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MUNDO - Dois dias depois do anúncio da desistência do Brasil, a Fifa confirmou nesta quarta-feira que três candidaturas - Colômbia, Japão e uma parceria entre Austrália e Nova Zelândia - seguem na briga para ser sede da próxima edição do Mundial Feminino, que acontecerá em 2023. Elas serão colocadas em votação na reunião por videoconferência que será realizada no próximo dia 25.

"Um ano depois da realização histórica do Mundial Feminino na França, o Conselho da Fifa vai decidir qual será a sede da nona edição do torneio em 2023, quando esperamos que seja ainda maior e melhor. A qualidade das candidaturas é uma mostra do momento maravilhoso que o futebol feminino está vivendo e estamos procurando levá-lo a um nível mais alto", disse a senegalesa Fatma Samoura, secretaria-geral da entidade.

Fora da disputa por não ter recebido as garantias do governo federal, uma das exigências da Fifa, a CBF anunciou que passará a apoiar a candidatura da Colômbia. "A CBF decidiu retirar a candidatura brasileira e apoiar a Colômbia na disputa para a sede da Copa do Mundo Feminina 2023. Desta forma, a Conmebol se apresenta com uma candidatura única, aumentando as chances sul-americanas na votação, além de reforçar a unidade que marca a atual gestão da entidade", disse.

A CBF também lembrou que o Brasil tem recebido vários eventos esportivos nos últimos anos - como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio-2016 -, avaliando que isso diminuiria as suas chances de ser escolhido para sediar a próxima edição do Mundial Feminino.

"Soma-se a isso a nossa percepção, construída durante o processo, de que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil - Copa das Confederações 2013, Copa do Mundo 2014, Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, Copa América 2019 e Copa do Mundo Sub-17 2019 - poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega", completou a entidade.

 

 

*Por: ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - Em Brasília, as manifestações foram realizadas neste domingo (7) na Esplanada dos Ministérios, que se dividiu em duas pela manhã. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) se posicionou no gramado central e manteve manifestantes contra o governo do lado esquerdo, onde fica o Ministério da Justiça, e grupos a favor do presidente Jair Bolsonaro no lado direito, onde fica o Itamaraty.

O ato contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro reuniu mais pessoas. Ao longo da última semana, em diferentes ocasiões, o presidente pediu a seus apoiadores que não saíssem às ruas hoje para evitar cofrontos com grupos contrários.

Na Esplanada dos Ministério, pouco depois das 9h, um grande grupo caminhou até o Ministério da Justiça, onde havia uma barreira policial impedindo o avanço além daquele ponto. A manifestação unificou pautas como o combate ao racismo, ao fascismo e contrários ao governo federal. Os manifestantes usavam máscaras, item de uso obrigatório no Distrito Federal, em virtude da epidemia de covid-19.

Esse grupo ficou na Esplanada por pouco tempo. Às 11h, ele já caminhava de volta, se afastando do Congresso Nacional em direção à Biblioteca Nacional, onde começou a dispersão. O protesto foi pacífico.

Do lado favorável ao governo, o público saiu às ruas vestido de verde e amarelo. Os manifestantes tiveram acesso à Praça dos Três Poderes, local que tem concentrado apoiadores do presidente aos domingos.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, esteve presente na Esplanada, acompanhando a movimentação e cumprimentando policiais que faziam a segurança da área.

A Polícia Militar informou que não houve registro de ocorrência durante a manifestação e ninguém foi detido. Além disso, a PMDF informou que não faz estimativa de público.

Rio de Janeiro

Na parte da manhã, um grupo de manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro fez uma caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio.  Os manifestantes, muitos vestidos com as cores da bandeira do Brasil, percorreram um trecho do calçadão no final da manhã e carregaram uma faixa intitulada Marcha da Família pró Bolsonaro com Deus, que defendia também "intervenção popular com o Executivo".

Um grupo de manifestantes contrários a Bolsonaro também esteve no calçadão, com uma faixa contra integrantes do governo e outra relembrando a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.

Manifestantes contrários ao governo ltambém participaram da segunda marcha Vidas Negras Importam, que foi realizada na tarde de hoje no centro do Rio. O protesto percorreu a Avenida Presidente Vargas e teve como principais bandeiras o combate ao racismo e à violência policial, relembrando pessoas negras que morreram no contexto de ações policiais, como o adolescente João Pedro, assassinado em casa no dia 17 de maio, em São Gonçalo, e a menina Agatha Félix, baleada e morta em setembro do ano passado, no Complexo do Alemão.

