SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou a campanha de prevenção contra o câncer bucal nesta semana. Os atendimentos acontecem em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) até o dia 12/05, sempre das 7h às 11h30 e das 13h às 16h, sem necessidade de agendamento prévio.
Para ser consultado, basta o paciente ir à unidade de saúde de referência e solicitar uma avaliação com o dentista. Aqueles que eventualmente apresentarem lesões serão imediatamente encaminhados ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), onde irão passar com o profissional especialista e, se necessário, realizar uma biópsia da lesão para iniciar o tratamento.
De acordo com a supervisora do CEO, Lilian Almeida Pinheiro, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar possível problemas futuros. “É importante fazer esta avaliação porque, caso algo seja constatado, o paciente será encaminhado para exames e tratamento. Não deixe de procurar ajuda ou de realizar a avaliação”, disse Lilian.
EUA - Cientistas da Cancer Research UK, uma instituição voltada a pesquisas sobre a doença, destacaram que um tempero asiático comumente usado no mundo todo pode ajudar contra o câncer.
Segundo eles, há “algumas evidências” de que a curcumina, uma substância do açafrão, pode matar células cancerígenas em certos tipos da doença.
Vários estudos que analisaram o tempero e células cancerígenas apresentaram resultados promissores.
De acordo com a Cancer Research, a curcumina “parece ser capaz de matar células cancerígenas e impedir que mais cresçam”.
Em 2013, um estudo internacional sobre células de câncer de intestino analisou os efeitos do tratamento combinado com curcumina e quimioterapia.
Os pesquisadores concluíram que o tratamento combinado pode ser melhor do que a quimioterapia sozinha.
No entanto, um problema destacado por vários estudos de revisão é que a curcumina não é absorvida facilmente, o que faz com que funcione menos como tratamento.
A Cancer Research UK destaca, no entanto, que são necessários estudos maiores.
“A curcumina foi bem tolerada naqueles que a tomaram [em estudos]. Houve alguma evidência de que ela pode ter um efeito anti-inflamatório no corpo. Embora alguns dos resultados pareçam promissores, eles não fornecem evidências suficientes para dizer que a curcumina é um tratamento eficaz para o câncer. Mais estudos são necessários e com um número maior de pessoas”, publicou a entidade.
As características do Açafrão
O açafrão indiano, também conhecido como cúrcuma, é uma especiaria cultivada em muitos países asiáticos. Pertence à família do gengibre e pode ser ingerida crua, em pó, pasta, extrato ou até mesmo óleo.
Além do seu uso na culinária, a raiz também é conhecida na medicina popular, pois apresenta ação anti-inflamatória.
Mulheres grávidas, no entanto, não devem consumir a planta durante todo o período de gestação, porque ela pode ser abortiva.
SÃO CARLOS/SP - O Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado no dia 8 de abril, é uma data para promover a conscientização da sociedade sobre a doença. Por causa do elevado número observado de novos casos e pelos índices crescentes de mortalidade, a Organização de Mundial de Saúde (ONU) classifica o câncer como o principal problema de saúde pública do mundo. Nesta oportunidade, o médico radio-oncologista da Santa Casa de São Carlos e da USP de Ribeirão Preto, Dr. Flávio Guimarães, falou sobre a doença, prevenção e a necessidade de um Centro Especializado de Oncologia para São Carlos e região.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. O dado foi publicado no documento Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.
O CÂNCER E SUAS CAUSAS
“O nosso corpo é constituído por diferentes tipos de células, como as sanguíneas, da pele, dos músculos ossos e músculos, dos diferentes órgãos, e todas elas são programadas, têm um período de vida, obedecendo a um determinado controle para se multiplicar ou não. A partir de algum momento, por influência de um ou mais fatores, um grupo específico de células de algum tecido ou órgão do corpo, como exemplo mama ou da próstata, não obedecem mais a este controle e começam a se multiplicar indiscriminadamente. Assim se desenvolvem sem restrições, crescem, podendo invadir estruturas adjacentes ou se espalhar atingindo outros órgãos, isso é o câncer”, explicou o Dr. Flávio.
