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Radio Sanca Web TV - Quinta, 30 Setembro 2021

Ginásio Milton Olaio Filho vai vacinar no sábado e no domingo 

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde comunica que novamente realizará o plantão de vacinação contra a COVID-19 no sábado (02/10) nos seis pontos de vacinação, sendo 4 com agendamento e 2 sem agendamento.

Em São Carlos, apesar do Governo do Estado sugerir a realização do DIA V com o objetivo da aplicação da segunda dose, o município vai disponibilizar todas as doses “Vamos disponibilizar tanto a primeira, como segunda e dose adicional de todos os laboratórios, ou seja, da AstraZeneca, Coronavac e Pfizer”, esclarece Crislaine Mestre, diretora de Vigilância em Saúde.

Crislaine também chama a atenção dos faltosos, pedindo que todos compareçam para receber a segunda dose das vacinas para ampliação da imunidade e da cobertura vacinal em nosso município. São Carlos contabiliza neste momento 18.860 faltosos.

Com agendamento estarão disponíveis as seguintes unidades: UBS do Cidade Aracy, USF do Arnon de Melo/Angelina e os postos volantes com sistema drive-thru da FESC, na Vila Nery e no Shopping Iguatemi. O horário em todas os locais será das 8h às 17h. O agendamento eletrônico deve ser realizado no site da Prefeitura Municipal de São Carlos no http://coronavirus.saocarlos.sp.gov.br/fila.

Sem agendamento estarão disponíveis o posto de vacinação do Ginásio Milton Olaio Filho, das 7h30 às 18h30 e da Fundação Pró-Memória, das 8h às 17h. 

PLANTÃO DOMINGO – Neste domingo (02/10) a Prefeitura de São Carlos também realizará um plantão de vacinação no Ginásio Milton Olaio Filho das 7h30 às 18h30. Lembramos que para receber a vacinação no ginásio não é mais preciso fazer agendamento.

Publicado em Coronavírus

SÃO PAULO/SP - Os protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados para este sábado (2) prometem ser os de maior variedade ideológica entre os convocados por setores da esquerda desde maio, mas não devem vencer o desafio de mobilizar a direita ou de reunir em um só palco todos os presidenciáveis de 2022.

O esforço dos organizadores para a ampliação dos atos que costumam pintar de vermelho a avenida Paulista, em São Paulo, se deu a partir ainda dos ecos do 7 de Setembro bolsonarista e da avaliação geral de que a pressão pelo impeachment na Câmara dos Deputados só será efetiva se furar bolhas.

Desta vez, além da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne diversas associações da sociedade civil e já promoveu cinco edições de protestos nacionais, as manifestações também são organizadas por uma aliança de nove partidos e pelo Direitos Já, fórum a favor da democracia que reúne líderes de 19 partidos e já congregou mais de 200 entidades em seus eventos.

Ainda assim, a maior parte dos políticos, partidos e organizações envolvidas nesta rodada de protestos é identificada com a esquerda.

O grupo de nove partidos -PT, PSOL, PC do B, PSB, Cidadania, PV, Rede, PDT e Solidariedade- é majoritariamente de esquerda e reúne siglas que já participavam, totalmente ou em parte, das ações anteriores.

Para os organizadores, porém, é um avanço significativo que todos esses partidos entrem de cabeça na convocação dos protestos, cujas edições anteriores tinham protagonismo mais evidente de PT, PSOL e PC do B e dos movimentos populares ligados a eles -o que deu o tom de pré-campanha de Lula (PT) e afastou setores da sociedade.

A esperada presença de políticos ou alas de siglas da chamada terceira via é outra vitória apontada pelos coordenadores dos atos -embora partidos como DEM, PSDB, MDB e PSD não tenham aderido ao impeachment em si, algo considerado crucial para que a remoção de Bolsonaro vingue de fato.

Para nacionalizar o protesto e tentar salvá-lo da contaminação eleitoral, a ideia é concentrar os principais líderes partidários em São Paulo, em um só palco, e resgatar o uso do verde e amarelo, identidade dos apoiadores de Bolsonaro.

Na capital paulista, o protesto está marcado para as 13h em frente ao Masp, na avenida Paulista. A programação prevê um ato ecumênico, apresentação de indígenas e artistas e encerramento com o hino nacional. Estão previstos 260 atos em 251 cidades de 16 países.

Assim como as manifestações dos movimentos de direita MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua) pelo impeachment de Bolsonaro no último dia 12 ensaiaram uma frente ampla com adesões da esquerda, mas tiveram ausências notáveis, os atos de sábado também são um passo a mais na promessa de união de rivais contra um presidente considerado golpista.

Por um lado, haverá representantes da direita. Por outro lado, faltarão nomes que caracterizariam uma nova edição das Diretas Já -o próprio MBL afirma que ficará de fora. Também não devem comparecer o ex-presidente Lula e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Desta vez, no entanto, são esperados uma série de presidenciáveis e outros políticos de peso para estrear nos atos da Campanha Nacional Fora Bolsonaro depois de terem comparecido ao protesto de MBL e VPR, como Ciro Gomes (PDT), Alessandro Vieira (Cidadania), João Amoêdo (Novo) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) -embora os dois últimos não tenham confirmado presença.

A lista divulgada pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro inclui ainda Randolfe Rodrigues (Rede), Alessandro Molon (PSB), Eliziane Gama (Cidadania), Tabata Amaral (PSB) e Carlos Lupi (PDT).

