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TABULEIRO DO NORTE/CE - Ameaçadas de extinção, abelhas têm papel fundamental na polinização e produção de alimentos, gerando uma economia de até R$ 50 bilhões por ano à agricultura brasileira.A morte repentina das abelhas que cultivava em caixas obrigou Geomilton Rodrigues a buscar um novo local para os insetos prosperarem. Imerso na Caatinga, o apicultor de Tabuleiro do Norte, no Ceará, desconfia que o agrotóxico pulverizado em plantações vizinhas de milho e algodão tenha sido letal para seus insetos.

"Quarenta enxames morreram logo, alguns ficaram intoxicados", relata Rodrigues. "As matas estão sendo reduzidas devido às grandes áreas do agronegócio, e os enxames ficam sem ter onde buscar comida", adiciona o apicultor, que produz mel desde 2004 para ajudar no sustento da família.

Nas comunidades próximas de onde vive Rodrigues, a apicultura tornou-se uma importante fonte de renda da agricultura familiar, mas os relatos são de crescente desaparecimento desses insetos. O uso de agrotóxicos e o corte da Caatinga, bioma que registrou o maior aumento proporcional de desmatamento entre 2020 e 2021 (90%), segundo os dados mais recentes do Mapbiomas, são apontados como as principais causas.

 

Extinção levaria a colapso na produção de alimentos

Em todo o Brasil, pelo menos quatro espécies de abelhas estão ameaçadas de extinção, segundo avaliação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA): Melipona scutellaris, com maior distribuição no Norte e Nordeste; Melipona capixaba, que vive em regiões montanhosas do Espírito Santo; Melipona rufiventris, conhecida como uruçu amarela do Cerrado; e Partamona littoralis, da Mata Atlântica.

A perda desses insetos levaria o mundo a um colapso. "O desaparecimento das abelhas tem implicação direta na produção de alimentos. Elas são polinizadoras, muito importantes na agricultura, grandes responsáveis pela formação de frutos e sementes", ressalta Vinina Ferreira, professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco, que pesquisa o tema desde a graduação.

A Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos estima que o trabalho silencioso dos polinizadores, com liderança das abelhas, gera uma economia de até 10 bilhões de dólares (cerca de R$ 50 bilhões) por ano à agricultura brasileira. Esse seria o montante extra a ser desembolsado para produção de alimentos caso os insetos não colaborassem.

 

Socorro em andamento

O alerta da plataforma mobilizou centenas de pesquisadores na elaboração da maior força-tarefa já feita para salvar as abelhas no país. Chamado de Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Insetos Polinizadores Ameaçados de Extinção, ele inclui também espécies de borboletas e mariposas.

"O Brasil é o país mais rico em biodiversidade e tem uma responsabilidade especial por conta disso", avalia Braulio Dias, diretor de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade no Ministério do MMA e ex-secretário executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica.

O programa, que está saindo do papel e deve vigorar até o fim de 2027, tem entre suas prioridades reduzir o efeito dos agrotóxicos sobre os insetos, preservar a vegetação, combater incêndios e impactos das mudanças climáticas para manter os polinizadores vivos.

A Caatinga é justamente apontada como uma das regiões mais vulneráveis. Numa iniciativa paralela, um projeto de Vinina Ferreira tenta fazer o diagnóstico da situação das abelhas na região do vale do São Francisco, que ainda carece de pesquisas.

"Sabemos que o processo de desmatamento, queimadas, avanço da fronteira agrícola e as secas mais frequentes causadas pelas mudanças climáticas provocam o desaparecimento desses polinizadores", comenta Ferreira.

Os efeitos dos agrotóxicos sobre as abelhas, especialmente sobre o sistema neurológico, já são relativamente bem descritos pela ciência. "Quando contaminadas, elas não conseguem voltar à colmeia para comunicar às outras onde está o recurso, o alimento. Isso causa um caos", exemplifica a pesquisadora.

 

Conservar para não extinguir

Polinizadores saudáveis precisam de vegetação preservada. Só a Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro que já perdeu 26% de sua área original, tem 12,4 milhões de hectares de áreas prioritárias para conservação, segundo levantamento da Plangea Web, plataforma gratuita desenvolvida pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS).

"A recuperação de 1,4 milhão de hectares de vegetação nativa na Caatinga tem o potencial de reduzir o risco total de extinção de 79 espécies, das 660 avaliadas, se realizada em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade", comenta Bruna Pavani, pesquisadora do IIS.

