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CHINA - A entrada do Egito no BRICS na recente expansão do grupo e a negociação junto aos governos do Catar e de Israel para a retirada de palestinos da Faixa de Gaza, através da passagem de Rafah, colocaram o país em evidência nos últimos meses.

Em entrevista ao podcast Mundioka, da agência russa de notícias Sputnik Brasil, especialistas analisam quais os principais ativos da economia do Egito, como o país pode contribuir para o BRICS e como pode ser beneficiado pelo grupo.

 

Cooperações

Para Muna Omran, doutora em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora convidada na especialização de história do Oriente na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com a adesão ao BRICS, o Egito busca novos parceiros que possibilitem reduzir a dependência do Ocidente, não apenas em acordos firmados dentro do grupo, mas também com cooperações bilaterais com seus integrantes. Nesse contexto, ela afirma que a China desponta como uma das favoritas.

— O Egito comprava muita coisa da Rússia, principalmente na parte da agricultura, embora a agricultura no Egito seja também bem desenvolvida, faz parte da economia do país, mas não supre toda a população. São mais de 100 milhões de habitantes. Com a guerra na Ucrânia, a crise econômica no país aumentou — resumiu Omran.

 

 

Por Redação, com Sputnik

por CdB

EGITO - Em um pleito sem surpresas, o ditador do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, conquistou a reeleição para a liderança do país africano e abriu as portas para ficar mais seis anos no cargo em que está há quase uma década. A eleição, na qual recaem suspeitas de irregularidades, não contou com opositores competitivos.

O presidente da Autoridade Eleitoral egípcia, Hazem Badawy, afirmou na segunda-feira (18) que o ditador teve 89,6% dos votos em um pleito com uma participação "sem precedentes" que abarcou 66,8% dos 67 milhões de eleitores. Mais de 39 milhões teriam votado no líder, de acordo com dados oficiais que não puderam ser confirmados.

Sisi enfrentou três rivais relativamente desconhecidos: Hazem Omar (do Partido Republicano do Povo, que ficou em segundo com 4,5% dos votos), Farid Zahran (líder do Partido Social-Democrata Egípcio, uma legenda de esquerda) e Abdel Sanad Yamama (do partido centenário Wafd).

O mais notório, o ex-deputado de esquerda e jornalista Ahmed el-Tantawy, interrompeu sua candidatura em outubro após alegar que autoridades e infratores pró-regime prenderam dezenas dos seus apoiadores, inviabilizando eventos de campanha -acusações rejeitadas pela autoridade eleitoral nacional.

Por isso, o pleito é visto como uma farsa por críticos do regime.

"Não houve eleições. Sisi usou todo o aparato estatal e as agências de segurança para impedir qualquer concorrente sério de se candidatar" disse, Hossam Bahgat, chefe da Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais. "Assim como da última vez, ele escolheu a dedo seus oponentes, que apenas passaram pela formalidade de concorrer contra o presidente com críticas contidas ou quase nulas às suas políticas desastrosas."

O órgão de mídia estatal do Egito, por sua vez, disse que a votação foi um passo em direção ao pluralismo político, enquanto as autoridades negaram violações das regras eleitorais. Durante o pleito, entre 10 e 12 de dezembro, repórteres da agência de notícias Reuters viram pessoas sendo levadas de ônibus para votar, e um deles presenciou a distribuição de sacos com farinha, arroz e outros produtos básicos a pessoas que mostravam manchas de tinta nos dedos -a prova de que haviam votado.

Sisi foi um dos mentores do golpe que derrubou o governo do então presidente Mohamed Mursi, primeiro chefe de Estado egípcio eleito democraticamente, em 2013, após a Primavera Árabe. No ano seguinte, ele se declarou presidente com cerca de 92% dos votos -o pleito restringiu a oposição, e a sigla de Mursi, a Irmandade Muçulmana, tornou-se ilegal posteriormente.

Em 2019, a constituição foi alterada e estendeu o mandato presidencial para seis anos, em vez de quatro, permitindo que Sisi se candidatasse pela terceira vez.

Nos últimos anos a derrocada democrática foi somada à crise econômica, que tornou a inflação parte do cotidiano do país, e, mais recentemente, à instabilidade regional decorrente da guerra na Faixa de Gaza -território vizinho do Egito.