Outros nomes de esquerda que têm participado a cada ato desde maio também são esperados, como Gleisi Hoffmann (PT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), Juliano Medeiros (PSOL), Orlando Silva (PC do B) e Manuela D'Ávila (PC do B).

Em São Paulo, no total, são esperados representantes de 21 partidos --Cidadania, DEM, MDB, PC do B, PDT, PL, Podemos, Solidariedade, PSD, PSB, PSDB, PSL, PSOL, PT, PV, Rede, UP, PCB, PSTU, PCO e Novo.

No campo da direita, indicaram presença os deputados Júnior Bozzella (PSL-SP), José Nelto (Podemos-GO) e Fábio Trad (PSD-MS).

Entre as entidades, fazem parte do ato a Central de Movimentos Populares, UNE, MST, MTST, Coalizão Negra por Direitos, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimento Acredito, entre outras.

Também aderiram aos protestos de sábado as centrais sindicais -CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública.

No Rio, participarão as juventudes de PSD e PSDB, além do Avante, Livres e UJL. Em São Paulo, o diretório do PSDB da capital promete comparecer, como fez em outras edições.

Para o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já, os protestos de sábado são um marco político.

"Esse é um ato que vira a chave, passa a dar uma amplitude necessária para uma construção de impeachment. Nem todos os partidos estão pedindo impeachment, mas esse é um processo de acumulação de forças", afirma.

Ele diz que estão convidados "todos que quiseram somar, deixando de lado divergências do passado e a questão eleitoral para convergir pela democracia". "Toda a população que vá às ruas, deve ir com espírito de acolher mesmo os líderes de um campo político diferente do seu", completa.

Coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim afirma que os protestos deste sábado serão mais amplos que os anteriores. O desafio é encher as ruas com público cada vez maior.

"Esse ato tem um diferencial em comparação com os outros, o que demonstra que a gente está num caminho que é possível acreditar. Bolsonaro é a própria crise, com ele não tem solução, vamos nos arrastar até 2023 e o Brasil não aguenta" diz.

"Pelo impeachment, seria fundamental expandir [os atos] para o mundo empresarial, para os partidos de direita com grandes bancadas. A nossa tarefa é ir criando um caldo. Bolsonaro falou em ultimato ao STF, vamos dar um ultimato para que Arthur Lira [PP-AL] instale a comissão [do impeachment]", completa.

Além do impeachment e da defesa da democracia, movimentos populares pretendem levar às ruas reivindicações a respeito da crise econômica e sanitária, denunciando o desemprego, a fome e as revelações da CPI da Covid sobre o negacionismo do governo Bolsonaro que acabou orientando o procedimento da rede Prevent Senior.

As quase 600 mil mortes na pandemia, o desemprego, a inflação e o desmatamento também estão entre as causas levantadas pelas centrais sindicais.

"Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. [...] É necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já", afirma nota das centrais.

"Isso tudo é uma injeção de ânimo nos protestos, porque vai gerando uma indignação", afirma Bonfim.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada em setembro, 56% da população apoia o impeachment. A dificuldade de unir todos os líderes favoráveis, independentemente de sua ideologia, é uma questão para os organizadores dos atos de sábado, como foi nos anteriores, de esquerda e de direita.

Num cenário de polarização do país desde 2014 e marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016, a aliança tática entre partidários da esquerda e da direita precisaria passar por cima de mágoas e remorsos.

A um ano do pleito de 2022, o viés eleitoral também pesa. O mote "nem Lula nem Bolsonaro" afastou petistas do ato de MBL e VPR. Desta vez, o MBL chegou a participar de uma reunião de preparação dos protestos de sábado, mas não convocou seus seguidores.

Com a confirmação de outros presidenciáveis no palanque, Lula foi estimulado a comparecer. No entanto, sua avaliação, como das outras vezes, é a de que sua ida provocaria uma contaminação eleitoral que prejudicaria a mobilização pelo impeachment. Há ainda uma preocupação em não gerar aglomeração na pandemia.

Com o fracasso de público no último dia 12 e a ausência de um "palanque de Diretas Já" naquele dia e também no sábado, aumenta a expectativa de que um novo protesto no dia 15 de novembro seja unificador e funcione como resposta ao dia 7 de Setembro.

A espécie de reedição das Diretas Já, vontade expressa por boa parte dos agentes políticos que têm trabalhado por um consenso entre diferentes em nome da derrubada de Bolsonaro, seria construída com mais tempo até o dia 15. A ideia é, até lá, criar um sentimento de ato grandioso e histórico.

 

ATOS CONTRA BOLSONARO

Números de atos

Em 24 de julho: 488 atos no total, em 432 cidades no Brasil e 39 cidades no exterior (previsão até a noite desta sexta-feira)

Em 3 de julho: 387 atos no total, em 312 cidades no Brasil e 34 cidades no exterior

Em 19 de junho: 457 atos no total, em 407 cidades no Brasil e 19 cidades no exterior

Em 29 de maio: 227 atos no total, em 210 cidades no Brasil e 14 cidades no exterior

Em 7 de setembro: 200 atos, em 191 cidades de 7 países

(algumas cidades realizam mais de um ato)

 

Organizações envolvidas

Direitos Já

frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos

MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)

MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)

UNE (União Nacional dos Estudantes)

CMP (Central de Movimentos Populares)

centrais sindicais, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores)

movimentos Acredito e Livres

 