De acordo com o radio-oncologista, o desenvolvimento do câncer na fase adulta está relacionado principalmente a fatores ambientais e agentes nocivos ao corpo humano, uma minoria decorre de alterações genéticas herdadas. “São exposições que o nosso corpo vai recebendo durante a vida e que pode levar ao desenvolvimento de alterações no DNA e elas levam ao desenvolvimento de células cancerígenas. Um dos fatores é a exposição ao sol, a radiação está relacionada ao câncer de pele. Outro fator é o cigarro, o tabagismo está relacionado a vários tipos de tumores: câncer da cavidade oral, de laringe, de esôfago e de pulmão, por exemplo, assim como o vírus papiloma humano (HPV) está intimamente relacionado ao câncer de colo de útero, pênis e canal anal”, disse.
Ainda segundo o INCA, os cânceres de mama e de próstata são os mais incidentes no Estado de São Paulo, com previsão de 20.470 e 16.830 novos casos, respectivamente, este ano. O câncer de cólon e reto seguem como terceira causa, com a previsão de 14.980 novos casos.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO PRECOCE
Levar uma vida saudável, com prática de atividade física regular, ter uma boa alimentação e evitar substâncias como tabaco, álcool, entre outras que levam ao desenvolvimento do câncer, são as principais formas de prevenção.
“O câncer, de um modo geral, acontece em uma fase da vida um pouco mais avançada, a partir dos 50, 60 anos. Porém, sabemos que pode ocorrer precocemente em várias situações. Então precisamos atuar em várias etapas, começando por levar uma vida com hábitos mais saudáveis evitando os fatores que possam levar ao desenvolvimento do tumor até a realização de exames quando recomendados para um diagnóstico precoce da doença”, explicou o Dr. Flávio Guimarães.
Além disso, diagnosticar a doença em suas fases iniciais permite tratamento menos agressivos e aumenta de forma considerável a chance de cura do paciente. Desta forma, em caso de suspeita, o recomendado é sempre procurar um médico.
“O câncer de mama, por exemplo, quando diagnosticado em uma fase inicial, a probabilidade de cura chega a ultrapassar 90%, além do paciente não precisar se submeter a um tratamento desgastante como a quimioterapia. Ao contrário, quando se descobre em uma fase mais avançada, mesmo realizando tratamento mais agressivos e prolongados, a chance de controle da doença é inferior”, disse o médico.
LUTA CONTRA O CÂNCER
O motorista Antônio Roberto Petrucelli, de 62 anos, iniciou a luta contra o câncer há 2 anos, quando foi diagnosticado com um câncer no intestino. “Eu comecei a sentir dores no abdômen e vim para Santa Casa. Estava com hemorragia, sagrando, fazendo evacuação com muito sangue, então precisou fazer uma cirurgia de urgência. Então o Dr. Marcel descobriu que era câncer de intestino”, explicou.
A descoberta da doença não o deixou com medo, mas os reflexos do tratamento mudaram um pouco a sua rotina. “Nós ficamos mais fracos, mais nervoso, o remédio deixa um pouco abalado. Também dá dores nos nervos do corpo, nas articulações, diarreia, vômito, mas temos que encarar”, disse.
Há cerca de 3 meses, Antônio também descobriu estar com câncer no fígado e atualmente realiza tratamento quimioterápico uma vez por semana no setor de Oncologia da Santa Casa.
Enfrentar a doença de frente, sem se abalar, e ter fé são os conselhos dele para quem está passando por algo parecido. “Eu digo para as pessoas que estão enfrentando nessa situação de doença para ter um pouco de fé em Deus e tocar para frente, não se abalar, porque a vida continua e nós temos que lutar. Eu estou lutando há 3 anos e estou tranquilo, não tenho medo e estou pronto para o que der e vier”, concluiu Antônio Petrucelli.
CENTRO REGIONAL DE ONCOLOGIA DE SÃO CARLOS
A Santa Casa de São Carlos é credenciada pelo Ministério da Saúde como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) com Radioterapia, ou seja, uma unidade hospitalar que possui todos os recursos necessários para diagnóstico definitivo e tratamento dos mais variados tipos de câncer. Contudo, hoje a assistência não é centralizada, sendo parte do atendimento ambulatorial realizada em prédio externo ao hospital, sob administração municipal.