A criação de novas áreas protegidas é uma das estratégias que Dias, do MMA, aponta contra o desaparecimento da fauna e flora brasileira. "Essas áreas são importantes para amortecer pressões que vêm com a expansão das atividades econômicas, como construção de estradas, agricultura, mineração, retirada de madeira e pesca, entre outros", menciona.

 

"A saúde humana depende da saúde da natureza"

Dias é quem coordena o Projeto Pró-Espécies do MMA, que desenvolve planos para reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de pelo menos 290 espécies criticamente em perigo.

"Temos a tradição em avaliar o risco da nossa biodiversidade, mas não conhecemos a maior parte dela", pontua Dias. No Brasil, cerca de 120 mil espécies de animais e 50 mil de plantas foram descritas, mas estima-se que esse número represente apenas 10% da biodiversidade que habita as terras brasileiras.

"Não importa se estamos falando de grandes mamíferos, de abelhas ou de organismos minúsculos. Manter a biodiversidade é garantir a produção de alimentos do país, a produção de água. A saúde humana depende da saúde da natureza", defende Dias.

 

 

ISTOÉ

BRASÍLIA/DF - Com 295 votos favoráveis, a Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (18), o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 96/11 que visa ampliar multas aos institutos de pesquisa que divulgarem dados com divergências acima da margem de erro em relação aos resultados das votações.

De autoria do deputado Rubens Buenos (Cidadania), o requerimento recebeu 120 votos contrários e mesmo com a aprovação não será incluída na Ordem do Dia do Plenário. O presidente da casa, Arthur Lira (PP), disse que haverá uma rodada de negociação com os líderes dos partidos.

“Nós estamos votando o requerimento de urgência do projeto mais antigo [sobre o tema] sem lidar com o mérito. Nós fizemos um compromisso com os líderes da base hoje de que vamos sentar para dialogar sobre o texto de mérito deste projeto e, depois do texto resolvido, ele vem ao Plenário quando tiver um mínimo de acordo possível”, explicou o presidente.

O texto apresentado por Ricardo Barros (PP) está apensado ao projeto em questão e inclui a criminalização dos erros das pesquisas, chegando a penal de 4 a 10 anos, além de multas.

Lira ainda disse durante sessão que o texto será negociado com o Senado.

 

 

RedeTV!

SÃO PAULO/SP - O Instituto Paraná divulgou hoje, 14, sua segunda pesquisa sobre o segundo turno da disputa ao governo de São Paulo, onde entrevistou 1.810 eleitores presencialmente.

De acordo com o levantamento, Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece à frente com 56% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT). Lembrando que os votos válidos são excluídos os brancos, nulos e indecisos.

No levantamento geral contando todos os votos, Tarcísio de Freitas tem 49,9% das intenções de voto, contra 39,2% de Fernando Haddad. Brancos e nulos somam 5,6% e não sabem/não responderam, 5,4%.

Na pesquisa anterior feita pelo mesmo instituto, realizada no dia 7 de outubro, Tarcísio de Freitas tinha 50,4% das intenções de voto, contra 38,4% do petista. Brancos e nulos representavam 5,9%, enquanto não sabem ou não responderam totalizaram 5,3%.

Rejeição

Fernando Haddad (PT): 48,7%

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 36,1%

Poderia votar nos dois: 5,9%

Não sabem: 11,2%.

O levantamento foi realizado entre os dias 9 e 13 de outubro e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-09289/2022. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela corretora Tullett Prebon e custou R$ 126 mil.

No primeiro turno, Tarcísio de Freitas terminou à frente, com 42,32% (9.881.995) dos votos, enquanto Fernando Haddad teve 35,70% (8.337.139).

SÃO PAULO/SP - Mais uma pesquisa é divulgada nesta semana, e desta vez é o Instituto Atlas Intel, está é a primeira pesquisa neste segundo turno feita pela Atlas no quesito presidencial.

De acordo com levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 52,4% dos votos válidos, seguido pelo presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), com 47,6%. Para que você leitor possa entender, os votos válidos, que excluem os votos em branco e nulos, determinam o resultado das eleições.

Em relação aos votos totais, onde aparecem os votos brancos e nulos, o petista Lula tem 51,1% dos votos, contra 46,5% de Jair Bolsonaro. A parcela da população que não sabe, ou que vota nulo e branco soma 2,4%.

A pesquisa entrevistou 4.500 pessoas via online entre 8 e 12 de outubro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06012/2022.