Partidos envolvidos

PT

PSOL

PC do B

PSB

Cidadania

PV

Rede

PDT

Solidariedade

PCB

UP

PCO

PSTU

instâncias internas e líderes de: DEM, MDB, PL, Podemos, PSD, PSDB, PSL e Novo

Bandeiras

fora, Bolsonaro

por emprego e renda

contra a carestia e a fome

apoio à CPI da Covid e denúncia de quase 600 mil mortes

 

Locais em SP, RJ e DF

São Paulo:

Às 13h, no Masp, na avenida Paulista

Rio de Janeiro:

Às 10h, caminhada da Candelária até Cinelândia

Brasília:

Às 15h30, no Museu Nacional

 

 

*Por: CAROLINA LINHARES / FOLHA

Publicado em Política

Trabalho premiado, de Engenharia Química, contribui para aproveitamento de borra de café na geração de energia

 

SÃO CARLOS/SP - A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou os resultados do 16º Prêmio Capes de Tese, com as melhores teses defendidas em 2020. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem uma tese entre as premiadas, e outras três receberam menções honrosas.

O Prêmio Capes de Tese na área Engenharias II foi para o trabalho intitulado "Estudo sobre o desempenho de válvulas não-mecânicas como alimentadores de biomassa residual de borra de café em reatores de leito pneumático circulante: experimentação e modelagem via CFD-TFM", de Lucas Massaro, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ). A orientação é de Maria do Carmo Ferreira, docente do Departamento de Engenharia Química (DEQ).

O objetivo da pesquisa foi avaliar o desempenho da borra de café para a geração de energia. Massaro explica que a borra de café é um resíduo industrial muito importante no Brasil, que pode ser queimado e, assim, configurar fonte renovável para a geração de energia para a indústria. "A borra de café é gerada, mundialmente, em grandes quantidades - são 2,5 milhões de toneladas, anualmente, só pela indústria de café solúvel", exemplifica Massaro. Se não for aproveitado, o resíduo acaba sendo despejado em aterros sanitários e contaminando o solo.

Um desafio, no processo de reaproveitamento, são as propriedades físicas do resíduo, que fazem a diferença no desempenho final. "Fazendo uma analogia simples, em casas existem válvulas nas torneiras e chuveiros, por exemplo, para que consigamos regular a vazão de água que sai das tubulações. Na indústria, precisamos também de válvulas com essa função, mas, neste caso, para controlar a vazão e a regularidade com que a borra entra nos reatores através de tubulações, o que é uma tarefa complexa por se tratar de deslocamento de sólidos", explica Massaro. Na tese, o pesquisador avaliou o desempenho de dois tipos de válvulas para essa função, utilizando borras de café secas e úmidas e com diferentes tamanhos de partículas.

Massaro realizou uma parte da pesquisa na Monash University, em Melbourne, Austrália, junto ao grupo de Aibing Yu, pesquisador que é referência na área de Sistemas Particulados. "O diferencial da tese foi combinarmos diferentes abordagens clássicas de Engenharia Química e de Sistemas Particulados em um único projeto, partindo do entendimento das propriedades físicas das borras de café e realizando ensaios com válvulas piloto nos laboratórios da UFSCar, até a reprodução desses comportamentos experimentais em simulações computacionais realizadas na Monash University", conta o doutor premiado pela Capes.

Menções honrosas

Uma das teses da UFSCar que recebeu menção honrosa, intitulada "Paleobiology of the Itajaí Basin (Ediacaran, Santa Catarina, Brazil): evolutionary, paleoecological and taphonomical implications", é da área de Biodiversidade, de autoria de Bruno Becker Kerber. Desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN), teve orientação de Mirian Liza A. F. Pacheco, docente do Departamento de Biologia do Campus Sorocaba da UFSCar (DBio-So), e coorientação de Paulo Sergio Gomes Paim, docente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

O estudo investigou o registro fóssil da Bacia de Itajaí, em Santa Catarina, e trouxe novas informações sobre como os organismos do período Ediacarano (aproximadamente 600 milhões de anos atrás) se preservaram. Kerber menciona que um dos diferenciais foi ter se dedicado a estudar um local pouco conhecido de paleontólogos do Brasil e do mundo. Por isso, coletou uma grande quantidade de amostras. "Fiquei de quatro a cinco meses em etapas de campo. Além disso, utilizamos diversas técnicas de análise de uma forma robusta e contamos com a interdisciplinaridade do grupo de pesquisa", sintetiza.

Para a orientadora, a menção honrosa pela Capes traz projeção à Paleontologia brasileira. "O registro fóssil brasileiro é rico e capaz de contar a história das diversas versões do planeta Terra ao longo de bilhões de anos. Nós usamos todas as técnicas e conhecimentos disponíveis para acesso, compilação e interpretação de dados", relata.

Também recebeu menção honrosa a tese "Heidegger e o problema da origem da negatividade a partir do fenômeno do nada", na área de Filosofia, de Taciane Alves da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil), com orientação de Paulo Roberto Licht dos Santos, docente do Departamento de Filosofia (DFil), e coorientação de Marco Antonio Valentim, docente do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Licht dos Santos destaca os diferenciais do estudo. "Primeiro, a coragem filosófica - ela não se detém em 'Ser e Tempo', obra central de Heidegger, caracterizada por sua dificuldade, mas também propõe um confronto com outros filósofos complexos e importantes: Hegel e Agamben. Destaca-se, como segundo diferencial, a originalidade da tese, pois chama a atenção para uma questão filosófica não muito investigada pelos estudiosos de Heidegger. Em terceiro, a tese possui um alcance filosófico considerável, pois procura pensar, de forma original, questões contemporâneas urgentes. Por último, cada ponto da pesquisa é bem elaborado, apoiando-se numa bibliografia ampla, diversa e atualizada", enumera o orientador.

