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MUNDO - A pandemia da covid-19 evidencia a forte dependência dos países ocidentais em relação aos equipamentos e insumos médicos produzidos na China, afirma Antoine Bondaz, pesquisador da Fundação francesa para a Pesquisa Estratégica e professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris.

Segundo ele, a crise sanitária levará a reflexões sobre o aspecto estratégico da saúde e a necessidade de produzir localmente para reduzir o risco de falta de produtos, como ocorre atualmente no mundo todo.

A China concentra mais da metade da produção mundial de máscaras e cerca de um quinto no caso dos respiradores. Apesar de ter aumentado significativamente sua capacidade produtiva desde o início da pandemia, o país não é capaz de suprir a explosão da demanda internacional, ressalta o especialista em Ásia e geoestratégia.

Por isso, as tensões internacionais provocadas pela falta de máscaras e outros equipamentos essenciais para lutar contra a doença irão continuar, diz Bondaz. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou recentemente que a pandemia de cCovid-19 está longe de ter terminado.

Alguns países, como a França ou a República Tcheca, confiscaram máscaras destinadas a Itália e outros mercados. Os Estados Unidos, atual epicentro do novo coronavírus, sofreram várias acusações de desviar equipamentos no enfrentamento da pandemia - uma delas feita pelo governo da Bahia, que havia comprado centenas de respiradores chineses. O governo americano negou ter adquirido ou bloqueado o material médico brasileiro.

Antes do surgimento da covid-19, a China produzia 20 milhões de máscaras cirúrgicas por dia. Esse número diário passou para mais de 120 milhões em março. Apenas a França comprou dois bilhões de máscaras da China, que vêm sendo entregues progressivamente.

A produção chinesa do disputado modelo de máscaras com filtro, as FFP-2 (ou N95 nos Estados Unidos), utilizadas em hospitais, é mais escassa ainda, de apenas cerca de 1,6 milhão por dia atualmente.

"A forte dependência do Ocidente em relação à China nos setores ligados à saúde deve levar governos a redefinirem o que é estratégico", afirma Bondaz.

Diante da disputa internacional por equipamentos de proteção, aparelhos, agentes reativos para testes e remédios (nesse caso também produzidos em larga na Índia), países veem a necessidade de reduzir sua exposição ao risco da falta de produtos, se tornando menos dependentes da Ásia.

É a linha adotada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que vem reiterando a importância de produzir máscaras e outros equipamentos internamente.

Em vários países, a escassez de equipamentos de proteção e outros insumos levou muitas empresas de setores variados a se voltarem para a produção desses itens. O grupo automotivo francês PSA, por exemplo, está fabricando respiradores em parceria com a Air Liquide, de gases industriais.

"Um consenso está surgindo com essa crise: o reforço da autonomia estratégica da Europa, a nossa capacidade de reduzir nossa dependência do resto do mundo e reforçar nossa capacidade de produzir, no plano sanitário, materiais de proteção e o que precisamos", afirmou Macron, sem mencionar especificamente a China.

A declaração foi feita logo após uma reunião recente do Conselho Europeu, o encontro de chefes de Estado e de governo do continente. Para Macron, a Europa precisa ir além das iniciativas atuais de produção no setor da saúde. A reorganização das cadeias produtivas do continente "para reduzir a dependência do resto do mundo" vai ser analisada pela Comissão Europeia, segundo o líder francês.

‘Países Ricos Falharam’

Segundo Bondaz, os países ricos "falharam, e feio", em não antecipar corretamente as consequências de uma eventual pandemia com propagação extremamente rápida, como a do novo coronavírus, e não se se prepararam para isso.

Por questões financeiras, diz ele, os países ricos consideraram que a produção chinesa de equipamentos médico-hospitalares, mais barata, seria suficiente para atender a demanda em caso de crise.

O pesquisador afirma que os países desenvolvidos subestimaram os riscos.

"Uma pandemia mundial respiratória necessita de equipamentos de proteção em quantidades consideráveis. Eles não souberam prever esse cenário e agora pagam as consequências", afirma.