Neste ano, a Santa Casa, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de São Carlos e vereadores locais iniciará uma reforma para adequação e incorporação do ambulatório às suas estruturas, possibilitando o cuidado integral desses pacientes.
Responsável pelo Centro de Radioterapia de São Carlos há 15 anos, o Dr. Flávio Guimarães explica que a grande dificuldade enfrentada na cidade atualmente é a descentralização do atendimento. “O tratamento do paciente é fragmentado pela cidade. Ele faz uma entrada inicial pelo CEME, faz um exame no Hospital Universitário, faz parte do tratamento na Santa Casa e uma parte fora”, disse.
Desta forma, a ideia é que o paciente consiga realizar todas as etapas do seu tratamento em um único local. “A criação do Centro Regional de Oncologia de São Carlos permite que o paciente com câncer receba um atendimento humanizado, o que significa disponibilizar em um único lugar acesso ao médico, a uma equipe multidisciplinar e também aos serviços de apoio para toda sua jornada, se tornando uma referência para tratamento de câncer”, explicou o médico.
Ainda segundo o rádio-oncologista da Santa Casa, esse novo centro de oncologia deve melhorar a qualidade da assistência oferecida na cidade e evitar deslocamentos de pacientes fragilizados pela doença. “Só quem passa pelo tratamento de câncer, de quimioterapia, radioterapia, sabe como é manter os vínculos com a sua casa e não ter que se deslocar de sua cidade. Sabemos que a parte psicológica fica muito fragilizada, tanto pelo diagnóstico, como pelo tratamento. Então, tudo que nós pudermos oferecer para que o paciente permaneça no conforto do seu lar, junto com seus familiares, sem correr o risco e desconforto de ter que se deslocar diariamente para fazer um tratamento que pode durar meses e até anos. Isso é muito importante e tem que ser oferecido”, concluiu o Dr. Flávio Guimarães.
BRASÍLIA/DF - Em média, 265 brasileiros são internados diariamente no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações graves relacionadas ao câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. O número, identificado ao longo de 2022, atingiu o maior patamar da década, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
De acordo com as entidades, os registros de internação trazem números alarmantes: 768.663 hospitalizações só no SUS para o tratamento da doença entre 2013 e 2022. Já os dados de mortalidade decorrentes desse tipo de câncer indicam que, somente em 2021, foram registrados 19.924 óbitos. Os casos aumentam, em média, cerca de 5% a cada ano, sendo que houve crescimento de 40% em relação aos casos registrados em 2012 (14.270).
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta em 45.630 o número de novos casos de câncer de intestino no Brasil para o triênio de 2023 a 2025. Se tais projeções se confirmarem, de acordo com as entidades, a doença alcançará contingente superior a 136 mil pessoas no país. Segundo o Inca, o risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 entre homens e 23.660 entre mulheres.
“Apesar de pouco discutida, a doença – que atinge o reto e intestino – já ocupa lugar de destaque entre as neoplasias mais letais para homens e mulheres no Brasil”, alertam as associações médicas. O diagnóstico de câncer colorretal, entretanto, não é sentença de morte Se não for bem tratado, pode, de fato, ter consequências sérias para o bem-estar do paciente. Mas, quanto mais cedo for descoberto, maior a possibilidade de intervenção e cura.
A orientação é que, a partir dos 45 anos, todos devem procurar um médico para avaliar a saúde do intestino. Cerca de 90% dos casos de câncer de intestino têm origem a partir de um pólipo, tipo de lesão na mucosa do intestino que pode se transformar em câncer. Em uma colonoscopia, por exemplo, esses pólipos podem ser retirados, prevenindo a doença. Em casos de histórico de família, é importante que a avaliação seja feita antes mesmo dos 45 anos.
Outro alerta é que pessoas com doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, têm risco aumentado para o câncer de intestino. Parte desses pacientes pode não apresentar qualquer tipo de sintoma nas fases iniciais da doença – daí a importância dos exames diagnósticos.
Apesar da pandemia de covid-19 - período em que baixou o número de internações decorrentes de outras doenças - 2022 registrou aumento nas hospitalizações para tratamento de câncer de intestino em 21 estados brasileiros. O maior aumento proporcional aconteceu em Mato Grosso, onde a quantidade de internações passou de 917 em 2020 para 1.385 em 2022 – um salto de 51%.