Por fim, na área de Química, conquistou menção honrosa a tese "Synthesis of N-heterocycles and building blocks using multicomponent, photochemical and electrochemical approaches", realizada no Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) por Aloisio de Andrade Bartolomeu, sob orientação de Kleber Thiago de Oliveira, docente do Departamento de Química (DQ). Segundo Bartolomeu, o grande diferencial do estudo foi a abordagem de "temas diversos, atuais e considerados de alta relevância da área de Síntese Orgânica".

Reconhecimento

O Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSCar, Rodrigo Constante Martins, reforça a satisfação, para a Universidade, de ter, mais uma vez, suas teses incluídas na premiação, lembrando que o ano de 2020 desafiou a Universidade de diferentes maneiras. "Além das perdas e dos desafios pessoais que enfrentamos, a reorganização das atividades na Universidade exigiu da pós-graduação o rearranjo dos cronogramas de trabalho e alteração nos formatos das defesas. Somado a isso, 2020 foi mais um ano drasticamente impactado pelos cortes no fomento de Ciência e Tecnologia no Brasil, o que incluiu cortes no número de bolsas de mestrado e doutorado", registra Martins.

"Neste contexto, o resultado do Prêmio Capes indica a resiliência dos nossos programas, e também mostra a força do conjunto da nossa pós-graduação, pois a premiação alcançou teses defendidas em diferentes áreas. Este resultado fortalece nossas convicções institucionais sobre a formação e a construção de conhecimento com excelência acadêmica e compromisso social", reforça o Pró-Reitor.

Os orientadores das teses contempladas destacam três fatores de destaque que perpassam as distinções: a dedicação e o talento acadêmico dos estudantes; a troca de conhecimentos com pesquisadores de áreas diversas e, também, de outros países; e a excelência dos programas de pós-graduação da UFSCar.Os docentes também destacam como a distinção é valiosa para fortalecer os programas.

Para a orientadora Maria do Carmo Ferreira, a conquista de Lucas Massaro com o Prêmio Capes de Tese é um reconhecimento ao esforço de todas as pessoas que trabalharam e trabalham para a consolidação do PPGEQ e do grupo de pesquisa - o Centro de Secagem de Pastas, Sementes e Suspensões -, que completou 40 anos em 2019.

"A premiação amplia a visibilidade do nosso programa de pós-graduação em todo o País e é uma oportunidade adicional para a divulgação das pesquisas que desenvolvemos no grupo. Torço para que contribua para motivar mais alunos dos cursos de graduação em Engenharia Química a se envolverem em atividades de pesquisa e seguirem a carreira de pesquisadores", registra a docente da UFSCar.

No caso do PPGQ, esta é a primeira vez que o programa recebe menção honrosa do Prêmio Capes. "Isto projeta nosso trabalho, especificamente desenvolvido na área de Química e Síntese Orgânicas, a uma posição de destaque. É uma honra ter a pesquisa reconhecida nacionalmente, competindo com tantos programas e áreas que geram igualmente Ciência de qualidade. Esta homenagem adiciona valor à nossa Instituição e denota bem que estamos produzindo Ciência da mais alta qualidade", afirma o orientador do trabalho.

Já o PPGFil, que recebeu menções honrosas em anos anteriores, confirma o acerto de sua política acadêmica, com "a solidez de suas linhas de pesquisa, o rigor do processo seletivo, a adequação de sua política de bolsas, o incentivo aos grupos de pesquisa para participação em eventos e a eficiência administrativa do programa", pontua Licht dos Santos.

A lista completa com os resultados do 16º Prêmio Capes de Tese pode ser conferida em https://bit.ly/premio-capes-2021.

Publicado em Educação

ITIRAPINA/SP - A Represa do Broa, na cidade de Itirapina, está sendo reaberta aos turistas a partir de hoje (1º), e com cobrança da portaria.

Pra você que não é da cidade de Itirapina os valores serão os seguintes:

Motocicletas e motonetas: R$ 20

Carros de passeio e caminhonetes até 5 passageiros: R$ 50

Veículos de passeio e caminhonetes, com reboque para embarcações: R$ 100

Peruas, kombis, vans e similares de turismo: R$ 300

Caminhões-trator, com reboque, carrocerias, baú e caçambas: R$ 200

Micro-ônibus: R$ 600

Ônibus: R$ 1 mil

Já para os veículos com placas da cidade de Itirapina, os motoristas não pagam nada.

Vale ressaltar que o Broa será reaberto com placas indicativas sobre água imprópria para banhistas

Publicado em Itirapina

Chamada para pacientes voluntárias - mulheres com idades entre 40 e 80 anos

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres, com idades entre os 40 e 80 anos, portadoras de artrite reumatóide e cuja incidência da doença atinja as articulações dos dedos das mãos, para um tratamento no âmbito de uma pesquisa inserida em um trabalho de mestrado que será desenvolvido na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica e auto-imune que pode afetar várias articulações do corpo humano, sendo que a causa é desconhecida, acometendo principalmente mulheres. A doença inicia-se entre os 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.

Os sintomas mais comuns são similares aos da artrite: dor, edema, calor e vermelhidão em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida.

As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença há destruição da cartilagem articular, sendo que os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades, tanto na vida diária como na profissional. As deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas, como os dedos em pescoço de cisne e dedos em botoeira, entre outras.