Para Bondaz, os países ricos "não têm desculpas" para não ter estoques, já que dispõem mais recursos para se preparar a eventuais crises sanitárias. Na França, como faltavam máscaras para os profissionais de saúde, o governo até recentemente recomendava que a população não as utilizasse, apenas as pessoas infectadas. Agora, passou a incentivar o uso geral. A mudança de discurso causou polêmica no país.

Em 2009, o Estado francês dispunha, para enfrentar uma eventual pandemia, de uma "reserva estratégica" de um bilhão de máscaras cirúrgicas e mais de 700 milhões da FFP-2. Para cortar gastos, essa reserva foi amplamente reduzida. Em março deste ano, quando a situação começou a se agravar, o estoque francês era, respectivamente, de 150 milhões de máscaras cirúrgicas e zero de FFP-2, segundo o Ministério da Saúde.

"O maior problema é que as economias ricas, que enfrentam uma grave crise sanitária, dispõem de meios limitados e não têm capacidade para ajudar os demais países", diz Bondaz. O governo norte-americano, por exemplo, afirmou que só ajudará o Brasil com insumos médicos quando a situação melhorar nos Estados Unidos.

"Em vez de ajudar, os países ricos estão acirrando a competição pelos equipamentos, tornando a situação mais difícil para os demais", afirma o pesquisador. Além disso, a forte demanda provocou a explosão dos preços.

Países da América Latina e África, diz ele, onde a pandemia chegou posteriormente, têm de concorrer com economias ricas que podem pagar mais pelos produtos, rapidamente e fazem encomendas gigantes - como os dois bilhões de máscaras comprados pela França.

Isolamento do Brasil

Uma saída apontada pelo pesquisador seria que o Brasil fizesse compras de máscaras e outros equipamentos em conjunto com países da América Latina para ter mais peso na disputa com economias ricas pelos produtos.

Quando a situação sanitária melhorar nas economias ricas, elas devem começar a ajudar os países em desenvolvimento. A União Europeia tende a se voltar para a África, como já faz tradicionalmente, diz Bondaz.

No caso do Brasil, o isolamento diplomático do país na atual gestão deve complicar a possibilidade de ajuda internacional (exceto, possivelmente, a americana) para combater a pandemia, afirma o pesquisador.

Na semana passada, a OMS apresentou uma aliança global de colaboração científica para acelerar a pesquisa de tratamentos, testes e vacinas para a covid-19. A iniciativa foi impulsionada por Macron e conta com a adesão de líderes de vários países.

O Brasil, apesar de ter tido papel de destaque em ações para facilitar o acesso global a medicamentos, não foi convidado para o evento que lançou a aliança. Foi o caso também dos Estados Unidos.

 

 

*Por: BBCNEWS

FecomercioSP analisou itens essenciais que estão sendo mais procurados durante a quarentena

 

SÃO PAULO/SP - Apesar dos dados do IPCA – 15, do IBGE, para a Região Metropolitana de São Paulo terem apresentado inflação estável no final de abril, levantamento da FecomercioSP, com base nesses números, apontou alta média de 5,52% nos produtos mais utilizados durante a quarentena instaurada para conter a disseminação de covid-19.
 
A Federação levou em consideração alguns itens essenciais e montou a “cesta pandemia” com cinco categorias, sendo que todas apresentaram alta na inflação na comparação com o mesmo período do ano passado: alimentação no domicílio (7,45%); alimentação e bebidas (6,58%); habitação - produtos de limpeza - (5%); saúde (3,81%) e cuidados pessoais (3,41%).
 


Dentro da categoria de alimentação e bebidas, os que obtiveram índices mais elevados foram: cenoura (40,85%), açúcar refinado (22,21%), músculo (21,23%), alcatra (14,72%), leite longa vida (14,50%), arroz (12,86%), contrafilé (11,45%), milho-verde em conserva (11,18%), maçã (7,99%) e bolo (7,89%).
 