São Paulo

Os manifestantes contra o governo se reuniram no Largo da Batata, zona oeste paulistana, no ato Mais Democracia – antifascista e antirracista. Lideres do movimento discursaram em um carro de som. Os participantes gritaram palavras de ordem contra o racismo, contra o fascismo e contra o presidente Jair Bolsonaro. A Avenida Faria Lima chegou a ter um dos lados da via interrompidos para o fluxo de carros.

O ato havia sido inicialmente convocado para acontecer na Avenida Paulista. Porém, uma decisão determinou que protestos antagônicos não deveriam acontecer no mesmo local. Na semana passada, houve confusão entre participantes de manifestações pró e contra o governo. A Polícia Militar interveio, lançando bombas de gás contra os manifestantes.

Hoje na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), um grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniu com bandeiras do Brasil e cartazes.

Desde o final da manhã, a Polícia Militar esteve presente na região da Paulista com unidades da cavalaria, viaturas e bloqueios para revistar as pessoas que saíam das estações do metrô. Segundo a Secretaria de Estado Segurança Pública de São Paulo, o patrulhamento buscava garantir a segurança da população e proteger o patrimônio. A corporação usou drones para monitorar tanto o Largo da Batata, como a Paulista. Algumas imagens foram disponibilizadas nas redes sociais da PM.

Apesar da determinação de que os atos acontecessem em lugares distintos, um grupo contra o presidente também se reuniu em uma das extremidades da Avenida Paulista, na Praça do Ciclista. Um cordão de policiais militares com escudos, entretanto, não permitiu que o grupo avançasse na via e o protesto permaneceu a mais de um quilômetro de distância dos apoiadores do presidente.

 

 

*Colaboraram Vinícius Lisboa e Daniel Mello

*Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) disse neste último sábado (6/6) que os brasileiros que são a favor da democracia precisam se unir. Ele acredita que, diante do clima de tensão que se instaurou no país nas últimas semanas, o importante é ampliar o diálogo em prol da democracia e não criar mais atritos.

"Nós não estamos em um momento de defender posições de atrito. Ao contrário. Os que são a favor da democracia têm que se unir", afirmou Fernando Henrique Cardoso, em live realizada pelo movimento Direitos Já para discutir a "democracia brasileira e os caminhos para protegê-la" neste sábado.

Ele explicou que este é um momento em que é preciso "estar juntos para avançar com a democracia".  "Não está na hora de esconder o sentimento democrático", acrescentou.

Por isso, sugeriu que as divergências partidárias sejam deixadas para depois e que os agentes políticos também não queiram brigar por liderança agora. "Precisamos de todo mundo, de a sociedade discutir ideias. Temos que criar uma base comum outra vez. Depois brigamos, depois vêm as questões menores, partidárias, de um querer uma coisa e o outro querer outra. Não é isso que está em jogo agora. O que está em jogo hoje é nossa sobrevivência como pessoa e nação", disse.

Para FHC, para que essa defesa da democracia seja efetiva, também é preciso ampliar e incluir cada vez mais pessoas nesse debate, inclusive os militares. Ele admitiu que a tarefa não é fácil, mas lembrou que as Forças Armadas têm um peso importante da sociedade brasileira.

"Essa conversa deve ser estendida aos militares, porque se não eles vão pensar que estamos querendo subverter a ordem. E é inerente ao espírito militar querer manter alguma ordem. Não sou favorável à desordem alguma. Quero que haja a possibilidade de inclusão", emendou, dizendo, contudo, que não acha que os militares darão um golpe de uma hora para outra, como pensam alguns brasileiros.

 

 

*Por: Marina Barbosa / CORREIO BRAZILIENSE 

*Carlos Eduardo Chagas - pediatra do Trasmontano Saúde

SÃO PAULO/SP - De acordo com o Ministério da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos são obesas. A condição é um fator ainda mais preocupante conforme a projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta: até 2025, o número de crianças obesas no mundo pode chegar em até 75 milhões. Para conscientizar a população sobre a importância da alimentação de qualidade e a prevenção da doença ainda na infância, o dia 3 de junho é marcado como o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil.