O conflito motivou alguns dos eleitores a votar em Sisi, que há muito se apresenta como um baluarte de estabilidade em uma região volátil. O argumento, aliás, também se mostrou eficaz com aliados do Golfo e do Ocidente, que fornecem apoio financeiro ao seu regime.

 

"Os egípcios se alinharam para votar não apenas para escolher seu presidente para o próximo mandato, mas para expressar sua rejeição a essa guerra desumana para o mundo inteiro", discursou o ditador logo após o anúncio dos resultados. Ele afirmou ainda que o Egito faria o possível para interromper a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que lidera Gaza.

O bombardeio de Israel na densa região devastou o território palestino e deixou a a maioria da população desabrigada. O Egito, porém, já advertiu que não permitirá qualquer êxodo.

A população de 104 milhões de habitantes do Egito, que está crescendo rapidamente, luta contra preços altos e outras pressões econômicas, embora a inflação anual tenha diminuído ligeiramente dos níveis recordes, atingindo 34,6% em novembro. Mesmo assim, os egípcios lidam com a escassez de produtos básicos como ovo, carne e leite.

Alguns alegam que apenas Sisi e o Exército podem fornecer segurança, embora lamentem a realidade econômica do país. Outros reclamam que o Estado priorizou megaprojetos enquanto assumia mais dívidas -desde 2018, por exemplo, o regime se dedica à construção de uma nova capital no deserto.

"Renovo meu pacto com vocês para juntos fazermos todo o esforço para continuar construindo a nova república, que esperamos erguer de acordo com uma visão compartilhada", disse Sisi em um discurso transmitido pela televisão estatal.

 

 

FOLHAPRESS

EGITO - O grupo terrorista Hamas escondeu alguns de seus integrantes em ambulâncias que transportavam feridos da Faixa de Gaza para o posto de fronteira de Rafah, levando o Egito a fechar novamente a passagem inclusive para estrangeiros autorizados a usá-la.

Com isso, as 34 pessoas à espera de repatriação ao Brasil em Gaza encaram mais um possível adiamento. Elas já não haviam sido incluídas na sexta leva de permissões para deixar o território na manhã de quarta-feira (8), que tinha favorecidos da Ucrânia (228 cidadãos), Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).

O incidente, segundo pessoas com conhecimento do assunto em Tel Aviv e no Cairo, irritou ambos os governos. Eles vêm coordenando esforços para a retirada de feridos mais graves na campanha israelense contra o Hamas, que governa Gaza desde 2007 e iniciou uma guerra contra o Estado judeu há um mês.

No sábado (4), o Egito já havia suspendido a passagem após Israel alvejar uma ambulância sob a alegação de que ela transportava terroristas. O Hamas nega, e diz que 15 civis morreram na ação. Seja como for, costurou-se um novo acordo e, a partir da segunda (6), as ambulâncias passaram a ser acompanhadas pelo Crescente Vermelho/Cruz Vermelha na região.

Na terça (7), as listas com autorizações para estrangeiros voltaram a ser emitidas. Ainda não está claro o momento em que foi notada a presença de infiltrados do Hamas entre os feridos nesta quarta, mas o clima azedou novamente naquilo que o Departamento de Estado dos EUA chamou de "incidente de segurança".

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, divulgou uma nota aludindo à questão na tarde desta quarta, sem citar detalhes do episódio. "O Hamas está fazendo uso cínico da população civil estrangeira no meio da guerra e impediu estrangeiros de saírem", afirmou.

O comunicado visava responder a críticas da esquerda de que as ações do Estado judeu seriam retaliações ao Brasil por sua conduta à frente do Conselho de Segurança da ONU em outubro. No período, Brasília buscou soluções de consenso que desagradaram Israel.

"O Estado de Israel está empregando esforços para evacuar todos os estrangeiros de 20 países diferentes e aumentar a cota de forma a compensar o atraso causado pelo Hamas", afirmou. Seu relato bate com outros feitos por pessoas na região.