Por outro lado, na mesma categoria, 9 dos 29 itens analisados registraram queda nos preços: feijão carioca (-25,09%), repolho (-10,20%), palmito em conserva (-5,10%), café moído (-4,91%), massa semipreparada (-3,91%), batata-inglesa (-1,05%), refrigerante e água mineral (-0,83%), leite em pó (-0,76%) e brócolis (-0,67%).
Já o grupo de habitação contém produtos de limpeza, muito procurados para conter a proliferação do coronavírus. Assim, detergente e sabão em pó ficaram 9,44% e 7,23% mais caros em relação a abril de 2019.
 
Na área da saúde os destaques dos altos índices  ocorreram em função do aumento nos planos de saúde (7,33%) e nos serviços laboratoriais e hospitalares (3,58%).
 
Empresariado
A FecomercioSP orienta os comerciantes a ficarem atentos ao controle dos estoques e a se concentrarem nas vendas desse mix de produtos essenciais, com descontos para os itens perecíveis ou com prazos menores de vencimento.
 
No momento de repor as mercadorias também é importante analisar as que possibilitam mais margem de lucro, visto que diante de um cenário de incerteza, a população está consumindo com mais cautela.  
 
A Entidade lembra, ainda, que os empresários devem se programar para quando for autorizada a reabertura dos estabelecimentos, momento em que serão necessários os equipamentos de segurança individual (EPIs) para garantir segurança na retomada do atendimento ao público. Então, o recomendado é buscar desde já fornecedores para esses itens e avaliar as quantidades que serão utilizadas, negociando valores e prazos de entrega.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

MUNDO - Entregadores a domicílio de alimentos, remédios e outros produtos essenciais em meio à pandemia de coronavírus na Argentina fizeram uma greve nesta última sexta-feira (8) para exigir melhores salários e condições de higiene, informou um jornalista da AFP.

Centenas de entregadores, usando máscaras e em bicicletas, das multinacionais Glovo, Rappi e Uber percorreram uma avenida central em Buenos Aires e levaram suas demandas ao Ministério do Trabalho.

"Queremos um aumento de 100% no que cobramos para cada viagem. Nossa renda está congelada desde 2018 e esse percentual é o acumulado da inflação até agora", disse Maximiliano Martínez, de 49 anos, líder do sindicato.

Uma assembleia nacional de entregadores, todos em condições precárias de trabalho, decidiu que a medida deveria ser estendida a outras grandes cidades do país, disse Martínez.

"Precisamos de equipamentos de segurança contra a doença. Trabalhamos 10 horas por dia. Os lucros das empresas aumentaram exponencialmente", declarou o porta-voz em frente ao Ministério do Trabalho.

O pagamento para cada viagem varia entre 55 e 80 pesos, o que equivale a 0,78 centavos de dólar e 1,14 dólar, respectivamente.

A entrega a domicílio tornou-se uma tarefa essencial para a subsistência desde que o isolamento obrigatório foi introduzido em 20 de março no país.

O salário mínimo na Argentina é de 16.000 pesos, cerca de 228 dólares, e a cesta básica custa 14.000 pesos, cerca de 200 dólares.

Até o momento, 5.358 casos de COVID-19 foram registrados no país, com 285 mortes e 1.659 recuperados.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - A caderneta de poupança registrou entrada líquida de 30,459 bilhões de reais em abril, recorde histórico para qualquer mês na série histórica do Banco Central iniciada em 1995, em mais um mês forte para a tradicional alternativa de investimento em meio à volatilidade nos mercados com a crise do coronavírus.

Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira, os depósitos superaram os saques em 24,615 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), ao passado que na poupança rural houve entrada de 5,844 bilhões de reais em abril.

Nos quatro primeiros meses deste ano, houve aporte líquido de 26,700 bilhões de reais na poupança, contra retirada de 16,278 bilhões de reais em igual período do ano passado.

 

 

*Por Marcela Ayres / REUTERS

MUNDO - É um efeito colateral do fechamento de bares e restaurantes dentro das medidas de quarentena impostas pelo governo francês para barrar a propagação do novo coronavírus. Ao menos 10 milhões de litros de cerveja serão jogados fora por que não poderão ser consumidos a tempo.