É fato que nos últimos anos, as pessoas têm ficado mais sedentárias e a condição inclui também as crianças, com mais acesso a videogames, celulares e novas tecnologias, que ocuparam o lugar das brincadeiras de rua ou com os amigos. Além disso, pela “praticidade” ou por falta de recursos, muitas vezes, a alimentação tem recebido cada vez mais produtos industrializados e processados. A junção destes fatores acaba resultando no ganho de peso que, com o tempo, pode levar à obesidade entre outros problemas de saúde.

Vale ressaltar que a comorbidade aumenta a possibilidade de desenvolver doenças crônicas como diabetes, pressão alta e doenças no coração, que podem levar a uma morte precoce na fase adulta. Segundo o Ministério da Saúde, crianças acima do peso possuem 75% mais chances de se tornarem adolescentes obesos, que consequentemente, tem 89% mais chances de se tornarem adultos obesos. Por esta questão, é muito importante um olhar atento para a alimentação e a prática de esportes dos pequenos, para evitar futuros problemas.

Além disso, é primordial reforçar o papel dos pais na qualidade da alimentação de seus filhos. Nesse sentido, apesar de todas as dificuldades por conta de rotina de trabalho entre outros pontos, é importante que os pais tenham uma programação para ofertar aos seus filhos alimentos naturais, saudáveis e equilibrados para o bom desenvolvimento das crianças. Afinal, ter uma dieta adequada até o sétimo ano de vida propicia à criança ter um bom desenvolvimento neurológico. No fim das contas, a obesidade vai contra este desenvolvimento. Enganam-se os pais que ainda acreditam que estar obeso é estar saudável.

Uma alimentação variada com legumes, verduras, frutas e outros vegetais e rica em nutrientes, além da diminuição de consumo de produtos industrializados, pode ajudar neste cenário. Pratos coloridos e criativos incentivam a criança a consumir mais desses produtos naturais. Os limites também são de suma importância quanto ao consumo de açúcar e outros produtos industrializados, como salgadinhos, bolachas e petiscos.

O incentivo à prática de atividades físicas também faz a diferença nesta fase da vida. Levar a criança ao parque, andar de bicicleta e praticar esportes são hábitos benéficos à saúde. Vale lembrar que os pais servem de exemplo para os filhos e precisam adotar os mesmos hábitos recomendáveis aos pequenos. A participação da família é fundamental para o bom desenvolvimento das crianças.

 

Sobre o Trasmontano Saúde - Com mais de 87 anos de atuação no setor da saúde, o grupo é formado pela operadora com cerca de 100 mil vidas, o Hospital IGESP, que hoje é referência em medicina de alta complexidade em São Paulo e pela faculdade FASIG, uma instituição que tem em sua essência a responsabilidade com a qualidade da saúde no país por meio da formação qualificada dos novos profissionais que irão integrar a saúde brasileira. Para mais informações acesse: https://www.trasmontano.com.br/.

 

MUNDO - Em uma ação inédita contra o Brasil, que barra qualquer pretensão de se ampliar acordos comerciais com os EUA, 24 deputados democratas da Comissão de Orçamento e Tributos (Ways and Means) da Câmara dos Deputados dos EUA informaram na quarta-feira ao escritório comercial da Casa Branca que “têm fortes objeções à busca de qualquer acordo comercial ou à expansão de parcerias comerciais com o Brasil do presidente Jair Bolsonaro”.

Ex-embaixador em Washington, Rubens Ricupero afirma que a carta dos democratas da Ways and Means “enterra” qualquer possibilidade de acordo enquanto a Câmara tiver maioria da oposição ao republicano Donald Trump. “Nunca vi um documento assim. Ela é a mais importante comissão do Congresso americano. Essa carta significa que nenhum acordo com o Brasil será feito enquanto a Câmara tiver maioria democrata.”

Para ele, a situação deve se agravar ainda mais se o democrata Joe Biden for eleito presidente. “Ele é muito mais comprometido com a pauta ambiental do que Barack Obama.” Biden, com 53%, lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição deste ano com dez pontos à frente de Trump (43%). A votação americana, entretanto, é definida por meio de um colégio eleitoral, o que torna mais decisivo o triunfo em Estados em que a preferência por democratas ou republicanos se alterna. Trump se elegeu graças a vitórias no Meio-Oeste, mesmo tendo menos votos do que Hillary Clinton no geral.