Tudo indica que a suspensão pode cair já nesta quinta (9). Mesmo assim, o anúncio de que o Brasil estava fora da lista foi particularmente dolorido para o grupo sob proteção do Itamaraty, como o comerciante de São Paulo Hasan Rabee, 30, que na véspera havia postado no Instagram uma mensagem otimista, prevendo sua saída para esta quarta.

Ele aparentemente se baseava na promessa feita pelo chanceler israelense, Eli Cohen, a seu colega brasileiro, Mauro Vieira, na sexta (3). O problema, contudo, foi o fechamento da fronteira no sábado.

Ao todo, contando o anúncio desta quarta, cerca de 4.100 pessoas já receberam os passes para sair por Rafah, mas não os brasileiros.

O fato é que as autorizações são complexas, passando por quatro países com voz final do Egito, e o Brasil não é exatamente um ator regional importante. Considerando o prazo dado por Cohen, é possível especular que a solução para a situação dos brasileiros seja encontrada no fim desta semana, caso o contexto volte ao normal.

Os refugiados brasileiros estão em dois grupos, um de 18 em Rafah e outro, de 16, em Khan Yunis, a 10 km de lá. Eles relatam dificuldades diárias para viver, e os bombardeios de Israel seguem constantes em ambas as cidades.

Enquanto isso, a Embaixada do Brasil no Cairo prepara a recepção aos refugiados, que receberão atenção médica antes de embarcar no voo de volta em um VC-2, a versão de transporte presidencial do Embraer-190. O avião está no Cairo.

Até esta semana, foram repatriados na crise 1.410 brasileiros e 3 bolivianos de Israel, além de 32 brasileiros da Cisjordânia -a outra metade do Estado palestino que nunca veio à luz de forma plena após os acordos de Oslo, em 1993. Em 2007, o Hamas tomou Gaza para si, cristalizando a divisão entre os palestinos da região.

 

 

IGOR GIELOW (FOLHAPRESS)

ISRAEL - Citado pela AFP, um responsável da administração dos pontos de passagem fronteiriços na Faixa de Gaza disse que "nenhum portador de passaporte estrangeiro poderá sair da Faixa de Gaza antes de os feridos poderem ser transportados para a passagem de Rafah", na fronteira com o Egito.

Uma fonte dos serviços de segurança egípcios adiantou que nenhum ferido ou portador de passaporte estrangeiro chegou hoje a Rafah.

Segundo a fonte, as travessias foram suspensas após o bombardeamento de ambulâncias que transportavam feridos em direção à passagem fronteiriça com o Egito.

Fontes do Hamas avançaram que Israel recusou autorizar a saída para o Egito de numerosos feridos, cujos nomes constavam numa lista enviada às autoridades egípcias.

O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, território palestiniano, lançou em 07 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, causando a morte de mais de 1.400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de nove mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

EGITO - O Egito anunciou que autorizará entrada de feridos que estão na Faixa de Gaza pela passagem de fronteira da cidade de Rafah. A informação é da AFP, que citou fontes médicas e de segurança que não foram identificadas.

"Equipes médicas estarão presentes nesta quarta-feira (01) [quarta-feira, 1º] na passagem [de Rafah] para examinar os casos procedentes [de Gaza] desde sua chegada [...] e determinar os hospitais para onde serão enviados", disse um encarregado médico da cidade egípcia de Al Arish. Uma fonte de segurança da região fronteiriça de Rafah confirmou a informação.

O porta-voz do Unicef, James Elder, afirmou que a guerra na Faixa de Gaza transformou o território em cemitério para milhares de crianças. Desde 7 de outubro, mais de 8.500 pessoas foram mortas na guerra -dentre essas, 3.542 crianças.

Unicef apela por cessar-fogo. "O Unicef tem sido franco sobre a necessidade de um cessar-fogo humanitário imediato, pela chegada de suprimentos e pela libertação de crianças sequestradas. Como tantos outros, suplicamos para que os assassinatos de crianças parem", disse ele durante coletiva em Genebra, na Suíça.

 

AVIÃO DA FAB COM AJUDA DO MST CHEGA AO EGITO

O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que decolou do Brasil com doações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) à Faixa de Gaza chegou na terça-feira (31) na cidade do Cairo, no Egito.