“O fechamento brutal de cafés, restaurantes, a proibição de atividades turísticas e o cancelamento de todos os festivais e salões deixaram mais de 10 milhões de litros de cerveja, majoritariamente em barris, parados”, afirma um comunicado do Sindicato Nacional dos Produtores de Cerveja da França.

Segundo as cervejarias, a principal razão é que a bebida na moda neste momento não é pasteurizada, ao contrário das cervejas clássicas. Mais frágeis, as cervejas artesanais podem ser conservadas durante um período menor.

“São cervejas que contêm muito lúpulo. Se as guardarmos durante muito tempo, durante mais de dois ou três meses, o cheiro, gosto e aroma desaparecem”, salienta o Sindicato Nacional dos Produtores de Cerveja da França.

Ajuda para destruição dos estoques

A categoria afirma que a destruição dos estoques terá graves consequências para as empresas. Por isso, o sindicato pede ajuda do governo, não apenas para que o setor se mantenha, mas também no apoio logístico para o descarte do produto.

Se os 10 milhões de litros da bebida podem parecer pouco diante de uma produção de 2,25 bilhões de hectolitros em 2020, são vários milhões de euros que estão em jogo para os produtores, muitos financeiramente frágeis.

“Sem a ajuda do governo, centenas de cervejarias correm o risco de fechar definitivamente, colocando em risco milhares de empregos, direta ou indiretamente: uma verdadeira perda de uma rica tradição na França”, afirma Mattias Fekl, presidente da União dos Produtores de Cerveja da França, em entrevista ao canal BFM TV.

Segundo uma pesquisa recente, cerca de 25% dos produtores de cerveja da França tiveram que parar suas atividades. “70% das cervejarias declaram uma perda de 50% ou mais de seu volume de negócios desde 15 de março”, afirma o levantamento da União dos Produtores de Cerveja da França, que analisou o funcionamento de 300 sócios.

 

 

*Por: RFI

RIO CLARO/SP - O prefeito de Rio Claro, João Teixeira Junior, anunciou nesta última quinta-feira (7) que o município adotará um Plano de Retomada e Fomento das Atividades Econômicas para recuperação da economia local afetada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O anúncio foi feito na live realizada pelo prefeito para falar sobre a flexibilização do comércio que está fechado desde o dia 24 de março com exceção das atividades essenciais. De acordo com Juninho, o plano terá a participação de vários segmentos sociais e entidades.

“A flexibilização não depende só do prefeito, existem etapas que precisam ser cumpridas e todos têm que colaborar para que Rio Claro atinja o índice de isolamento exigido pelo governo do estado”, destacou Juninho, lembrando que o Ministério Público se posicionou contra a flexibilização da quarentena em consulta feita pela prefeitura. Vários municípios paulistas que tentaram reabrir o comércio durante a quarentena tiveram o decreto anulado pela Justiça. “O índice de isolamento está muito baixo e é fundamental que as pessoas fiquem em casa e só saiam para atividades essenciais”, frisou Juninho, ressaltando ainda a importância de colaboração dos comerciantes mantendo suas lojas fechadas.

A prefeitura aguarda publicação do decreto do governo estadual sobre a flexibilização da quarentena para definir as regras do plano municipal. No momento, o plano prevê a possibilidade de mediação de contratos, via Procon, entre comerciantes e empresários e bancos, donos de imóveis e outros segmentos. Também prevê a manutenção da moratória fiscal já adotada pela prefeitura, com a suspensão por 105 dias do pagamento de tributos, além da futura consolidação da economia por meio de ampliação do Proderc e outros programas de incentivos fiscal e tributário.

“É necessário trabalhar agora para a retomada gradual das atividades”, assinalou o secretário municipal de Governo, Ricardo Gobbi e Silva. “É importante que o município esteja enquadrado nos requisitos para a flexibilização e a sociedade pode nos ajudar mantendo o isolamento social”, disse.

