicais.
A UFSCar está ofertando 24 vagas no curso de Música presencial. Para concorrer às vagas, os candidatos precisam ter prestado o Enem 2022 e se inscrever para a Prova de Habilidades Musicais, no período de 27 de janeiro a 24 de fevereiro, na página da Fundação VUNESP (www.vunesp.com.br).
As informações completas sobre a seleção para ingresso no curso de Música (Licenciatura - presencial) UFSCar 2023 podem ser acessadas na página Ingresso em Música 2023 (https://bit.ly/3kxd7f4), onde estão disponíveis o Edital completo, a Ficha de Inscrição, os Calendários de Chamadas e as questões frequentes.
Outras informações podem ser obtidas por meio de contato com a Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) da UFSCar (www.prograd.ufscar.br/fale-conosco) ou pelo e-mail da Coordenação de Ingresso na Graduação (CIG), o Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Confira:
- Edital que regulamenta o ingresso na graduação de Música da UFSCar: https://bit.ly/3iTv1ID
- Calendário de Chamadas: https://bit.ly/3XxxPtZ
Com acesso gratuito, e-book relata experiência em escola pública de São Carlos

 

SÃO CARLOS/SP - Como ensinar para crianças e adolescentes a diferença entre agricultura tradicional e Agroecologia? Por meio do relato da construção de uma horta agroecológica em uma escola de São Carlos, o e-book "Vivências de uma horta agroecológica: da teoria à prática" fomenta a questão da Agroecologia e da qualidade dos recursos naturais entre alunos do Ensino Médio. Na obra, com acesso aberto e gratuito pela Internet (em https://bit.ly/3IXCbpO), são discutidas questões sobre sustentabilidade, agricultura florestal e como ocorreu a construção de um sistema funcional de horta agroecológica para fins didáticos em uma escola pública. 
O público-alvo do livro são educadores e demais interessados no assunto, especialmente aqueles que queiram construir uma horta agroecológica. 
A obra é resultado do projeto de extensão "Discussões e práticas sobre Agroecologia e qualidade dos recursos naturais nas escolas públicas no município de São Carlos, São Paulo", coordenado pela pesquisadora Raquel Aparecida Moreira, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O projeto reuniu diferentes profissionais, como pesquisadores, docentes do Ensino Básico e do Ensino Superior, discentes de graduação da UFSCar e do Ensino Médio do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus de São Carlos, e teve financiamento da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. 
O projeto foi desenvolvido no IFSP - campus de São Carlos, entre o mês de maio de 2022 a outubro de 2022, e abarcou a escola como modelo de implantação. A faixa etária dos alunos foi de 14 e 18 anos. "Atualmente, outros projetos estão sendo realizados na escola, permitindo a continuidade do que foi implementado pela equipe", conta a coordenadora do projeto. 
De acordo com Raquel Moreira - que é uma das autoras do livro -, horta agroecológica é "um pequeno sistema de produção agrícola que segue as premissas da Agroecologia. Sua ciência aponta para um agroecossistema cujo funcionamento segue as bases da Ecologia da Conservação dos recursos naturais, como a água, o solo, a biodiversidade, dentre outros recursos fundamentais para o equilíbrio ecológico e, concomitantemente, para a vida humana".
Os autores explicam que o livro ensina, através de exemplos práticos, a partir da experiência realizada no ambiente escolar e de um arcabouço teórico sobre o que é Agroecologia, quais são os métodos empregados nessa ciência, como ocorreu a questão agrária no Brasil, além de definições básicas sobre agricultura e seus elementos. "Durante a leitura do livro, também é possível observar que o protagonismo (a Agroecologia) se aterra sobre as comunidades tradicionais do Brasil e da América do Sul, que desenvolveram uma agricultura única e consonante com a conservação da biodiversidade e compatível com o clima tropical", destaca o aluno bolsista do projeto, Gabriel Devecchi de Souza. "Desta forma, o livro indica os pilares teóricos de um sistema de produção, as nuances entre sistemas florestais e modelos de monocultura e para onde devemos voltar nossos olhares para replicar tais propriedades em outras localidades e diversas realidades", complementa. O e-book "Vivências de uma horta agroecológica: da teoria à prática" pode ser encontrado gratuitamente no site da Rfb Editora (https://bit.ly/3IXCbpO). 
Dúvidas podem ser esclarecidas com o estudante do curso de Ciências Biológicas da UFSCar e principal autor do livro, Gabriel Devecchi de Souza, pelo e-mail gabrieldevecchi@estudante.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - Foram prorrogadas, até 31 de janeiro, as inscrições para o II Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular (II SIELiPop), que nesta edição será realizado de 15 a 18 de março na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A programação conta com seis mesas-redondas e quatro minicursos ofertados por renomados pesquisadores brasileiros e internacionais. Já confirmaram presença Beth Brait, Dominique Maingueneau, Diana Luz Pessoa de Barros e Dennis Preston, dentre outros.
Estudantes de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores da área da Linguística, e demais interessados, podem participar apresentando pesquisas ou como ouvintes. Será emitido certificado. Ao longo do SIELiPop, haverá também uma sessão de lançamento de livros. Além disso, Mário de Andrade, responsável por um legado linguístico e participante fundamental na Semana de Arte Moderna - que completou 100 anos em 2022 -, e Antenor Nascentes, que há um século publicou o livro "O Linguajar Carioca", serão homenageados ao longo da programação.
Os valores de inscrição variam de acordo com a modalidade. De acordo com o Roberto Baronas, professor do Departamento de Letras da UFSCar e um dos coordenadores do evento, 30% do valor arrecadado será doado ao Programa de Fomento à Permanência Estudantil da UFSCar, o CRIE, sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade. "O CRIE tem uma função importantíssima para ajudar na permanência dos nossos estudantes que estão em condições de vulnerabilidade social. Por isso, nós convidamos todos para o nosso evento e para colaborar com os nossos estudantes", diz. O CRIE recebe doações a partir de R$ 10 de pessoas físicas. Para empresas, o valor mínimo de colaboração é R$ 50. O código PIX para doações é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
As inscrições para o II SIELiPop podem ser feitas pelo site www.even3.com.br/2sielipop/. Na página, está disponível a programação completa e outras informações. O Seminário ocorrerá no Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), localizado na Área Sul do Campus São Carlos da UFSCar.