Aeronave brasileira pousou na capital egípcia às 11h30, no horário de Brasília. Agora, o avião aguarda a liberação da fronteira para que os brasileiros em Gaza possam atravessar, embarcarem na aeronave e voltarem ao Brasil.

O MST enviou duas toneladas de alimentos a palestinos. A bordo da aeronave estavam mantimentos para assistência humanitária aos afetados na Faixa de Gaza.

 

 

POR FOLHAPRESS

BRASÍLIA/DF - O governo do Egito, país que faz fronteira com a Faixa de Gaza, na Palestina, convidou o Brasil para participar de uma cúpula com outros países para discutir a guerra entre Israel e o grupo Hamas. A informação foi confirmada pela Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril e não pode viajar. Um representante irá em seu lugar, mas o nome ainda não foi anunciado. A cúpula ocorrerá neste sábado (21), no Cairo, capital egípcia.

O foco principal do encontro é a crise humanitária em Gaza. O território está cercado e sofrendo bombardeios contínuos das forças militares de Israel, desde a eclosão de um novo conflito, há pouco mais de uma semana, quando o Hamas promoveu uma série de ataques em território israelense, que resultou na morte de centenas de civis e provocou uma forte contraofensiva.

O convite ao Brasil ocorre após a tentativa do país, que preside atualmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas, de aprovar uma resolução sobre o conflito no colegiado. A diplomacia brasileira obteve amplo apoio em torno de um texto de consenso, mas a oposição dos Estados Unidos, que é membro permanente do Conselho a tem direito a veto, frustrou a expectativa de ver a resolução aprovada. Além do Egito e Brasil, outros países árabes, como Jordânia, Catar e Turquia devem participar, mas nenhuma lista oficial dos países participantes foi divulgada até o momento.

No último fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito. Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

EGITO - O Egito e Israel chegaram a um acordo na noite de quarta-feira (18) para a criação de um corredor de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Mas a ajuda aos palestinos que vivem na região — que está sendo constantemente bombardeada em retaliação aos ataques do Hamas a território israelense, em 7 de outubro — só deve começar a chegar na sexta (20).

De acordo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsável por costurar o acordo entre os dois países, os 20 caminhões que contêm itens de primeira necessidade, como água e medicamentos, terão que aguardar reparos de emergência na estrada que margeia a passagem humanitária, pois a área foi bombardeada recentemente.

O corredor de ajuda também precisará seguir regras impostas pelos governos dos Estados Unidos e de Israel para continuar aberto.

Somente serão autorizados carregamentos que sejam exclusivamente de alimentos, água e medicamentos, destinados à população civil no sul da Faixa de Gaza ou que estejam em direção àquela área.

Nada que beneficie o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, será permitido. "Qualquer ajuda que chegue ao Hamas será bloqueada”, informou o governo israelense por meio de um comunicado.

Israel também exige que a Cruz Vermelha tenha acesso aos cidadãos sequestrados no ataque de 7 de outubro — estima-se que sejam cerca de 200 pessoas.

Funcionários das Nações Unidas distribuirão a ajuda assim que ela chegar ao território, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Biden, no entanto, advertiu que a passagem de Rafah será fechada novamente "se o Hamas confiscar a ajuda humanitária".

 

 

Do R7

EGITO - O presidente egípcio afastou hoje a possibilidade de acolher palestinianos em fuga da guerra entre Israel e Hamas, por medo de que a península do Sinai se torne um campo de operações e Israel ataque o território egípcio.

Deslocar cidadãos palestinianos da Faixa de Gaza para o Sinai significa simplesmente que a ideia da resistência e da luta de Gaza passará para o Sinai", considerou Abdel Fattah al-Sisi,

"Portanto, o Sinai será uma base de operações contra Israel e Israel terá o direito de se defender e dirigir os seus ataques contra o território egípcio", afirmou o presidente egípcio numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que está a visitar o Cairo.

Al-Sisi garantiu ainda que se os palestinianos de Gaza se mudarem para o Egito, haverá um movimento "semelhante por parte dos palestinianos da Cisjordânia em direção à Jordânia".

Para o presidente do Egito, os ataques que Israel está a realizar contra a Faixa de Gaza não são apenas "um ato militar contra o Hamas", mas também uma forma de pressionar os civis a migrar para o Egito.