A carta foi endereçada ao representante comercial da Casa Branca, o embaixador Robert Lighthizer. Nela, o presidente da comissão, o deputado Richard Neal, e seus colegas de partido contam que decidiram escrever o documento depois de Lighthizer afirmar, em maio, após conversa com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, que desejava intensificar a parceria econômica com o Brasil, incluindo uma simplificação do comércio e “boas práticas regulatórias”. Para tanto, consultaria o Congresso. “Em resposta, nós julgamos importante enumerar a litania de razões pelas quais consideramos inapropriado que a administração abra discussões sobre parcerias econômicas de qualquer tipo com o líder brasileiro que desrespeita o estado de direito e ativamente desmantela árduas conquistas de direitos civis, humanos, ambientais e trabalhistas.”

A carta segue afirmando que, por meio de retórica e de ações, o governo demonstra “completo desrespeito por direitos humanos básicos, pela necessidade de se proteger a Floresta Amazônica, os direitos e a dignidade dos trabalhadores e mantém práticas econômicas anticompetitivas”. Essas condições demonstrariam que o Brasil sob Bolsonaro “não pode ser considerado preparado para assumir novos padrões de direitos trabalhistas e de proteção ambiental previstos no acordo EUA-México-Canadá”.

Peso nas decisões

Os democratas têm larga maioria na comissão. Sua importância pode ser medida pelo fato de o presidente americano precisar de autorização dela para negociar acordos comerciais que não sejam emendados pelo Congresso – fast tracks. Também por ela passam não só cada tostão gasto em políticas públicas bem como decisões sobre impostos e taxas e acordos comerciais internacionais. Para o embaixador Roberto Abdenur, “manifestações como essa de agora terão desde logo impacto, pois inibirão o governo americano de levar adiante novos entendimentos com o Brasil”. Ele concorda com Ricupero e diz que as relações com os EUA “vão se complicar muito se Biden for eleito”. “A excessiva ligação de Bolsonaro com Trump só fará exacerbar os ânimos contra o Brasil.”

Ricupero, que foi embaixador nos EUA no governo de George Bush (1989-1993) e conselheiro político em Washington nos governos dos ex-presidentes Gerald Ford (1974-1977) e Jimmy Carter (1977-1981), aponta ainda na carta democrata a união de dois tipos de argumentos, o ambiental e o protecionista, cada vez mais comum nos EUA e na Europa. “A chance de o Brasil obter alguma coisa na área agrícola em um acordo comercial com os EUA é próximo de zero. Só para citar um exemplo, não há lobby mais forte no Congresso do que o do algodão, que tem apoio em peso dos congressistas do Texas.”

De fato, em um dos últimos parágrafos do documento dos democratas, os deputados dizem considerar existir pouca perspectiva de oportunidades de acordo para o agronegócio, pois muitos dos “produtos exportados pelo Brasil já são muito competitivos no mercado americano, mesmo sem as vantagens da eliminação de tarifas de um acordo comercial”. E conclui: “Além disso, produtores brasileiros têm um histórico de usar práticas desleais de comércio”.

A carta conclui afirmando que buscar um acordo com o Brasil pode prejudicar a luta de defensores dos direitos humanos, trabalhistas e ambientais brasileiros para promover o Estado de Direito e comunidades marginalizadas.

Trump busca aumentar os laços com o governo Bolsonaro, não só os comerciais como os militares e sanitários. Na semana passada, o americano afirmou que a Casa Branca fornecera 2 milhões de doses de hidroxicloroquina para combater o Sars-Cov-2 no Brasil. O Estadão procurou o Itamaraty e o Ministério da Economia, mas nenhum deles se manifestou. A ação ocorre concomitantemente à aprovação de moção no Parlamento da Holanda, rejeitando o acordo entre a União Europeia e o Mercosul por razões semelhantes às americanas. “Nosso isolamento está cada vez maior”, afirmou Ricupero.