Ao longo da série histórica, em valores absolutos São Paulo aparece como o estado com mais registros: 178.355 hospitalizações. Na segunda posição figura o Paraná, com 108.296 ocorrências. Logo depois, aparecem Minas Gerais (105.441 casos), Rio Grande do Sul (78.140 casos) e Santa Catarina (48.995 casos).
Ao logo de todo este mês, as associações médicas envolvidas no levantamento divulgam uma campanha nacional de conscientização e prevenção do câncer de intestino chamada Março Azul. Em 2023, com o slogan "Saúde é prevenção. Cuide de você, evite o câncer de intestino", os especialistas chamam a atenção dos brasileiros sobre a necessidade de conjugar prevenção, diagnóstico e tratamento precoces.
A proposta é investir em ações de prevenção e evitar que pacientes precisem ser internados. A campanha destaca que existem métodos diagnósticos de menor complexidade e que podem ser oferecidos de forma sistematizada pelo SUS para rastrear pacientes mais propensos a desenvolver a doença. Quando alterações no reto e no intestino são diagnosticadas em estágios iniciais, há possibilidade de intervir precocemente e prevenir uma evolução desfavorável.
Por apresentar poucos sinais em estágios iniciais, o câncer de intestino deve ser rastreado periodicamente em homens e mulheres, a partir dos 45 anos de idade. Essa investigação acontece, basicamente, por meio da realização de dois exames: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.
Como formas de prevenir o surgimento de novos casos, as entidades alertam para o combate ao tabagismo, ao alcoolismo, ao sedentarismo, ao consumo excessivo de carnes vermelhas e a dietas pobre em fibras. Todos os fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal. Mais informações podem ser obtidas no site da campanha .
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral. A primeira seria acidente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade.
Quarta-feira (15), Dia Internacional da Luta conta o Câncer Infantil, a oncologista pediátrica do Inca Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria, lembrou que atualmente a doença é altamente curável. "Essa é a principal informação que a gente tem”, disse.
Em entrevista à Agência Brasil, Sima afirmou que como a incidência de câncer vem aumentando lentamente ao longo dos anos, ele começa a aparecer como causa importante de doença em criança. “Como nem todas são curadas, a doença pode ter, na verdade, um percentual de mortalidade infantil também. Os dados mais recentes, de 2020, revelam que foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil.
Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil estão leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. A médica do Inca ressaltou, contudo, que os tumores em crianças são diferentes dos que acometem pessoas adultas. “Adulto tem muito carcinoma, tumores de células diferenciadas”. Os tumores de crianças são diferentes. Embora esses três tipos sejam mais frequentes, existe uma gama de tumores, como os embrionários, que ocorrem nos primeiros anos de vida. São exemplos os da retina, de rim, de gânglio simpático. “São tumores que acontecem, mais frequentemente, em crianças menores. Mas todos eles são muito diferenciados e respondem bem ao tratamento quimioterápico, normalmente. Essa é a principal informação que a gente tem para dar nesse dia tão importante”, reiterou a especialista.
Para a oncologista, a doença é muito séria, mas trouxe, ao longo dos anos, uma esperança de busca pela vida. Há possibilidade de cura, se o paciente é diagnosticado precocemente e tratado nos centros especializados de atenção à criança.
Nos países de alta renda, entre 80% e 85% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas atualmente. No Brasil, o percentual é mais baixo e variável entre as regiões, mas apresenta média de cura de 65%. “É menos do que nos países de alta renda porque muitas crianças já chegam aos centros de tratamento com sinais muito avançados”. Sima Ferman reafirmou que o diagnóstico precoce é muito importante. Por outro lado, admitiu que esse diagnóstico é, muitas vezes, difícil, tendo em vista que sinais e sintomas se assemelham a doenças comuns de criança.
O Inca faz treinamento com profissionais de saúde da atenção primária para alertá-los da importância de uma investigação mais profunda, quando há possibilidade de o sintoma não ser comum e constituir doença mais séria. Sima lembrou que criança não inventa sintoma. Afirmou que os pais devem sempre acompanhar a consulta e o tratamento dos filhos e dar atenção a todas as queixas feitas por eles, principalmente quando são muito recorrentes e permanecem por um tempo. “É importante estar alerta porque pode ser uma coisa mais séria do que uma doença comum”.