Artigo premiado indica que as teias tróficas são simplificadas nos locais mais impactados, potencialmente gerando instabilidade no fluxo de energia

 

SÃO CARLOS/SP - Que impactos a transição de florestas para plantações de monoculturas causa no funcionamento de riachos tropicais? Essa foi a questão central de uma pesquisa de mestrado na área de Ciências Ambientais desenvolvida na UFSCar. O estudo verificou que as mudanças no uso do solo alteram a estrutura das comunidades biológicas, os organismos presentes, suas redes de interações, consequentemente, fragilizando o funcionamento dos fluxos de energia, que considera o potencial energético que todo organismo possui para ser usado por outro organismo.
A pesquisa foi desenvolvida por Giovanna Collyer, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm), sob orientação de Victor Satoru Saito, professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Collyer recebeu o prêmio Harald Sioli de melhor artigo do biênio 2021-2022 no Congresso Brasileiro de Limnologia (CBLimno), promovido pela Associação Brasileira de Limnologia (ABLimno) entre 21 e 25 de novembro de 2022. O prêmio Harald Sioli presta uma homenagem ao pesquisador alemão Harald Sioli, que atuou no Brasil e se tornou referência em estudos de Ecologia Aquática.  
A pesquisa de mestrado teve como objetivo estudar as comunidades de invertebrados aquáticos em riachos no estado de São Paulo, com o foco no gradiente de mudança de uso do solo, indo de florestas bem preservadas até riachos dentro de plantações de cana-de-açúcar. "Especificamente, analisamos o tamanho corpóreo dos organismos, considerando que em teias tróficas [cadeias alimentares], os organismos maiores se alimentam dos organismos menores; então, compreender quantos e quais os tamanhos dos organismos nos possibilita entender o funcionamento dessas teias tróficas", explica o professor da UFSCar. "Muitos desses organismos atuam no fluxo de energia e matéria, dentro e entre ecossistemas, processando a matéria orgânica que adentra os riachos e exportando energia para ecossistemas terrestres também (por exemplo, insetos que emergem dos riachos e servem de alimento para aves)", complementa o docente.
A partir dessa análise, o artigo mostra dois principais resultados interligados. O primeiro é que existe uma perda de diversidade nos riachos de monocultura, ou seja, menos espécies são encontradas. O segundo mostra que essas comunidades simplificadas (menos diversas) são compostas por uma teia trófica com menor quantidade de organismos grandes, predadores de topo. "Esses resultados sugerem que as teias tróficas são simplificadas nos locais mais impactados, potencialmente gerando instabilidade no fluxo de energia. Imagine que uma rede trófica é uma malha de blusa. Em uma malha complexa, a retirada de um fio da blusa não impacta a estrutura da roupa, mas em uma blusa feita por poucas linhas interligadas, a retirada de uma só linha pode colapsar a roupa toda! É dessa forma que vemos fragilizada a rede trófica em locais impactados. Por serem menos diversas, o fluxo de energia deve ser mais instável, o que pode ocasionar em menos predadores de topo, que dependem do fluxo de toda a rede para receberem energia", elucida Saito.
Para o docente da UFSCar, são muitos os estudos sobre impactos da intensificação do uso do solo, porém não houve investigações à luz da estrutura de tamanho dos organismos das comunidades, o que elucida processos importantes de transferência de energia nesses sistemas. Para ele, o aspecto que mais chamou a atenção dos pesquisadores "foi o fato de que o padrão de mudança na estrutura de tamanho é bastante claro ao longo do gradiente, fortalecendo bastante a ideia de utilizar a estrutura de tamanho como uma fonte interessante de informação sobre o funcionamento energético do sistema".
O trabalho de mestrado foi desenvolvido em São Paulo, onde a monocultura prevalente é a cana-de-açucar. "O artigo foi desenvolvido no Brasil, porém as implicações não se restringem ao Brasil em especifico. Acreditamos que as generalidades encontradas sejam abrangentes para sistemas aquáticos sob a influência da intensificação do uso do solo", conta o orientador do estudo.