 

 

*Por: Marcelo Godoy / ESTADÃO

MUNDO - A Casa Branca informou neste último domingo, 31, que o governo americano enviou dois milhões de doses de hidroxicloroquina para o Brasil. O remédio tem sido defendido pelo presidente americano, Donald Trump, e pelo presidente Jair Bolsonaro como um tratamento para covid-19, apesar de estudos científicos não indicarem a eficácia da droga.

Bolsonaro já havia afirmado, na quarta-feira, que Trump enviaria os comprimidos do medicamento para o Brasil, em conversa com apoiadores na portaria do Alvorada.

Hospitais americanos têm reportado redução no uso do medicamento no tratamento da covid-19 depois que vários estudos sugeriram que o medicamento não é eficaz e representa um risco para os pacientes com a doença. A Vizient Inc, compradora de medicamentos para cerca de metade dos hospitais dos EUA, informou à agência Reuters que os pedidos de cloroquina caíram para um décimo do pico, registrado no final de março.

A droga, usada para tratamento da malária, foi inicialmente vista como esperança para a covid-19 e avidamente defendida por Trump e Bolsonaro. Os testes científicos feitos em humanos até o momento não comprovaram os benefícios e ao menos dois estudos sugerem que há aumento no risco de vida.

Em comunicado, a Casa Branca informou que a droga será usada para profilaxia para ajudar a proteger enfermeiros, médicos e profissionais de saúde brasileiros, e que também terá usado para terapia dos infectados.

A Casa Branca também confirmou que enviará "em breve" mil respiradores para o Brasil. A doação dos respiradores foi anunciada pelo chanceler Ernesto Araújo no mesmo dia que os Estados Unidos confirmaram que iriam restringir a entrada de pessoas que estivessem no Brasil, em razão do avanço da pandemia no País.

 

 

*Por: Beatriz Bulla / ESTADÃO

Valorant é o novo sucesso da Riot Games que vem quebrando recordes de audiência na Twitch. O game estava em beta fechado em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil, e se tornou sucesso absoluto logo nos primeiros dias.

Já foi confirmado anteriormente que o jogo chega oficialmente no próximo dia 2 de junho. Para celebrar este lançamento, a Riot provou que entende de Brasil e anunciou um teaser de lançamento com o remix de “Saci”, do BaianaSystem, produzido e remixado pelo Tropkillaz, ambos grupos brasileiros.

Confira:

 

Num contexto geral, o vídeo faz um apanhado dos personagens em ação e da bastante foco para a agente brasileira, Raze. No final, é anunciado novidades: uma nova agente deve chegar nos próximos dias aos campos de guerra.

Valorant será lançado oficialmente no dia 2 de junho (terça-feira que vem) para PC; versões de consoles e smartphones também podem ser lançados num futuro próximo.

*Por: VOXEL.COM.BR

MUNDO  - O governo americano anunciou neste domingo, 24, a proibição da entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil.

A ameaça de limitar voos vindos do País vinha sendo mencionada publicamente pelo presidente americano, Donald Trump, desde o final de abril. Na sexta-feira, no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde classificou a América Latina como novo epicentro do vírus, dando destaque ao Brasil, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano concordaram em oficializar a restrição, como antecipou o Estadão.

A medida anunciada barra estrangeiros que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias. A restrição passa a valer a partir das 23h59, no horário de Nova York, do dia 28 de maio. Ainda podem entrar no país aqueles que possuem residência permanente nos EUA, além de cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Estrangeiros que possuem visto específicos, como os que representam outros governos, também estarão excluídos da restrição.

Trump é considerado o principal aliado internacional do presidente Jair Bolsonaro e tem evitado críticas abertas ao brasileiro, mas deixou claro nas últimas semanas que não pouparia o País. “Eu não quero pessoas entrando e infectando nosso povo”, afirmou na terça-feira, quando o Brasil ultrapassou a marca de mil mortes diárias por covid-19.

A pressão para que o governo americano adotasse restrições à chegada de brasileiros cresceu na última semana, quando a situação no Brasil se agravou e passou a ser destaque na imprensa internacional. O prefeito de Miami, Francis Suárez, foi um dos que defenderam abertamente o bloqueio dos voos. O Brasil é considerado um epicentro da pandemia, com trajetória de rápido crescimento dos casos, enquanto os EUA caminham para um processo de reabertura econômica e de controle interno da primeira onda da epidemia, que deixou mais de 1,6 milhão de infectados e quase 100 mil mortos no país.