Calcula-se que, no mundo, existam cerca de 79 milhões de pessoas com a doença, enquanto que no Brasil o número ronda os 2 milhões de pacientes.

A fisioterapeuta Kely Zampieri (43) é a profissional de saúde que ficará responsável pelos tratamentos, utilizando um novo equipamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP que conjuga a emissão de luz laser e ultrassom. Formada na UNIARA, com especialização em Geriatria pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kely Zampieri realiza atualmente seu mestrado em Biotecnologia (UFSCar), desenvolvendo esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP. Já com experiência na aplicação de terapias conjugadas em pesquisas com pacientes detentores da Doença de Parkinson, igualmente realizadas no IFSC/USP, a fisioterapeuta está esperançosa em obter resultados positivos com este novo tratamento.

 “Este tratamento está dedicado apenas aos dedos das mãos das pacientes e vem no sentido de aliviar as dores e diminuir as inflamações causadas pela artrite reumatóide, na perspectiva de devolver uma melhor qualidade de vida na execução das atividades da vida diária. Note-se que este tratamento não substitui, em nenhum caso, a medicação que está sendo - ou foi - prescrita pelos médicos, pelo que as pacientes deverão continuar a mesma”, sublinha a fisioterapeuta. As pacientes voluntárias serão submetidas a 08 sessões deste novo tratamento, realizadas duas vezes por semana, para, no fim, serem feitas as necessárias avaliações.

Para o coordenador da UTF, Dr. Antonio de Aquino Jr. “Espera-se que este tratamento tenha um resultado muito positivo e que este trabalho de mestrado faça toda a diferença em prol do restabelecimento de níveis de qualidade de vida destas pacientes”.

As pacientes interessadas em responder a esta chamada, deverão fazer sua inscrição pelo telefone da UTF -  (16) 3509-1351.

 

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Dois grandes shows em uma única noite, os artistas se apresentam sexta 26 e sábado 27 de novembro em São Paulo.

 

SÃO PAULO/SP - Leonardo e Raça Negra promovem duas grandes noites regadas a sucessos da música popular e muita memória afetiva no Espaço das Américas. Devido ao isolamento social cumprido em 2020, os artistas adiaram suas apresentações que aconteceriam 22 de Maio de 2020 e voltam aos palcos na sexta-feira 26 de novembro e, devido ao grande sucesso, a data EXTRA  que anteriormente estava marcada para 09 de Julho 2020 será realizada no sábado 27 de novembro. Os ingressos estão à venda e os ingressos adquiridos anteriormente poderão ser usados nas novas datas. 

Leonardo é hoje o maior nome da música sertaneja brasileira. Com incontáveis hits gravados ao lado de seu irmão Leandro, Leonardo também segue impecável em carreira solo emplacando hit atrás de hit. Para este show, o goiano preparou um repertório recheado de grandes sucessos. "Só Mais Uma Vez", "Talismã", "Rumo a Goiânia", "Andorinhas", "O Cheiro da Maçã", "Pense em Mim", entre outras. 

Como são dois grandes shows, um seguido do outro, nas datas citadas acima, sobe ao palco do Espaço das Américas uma das bandas mais consagradas do Brasil, Raça Negra. Com mais de 35 anos de carreira, Luiz Carlos e seus companheiros apresentam repertório baseado na turnê “Raça Negra & Amigos II”, que vem recheada de grandes sucessos. No set-list, “Cigana”, “Me Leva Junto Com Você”, “Cheia de Manias”, “Quando Te Encontrei”, entre outros grandes clássicos da música popular brasileira. 

Os ingressos já estão disponíveis. Para efetuar a compra, basta ir pessoalmente às bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sábado das 10h às 19h - sem taxa de conveniência) ou acessar o site (https://www.ticket360.com.br/eventos/pesquisar?s=ra%E7a+negra+e+leonardo).  É claro que, como não poderia deixar de ser, todos os protocolos de segurança estão sendo levados à risca para que haja toda a proteção envolvendo público, staff e cantores. A entrada sem máscara será proibida.

Totens de álcool em gel serão espalhados em pontos estratégicos da casa.  Em atendimento ao Decreto nº 60.488, de 27 de agosto de 2021, para acesso ao local do evento é obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação contra COVID-19, com no mínimo a primeira dose. O comprovante pode ser físico ou digital (disponível nos aplicativos Conecte SUS, Poupatempo Digital e E-saudeSP). A compra de ingressos camarotes de 06 lugares deverão ser feita por pessoas do mesmo núcleo familiar ou convívio social, conforme protocolo vigente



 Serviço – Raça Negra e Leonardo | Espaço das Américas 

Show: Raça Negra e Leonardo no Espaço das Américas 
Data: 26 sexta-feira e sábado 27 de novembro 2021
• 22/05/2020 (sexta) vai para 26/11/2021 (sexta)
• 09/07/2020 “EXTRA” (quinta - feriado) vai para 27/11/2021 (sábado)

Abertura da casa: 20h30
Início do 1º show: 22h30
Censura: 16 anos
Local: Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP)
Acesso para deficientes: sim
Capacidade da casa para este evento: 3.206

Formas de Pagamento: Dinheiro, Cartões de Crédito e Débito, Visa, Visa Electron, MasterCard, Diners Club, Rede Shop. Cheques não são aceitos.