Mestrado e artigo
O artigo intitulado "Land-use intensification systematically alters the size structure of aquatic communities in the neotropics" ("A intensificação do uso do solo altera sistematicamente a estrutura de tamanho das comunidades aquáticas nos Neotrópicos") tem autoria de Giovanna Collyer, Daniel M. Perkins, Danielle K. Petsch, Tadeu Siqueira e Victor Saito. O prêmio Harald Sioli é dado ao artigo submetido ou publicado em 2022; o artigo premiado foi submetido e está na segunda rodada de revisões.
O mestrado de Giovanna Collyer foi desenvolvido entre abril de 2021 e abril de 2022. Nesse período, a aluna foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mas conquistou também uma bolsa do Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia (MEXT), do Japão, motivando a aluna a completar o seu mestrado em menos tempo. "Foi a defesa mais rápida do Programa e imagino que uma das mais rápidas da UFSCar", ressalta o orientador.  
O material biológico utilizado no trabalho foi coletado dentro de um projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), coordenado pelo professor Tadeu Siqueira - na época docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), atualmente na Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia. "Como a pesquisa foi desenvolvida durante a pandemia, tivemos um grande desafio de fazer um trabalho de ecologia, sem chances de ir para campo. No fim, decidimos por utilizar um material já coletado, reaproveitando o investimento feito no projeto original. Entendo que foi uma forma criativa e produtiva de desenvolver um mestrado durante o pico da pandemia", explica Saito.
Mais informações podem ser solicitadas com o professor e orientador da pesquisa, Victor Saito, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
SÃO CARLOS/SP - A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Alessandra Guerra da Silva Oliveira, foi uma das homenageadas pela Câmara dos Vereadores de São Carlos com o Selo "Carolina Maria de Jesus". A homenagem, realizada no último dia 1º de dezembro, foi atribuída pelo trabalho desenvolvido por Oliveira em uma escola do bairro Cidade Aracy com foco em histórias e culturas afro-brasileiras e africanas. 
O Selo "Carolina Maria de Jesus" é destinado a incentivar ações de implementação da Lei nº 10.639/2003, que incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e cultura afro-brasileira".
A atuação da professora, que está à frente da coordenação pedagógica de dez instituições de Educação Infantil de São Carlos, serviu de base para pesquisa desenvolvida por ela na UFSCar, intitulada "Pedagogia antirracista na Educação Infantil: processos educativos decorrentes". O trabalho tem orientação de Luiz Gonçalves Junior, professor do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH), na linha de pesquisa Práticas Sociais e Processos Educativos do PPGE. 
Como ação integrante do projeto, foi realizada uma intervenção em uma instituição de Educação Infantil no bairro Cidade Aracy, em São Carlos, durante todo o ano de 2022, com 19 crianças. Os dados coletados estão sendo utilizados na pesquisa de doutorado. "Realizamos a intervenção, por meio de brincadeiras, vivências e rodas de conversa, buscando aproximar as crianças das histórias e culturas afro-brasileiras e africanas, e incluir, através da escuta ativa, as percepções e interpretações que as crianças davam às vivências realizadas", detalha Oliveira. A iniciativa teve "o apoio dos pais e familiares, que a todo momento foram incentivados a participar das ações desenvolvidas".
A ação buscou contribuir com a formação das crianças envolvidas na pesquisa "ao desenvolver práticas pedagógicas antirracistas, almejando práticas mais respeitosas e humanizantes, nas quais todas as crianças envolvidas no estudo pudessem se sentir acolhidas em suas diferenças e especificidades, de maneira a fortalecer a autoestima positiva", conta a doutoranda da UFSCar.