Fontes do governo brasileiro veem na iniciativa americana mais uma mensagem eleitoral de Trump. A Flórida, onde chegam quase metade dos voos hoje em operação entre Brasil e EUA, é um Estado-chave para a eleição presidencial americana, que ocorrerá em novembro.

A avaliação para impor a medida, entretanto, levou em consideração fatores além do eleitoral. Em 23 de março, um funcionário do alto escalão do Departamento de Segurança Interna disse a jornalistas que a rápida aceleração de casos na América Latina, com destaque para o Brasil, era acompanhada com preocupação nos EUA. Na época, o Ministério da Saúde informou que o Brasil tinha 1.891 casos de covid-19 confirmados e 34 mortes. Dois meses depois, o Brasil tem quase 350 mil casos confirmados e mais de 22 mil mortos.

Atualmente, há 13 voos semanais em operação entre os dois países, sendo que seis têm a Flórida como destino e outros sete, o Texas. Só a Latam tinha 49 viagens semanais entre os dois países. Com a restrição de entrada, as empresas podem continuar a operar as rotas, se desejarem, mas os passageiros que se encaixem na medida não poderão ingressar nos EUA. A tendência, portanto, é que o número de voos seja ainda mais reduzido.

O governo brasileiro adotou uma restrição geral à entrada de estrangeiros. Em 27 de março, editou uma portaria para proibir temporariamente a entrada de estrangeiros que chegassem ao País. Em 22 de maio, uma nova portaria renovou esta limitação, que vale para todas as nacionalidades e tem exceções semelhantes às previstas pelo governo americano.

Nos bastidores, o governo brasileiro diz ver com naturalidade a medida americana. Na prática, no entanto, a diplomacia do País atuou para evitar essa barreira. Em abril, o encarregado de negócios pela Embaixada do Brasil em Washington, Nestor Forster, chegou a enviar uma carta ao governador da Flórida, Ron de Santis, na qual argumentou que a maioria dos voos era usada para repatriar brasileiros que estão nos EUA e para o transporte de cargas. Forster também se colocou à disposição de De Santis, da Casa Branca e do Conselho de Segurança Nacional para compartilhar informações sobre as respostas do governo brasileiro para controlar a pandemia.

Esta é a quarta vez que Trump decide restringir o ingresso ao país para conter o avanço do vírus. O primeiro bloqueio foi imposto em 31 de janeiro sobre a China. Na sequência, os EUA limitaram a entrada de passageiros vindos do Irã, em fevereiro, e da União Europeia, Irlanda e Reino Unido, em duas decisões tomadas em março.

Na manhã deste domingo, 24, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, afirmou durante entrevista à rede de TV CBS News que a ideia é “proteger o povo americano” e a expectativa é de que a decisão seja temporária. “Esperamos que seja temporário, mas em razão da situação no Brasil iremos tomar todos os passos necessários para proteger o povo americano”, afirmou O’Brien. As restrições impostas anteriormente pelo presidente continuam em vigor, mesmo depois de China e Europa mostrarem sinais de que a epidemia está sendo controlada.

REPERCUSSÃO

O assessor especial da presidência da República, Filipe Martins, se manifestou hoje, pelo Twitter, para dizer que a decisão dos Estados Unidos de barrar a entrada de estrangeiros com passagem recente pelo Brasil não é nada específico contra o Brasil.

"Ao banir temporariamente a entrada de brasileiros nos EUA, o governo americano está seguindo parâmetros quantitativos previamente estabelecidos, que alcançam naturalmente um país tão populoso quanto o nosso. Não há nada específico contra o Brasil. Ignorem a histeria da imprensa", postou Martins.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre a decisão do presidente norte-americano Donald Trump.

 

 

*Por:Beatriz Bulla / ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - O clima de "agora vai" em relação à economia brasileira que se viu no começo do ano, especialmente por parte do mercado, se esvaiu no ritmo da subida da curva de mortos pela covid-19. Se antes da pandemia já havia quem olhasse cético para a recuperação da economia do país, que em 2019 avançou 1,1%, agora já não há dúvidas de que o Brasil vai afundar em 2020 e, possivelmente, também em 2021.

