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ALEMANHA - A União Europeia (UE) faz todo o possível para evitar que a guerra na Ucrânia se estenda, garantiu na terça-feira (3) o chefe da política exterior do bloco, Josep Borrell, que insistiu em maiores sanções contra a Rússia.

"Fazemos todo o possível para evitar que a guerra se estenda. Que a guerra se estenda horizontalmente, afetando outros países ou que se estenda verticalmente usando armas mais destrutivas", declarou Borrell em entrevista à AFP na Cidade do Panamá.

"Estamos ajudando a Ucrânia, mas sem entrar na beligerância. Isso seria estender a guerra e não queremos. E ao mesmo tempo reforçamos nossas sanções", explicou.

Borrell, que visitou Kiev, declarou que "todas as atrocidades" que viu "receberão um conjunto adicional de sanções pessoais para os indivíduos que consideramos envolvidos nesses atos", continuou.

Ele reiterou que a União Europeia manterá a pressão sobre a economia russa "onde ela é mais sensível, e ela é mais sensível nos aspectos financeiros".

Borrell lembrou que os Estados membros "culminam seus acordos sobre retirar mais bancos russos do sistema internacional Swift" e destacou que a Rússia obtém seu financiamento da venda de energia, outro aspecto que pretendem frear, com menos importações.

Tudo isso fará parte de um sexto pacote de sanções que esperam ser aprovadas em meados de maio.

"São os Estados membros que devem tomar decisões a respeito disso e espero que as tomem, começando pelos que têm menos contraindicações, como o petróleo, para reduzir nossa dependência dos hidrocarbonetos russos", disse Borrell.

O diplomata europeu participou na Cidade do Panamá de uma reunião de chanceleres da América Central e do Caribe para avaliar os efeitos que a invasão russa da Ucrânia tem sobre o preço dos alimentos e combustíveis.

Esta região apoiou "a Carta das Nações Unidas, condenando a agressão russa contra a Ucrânia. Desse ponto de vista, a viagem foi muito frutífera politicamente, mas com a Ucrânia ou sem a Ucrânia, a América Latina tinha que estar mais na agenda política da Europa", concluiu.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, na 2ª feira (02), que a "Rússia esqueceu todas as lições da Segunda Guerra Mundial". A fala se refere a declaração do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que alegou a possível existência de elementos nazistas no país mesmo que algumas figuras, incluindo Zelensky, tivessem ascendência judaica. Como exemplo, ele citou o "sangue" de Adolf Hitler.

"Lavrov disse abertamente e sem hesitação que os maiores antissemitas estavam supostamente entre os próprios judeus. Como isso poderia ser dito às vésperas do aniversário da vitória sobre o nazismo? Essas palavras significam que o principal diplomata da Rússia está culpando o povo judeu pelos crimes nazistas", declarou.

O chefe de Estado ressaltou que a fala do ministro provocou escândalo entre as autoridades de Israel, que a classificaram como "imperdoável e ultrajante", bem como "um erro histórico, uma vez que os judeus não se mataram no Holocausto". No discurso, Zelensky disse que, mesmo com a manifestação de Israel, ninguém ouve objeções ou pedidos de desculpas por parte de Moscou. "Há apenas silêncio", frisou.

"Após a morte de pessoas comuns que sobreviveram à ocupação nazista e aos campos de concentração nazistas, o ataque semita ao seu ministro significa que a Rússia esqueceu todas as lições da Segunda Guerra Mundial. Ou talvez nunca tenham ensinado essas lições", finalizou o líder ucraniano.

 

 

SBTNEWS

UCRÂNIA - A ofensiva da Rússia continua com duros combates no Donbass nesta segunda-feira (2), dia em que a esperada retirada de civis da cidade de Mariupol foi adiada, no momento em que a União Europeia elabora um plano para impor um embargo progressivo ao petróleo russo.

Pouco mais de 100 pessoas foram retiradas no fim de semana da grande siderúrgica de Azovstal, o último reduto de resistência ucraniana nesta área da região do Donbass, que está praticamente sob controle total da Rússia.