O segundo turno para os cargos de presidente e de governador, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, está marcado a votação no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.

BRASÍLIA/DF - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, decidiu impedir a abertura de investigações do Ministério da Justiça – por meio da Polícia Federal (PF) – e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra institutos de pesquisa de opinião.

Moraes justificou sua decisão alegando ausência de justa causa e "incompetência absoluta" dos órgãos para uma investigação deste calibre num período eleitoral, e que estes órgãos simplesmente buscavam "satisfazer a vontade eleitoral" do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.

"Ambas as determinações [do Ministério da Justiça e do Cade] são baseadas, unicamente, em presunções relacionadas à desconformidade dos resultados das urnas com o desempenho de candidatos retratados nas pesquisas, sem que exista menção a indicativos mínimos de formação de vínculo subjetivo entre os institutos apontados ou mesmo práticas de procedimentos ilícitos", disse o presidente do TSE em comunicado.

"Tais medidas açodadas, além da incompetência dos órgãos que as proferiram e da flagrante usurpação das funções constitucionais da Justiça Eleitoral, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo chefe do Executivo e candidato a reeleição, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder por parte de seus subscritores", concluiu Moraes.

 

Cade e PF fora de suas competências

Os dois ofícios – do Cade e da PF – foram enviados na quinta-feira (13/10). Em seu pedido, o Cade argumenta que os institutos de pesquisa erraram de forma parecida as previsões de resultados do primeiro turno, em 2 de outubro. Já a PF recebeu da campanha de Bolsonaro um ofício falando na divergência entre o resultado no primeiro turno e as pesquisas publicadas antes da votação.

O presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, que é ligado ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou que a ação adotada pelo Cade visava investigar se os institutos de pesquisa teriam atuado como um cartel para "manipular" as eleições. Os institutos citados no ofício do Cade foram Ipec, Datafolha e Ipespe.

Em resumo, Moraes afirmou que o Ministério da Justiça e a presidência do Cade ultrapassaram as competências de seus órgãos e do TSE e que cabe à Justiça Eleitoral a fiscalização dos institutos de pesquisa.

Segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo, técnicos do próprio Cade não viram materialidade no ofício enviado por Cordeiro. Segundo eles, mesmo que tenha havido um conluio entre os institutos para uma suposta manipulação nas pesquisas de opinião, os institutos não teriam cometido infração à ordem econômica, que é o campo de ação do Cade.

 

Bolsonaristas alegam crime nas pesquisas

As investigações contra os institutos de pesquisa fazem parte de uma estratégia de aliados de Bolsonaro. Segundo bolsonaristas, há indícios de crimes cometidos pelos institutos devido a divergências entre as apurações de opinião realizadas pelos institutos e os resultados das urnas – eles argumentam que os institutos erraram de maneira semelhante o resultado da votação.

A discrepância gerou críticas e incredulidade, inclusive na imprensa internacional. O diário americano The New York Times publicou no dia após o pleito que "os primeiros resultados foram uma grande vitória para Bolsonaro, que havia dito há semanas que as pesquisas subestimavam severamente seu apoio. Até agora, os resultados sugeriram que ele estava certo".

Na última pesquisa Datafolha antes do pleito no primeiro turno, Bolsonaro registrava 36% das intenções de votos válidos. O Ipec mostrava o presidente com 37%. Nas urnas, Bolsonaro teve 43,2% - no mínimo quatro pontos percentuais acima da margem de erro.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparecia com 50% dos votos válidos no Datafolha. O Ipec mostrava 51% para o petista. Nas urnas, Lula conquistou 48,43% dos votos, próximo dos dois pontos percentuais abaixo na margem de erro do Datafolha.

Os dois institutos justificaram as discrepâncias com a mudança de voto dos eleitores. Segundo Datafolha e Ipec, como os levantamentos indicavam a vitória de Lula no primeiro turno, e eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet, que votariam em Bolsonaro no segundo turno, decidiram votar em Bolsonaro para possibilitar a realização do segundo turno.

 

 

dw.com

BRASÍLIA/DF – Os partidos que defendem punição aos institutos de pesquisas, com penas que chegam até 10 anos de prisão para os responsáveis, gastaram R$ 13,5 milhões para realizar esses levantamentos durante a campanha deste ano. Recursos públicos do fundo eleitoral foram utilizados por PL, PP, União Brasil, PSC e Podemos. O levantamento considera os gastos de partidos e candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

PL, PP, União Brasil e PSC apoiam um projeto de lei de criminalização dos erros dos institutos. Já o Podemos tenta criar no Senado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as empresas no Congresso. Todos os partidos usaram verbas para realizar pesquisas de intenção de voto e mapear os interesses dos eleitores.