André Godoy observou que esse é um momento difícil para o gestor público que tem que se preocupar com a vida da população, mas também com a economia, o comércio e a indústria. “Representantes dos segmentos comerciais querem uma decisão que não depende apenas da prefeitura, mas também de outras instâncias”, pontuou.

O prefeito Juninho mostrou preocupação com o sistema de saúde, que não conseguirá atender a todos se houver muitos casos de coronavírus, e com a taxa desfavorável de mortalidade, com sete óbitos. “Para muitas pessoas pode significar apenas um número, mas para mim são vidas importantes que foram perdidas”, assinalou Juninho, observando que o momento não é de dividir e sim somar esforços para vencer a pandemia.

 

 

*Por: PMRC

SÃO CARLOS/SP - O secretário municipal de Fazenda de São Carlos, Mário Luiz Duarte Antunes, informou, nesta quarta-feira (06/05), que a arrecadação prevista para o mês de abril teve queda de 23% e, com isso, R$ 10 milhões deixaram de entrar nos cofres públicos.

“A previsão era arrecadar R$ 42 milhões, porém fechamos com R$ 32 milhões. As principais quedas ocorreram com o Imposto sobre Operações de Circulação de Mercadorias (ICMS) com menos 6%, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) também com queda de 6%, e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com menos 3%”, confirma o secretário de Fazenda.

Em 2019 a Prefeitura de São Carlos arrecadou R$ 99 milhões com o IPTU, R$ 129 milhões com o ISS, R$ 72 milhões por meio do Fundo de Participação dos Municípios e R$ 180 milhões de ICMS.

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AUXÍLIO AOS MUNICÍPIOS – De acordo com o secretário de Fazenda de São Carlos o município deve receber pelo Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020), já aprovado pelo Senado, R$ 28.184.550,43 divididos em quatro parcelas.

“O programa prevê que R$ 10 bilhões sejam repassados a estados e municípios exclusivamente para ações de combate ao coronavírus, sendo que desse valor R$ 7 bilhões irão para os estados e R$ 3 bilhões para os municípios. São Carlos vai receber 4 parcelas de pouco mais de R$ 7 milhões cada, além de poder suspender momentaneamente o pagamento das dívidas previdenciárias”, explica Mário Antunes.

O secretário destaca que esses valores não serão para investimentos, mas sim para compensar a perda de arrecadação. “Um exemplo é que neste mês vamos ter uma perda de R$ 10 milhões e devemos receber a primeira parcela de R$ 7 milhões, o que não cobre o déficit, mas ajuda muito no equilíbrio financeiro do município. A palavra será, mais uma vez, contingenciamento”, afirma Antunes.

O município também poderá suspender momentaneamente o pagamento da dívida previdenciária, que é o pagamento do INSS. Em São Carlos esse valor chega a R$ 1 milhão por mês.

Todas as informações sobre o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus foram repassadas ao município, até o momento, pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM)

MUNDO - A Alemanha deve decidir nesta quarta-feira (6) a reabertura de todos os estabelecimentos comerciais e escolas do país em maio, a partir da próxima semana, segundo um projeto de acordo entre o governo e as regiões ao qual a AFP teve acesso.

As medidas são possíveis porque, desde o início do desconfinamento em 20 de abril, "o número de novas infecções" de coronavírus "permanece baixo" e não foi observada uma nova onda de contaminação, afirma o projeto de acordo.

O acordo inclui a retomada ainda em maio do campeonato de futebol da primeira divisão, a Bundesliga, com partidas disputadas sem a presença de torcedores.

Todas as escolas, incluindo as unidades de pré-escola, poderão reabrir as portas, sob certas condições, a partir da próxima semana, indica o projeto de acordo entre o governo federal e as 16 regiões.

"As escolas devem progressivamente receber todos os alunos respeitando as medidas de higiene e de distanciamento físico", destaca o projeto, que deve ser aprovado formalmente nas próximas horas pela chanceler Angela Merkel e os presidentes das regiões alemãs.