Dois blindados da ONU e outros veículos de ONGs internacionais, assim como jornalistas, aguardavam os moradores de Mariupol em Zaporizhzhia, cidade que fica a uma distância de 200 quilômetros ao noroeste e ainda está sob controle ucraniano, onde há um centro para abrigar os refugiados, segundo constatou a AFP.

Uma segunda retirada era esperada nesta segunda-feira, mas, pela tarde, a situação seguia sem qualquer indício de movimento.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, declarou que "centenas de civis permanecem bloqueados".

 

9 de maio

Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, milhares de civis fugiram de Mariupol, onde as autoridades ucranianas acreditam que ainda há entre 100 mil e 120 mil pessoas.

Nesta cidade, que antes da guerra tinha uma população de meio milhão de habitantes, as autoridades de Kiev temem que 20.000 pessoas já morreram desde o início do assédio das tropas russas, que deixou a urbe portuária reduzida a escombros.

Moscou se concentra nas regiões sul e leste do país, em particular no Donbass, que inclui Donetsk e Luhansk, depois de fracassar na tentativa de tomar a capital Kiev nas primeiras semanas de guerra.

Os combates são especialmente intensos em torno de Izyum, Lyman e Rubizhne, posições que os russos tentam tomar para "preparar o seu ataque contra Severodonetsk", uma das principais cidades de Donbass ainda controlada por Kiev, afirmou nesta segunda o Estado-Maior ucraniano.

"A situação na região de Luhansk pode ser descrita em poucas palavras: continuam ativos os duros combates", advertiu o Ministério da Defesa da Ucrânia.

Com a proximidade do 9 de maio, data em que a Rússia celebra com grande pompa a vitória sobre a Alemanha nazista em 1945, o governador da região de Lugansk disse que espera "uma intensificação dos bombardeios".

Mas o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, parece descartar a ideia. "Nossos militares não ajustarão artificialmente suas ações a nenhuma data", disse, em uma entrevista ao canal de televisão italiano Mediaset no domingo.

O Ministério da Defesa ucraniano também estimou que é possível que a Rússia aproveite a oportunidade para "planejar a questão" de uma integração das "repúblicas" autoproclamadas pelos separatistas pró-russos no Donbass à Federação da Rússia, depois que Moscou reconheceu sua independência na véspera da invasão.

Os ucranianos também assinalaram que a Rússia pode anunciar a realização de um referendo na região de Kherson, no sul da Ucrânia, muito próxima da península da Crimeia, que foi anexada por Moscou após uma consulta popular em 2014, no contexto do conflito com os separatistas pró-russos.

A Rússia tem tentado garantir sua posição nas áreas sob o seu controle. No domingo, começou a circular na região de Kherson a moeda russa, o rublo, inicialmente junto com a hryvnia ucraniana.

Mas as forças da Ucrânia também recapturaram alguns territórios nos últimos dias e, nesta segunda-feira, disseram que seus drones afundaram duas embarcações de patrulha da Rússia nos arredores da Ilha das Serpentes, no Mar Negro, símbolo da resistência ucraniana depois que um grupo de guardas fronteiriços rejeitou a rendição em abril, após um chamado feito por um navio russo.

Contudo, o chanceler russo causou polêmica após ser perguntado sobre a afirmação de que o seu país busca "desnazificar" a Ucrânia, já que o presidente ucraniano é judeu. Em sua resposta, Lavrov afirmou que Hitler "tinha sangue judeu".

O chanceler israelense, por sua vez, qualificou as afirmações como "escandalosas" e convocou o embaixador da Rússia para pedir "explicações".

 

Retorno dos diplomatas a Kiev

Enquanto isso, as potências ocidentais aumentaram os envios de armas pesadas para a Ucrânia e, pouco a pouco, voltam a instalar missões diplomáticas em Kiev, já que muitas delegações foram transferidas para Lviv, no oeste do país.