O partido que mais desembolsou dinheiro com pesquisas foi o União Brasil, com R$ 5,6 milhões gastos durante a campanha. O candidato da legenda ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho, derrotado na disputa, contratou o instituto Alfa Inteligência por R$ 840,9 mil para fazer pesquisas de opinião qualitativas, tipo de levantamento que capta a impressão dos eleitores sobre um determinado assunto ou político. O União assinou o requerimento de urgência para colocar o projeto em votação no plenário da Câmara.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, com R$ 4,6 milhões gastos para realizar pesquisas. O próprio presidente usou R$ 2,2 milhões do fundo partidário para contratar pesquisas eleitorais de dois institutos durante o primeiro turno da disputa. Bolsonaro foi o candidato que mais gastou recursos da campanha com esses levantamentos. A campanha contratou a Cota Pesquisas de Mercado e de Opinião Pública por R$ 1,7 milhão e o Ibespe Estudos & Marketing por R$ 500 mil para realizar e fornecer pesquisas eleitorais ao candidato.

Durante a campanha, quando aparecia atrás do petista Luiz Inácio Lula da Silva na preferência do eleitorado, o Bolsonaro declarava não acreditar em pesquisa. Na noite do primeiro turno, após o fechamento das urnas, no último dia 2, ele voltou a criticar os responsáveis pelos levantamentos diante do resultado. O presidente obteve 43% dos votos, um porcentual maior do que aparecia nas pesquisas dos institutos. “Desmoralizou de vez os institutos de pesquisa. Acho que não vão continuar fazendo”, disse Bolsonaro a um grupo de apoiadores no Palácio da Alvorada.

O presidente e ministros inclusive passaram a incentivar que os eleitores bolsonaristas não respondam às pesquisas. Institutos argumentaram que os erros se devem à alta abstenção entre segmentos mais favoráveis a Lula e a mudanças no comportamento do eleitor.

A base de Bolsonaro tenta aprovar um projeto de lei para punir os institutos de pesquisa. A proposta é defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O texto, de autoria do líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), estabelece punição para quem errar o resultado da eleição fora da margem de erro, com prisão de quatro a dez anos para o estatístico responsável.

Aliados do governo tentaram votar o projeto na terça-feira, 11, véspera de feriado, mas a iniciativa fracassou por falta de acordo. Não há data marcada para nova votação.

Autor do projeto que pune os responsáveis das empresas com prisão, o líder do governo também usou o dinheiro da eleição para contratar pesquisas. Ricardo Barros gastou R$ 45 mil para realizar pesquisas quantitativas com o instituto Data Vox Brasil durante sua campanha à reeleição. Barros foi eleito para mais um mandato na Câmara pelo Paraná e trabalha pela reeleição de Bolsonaro.

Além da punição pela alteração na lei, a base governista pressiona o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa na Casa. Um requerimento com assinaturas suficientes já foi apresentado. Pacheco prometeu avaliar a instalação, mas já avisou que nenhuma CPI vai funcionar durante o período eleitoral.

Na terça-feira, 11, Pacheco se posicionou contra o projeto patrocinado pelo governo na Câmara. “É um texto, especialmente na parte penal, que eu vi, absolutamente inadequado porque pune muito severamente um erro”, disse o presidente do Senado, ao citar que a pena prevista na proposta supera a prisão determinada para os crimes de peculato e corrupção.

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), declarou que assinou o requerimento de urgência para o projeto de Ricardo Barros, mas que vai trabalhar para alterar o texto na busca de um acordo que permita a iniciativa ser aprovada. Questionado sobre as pesquisas contratadas pelo União, o deputado evitou dizer se elas erraram, mas defendeu uma apuração de todos os institutos de pesquisa. “Temos que investigar para não ser leviano”, afirmou.

Procurado, o Podemos disse que não ia comentar. PL, PP, PSC e o deputado Ricardo Barros não responderam à reportagem.

 

 

Daniel Weterman e Lauriberto Pompeu / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - Com o segundo turno das eleições de 2022 definidos após a votação no último domingo, 2, as pesquisas eleitorais serão retomadas nesta semana - a campanha retorna oficialmente nesta sexta, 7, e vai até o final de outubro.