Reconhecimento
Ao receber o Selo "Carolina Maria de Jesus", a professora conta que se sentiu "honrada e valorizada por ter o trabalho reconhecido. Desenvolver a intervenção materializou a importância do diálogo e parceria que a escola e educadores precisam estabelecer com os pais e familiares, pois sem eles não conseguimos desenvolver um trabalho realmente exitoso que contribua na formação e aprendizagens de nossas crianças. Espero que o estudo possa inspirar e incentivar outros educadores a desenvolverem e compartilharem os trabalhos realizados, multiplicando as ações antirracistas em nossas escolas".
Também receberam o Selo a professora Rosana Almeida e a diretora da Escola Estadual "João Batista Gasparin", Juliana Gastaldi. Confira mais informações sobre a premiação nesta (https://bit.ly/3VSINs5).

 

Professores integraram abertura e encerramento sobre a temática Ano Internacional do Vidro

 

SÃO CARLOS/SP - Devido à sua grande flexibilidade, desde formas simples até ultra complexas, excelente durabilidade química, transparência e beleza estética, os vidros são materiais presentes em inúmeras aplicações domésticas e de alta tecnologia e são extremamente importantes na vida cotidiana. Como exemplo: estima-se que mais de 10 bilhões de recipientes de vidro especial foram utilizados para acondicionar vacinas contra Covid-19 em 2022. Por essas razões e devido à sua relevância econômica, o ano passado foi celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Vidro (International Year of Glass - IYOG).
Pesquisas sobre materiais vítreos no Brasil foram iniciadas em 1975 e tiveram expressivo aumento em número e qualidade nas duas décadas passadas, atingindo cerca de 3,8% dos artigos científicos indexados pela base Scopus. As atividades da comunidade vidreira do Brasil foram particularmente intensas e estão resumidas neste vídeo (www.youtube.com/watch?v=Bm0k9_Ku0U8).
Na cerimônia de abertura do IYOG na sede da ONU em Genebra (Suíça), realizada em fevereiro de 2022, a pesquisa brasileira na área foi representada pela professora Andrea de Camargo, do Instituto de Física (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), com a palestra "Glass Research in Brazil"; e pelo professor Edgar Dutra Zanotto, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e cofundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), com a palestra "Glass Education Wordwide". O evento de abertura também contou com a participação da professora Ana C. M. Rodrigues, do DEMa-UFSCar.
No dia 14 de dezembro de 2022, foi celebrada a cerimônia de encerramento do IYOG, na sede da ONU, em Nova York (EUA). A comunidade científica foi representada pelo professor Zanotto, que coorganizou o evento e contribuiu com a sessão "Glasses for Healthcare". As indústrias do setor foram representadas por Lucien Belmonte, superintendente da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro).
Falta de articulação no Governo Federal nos últimos anos não possibilitou avanço da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fundamental para organizar formas responsáveis de lidar com o lixo