Seguindo a tendência de muitos países europeus, os Estados Unidos esperam retornar à capital ucraniana "antes do fim deste mês", anunciou hoje a encarregada de negócios de Washington, Kristina Kvien.

A União Europeia, por sua vez, busca aumentar a pressão sobre a Rússia endurecendo as sanções.

Fontes diplomáticas afirmaram à AFP que o bloco europeu deve propor uma proibição por etapas da importação de petróleo russo, que representa 30% das aquisições do hidrocarboneto da UE.

Os ministros de Energia do bloco se reúnem nesta segunda-feira à tarde em Bruxelas para definir um calendário sobre a questão. A Comissão Europeia, em representação da UE, prepara atualmente o texto que poderia ser submetido aos países-membros na quarta-feira, segundo essas fontes.

Vários diplomatas afirmaram que a proibição do petróleo russo seria possível depois de uma mudança de postura da Alemanha, que resistia à medida por considerá-la potencialmente prejudicial para sua economia.

Já o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante uma visita a Berlim, fez um pedido de diálogo para acabar com a guerra, mas evitou condenar a invasão durante uma visita a Berlim.

Em quase 10 semanas de guerra, mais de 5,4 milhões de ucranianos fugiram do país, segundo a ONU, e mais de 7,7 milhões se tornaram deslocados internos, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

 

 

por AFP

UCRÂNIA - O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse na sexta-feira (29) que há um grande risco de que as negociações de paz com a Rússia sejam encerradas, e parlamentares norte-americanos prometeram avançar rapidamente com um projeto para enviar até 33 bilhões de dólares (R$ 164 bilhões) para ajudar Kiev a continuar resistindo ao ataque de Moscou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse durante visita a Kiev na quinta-feira (28) que havia discussões intensas em andamento para retirar civis da siderúrgica de Mariupol que está sob forte ataque da Rússia, como parte da sua ofensiva no sul e no leste da Ucrânia.

Um dos soldados presos na cidade, que é um grande objetivo da invasão da Rússia, disse à Reuters que os comentários de Guterres lhe deram esperança de que centenas de civis bloqueados na siderúrgica há semanas seriam retirados, após muitas tentativas sem sucesso.

O gabinete de Zelenski disse que havia uma operação planejada para remover os civis da siderúrgica na sexta-feira, mas não havia sinal de uma retirada quando a noite chegou. Ele depois expressou pessimismo pela perspectiva de continuar negociações de paz com a Rússia, culpando a raiva do público com o que ele disse ser atrocidades dos soldados russos.

“O povo [ucraniano] quer matá-los. Quando existe esse tipo de atitude, é difícil conversar sobre as coisas”, disse, segundo a agência Interfax, a jornalistas poloneses.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou Kiev de mudar sua posição por, segundo ele, ordens dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Zelenski elogiou a proposta de ajuda feita pelo presidente norte-americano, Joe Biden, na quinta-feira, que equivale a quase 10 vezes o auxílio que Washington enviou até agora desde que a invasão começou em 24 de fevereiro. Moscou diz que a guerra é uma "operação militar especial".

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, disse que parlamentares esperam passar um pacote de auxílio de 33 bilhões de dólares “assim que possível”.

Após falhar em um ataque a Kiev no norte da Ucrânia mês passado, a Rússia agora está tentando tomar duas províncias no leste, conhecidas como Donbass. Ao prometer dezenas de bilhões de dólares em auxílio à Ucrânia, Biden aumentou dramaticamente o envolvimento dos EUA no conflito.

Estados Unidos e seus aliados estão agora enviando armas pesadas, incluindo artilharia, com o objetivo, segundo Washington, de não apenas rechaçar o ataque da Rússia, mas enfraquecer as suas forças armadas para que ela não possa ameaçar seu vizinho de novamente.

O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou esta semana uma retaliação não especificada contra o Ocidente pelo envio de armas à Ucrânia, e o ministro das Relações Exteriores, Lavrov, alertou à ameaça de uma guerra nuclear. Lavrov afirmou nesta sexta-feira que a Rússia não considera estar em guerra com a Otan, um recuo em seus comentários anteriores.