Assim como as propagandas políticas, as pesquisas de intenção de voto também voltam para a segunda etapa do pleito. Apesar dos levantamentos terem indicado um resultado diferente do que foi visto nas urnas, a divulgação de tais dados é relevante para o cenário político.

De acordo com informações registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão lançados levantamentos feitos pelos institutos Datafolha, Ipec, PoderData, Futura, Quaest e Paraná Pesquisas nos próximos dias.

Na corrida pelo Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em primeiro lugar com 48,4%, 57.258.115 de votos, ante 43,2%, 51.071.277 de votos, de Jair Bolsonaro (PL).

 

Veja quais sondagens estão programadas para a corrida presidencial:

Instituto: Datafolha | Contratante: Folha da Manhã e TV Globo | Data de divulgação: 05/10 | Registro: BR-02012/2022

Instituto: Ipec | Contratante: TV Globo | Data de divulgação: 05/10 | Registro: BR-02736/2022

Instituto: PoderData | Contratante: PoderData Pesquisa, Jornalismo e Comunicação | Data de divulgação: 06/10 | Registro: BR-08253/2022

Instituto: Futura | Contratante: Banco Modal | Data de divulgação: 06/10 | Registro: BR-08263/2022

Instituto: Quaest| Contratante: Banco Genial | Data de divulgação: 06/10 | Registro: BR-07940/2022

Instituto: Datafolha | Contratante: Folha da Manhã e TV Globo | Data de divulgação: 07/10 | Registro: BR-07603/2022

Instituto: Paraná Pesquisas | Contratante: Paraná Pesquisas | Data de divulgação: 07/10 | Registro: BR-01901/2022

 

 

ESTADÃO

BRASÍLIA/DF - Após a conclusão da apuração do primeiro turno das eleições 2022, o ministro das comunicações Fábio Faria, criticou e muito a maioria dos institutos de pesquisas que chegaram a apontar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganharia ainda em primeiro turno, e os números do presidente Jair Bolsonaro eram bem diferentes do que realmente foi nas urnas.

"Datafolha, IPEC, Ipespe e Quaest, vocês erraram por 10%. Se reciclem. Parabéns ao Modal Mais e ao Paraná pesquisas que apanharam muito da imprensa e foram tratados como chacotas. Espero que o congresso apure esses erros grosseiros. Nada como o tempo para mostrar a verdade!", afirmou.

Com 100% das urnas apuradas, o ex-presidente Lula conseguiu 48,43% dos votos e o atual mandatário, 43,20%.

O Datafolha indicava Lula com 50% dos votos válidos, contra 36% de Bolsonaro. O Ipec (ex-Ibope) também apontou 14 pontos de vantagem para o petista: 51% a 37%. Em ambos os levantamentos, a margem de erro era de dois pontos para mais ou para menos.

O ministro ainda cumprimentou os institutos que tinham indicado cenários mais favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro, o Modal Mais e o Paraná Pesquisas, que, na sexta-feira (30), indicou 47,1% a 40%.

Você que acompanha a Rádio Sanca acredita em pesquisas? Outra pergunta é: As pesquisas influenciaram diretamente nos resultados, ou não?

 

 

IMPRENSA BRASIL

SÃO PAULO/SP - A mais recente pesquisa do Datafolha sobre a campanha presidencial deste ano, após o início de fato da disputa com horário gratuito, entrevistas e debate, apresentou uma fotografia de aparente estabilidade no quadro geral.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente de Jair Bolsonaro (PL), ainda que numericamente com uma redução de dois pontos, exatamente dentro da margem de erro do levantamento feito de terça (30) a quinta (1º). Mas a leitura da movimentação em alguns segmentos mostra algumas mexidas que serão estudadas para o ajuste de estratégia das campanhas.

Uma das mais significativas foi o avanço de Bolsonaro no maior colégio eleitoral do país, o Sudeste, onde reduziu de 12 para 6 pontos a vantagem de Lula, em relação ao levantamento de agosto. O petista agora lidera por 41% a 35%. O crescimento pode estar por trás do bom desempenho do apadrinhado do presidente no maior estado da região, São Paulo, onde Tarcísio de Freitas (Republicanos) está em segundo lugar.