 

SÃO CARLOS/SP - A gestão de resíduos sólidos no Brasil - ou, popularmente, do "lixo" - tem um marco em 2010, com o estabelecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei nº 12.305), após 20 anos de debate no Congresso Nacional. No entanto, sua implementação segue insatisfatória.
Para explorar possíveis causas e indicar caminhos de aprimoramento, pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) avaliou o arranjo de governança da Política, ou seja, como diferentes atores envolvidos se comportaram e interagiram ao longo deste processo.
Os resultados obtidos apontam baixa articulação entre esses atores - e, especificamente, ausência de atuação integrada entre ministérios - e estado crítico de vulnerabilidade de catadores e catadoras, dentre outras conclusões.
Para essa avaliação, foram realizadas 36 entrevistas, com atores selecionados para permitir a análise da articulação entre as três esferas políticas (federal, estadual e municipal) envolvidas na PNRS e vários grupos de interesse - de empresas a catadores e catadoras e à sociedade como um todo. Esse grupo abrangeu, por exemplo, representantes de ministérios; da Câmara dos Deputados; Confederação Nacional dos Municípios; Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento; Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais; e Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), dentre outras instituições.
A pesquisa foi realizada no escopo da tese de Cristine Diniz Santiago, hoje doutora em Ciências Ambientais pela UFSCar, sob orientação de Erica Pugliesi, docente no Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Instituição. A metodologia da pesquisa, qualitativa, utilizou o process tracing, técnica que busca mapear processos pela descrição minuciosa de uma série de eventos. "A ideia é delimitar um determinado momento da história - neste caso, o contexto da implantação da PNRS e anos depois - e ‘abrir’ aquilo: quem fez o que? Por que acontece cada problema, cada avanço, e como foi?", sintetiza Santiago.
Para a definição das pessoas entrevistadas, utilizou-se o método chamado de "bola de neve", em que se inicia por contatos considerados chave, que vão indicando outros, e assim sucessivamente, até que as primeiras pessoas entrevistadas voltam a ser indicadas, o que evidencia a saturação do ciclo. Segundo a pesquisadora, este é um método importante para captar o conhecimento tácito, não registrado em documentos, que fica na oralidade e na memória das pessoas. "É importante entender como tudo aconteceu para justamente enxergarmos como podemos sair disso", acrescenta.
Os resultados obtidos apontam baixa articulação entre os grupos envolvidos com a temática nos últimos anos, o que prejudica a descentralização (que está na PNRS e é positiva, se feita de forma articulada) e a atribuição de responsabilidades.
No âmbito federal, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) - nome à época da pesquisa, de 2019 a 2022; hoje, o atual Ministério das Cidades - e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) não trouxeram atuações integradas.
"O MMA, o MDR e a Funasa precisam estar articulados, pois os três têm competências na PNRS. A gestão envolve processos complexos, de transporte e tratamento à destinação adequada dos resíduos, além de coleta seletiva, de orgânicos e de rejeitos. É preciso que todos no Governo Federal 'disseminem' ou 'cobrem' dos municípios as mesmas ações - caso contrário, acontece o que mostrou a realidade a partir de 2016: cada um estabelece sua forma e critérios de gastos e lógicas, gerando confusão para o município e descoordenação da política, que, por sua vez, não caminha", detalha Santiago.
Outra questão crítica é o estado de vulnerabilidade de grupos essenciais para a gestão dos resíduos, como catadores e catadoras - responsáveis por 90% do material reciclado no País. 
"A proximidade do Governo Federal com o movimento dos catadores (MNCR) - muito forte em 2010, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando a PNRS foi instituída - teve uma grande queda a partir de 2016. Análises documentais e entrevistas corroboram que praticamente todas as decisões na área de resíduos nos anos recentes não consideraram a participação social, por onde os catadores poderiam participar, demonstrando a vulnerabilidade desses grupos e um maior interesse, por parte do Governo Federal, em se articular com o setor privado, trazendo uma visão tecnicista", situa a pesquisadora.