 

 

por Reuters

UCRÂNIA - A Presidência ucraniana anunciou que está prevista para esta sexta-feira (29) uma operação de retirada de civis bloqueados na siderúrgica de Azovstal, cercada pelas forças russas, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia.

Segundo Kiev, centenas de militares e civis ucranianos, inclusive dezenas de crianças, estão abrigadas na grande siderúrgica de Azovstal, ao lado dos últimos combatentes que resistem às forças russas na cidade portuária.

A prefeitura calcula que pelo menos 20 mil pessoas tenham morrido nos combates em Mariupol, cidade portuária estratégica para o Exército da Rússia.

A ONU pediu uma trégua "imediata" em Mariupol para permitir a retirada dos civis que ainda estão na cidade, que tinha meio milhão de habitantes antes da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro, segundo as estimativas das autoridades ucranianas.

 

 

por AFP

RÚSSIA - A Rússia intensificou seus ataques ao leste e sul da Ucrânia, disse Kiev nesta quinta-feira (28), e o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou uma retaliação rápida contra quaisquer países ocidentais que se envolverem em nome da Ucrânia.

Mais de dois meses depois de uma invasão que destruiu cidades, mas não conseguiu ocupar a capital Kiev, a Rússia montou um esforço para tomar duas províncias do leste em uma batalha que o Ocidente vê como um ponto de virada decisivo na guerra.

"O inimigo está aumentando o ritmo da operação ofensiva. Os ocupantes russos estão exercendo fogo intenso em quase todas as direções", disse o comando militar da Ucrânia sobre a situação no front no leste.

O comando afirmou que o principal ataque da Rússia foi perto das cidades de Slobozhanske e Donets, ao longo de uma rodovia estratégica na linha de frente que liga a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, à cidade ocupada pelos russos de Izyum. O governador regional de Kharkiv disse que as forças russas estão intensificando os ataques a partir de Izyum, mas as tropas ucranianas estão se mantendo firmes.

Embora as forças russas tenham sido expulsas do norte da Ucrânia no mês passado, elas estão fortemente entrincheiradas no leste e ainda mantêm uma faixa do sul que tomaram em março.

A Ucrânia disse que houve fortes explosões durante a noite na cidade de Kherson, no sul, a única capital regional que a Rússia ocupou desde a invasão. Tropas russas usaram gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral na quarta-feira para reprimir manifestações pró-ucranianas, e agora estavam bombardeando toda a região ao redor e atacando Mykolaiv e Kryvyi Rih, cidade natal do presidente Volodmir Zelenski, informou o governo ucrniano.

Kiev acusa Moscou de planejar um falso referendo de independência no sul ocupado. Segundo a mídia estatal russa, uma autoridade de uma autodenominada "comissão militar-civil" pró-Rússia em Kherson disse nesta quinta-feira que a área começaria a usar o rublo, moeda da Rússia, a partir de 1º de maio.

Os países ocidentais aumentaram as entregas de armas para a Ucrânia nos últimos dias, à medida que os combates no leste se intensificaram. Mais de 40 países se reuniram esta semana em uma base aérea dos Estados Unidos na Alemanha e se comprometeram a enviar armas pesadas, como artilharia, para o que se espera ser uma vasta batalha de Exércitos inimigos ao longo de uma linha de frente fortificada.

Washington agora diz que espera que as forças ucranianas possam não apenas repelir os ataques da Rússia no leste, mas enfraquecer suas Forças Armadas para que não possam mais ameaçar os vizinhos. A Rússia afirma que isso equivale a uma "guerra por procuração" da Otan contra ela.

"Se alguém pretende intervir de fora nos eventos em andamento e criar ameaças estratégicas para a Rússia que são inaceitáveis ​​para nós, eles devem saber que nossos ataques de retaliação serão rápidos como um raio", disse Putin a parlamentares em São Petersburgo.