Lula ancora sua liderança nacional nos mais pobres. Quem ganha até 2 salários mínimos responde por 50% da amostra da pesquisa, e nesse grupo o petista sustentou sua posição ante a rodada de agosto, com 54%. Bolsonaro apenas oscilou dois pontos para cima, para 25%, apesar de ter colocado toda as suas fichas no primeiro mês de pagamento do Auxílio Brasil.

Outro problema para o presidente é a confirmação do fim do avanço que vinha fazendo no eleitorado que ganha de 2 a 5 salários mínimos, 36% dos ouvidos. Ali, segue à frente numericamente de Lula por placar estável, 40% a 36%.

O mesmo ocorreu entre as mulheres, grupo que soma 52% dos entrevistados. Ali, houve estabilidade: Lula foi de 47% para 48% e Bolsonaro, de 28% para 29% em relação ao mês passado.

Dado que o presidente passou boa parte do noticiário recente vendo o destaque ao ataque machista que fez à jornalista Vera Magalhães (TV Cultura) e à rival Simone Tebet (MDB) no debate Folha de S.Paulo/UOL/Bandeirantes/Cultura de domingo (28), pode-se dizer que saiu barato de todo modo para Bolsonaro.

No seu ponto forte, os evangélicos, o presidente também manteve o mesmo patamar de vantagem.

Lula teve uma queda expressiva entre jovens de 25 a 34 anos, 20% da amostra. Foi de 49% para 42%, enquanto Bolsonaro subiu de 31% para 37%. Na população que se declara preta (15% dos ouvidos), o petista também sofreu um tombo, de 60% para 51%, mantendo de todo modo quase o dobro das intenções do presidente, que foi de 19% para 26%.

A oscilação positiva de Tebet e de Ciro Gomes (PDT) nesta pesquisa, por sua vez, se deve ao crescimento de ambos no mesmo grupo: os 24% com curso superior. Ali, o pedetista foi de 6% para 13% e a senadora, para 7%. Ela ainda subiu entre mais velhos e ele, entre mais jovens.

O Datafolha ouviu 5.734 pessoas em 285 cidades. O levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela Rede Globo, foi registrado sob o número BR-00433/2022 no Tribunal Superior Eleitoral, e tem intervalo de confiança de 95%.

 

 

IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

ROMA - A líder do partido Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, gravou uma mensagem de vídeo em três idiomas, nesta quarta-feira, para tranquilizar os parceiros da Itália que um governo de direita liderado por ela não ameaçará a estabilidade financeira e manterá as alianças tradicionais de Roma.

O bloco conservador da Itália, que também inclui a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi, está bem posicionado para ganhar a maioria absoluta nas eleições marcadas para 25 de setembro, segundo uma pesquisa divulgada na terça-feira.

Meloni lidera as pesquisas e está a caminho de se tornar primeira-ministra. No entanto, alguns analistas duvidam de sua adequação para o papel, pois seu partido remonta a um movimento pós-fascista.

Meloni descartou como "absurdas" as alegações de que ela liderará um governo autoritário, dizendo que tais visões são "inspiradas pelo poderoso circuito de mídia da esquerda". Ela não deu mais detalhes.

"A direita italiana entregou o fascismo à história há décadas, condenando inequivocamente a supressão da democracia e as ignominiosas leis antijudaicas", disse ela em uma mensagem de vídeo enviada à mídia estrangeira em inglês, francês e espanhol.

"Nós nos opomos ferozmente a qualquer deriva antidemocrática com palavras de firmeza que nem sempre encontramos na esquerda italiana e europeia", acrescentou.

Meloni destacou o compromisso de seu partido com o Ocidente e sua condenação à invasão russa da Ucrânia, uma questão espinhosa para o bloco conservador devido aos laços historicamente estreitos de Salvini e Berlusconi com o presidente russo, Vladimir Putin.

Meloni, que frequentemente ataca "burocratas" de Bruxelas e cujo partido foi rotulado de eurocético por muitos analistas, negou quaisquer planos de sair da União Europeia e prometeu não comprometer o roteiro de Roma para obter bilhões em fundos pós-pandemia do bloco.

Meloni, que foi a principal oposição ao governo de "unidade nacional" de Mario Draghi, disse que o plano de recuperação elaborado por Draghi pode ser melhorado e que suas falhas se devem à sua coalizão rachada.

"É por isso que a Itália precisa de um governo unido e de mente clara que não apenas evite desperdiçar um euro desse dinheiro, mas também promova investimentos e crescimento em nosso país", disse Meloni.

 

 

Por Angelo Amante / REUTERS

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