Objetos proibidos: Câmera fotográfica profissional ou semi profissional (câmeras grandes com zoom externo ou que trocam de lente), filmadoras de vídeo, gravadores de áudio, canetas laser, qualquer tipo de tripé, pau de selfie, camisas de time, correntes e cinturões, garrafas plásticas, bebidas alcóolicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, inflamáveis em geral, objetos que possam causar ferimentos, armas de fogo, armas brancas, copos de vidro e vidros em geral, frutas inteiras, latas de alumínio, guarda-chuva, jornais, revistas, bandeiras e faixas, capacetes de motos e similares.  

Publicado em Pop & Arte

Em relação a 2020, alta foi de 36,1%; dados consolidam tendência do e-commerce entre todas as classes sociais.

 

SÃO PAULO/SP - O faturamento do primeiro semestre do comércio eletrônico, no Estado de São Paulo, alcançou R$ 19 bilhões, registrando alta de 36,1% em relação ao mesmo período de 2020. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Ebit|Nielsen.
 
O resultado expressivo consolida o comércio eletrônico como um canal de vendas que conquistou a confiança dos consumidores de todas as classes sociais (inclusive as menores) durante a pandemia de covid-19. A utilização de dispositivos eletrônicos é uma tendência considerada irreversível, mesmo que o consumidor não finalize a compra pela internet, pois muitas pessoas lançam mão dos canais digitais para pesquisar preços e condições antes de se direcionarem ao estabelecimento físico.
 
O resultado expressivo do primeiro semestre foi impulsionado pelo tíquete médio, que aumentou 17,7% em relação ao ano passado, atingindo R$ 456. Além disso, houve alta de 15,6% no número de pedidos, alcançando a marca de 41,7 milhões no período.
 
Dentre os setores, os bens duráveis lideram o ranking, com crescimento de 51,8%. O faturamento alcançado foi de R$ 13,8 bilhões. Fatores como mais confiança das famílias em relação ao mercado de trabalho, flexibilização das medidas de restrição e parcela maior da população vacinada favorecem as condições de consumo, principalmente para os itens que compõem o segmento, como é o caso dos materiais de construção e de demais itens para o lar. Na sequência, estão os bens semiduráveis, com alta de 13,3%, e os não duráveis, com crescimento de 2,9%.
 


Nas regiões analisadas, o crescimento do faturamento foi mais expressivo no ABCD e em Guarulhos, embora todas as demais tenham apontado crescimento. Ambas as regiões, cresceram, respectivamente 156,6% e 117%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A capital paulista, por sua vez, registrou crescimento de 10,3%.

 
Perspectiva

O comércio eletrônico deve continuar o ritmo de crescimento nos próximos meses, principalmente em razão de duas datas importantes para o setor: Black Friday e Natal. No entanto, na avaliação da Federação, é importante que o empreendedor acompanhe a evolução das variáveis determinantes do consumo, tais como emprego, renda e inflação, para poder traçar a sua estratégia de vendas de forma eficiente.
 
Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir da base de dados da Ebit|Nielsen. Além de dados de faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões administrativas, que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.
 
A PCCE também traz informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, brinquedos, casa e decoração, colecionáveis, construção e ferramentas, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia, celulares, entre outros. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.
 
Sobre a FecomercioSP

Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

Publicado em Economia

SÃO CARLOS/SP - Um crime bárbaro aconteceu na Travessa Rubens Pascoal, na Vila Jacobucci, em São Carlos, na noite de ontem, 30.

Segundo informações, por volta das 23h20min, a vítima Lucas Capucci, de 23 anos, estava tomando uma cerveja em um bar, quando um sujeito adentrou ao estabelecimento comercial e pediu uma faca ao dono e saiu. Um certo tempo depois o individuo volta e desfere uma facada no peito de Lucas.

Publicado em Policial

BRASÍLIA/DF - Abolição da escravatura (1888),  Proclamação da República (1889),  autorização para o voto feminino (1932), as constituições do País...  Das mais importantes decisões que mudaram a história do Brasil àquelas corriqueiras, tudo precisa estar publicado. Até 2017, inclusive, impresso em papel. Esses registros estão eternizados nas páginas do Diário Oficial (que ganhou o sobrenome "da União" em 2001). 

Diário Oficial Abolição da escravatura

Edição do Diário Oficial, que publicou a Abolição da Escravatura, circulou no dia seguinte à decisão histórica- Wilson Dias/Agência Brasil

 

Quem visita a Imprensa Oficial e o Museu da Imprensa, em Brasília, faz mais do que uma viagem no tempo. Visita também as transformações épicas. Desde a primeira edição em 1º de outubro de 1862 (há 159 anos), os tipos gráficos e os papéis amarelados revelam "Brasis" diferentes e uma infinidade de aulas de história.     

 Diário Oficial de 1862

A primeira edição do Diário Oficial, em 1º de outubro de 1862, traz a defesa de uma publicação "apartidária"  - Imprensa Nacional / Divulgação

A primeira edição do Diário Oficial

Aliás, a primeira edição defende o espírito apartidário do novo jornal. "Não será o Diário Official um novo combatente das lides políticas nem polemista nas questões que se discutirem (...) Outra é a missão que nos foi incumbida: o que os leitores devem esperar de nós é a revelação da marcha do Governo, para que por ella possam os competentes julgá-lo". Vigorava à época o governo imperial de Dom Pedro II. Nesta primeira edição, foram quatro páginas.