"Temos todas as ferramentas para isso, coisas que ninguém mais pode se gabar de ter agora. E não vamos nos gabar, vamos usá-las se necessário. E quero que todos saibam disso."

 

 

por Reuters

UCRÂNIA - O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, fez um apelo nesta quarta-feira (27) por uma ajuda financeira da Europa para reconstruir a cidade da Ucrânia que foi, praticamente, destruída pelos ataques das tropas da Rússia, onde acontece ataque contra a siderúrgica de Azovstal.

"A vitória da Ucrânia, que estará garantida, infelizmente, não será o fim da história da resistência. A seguinte etapa é a reconstrução das cidades ucranianas, que ficaram reduzidas às cinzas por mísseis russos", disse o chefe do governo local, durante discurso no Comitê Europeu das Regiões.

"Após nossa vitória, o apoio dos países europeus será fundamental para nós. Suplicamos a vocês, nos dirigimos a toda a comunidade europeia para que se unam, em nome da paz e do desenvolvimento, em nome da reconstrução da Ucrânia e, em meu caso, pelo bem de Mariupol, completou Boychenko.

O prefeito pediu o auxílio de especialistas europeus que ajudem nos trabalhos de reconstrução de uma cidade que, diante da destruição de mais de 90% das infraestruturas.

Além disso, Boychenko lamentou que mais de 20 mil habitantes "se tornaram vítimas desta atrocidade", número que é duas vezes maior do que quando Mariupol foi ocupada na Segunda Guerra Mundial.

No Comitê Europeu das Regiões, também discursou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, que voltou a defender a importância para a Ucrânia de se tornar integrante da União Europeia (UE).

O desejo das autoridades ucranianas, segundo o líder político da capital, é a razão pela qual a Rússia iniciou a invasão ao país em 24 de fevereiro.

"O desejo de formar parte da família europeia é a razão desta guerra", afirmou Klitschko, que denunciou o desejo de Putin de "reconstruir o império soviético".

 

 

por Agência EFE

UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (25) que não chegou a um acordo com a Rússia para a criação de um corredor humanitário que permita a retirada de civis entrincheirados com combatentes ucranianos no complexo metalúrgico de Azovstal em Mariupol, sudeste do país.

"Declaro oficial e publicamente que, infelizmente, não há nenhum acordo sobre um corredor humanitário a partir de Azovstal hoje", escreveu no Telegram a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, pouco depois do anúncio por parte da Rússia de que interromperia as hostilidades para permitir a retirada de civis.

O Ministério da Defesa russo publicou um comunicado nesta segunda-feira anunciando um cessar fogo a partir das 8h (horário de Brasília). A intenção era permitir a retirada de civis e de combatentes ucranianos que estão refugiados em Azovstal.

As autoridades russas também prometeram que os civis poderiam sair do último reduto de resistência em Mariupol. Os ucranianos poderiam decidir se queriam ir para regiões da ucrãnia dominada por Moscou ou permanecer nas áreas sob influência de Kiev.

A Rússia reivindicou na semana passada o controle de Mariupol, com exceção do complexo industrial onde os últimos soldados sob comando de Kiev seguem resistindo à invasão russa.

 

 

AFP

RÚSSIA - A Rússia anunciou na sexta-feira (22) que pretende controlar todo o sul e o leste da Ucrânia, após quase dois meses de uma ofensiva que colocou suas tropas na mira da ONU por possíveis "crimes de guerra".

"Desde o início da segunda fase da operação especial, um dos objetivos do Exército russo é estabelecer o controle total sobre o Donbass e o sul da Ucrânia", disse o general Rustam Minnekayev, subcomandante das forças do distrito militar do centro da Rússia.

"Isso permitiria garantir um corredor terrestre até a Crimeia", acrescentou, a respeito da península ucraniana que Moscou anexou em 2014.

A conquista do sul da Ucrânia também ajudaria os separatistas na região moldava da Transnístria, "onde também vemos casos de opressão da população de língua russa", disse o oficial.