Esta não será, no entanto, só mais uma crise. Para economistas entrevistados pela DW Brasil, pode ser a pior que o país já viveu. Isso porque ela surge em um momento no qual tentava-se retomar o crescimento, ou seja, com uma economia ainda cambaleante e meio à instabilidade política. Além disso, não será possível contar com o setor externo, também severamente afetado pela pandemia.

A soma da perspectiva econômica ruim e da instabilidade política fez a consultoria Gavekal Research comparar o Brasil a um prédio em chamas no seu relatório para investidores da última semana. "Neste momento, é melhor deixar o Brasil para os especialistas, malucos, oportunistas de longo prazo e aqueles sem outras opções", diz o texto assinado pelo economista Armando Castelar.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3%, enquanto a mais recente previsão do governo é de recuo de 4,7%. Quaisquer desses números já representam a pior retração desde 1901, quando começou o levantamento mais confiável do indicador. Até hoje, o maior declínio foi de 4,35%, em 1990.

"Com base nos nossos indicadores de confiança, sentimento e ciclo, esta realmente está sendo uma crise atípica e mais intensa que qualquer outra que tenhamos observado", afirma a economista do Ibre-FGV Viviane Seda.

Em uma projeção da Genial Investimentos, a queda do PIB se mostra bastante sensível ao número de dias em que a economia ficará parada. No cenário mais otimista, com 50 dias de isolamento social, o recuo seria de 3,3%. No mais pessimista, de 70 dias, a cifra vai para 8,6%.

Mas não é só do PIB que se espera um recorde. A taxa de desemprego pode chegar a 18,7% no país - ante os atuais 12,2% - ao final deste ano, na estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Seria a maior desde os anos 1980, quando começou a pesquisa, segundo a coordenadora do boletim macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), Silvia Mattos.

Isso porque no passado, diz a economista, apesar de o Brasil ter vivido uma série de crises, a inflação corroía tanto os salários que acabava não sendo tão custoso manter empregos. O cenário é diferente hoje.

Esses quase 19% representariam 19,6 milhões de brasileiros sem trabalho algum ao final deste ano - sem contar os que sequer entram na estatística porque simplesmente desistem de procurar uma vaga.

Quando se olha apenas para as vagas com carteira assinada, a estimativa do governo federal, divulgada na sexta-feira (15/05), pelo jornal O Globo, é de perda de 3 milhões de postos de trabalho. Seria a maior destruição de vagas formais já registrada no país, superior ao que se viu nos três anos da última crise, entre 2015 e 2017.

"Tem uma característica diferente desta vez, o setor de serviços, que é mais prejudicado, e foi isso que sustentou um pouco a recuperação frágil da nossa economia”, explica Mattos. O choque no setor, que precisou praticamente parar por conta das políticas de quarentena para combater o novo coronavírus, impacta muito porque os serviços respondem por dois terços do PIB e dos empregos do país.

A FGV espera uma retração de 4,4% nos serviços, e de 7,4% na indústria. A construção civil, segmento da indústria que amargou quedas por cinco anos seguidos e só no ano passado voltou a crescer, deve recuar 11,4%. Isso também é dramático para o mercado de trabalho, já que o setor é um dos mais intensivos em mão de obra no contexto brasileiro. A agropecuária é o único setor com previsão de alta, de 2,9%.

A coordenadora do departamento de Economia do Insper, Juliana Inhasz, alerta ainda para a perspectiva de agravamento da desigualdade: "Deve haver uma piora da distribuição de renda, porque quem é mais afetado é a população da periferia, que normalmente está alocada em trabalhos mais vulneráveis e está perdendo o emprego com mais facilidade neste momento", explica. "E outras variáveis vem junto, como a piora de diferença salarial entre gêneros, porque o momento começa a desfavorecer inúmeras reivindicações".

O que os números já mostram

A crise do coronavírus já levou 1,5 milhão de brasileiros para o seguro-desemprego. Entre março e abril, houve alta de 31% nos pedidos na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério da Economia. Quem não perdeu o emprego teve salário e jornada reduzidos. Mais de 7 milhões de trabalhadores estão sob esse novo regime, e recebem, em média, 752 reais mensais.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, mostrou, na última sexta-feira, que o trimestre encerrado em março registrou 12,2% de taxa de desocupação, ante 12,7% no mesmo período em 2019. Houve aumento na comparação com o trimestre imediatamente anterior - 1,2 milhão a mais de desocupados -, mas é preciso considerar um efeito sazonal do término das vagas temporárias de Natal.