Entre as informações, o Ministério da Guerra avisou sobre uma vaga para ser preenchida por concurso: ajudante do Guarda-Mor na Alfândega da Côrte. Avisava também que alunos de botânica da Escola Central iriam até o Museu Nacional para estudar. O Ministério da Marinha ordenava que o Vapor Magé deveria estar pronto o quanto antes para levar objetos do Rio de Janeiro até Santos. A Repartição de Polícia anunciava a prisão de pelo menos sete escravos por motivos como embriaguez ou estar nas ruas fora do horário previsto.

Foi o mesmo veículo que registraria as transformações, pouco a pouco, desse Estado escravagista. "Considero, entre as edições mais importantes, a publicação da Lei do Sexagenário (1885) e a Lei do Ventre Livre (1871). O Diário Oficial guarda essas transformações do Brasil", explica o historiador da Imprensa Oficial Rubens Cavalcanti Junior.   

Sem parar

O atual diretor da Imprensa Oficial, Heldo Fernando de Souza, enfatiza que a publicação do jornal tem repercussão no país inteiro em um rotina que não para. "Chegamos a publicar quatro mil materiais em um dia em uma confecção diuturna. Começamos as publicações no início da tarde e trabalhamos até umas 5h da manhã. São cerca de 40 pessoas que trabalham diretamente nessa atividade anônima, mas altamente significativa porque repercute na Nação toda", afirma. Hoje o jornal é publicado apenas na versão online, o que significou mudanças de rotinas porque publicações podem ser feitas imediatamente depois de chegarem de órgãos oficiais. 

Nos tempos da impressão, as gráficas chegaram a ter mais de dois mil trabalhadores, que foram se aposentando. "Vamos homenagear essas pessoas que são os construtores do Diário Oficial, tanto aqueles que já aposentaram, como os que ainda trabalham".

Transições

O processo de passagem do impresso para o eletrônico começou a ser trabalhado em 1997. De acordo com o coordenador de Publicação e Divulgação, Alexandre Machado, a mudança concluída integralmente em 2017 com a exclusividade da versão digital, representou economia de recursos na ordem de R$ 10 milhões por ano (o que incluíam impressão e distribuição). "O órgão tem um orçamento geral de R$ 40 milhões. E essa economia representa 25% dos recursos, o que é muito significativo. A equipe de tecnologia de informação precisou ser reforçada para dar conta dessa missão". Graças às inovações, há três anos, é possível acessar o Diário Oficial por aplicativo também.

Museu da Imprensa Oficial, Último Diário Oficial impresso.

 Último Diário Oficial impresso foi publicado em 2017. - Wilson Dias/Agência Brasil


"O Diário Oficial é um instrumento de Estado essencial para transparência pública e exercício da cidadania. O nosso alvo é a sociedade para que se faça o controle social. A partir da publicação tem eficácia e efeito jurídico", afirma Machado. 

Decisões como repasses de verbas ou nomeações têm obrigatoriamente que passar pelo Diário Oficial. Por isso, no país inteiro, gestores públicos e cidadãos comuns aguardam ansiosamente as publicações. "A nossa responsabilidade é muito grande porque as decisões somente são aplicadas depois da publicação", testemunha o coordenador de editoração e divulgação eletrônica dos jornais oficiais, Helder Oliveira. 

Economia de recursos

Antes de 1862 (desde a implantação da Imprensa Régia, em 1808), as decisões eram publicadas em diferentes veículos, inclusive os privados. A Gazeta do Rio de Janeiro, de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil com quatro páginas, utilizando os equipamentos da Imprensa Nacional. "Na época, também foi uma forma de economizar recursos", afirma o historiador Rubens Cavalcanti Junior.

 "Não temos registro nenhum de interrupção de publicações desde 1862 até hoje. Passamos por adversidades como todos os lugares. Já fizemos jornal no escuro, trabalhamos com água na canela em dia de chuva muito forte e até um tremor de terra em Brasília não parou os trabalhos. Em dias de greve, foram contratados terceirizados para que o jornal nunca deixasse de publicar". O atual prédio da Imprensa Oficial é de 1960, construção que o então presidente Juscelino Kubitschek fazia questão que fosse a sede da edição do Diário Oficial que anunciasse a nova capital.  

Primeiro Diário Oficial impresso em Brasília

Juscelino fez questão que o 1º Diário Oficial após mudança da capital fosse publicado na nova sede - Wilson Dias/Agência Brasil

 

A máquina que imprimiu essa edição é de 1943 e virou escultura em frente à sede da Imprensa Oficial. O equipamento, que veio desmontado e demorou um mês para chegar a Brasília,  imprimiu edições até 1979.

Impressora Rotativa exibida no pátio do Museu da Imprensa Oficial

Impressora rotativa antiga está no pátio do Museu da Imprensa Oficial. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A última edição impressa, em 30 de novembro de 2017, teve tiragem de 5,5 mil exemplares. Nessa época, já existia assinatura eletrônica. Antes, chegava a ter tiragem de 50 mil jornais.

Em tamanho, foi consagrada pelo Guinness Book ,em 1998, com 2.112 páginas. Em 21 de setembro de 2000, chegou a ter 5,2 mil páginas e 10,4 kg. 