O governo pró-Ocidente da Moldávia convocou imediatamente o embaixador russo e expressou "profunda preocupação" com essas declarações.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou a ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, em nome da defesa da população de língua russa no leste do país.

 

A agonia de Mariupol

Putin reivindicou na quinta-feira (21) a captura da estratégica cidade de Mariupol, no sudeste, após quase dois meses de combates, embora o vasto complexo industrial de Azovstal siga sob controle da resistência ucraniana.

As autoridades estimam que cerca de 20 mil pessoas morreram em Mariupol devido a bombardeios ou falta de água, comida e eletricidade no auge do inverno.

Putin afirmou que garantiria a vida de "militares ucranianos, combatentes nacionalistas e mercenários estrangeiros se depusessem suas armas", mas que o governo ucraniano "não autoriza essa possibilidade".

O Ministério da Defesa russo disse, por outro lado, que está disposto a concordar com uma trégua humanitária naquela área e dar aos civis a opção de ir para territórios sob controle russo ou ucraniano.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, lamentou que a Rússia não esteja respondendo aos esforços da Ucrânia para buscar uma solução diplomática para a evacuação de civis.

Mas Putin garantiu, por sua vez, que os líderes europeus apostam numa solução militar para o conflito.

 

Suposto referendo

Com o conflito concentrado no leste e sul, nas proximidades de Kiev as autoridades prosseguem com os trabalhos de exumação e análises forenses dos cadáveres encontrados em várias cidades após a retirada das tropas russas.

Uma fonte do governo informou que os necrotérios da região de Kiev receberam 1.020 corpos de civis. "Tudo está sendo investigado", declarou Oleksandr Pavliuk, comandante militar da região.

Em vídeo divulgado na quinta-feira à noite, Zelenski também acusou a Rússia de preparar um referendo nas zonas sob seu controle em Kherson e Zaporizhzhia, no sul, para pressionar os moradores a fornecer os dados pessoais às forças invasoras.

"É para falsificar um suposto referendo sobre sua terra se a ordem de organizar essa paródia chegar de Moscou", advertiu.

Em 2014, um referendo desse tipo, denunciado como inválido por Kiev e pelas potências ocidentais, justificou a anexação russa da Crimeia. Posteriormente, os rebeldes pró-Moscou de Donetsk e Lugansk utilizaram votações similares para proclamar sua independência.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A ONU informou na quinta-feira (21) que as pessoas que abandonaram suas casas na Ucrânia como resultado da invasão russa somam 12,7 milhões, incluindo 5 milhões de refugiados em outros países e 7,7 milhões de deslocados internos no território ucraniano.

A OIM (Organização Internacional para as Migrações) elevou hoje o número de deslocados internos para 7,7 milhões, 600 mil a mais do que em sua estimativa anterior, em 1º de abril, enquanto a Acnur (Agência das Nações Unidas para os Refugiados) calculou o número de refugiados em 5,08 milhões, 50 mil a mais do que quarta-feira.

Os números supõem que um sexto da população ucraniana está deslocada internamente e mais de um décimo refugiada em outros países, um êxodo que não é conhecido no continente europeu desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Segundo a OIM, pelo menos 60% dos deslocados internos na Ucrânia são mulheres e mais da metade desse grupo, especialmente no leste do país, tem problemas para encontrar alimentos.

A obtenção de dinheiro é a principal preocupação desses deslocados internos, seguida pelo acesso a medicamentos e equipamentos médicos, de acordo com estudo da OIM.

“Um cessar-fogo com fins humanitários é crucial para permitir a prestação de ajuda e o acesso às comunidades que são agora difíceis de alcançar”, disse o diretor-geral da OIM, António Vitorino, em comunicado.

Segundo a OIM, 15% dos deslocados internos planejam retornar às suas casas nas próximas duas semanas — principalmente localizadas na capital, Kiev, e outras áreas do norte do país —, enquanto 8% relataram que o conflito causou danos às suas casas.

 

 

por Agência EFE

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