Mudança de cenário
Para o avanço da Política, uma mudança de cenário é necessária, especialmente no que diz respeito ao grupo de catadores e catadoras. "Ele executa a coleta seletiva, além de ser importante na educação ambiental da população. Além disso, se comunicar com os cidadãos sobre seus deveres e ensiná-los sobre a importância do descarte correto de lixo é essencial", enumera.
O atual Governo Federal já evidencia uma possível alteração nesse cenário, já que, em 2 de janeiro de 2023, o Presidente Lula assinou despacho (https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/despacho-do-presidente-da-republica-455355644) que determina à Secretaria-Geral da Presidência a elaboração de proposta para recriar o programa Pró-Catador - e, pela Portaria nº 2, de 5 de janeiro de 2023 (https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-2-de-5-de-janeiro-de-2023-456348699), houve a instituição de Grupo de Trabalho Técnico para atender ao despacho.
Ao mesmo tempo, é preciso trazer à tona as responsabilidades das empresas, que envolvem redução de geração de resíduos, aumento de produtos reciclados e reutilização e destinação ambientalmente adequada de seus produtos.
A destinação de recursos financeiros com direcionamento, para estados e municípios, via instância federal, também é importante para o fortalecimento da PNRS. "A política pública é isso: encaixar algo que seja bom para a sociedade, para o Planeta e para o ambiente, ao mesmo tempo em que se combinam visões de mundo, realidades e percepções muito diferentes. Estamos diante de um grande desafio - e só é possível enfrentá-lo com um governo articulado e sensibilizado para a importância da temática", pontua Santiago.
A tese de doutorado na íntegra está disponível no Repositório Institucional da UFSCar, em https://bit.ly/tese-cristine-santiago.
Mostra pode ser visitada até 17 de fevereiro

 

SOROCABA/SP - Até 17 de fevereiro, no saguão da Biblioteca Campus Sorocaba (B-So) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está disponível para visitação a exposição "Bonecas Curandeiras - o entrelaçar da criatividade, mãos e emoções", da artesã e professora Maria Lígia Conti, artista sorocabana.
A mostra conta com 65 bonecas, todas confeccionadas pela artista, e que segundo ela "possuem uma história, e um porquê foram criadas". As bonecas na história da humanidade representam a cultura e tradição de cada povo, expressando sentimentos e crenças. Elas foram utilizadas para lazer, brincadeiras e na decoração, mas muito mais visíveis na história é seu papel como amuleto e objeto de ligação com o sagrado.
A professora Lígia Conti é embaixadora do Pan-African Institute of Leadership, de Ghana, no Brasil e América Latina. Como embaixadora, divulga o Instituto e oferece bolsas em diversos cursos online de liderança. Além disso, como líder em países de língua portuguesa da ONG Girl Child and her Long Walk to Freedom (A Menina Criança e sua Longa Caminhada para a Liberdade), suas atividades incluem uma Jornada de Leitura que conduz a uma melhor percepção de como é a vida da menina e da mulher no Brasil e no mundo, e como podemos, cada um de nós, homens e mulheres, descobrirmos e desenvolvermos formas melhores de viver em comunidade.
A artista é aluna de Barb Kobe, pelo quarto ano consecutivo, e já estudou modelagem com Maureen Carlson e costura e bordados artísticos com Helen Layfield, ambas referências em suas áreas de atuação. Atualmente, ela também ministra aulas online de confecção de bonecas.
A exposição estará no saguão da B-So até 17 de fevereiro, com entrada livre e gratuita para todas as pessoas, de segunda a quinta-feira, das 13 às 22 horas, e às sextas-feiras, das 9 às 18 horas.

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