Diário Oficial no Guinness Book

Edição do Diário Oficial foi consagrada também no Guinness Book - Wilson Dias/Agência Brasil

Vacina e Machado de Assis

Entre tantas decisões marcantes, Helder Oliveira recorda de um momento emocionante neste ano, em que publicaram uma edição extra (em 17 de janeiro), em que ele ficou de plantão à espera da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial da vacina Coronavac

Por essas páginas, histórias e nomes consagrados. Dez anos antes do Diário Oficial, Machado de Assis (saiba mais sobre o escritor) entrou para trabalhar na oficina que imprimia as novidades do País. "O Diário Oficial era uma oficina. Ele entrou primeiro como aprendiz de tipógrafo (que montava as palavras por meio das letras em chumbo e pintadas) em 1856 e atuou até 1858. Naquele tempo, as decisões do imperador chegavam manuscritas na Imprensa Oficial. Na década seguinte, Machado de Assis, já reconhecido como escritor de talento, voltou à antiga oficina para ser assessor do Diário Oficial de 1867 a 1874", explica o historiador Rubens Cavalcanti Junior. 

Máquinas em que Machado de Assis trabalhou, exposta no Museu da Imprensa Oficial

Máquinas em que Machado de Assis trabalhou estão expostas no Museu da Imprensa Oficial - Wilson Dias/Agência Brasil

Na primeira passagem de Machado de Assis, o diretor da Imprensa Nacional era Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um Sargento de Milícias. Em 1892, outra novidade foi que a Imprensa Nacional teve a primeira servidora pública federal, a monotipista Joana França Stockmeyer.

Adaptação

A história do lugar, de impressões e, mais recentemente, de publicações online, é feita de profissionais anônimos, como é o caso de José Emídio de Oliveira, de 60 anos de idade. Ele, que trabalhou nas máquinas de impressão por 20 anos (a partir de 1996, em turnos que atravessavam madrugadas e só terminavam na manhã seguinte), interessou-se por se adaptar às mudanças que os computadores trouxeram. 

 Virou paginador e depois pecista (uma função para conferir e fiscalizar se as assinaturas e sequências de informações entre as matérias divulgadas estão de acordo com o previsto). "Hoje começo às 20h e vamos normalmente até às 2h. Mas nós que trabalhamos na Imprensa Oficial sabemos que o serviço é de alta responsabilidade. Requer conhecimento e cuidado do que significa o Diário Oficial para o País", afirma.

Ele reforça que o trabalho requer ainda sigilo absoluto antes das publicações. "Sempre achei interessante me colocar desafios. Trabalhamos com uma atividade de importância imensurável que envolve temas relacionados aos poderes da República. E a cada edição, sentimos que o dever foi cumprido".

A caixa das letras maiúsculas e minúsculas

Oliveira entende que a cada edição, a história está sendo escrita. "Os brasileiros devem preservar a sua história. Visitar o Museu da Imprensa é manter essa memória viva". No Museu da Imprensa, que fica no mesmo conjunto da Imprensa Oficial, é possível conhecer os esforços desses trabalhadores de hoje e do passado (saiba como visitar) .O lugar tem acervo com objetos históricos que marcam a história do país, como os prelos, equipamentos diversos e edições históricas.

"Quando Dom João vem para o Brasil, em 1808, ele traz dois prelos de madeira e 28 caixas de tipos para a produção dos primeiros livros e jornais do Brasil. Nessa caixa de tipos, surgem as nomenclaturas "caixa alta" (letras maiúsculas) e "caixa baixa" (para as minúsculas). Significam a posição em que estavam para serem encontradas", diz o historiador.

As caixas altas e baixas estão agora nos teclados dos computadores. O barulho das máquinas diminuiu, mas o som das resoluções é decisivo como há 159 anos. "Esse local é uma memória viva do nosso País", diz o historiador. 

 

 

Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter Agência Brasil

Publicado em Educação

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos foi um dos 333 hospitais filantrópicos paulistas a serem contemplados pelo "Mais Santas Casas" do Governo do Estado de São Paulo. O anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (30), em cerimônia de lançamento do Programa.

"Com o novo programa, a nossa expectativa é de receber um aporte de 70% sobre a nossa produção SUS, o que vai nos ajudar a diminuir o déficit do hospital. Em função dos gastos com o enfrentamento da pandemia, hoje temos uma dívida de quase R$ 6 milhões de reais com os fornecedores", afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior. As Santas Casas, atendem a mais de 50% da média complexidade e 70% de alta complexidade. E de janeiro a maio, período mais crítico da pandemia, as Santas Casas e hospitais filantrópicos paulistas prestaram atendimento a mais da metade dos casos de COVID.

Além do Provedor da Santa Casa, estiveram presentes no evento, o infectologista e Gerente Médico da Santa Casa, Roberto Muniz Júnior; a Gerente Financeira e de Captação de Recursos da Santa Casa, Ariellen Guimarães; o Assessor de Captação de Recursos da Santa Casa em Brasília, Marcos Daniel; e o Secretário de Saúde, Marcos Palermo, representando o Prefeito de São Carlos, Airton Garcia. O Presidente da Comissão de Saúde, Lucão Fernandes, e a vereadora Cidinha do Oncológico, integrante da Comissão, também estiveram presentes na cerimônia de lançamento, representando a Câmara Municipal, em apoio às Santas Casas paulistas. "A Câmara reconhece o empenho do Provedor da Santa Casa para quitar o déficit que o hospital vem acumulando ao longo dos anos em função da defasagem da tabela SUS. Nesse sentido, nós, da Comissão de Saúde, com apoio dos demais parlamentares, temos trabalhado para chegar a um acordo nas negociações. E na tarde desta quinta-feira, recebemos com alegria o anúncio do Governo do Estado, em que as Santas Casas serão beneficiadas pelo Programa Mais Santas Casas", comenta o Presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.

 

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