A PNAD do primeiro trimestre é, contudo, um indicativo parcial da crise do coronavírus, já que as políticas de quarentena começaram efetivamente na segunda quinzena de março. A expectativa é que o período seguinte da pesquisa traga um quadro mais fidedigno do impacto da pandemia.

O volume de serviços em março, divulgado pelo IBGE, mostrou umrecuo de 6,9%em comparação com fevereiro, já com ajuste sazonal. É a pior queda da série histórica, que começa em 2011. Na comparação com março de 2019, o volume de serviços recuou 2,7%, interrompendo uma sequência de seis taxas positivas.

O setor industrial também tem seus recordes para apresentar. Em uma pesquisa da FGV com 1006 empresas da indústria da transformação, 14,4% afirmaram ter paralisado a produção em abril, a maior proporção da série histórica, que começa em 2001. A produção de veículos, calçados e vestuário foram as que mais sofreram. Mesmo nas crises de 2008-2009 e 2014-2016, a média de empresas paralisadas não passou de 2%.

Além disso, a produção industrial brasileira encolheu 9,1% em março, na comparação com fevereiro, o pior resultado para março da série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002.

Por fim, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 5,9% em março na comparação com o mês anterior.

O fator político

A pandemia afetará economicamente o mundo todo: o Fundo Monetário Internacional (FMI) espera retração global de 3%, a maior desde a crise de 1929. Mas o Brasil tem o ingrediente da instabilidade política, com trocas constantes de ministros, pedidos de impeachment, brigas entre o Executivo e o Legislativo e entre o presidente da República e governadores.

Se até aqui o consumo vinha pautando o crescimento, agora já não se pode contar tanto com ele. E para se contar com investimentos, sejam internos ou externos, é preciso previsibilidade - a incerteza é uma das coisas que mais atrapalham o investimento. O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da FGV bateu recorde histórico em março, ficando 30 pontos acima do recorde anterior, de setembro de 2015, período em que o país enfrentava recessão e logo após o Brasil ter perdido grau de investimento.

"Essa incerteza política não deveria aumentar no meio de um agente comum, que é destrutivo e ninguém ganha com essa situação, o natural deveria ser até ter um arrefecimento", diz Mattos.

A incerteza política afeta também a taxa de câmbio, segundo economistas. O dólar americano disparou neste ano frente a todo tipo de moeda, mas quando se compara o real a outras moedas de países emergentes, vê-se que foi a que mais se desvalorizou, com perda de 30%. Isso apesar de o Banco Central estar constantemente vendendo reservas em moeda estrangeira, que caíram de 386 bilhões de dólares em agosto para 339 bilhões em abril.

Claro que na conta da desvalorização do real ante o dólar também entra a taxa de juros. Com os cortes da taxa básica Selic, que tem renovado mínimas históricas, é consequência lógica a fuga de moeda estrangeira. Mas, se os juros baixos afastam investidores estrangeiros de curto prazo, deveriam fazer o investimento de médio e longo prazo crescer, o que já não vinha ocorrendo antes da pandemia.

Para o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, a incerteza política terá mais efeito no processo de retomada, e menos no curto prazo. "Eu acho que no curto prazo o impacto mais importante é do isolamento, mas no médio e longo prazos tem o impacto da incerteza da política na rapidez com que a economia volta", avalia.

 

Autor: Larissa Linder / DW.com

 

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta terça-feira (19) em almoço no Palácio do Planalto dirigentes do Flamengo e do Vasco para discutir a volta do futebol em meio à pandemia do coronavírus. Participaram ainda do almoço o ministro Jorge  Oliveira, da Secretaria-Geral, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o ator Mário Frias, que já foi cotado para assumir a secretaria da Cultura, ocupada hoje por Regina Duarte.

De acordo com fontes do R7 Planalto, foi discutida a possibilidade dos treinamentos dos clubes acontecerem em Brasília, onde a pandemia está em situação mais controlada do que no Estado do Rio, sede dos clubes.

Por parte dos clubes estavam o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, o chefe do departamento médico, Márcio Tannure e o diretor de marketing Alexsander Santos. O presidente Alexandre Campello representou o Vasco.

*Por R7

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