"Vemos o que está a acontecer agora em Gaza, e não é apenas um ato militar contra o Hamas, mas uma tentativa de pressionar os habitantes civis a migrar para o Egito", disse, acrescentando que "isto não é aceitável para ninguém".

O Egito, que faz fronteira com Gaza, teme um "êxodo em massa" de palestinianos da Faixa de Gaza, após o ultimato de Israel para forçar aos cerca de 1,1 milhões de habitantes do norte do enclave a deslocarem-se para o sul, onde se localiza a passagem fronteiriça de Rafah para o Egito.

 

 

POR LUSA

NOTICIAS AO MINUTO

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou no sábado (14), por telefone, com os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Segundo o Palácio do Planalto, Lula pediu apoio para a saída de brasileiros da Faixa de Gaza e reafirmou a importância da busca pela paz na região.

Nas conversas, o presidente demonstrou preocupação com os civis palestinos e também condenou os ataques terroristas em Israel. Lula também defendeu a abertura de um corredor humanitário em Gaza e a libertação de todos os reféns.

Segundo o presidente, "os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra".

Na quinta-feira (12), Lula conversou por telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e reiterou a condenação brasileira aos ataques promovidos pelo grupo Hamas, que o presidente classificou como atos terroristas.

 

Repatriação

No diálogo com o presidente egípcio, Lula informou que, após brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, eles serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o Aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.

Lula informou ainda que o Brasil deve enviar em breve ao Egito, entre outros itens, kits de medicamentos.

O presidente confirmou que o Brasil, no exercício da presidência do Conselho de Segurança da ONU, manterá atuação incansável para evitar um desastre humanitário ainda maior e o alastramento do conflito.

Ambos os presidentes reafirmaram a defesa da solução de dois Estados (israelense e palestino) e acordaram manter consultas frequentes sobre a crise em curso.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

CAIRO - O Egito realizará uma eleição presidencial entre 10 e 12 de dezembro, informou a autoridade eleitoral do país nesta segunda-feira, com a expectativa de que o presidente Abdel Fattah al-Sisi seja reeleito, apesar de uma crise econômica que inclui inflação recorde e escassez de moeda estrangeira.

Sisi, de 68 anos, pode se candidatar a um terceiro mandato devido a emendas constitucionais aprovadas em 2019 que também estenderam a duração dos mandatos presidenciais de quatro para seis anos, abrindo caminho para que ele permaneça no cargo até pelo menos 2030.

Os resultados das eleições devem ser anunciados em 18 de dezembro e, no caso de um segundo turno, os resultados finais devem ser anunciados no máximo em 16 de janeiro, informou a autoridade eleitoral.

Embora Sisi não tenha anunciado formalmente sua candidatura, os partidos pró-governo iniciaram uma campanha que inclui outdoors no Cairo apoiando sua reeleição.

Sisi foi declarado vencedor das eleições de 2014 e 2018 com 97% dos votos. Em 2018, ele enfrentou apenas um oponente, um fervoroso apoiador do próprio presidente, depois que o principal adversário foi preso e outros candidatos desistiram, alegando intimidação.

Quatro outros candidatos manifestaram a intenção de concorrer desta vez, com destaque para um ex-membro do Parlamento, Ahmed Eltantawy, que diz que os serviços de segurança prenderam alguns de seus associados e o impediram de realizar eventos eleitorais. As autoridades não responderam às suas alegações.

Ex-chefe do Exército, Sisi se tornou presidente em 2014, um ano depois de liderar a derrubada do líder democraticamente eleito Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após protestos contra seu governo.

Os analistas dizem que Sisi mantém o apoio dos serviços de segurança, principalmente do Exército, que tem se tornado mais poderoso e expandido sua influência econômica.

A presidência de Sisi tem sido marcada por uma repressão à dissidência em todo o espectro político.

Sisi e seus apoiadores disseram que as medidas são necessárias para trazer estabilidade após a destituição do ex-presidente Hosni Mubarak em 2011, durante as revoltas da "Primavera Árabe", e para abrir caminho para o desenvolvimento econômico.

 

 

Por Nayera Abdallah e Nadine Awadalla em Dubai / REUTERS

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