Podem ser sinais de tumores em crianças uma febre prolongada por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea, anemia, manchas roxas no corpo, dor de cabeça que leva a criança a acordar à noite, seguida de vômito, alterações neurológicas como perda de equilíbrio, massas no corpo. “São situações em que é preciso estar alerta e que podem levar a pensar em doença como câncer”.
Para os profissionais de saúde da atenção primária, especialmente, a médica recomendou que devem levar a sério as queixas dos pais e das crianças e acompanhar o menor durante todo o período até elucidar a situação para a qual a criança foi procurar atendimento. “E, se for o caso, fazer exames mais profundos e ver se há alguma doença que precisa ser tratada”.
Para cada tipo de câncer, os oncologistas do Inca procuram estudar a biologia da doença, para dar um tratamento que possa levar à chance de cura, com menos efeitos no longo prazo. “Para conseguir isso, temos que saber especificamente como a doença se apresentou à criança e, muitas vezes, as características biológicas do tumor. Isso vai nos guiar sobre o tratamento que oferece mais ou menos riscos para esse paciente ficar curado e seguir a vida”.
Em geral, o tratamento de um câncer infantil leva de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença apresentada pelo paciente. Após esse prazo, a criança fica em acompanhamento, ou “no controle”, por cinco anos. Se a doença não voltar a se manifestar durante esses cinco anos, pode-se considerar o paciente curado. “Cada vez, a chance de a doença voltar vai diminuindo mais. A chance é maior no primeiro ano, quando termina o tratamento, e vai diminuindo mais e mais”, disse a oncologista pediátrica.
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Cantora foi diagnosticada com doença em agosto do ano passado
SÃO PAULO/SP - A cantora Simony, que luta atualmente contra um câncer no intestino emocionou o público neste último sábado, 11, após ser convidada para o programa Altas Horas. Na atração, a famosa compartilhou como está lidando com a doença e celebrou o fim da primeira fase de tratamento.
Em conversa com o apresentador Serginho Groisman, Simony não conteve a emoção e deu detalhes sobre sua luta: “Agora tô bem melhor, acabei a primeira fase desse tratamento, que eles dizem que é a mais difícil, dolorosa. Mas é aquela coisa, eu resolvi passar por esse processo acreditando, tendo muita fé e sendo feliz”.
Se tornando um símbolo, a cantora chegou a mandar um recado para outras mulheres que estão passando pelo mesmo: “Acho que é essa desconstrução e esse reconstrução de uma mulher é muito difícil, mas é necessário pra gente renascer, e pra mostrar pra várias mulheres agora que estão me assistindo em casa, que se acham feias... A gente é linda de cabelo curtinho também!”, declarou.
Relembre
Em agosto do ano passado, Simony surpreendeu os fãs e seguidores ao revelar o diagnóstico de câncer no intestino. Em avaliação médica, foi encontrado um tumor epidermóide na parte final do intestino. Desde então a cantora vem compartilhando o processo de seu tratamento nas redes sociais.
por Ana Lima / BOLAVIP BRASIL
HOLANDA - Um estudo realizado em 18 países europeus mostra que quanto menos a população é escolarizada, maior é o risco de se morrer de câncer. O relatório foi divulgado na última segunda-feira (28) pela revista Lancet Regional Health Europe.
A pesquisa foi realizada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), agência da Organização Mundial da Saúde (OMC), com colaboração do Hospital Universitário Holandês Erasmus MC, além de uma dezena de outros organismos.
Foram analisados e comparados dados sobre o risco de morte por câncer segundo o nível de escolaridade em dezoito países europeus, no período de 1990 a 2015, e para toda a população dos 40 aos 79 anos. Isso representa aproximadamente 70% de todas as mortes por câncer na Europa.
O estudo oferece uma visão global não só das inequidades entre os países, mas também no interior de cada Estado. “Em toda a Europa, seja na República Tcheca, Finlândia, Espanha ou França, essas diferenças existem para todas as formas de câncer, principalmente os relacionados ao tabagismo e ao álcool, com o câncer de pulmão com maior incidência”, observa Salvatore Vaccarella, epidemiologista da IARC, que coordenou o estudo.
Alerta
A pesquisa traz o alerta de que reduzir as desigualdades socioeconômicas relativas ao câncer é uma prioridade para a agenda de saúde pública. O resultado sublinha que uma avaliação sistemática desses fatores em relação à incidência da doença em muitos países e ao longo do tempo na Europa ainda não está disponível.
SÃO PAULO/SP - O mês de outubro é conhecido pela campanha anual que tem por objetivo alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama: o “Outubro Rosa”. A conscientização teve início na década de 90, nos Estados Unidos, e acabou sendo adotada por inúmeros países. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama no país. Os principais sintomas da doença são: pele da mama avermelhada, caroço (nódulo) endurecido e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
A forma mais eficaz de combater o câncer de mama é o diagnóstico precoce, ou seja, quanto mais cedo for detectado, maior as chances de cura. Para garantir que as mulheres consigam atendimento médico logo nos primeiros sinais da doença é necessário que a rede pública de saúde ofereça recursos como tratamentos quimioterápicos eficazes, exames de mamografia e cirurgias. Novas possibilidades de tratamento são essenciais para garantir que os pacientes consigam ter qualidade de vida.
De caráter fundamental, e até indispensável, para a descoberta de tratamentos e a minimização de seus possíveis efeitos colaterais nos seres humanos, as pesquisas clínicas são capazes de contribuir com o avanço e produção de novos medicamentos para tratamento do câncer de mama.
Diversos estudos clínicos já foram realizados ao redor do mundo que resultaram na incorporação de novas drogas à prática clínica e que expandiram o êxito no combate ao câncer de mama. “Por conta das pesquisas clínicas, muitos pacientes de câncer de mama conseguem ter um tratamento digno e dispor de ótima qualidade de vida por receberem medicamentos sem qualquer custo, seja por serem usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ou até mesmo por terem sido voluntários de uma pesquisa clínica de um novo medicamento”, explica Fernando de Rezende Francisco, Gerente Executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO).
O avanço das pesquisas científicas e clínicas tem sido fundamental na descoberta de inúmeros tratamentos eficientes, capazes de oferecer excelente qualidade de vida por conta do aumento significativo nas chances de cura. “A pesquisa clínica forma essa ponte entre o laboratório e os pacientes, testando se compostos promissores são seguros e melhores do que os atualmente disponíveis”, pontua Francisco.
Para conseguir que novos tratamentos sejam desenvolvidos, é essencial contar com a participação de voluntários que atendam às características e critérios necessários para a pesquisa clínica em andamento. “É fundamental a participação de voluntários em pesquisas clínicas focadas na descoberta de tratamentos contra o câncer de mama. Geralmente, os anúncios acontecem em sites de hospitais e instituições da área. O melhor caminho é conversar com seu médico e informar a ele seu interesse em participar de um estudo.”, finaliza Francisco.
Especialista da DNA Consult ressalta a importância de testes voltados para a identificação da susceptibilidade genética na saúde da mulher
SÃO CARLOS/SP - O Outubro Rosa é uma campanha mundial de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero. Nesse sentido, exames e diagnósticos precisos assumem cada vez mais um papel fundamental. Afinal, em 2021, o câncer de mama provocou quase 50 mortes por dia no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já o câncer de colo de útero levou mais de 6 mil mulheres ao óbito, em 2020, dado mais recente do INCA.
Pensando em um diagnóstico cada vez mais precoce, a DNA Consult, laboratório de biotecnologia especializado em exames genéticos do Grupo DNA, reforça a importância de exames genéticos que atuam desde o diagnóstico de doenças até a identificação de predisposição de patologias hereditárias ocasionadas no público feminino.
“Em 2020, as neoplasias atingiram mais de 316 mil mulheres, sendo o câncer de mama o de maior recorrência: mais de 66 mil. Deste total, mais de 17 mil vieram a óbito. Estes dados apenas comprovam como a saúde preventiva e um diagnóstico preciso, como os gerados pelos exames genéticos, são de suma importância na luta contra patologias cancerígenas e podem ajudar a salvar vidas”, explica Euclides Matheucci Jr, diretor científico do Grupo DNA e Professor e Orientador do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Ações preventivas e acompanhamento adequado
Para contribuir nesse cenário, a empresa de biotecnologia desenvolveu um exame exclusivo capaz de buscar e analisar variantes genéticas patogênicas relacionadas ao câncer de mama e de ovário, podendo, assim, atuar como um auxiliar médico importante no direcionamento de como se prevenir contra a doença.
“Saber de antemão que existe essa predisposição genética em seu corpo faz toda a diferença, pois assim o médico poderá orientar de maneira mais assertiva as ações preventivas e os acompanhamentos adequados para o caso. Vale dizer ainda que o diagnóstico precoce é determinante para o tratamento mais eficaz e imediato dessas enfermidades”, ressalta Matheucci.
Além do câncer de mama e ovário, a DNA Consult oferece exames que atuam na identificação precoce de cânceres hereditários, HPV, anemias, trombofilia, hemofilias, distúrbios de coagulação e doenças imunológicas e autoinflamatórias. Vale dizer ainda que a instituição trabalha também com o NIPT, conhecido como triagem de pré-natal não-invasiva, destinada a rastrear os riscos genéticos da gestação.
“Todos os testes, com exceção do NIPT, que é realizado por meio de uma coleta sanguínea, são feitos de maneira descomplicada, a partir da auto coleta via swab ou escova cervical. Os exames são feitos a partir de uma solicitação médica ou em casos de pessoas que possuam histórico das doenças na família”, conclui o especialista.
Sobre o Grupo DNA
O Grupo DNA é uma empresa de biotecnologia que trabalha com genética molecular, criada em 1996 na cidade de São Carlos-SP. A partir de resultados das análises genéticas oferecidas, é possível identificar a condição clínica do paciente e oferecer tratamentos específicos, além de contribuir para a prevenção de doenças. Para atuar, a empresa possui todas as certificações e habilitações da ANVISA, Vigilância Sanitária e Instituto Adolfo Lutz. Mais informações em www.dnaconsult.com.br
SÃO CARLOS/SP - O Fundo Social de Solidariedade de São Carlos realiza no próximo dia 23 de outubro, a Corrida e Caminhada Outubro Rosa, ação que faz parte das atividades do mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
A concentração será no Parque do Kartódromo, a partir das 7h. A corrida será disputada na distância de 5 km com largada prevista para 8h. A caminhada será na distância de 3 km, com largada a partir das 9h. Serão disponibilizadas mil vagas para a corrida e 700 para a caminhada.
As inscrições para a Corrida já estão abertas e podem ser realizadas até sábado, dia 15 de outubro, ou até serem preenchidas as 1.000 vagas, pela internet no link https://www.sympla.com.br/corrida-outubro-rosa-2022-sao-carlos__1749942. Podem participar atletas de ambos os sexos, com idade mínima de 16 anos completos até a data do evento.
O KIT da Corrida (chip e camiseta) será entregue nos dias 21 e 22 de outubro, das 9h às 17h, no Passeio São Carlos, Loja 037, sendo que, o inscrito deverá doar um pacote de fraldas (geriátrica ou infantil) para retirar seu KIT. A entrega das 1.000 camisetas para a Corrida será por ordem de chegada, sendo que, o inscrito poderá optar pelos tamanhos disponíveis (P, M, G e GG) no momento da retirada. Em nenhuma hipótese serão entregues kits fora do horário pré-definido.
CAMINHADA – A inscrição para a caminhada está condicionada à entrega, a partir de 15 de outubro, das 8h às 17h, nos pontos de troca (Paço Municipal, Fundo Social de Solidariedade, FSS de Santa Eudóxia e Ambulatório Oncológico) de produtos de limpeza e higiene pessoal. Quem fizer a doação receberá um ticket que deverá ser trocado, somente no dia caminhada, 23 de outubro, a partir das 7h, no parque Kartódromo, pela camiseta.
“A adesão da população é bastante importante para a divulgação das informações sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Estamos trabalhando nos pilares apontados pelo INCA e o Ministério da Saúde para o controle da doença: prevenção primária, detecção precoce e mamografia”, comentou Lucinha Garcia, presidente do Fundo Social de Solidariedade.
Para realização da corrida de 5 km e da caminhada de 3 km o tempo de duração máxima será de 1h30, após este tempo os bloqueios de trânsito serão liberados.
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