A Alemanha já havia autorizado a reabertura de escolas do ensino médio. O acordo dá aos governos regionais o poder de decisão a respeito das universidades.

Além disso, todos os estabelecimentos comerciais poderão retomar as atividades, desde que respeitem as condições de higiene e estabeleçam um controle de entrada para evitar filas de espera, afirma o documento.

Isto implica as grandes lojas de mais de 800 metros quadrados. Os estabelecimentos com superfície inferior já reabriram as portas.

O acordo deixa nas mãos das regiões a decisão sobre a reabertura de bares, restaurantes e hotéis, que algumas regiões como a Baviera já autorizaram.

Os ministros regionais da Economia chegaram a um acordo para permitir a reabertura do setor gastronômico a partir de sábado 9 de maio.

O acordo também prevê que as regiões serão responsáveis por autorizar a reabertura de teatros, salas de concerto, clubes, discotecas e arenas esportivas.

A última grande restrição a respeito da pandemia de COVID-19 é a proibição dos grandes eventos esportivos, culturais ou festivas.

O documento indica que seguem proibidas até pelo menos o fim de agosto.

As fronteiras não devem ser reabertas para as férias.

O acordo prevê ainda o retorno de medidas de confinamento caso o número de infecções volte a subir. Mas isto acontecerá localmente, por cidade ou, inclusive, por estabelecimento, se envolver uma casa de repouso ou edifício.

O acordo descarta um novo confinamento nacional ou regional.

As medidas locais de confinamento serão ativadas se o contágio superar 50 casos por 100.000 habitantes em um período de sete dias em uma determinada área.

O acordo reitera que os alemães devem continuar respeitando o distanciamento físico e utilizando máscaras no comércio e nos transportes públicos.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - Os brasileiros que fizeram a solicitação do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais poderão consultar o andamento do pedido em um novo portal disponibilizado pela Dataprev, empresa pública responsável pelo processamento dos dados.

O novo portal pode ser acessado por meio dos endereços www.cidadania.gov.br/consultaauxilio e https://consultaauxilio.dataprev.gov.br.

Antes, os cidadãos só tinham acesso ao aplicativo e portal do auxílio emergencial disponibilizados pela Caixa. Por lá, é possível saber se o pedido já foi respondido ou ainda está em análise. No entanto, não há informações da situação exata do pedido, caso ele ainda esteja sendo processado.

O processamento tem várias etapas: a Caixa coleta as informações e envia para a Dataprev. A empresa faz o cruzamento dos dados para ver se o cidadão tem direito ao benefício. Ao concluir o processamento, a Dataprev homologa os resultados com o Ministério da Cidadania. A partir daí, a resposta é enviada à Caixa, que então muda o status no aplicativo e efetua o pagamento.

Desde o início da operação, no começo de abril, usuários têm reclamado da demora na análise e pela falta de informações sobre o real status do pedido.

“O objetivo é dar transparência ao procedimento de análise, processamento, homologação e pagamento do benefício”, disse hoje a Dataprev.

Para a consulta, é necessário informar CPF de quem pediu o benefício, nome completo, nome da mãe e data de nascimento, tudo como consta na base de dados da Receita Federal.

Será possível acompanhar todo o detalhamento dos pedidos, como: resultados, datas de recebimento e envio dos dados pela Caixa à Dataprev e vice-versa, além da motivação da negativa do benefício. A análise da segunda solicitação, caso tenha sido necessária, também poderá ser conferida.

Resultados

Em menos de um mês, 97,7 milhões de cadastros passaram pelos sistemas de conferência da Dataprev e foram homologados pelo Ministério da Cidadania, incluindo os três grupos de beneficiários potenciais do auxílio: quem recebe Bolsa Família, quem está no Cadastro Único de programas sociais e trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais e desempregados que solicitaram pelo site ou aplicativo.

Desse total, 50,5 milhões foram classificados como elegíveis (atenderam aos critérios da lei), 32,8 milhões foram considerados inelegíveis e 13,7 milhões estão inconclusivos e necessitam de complemento cadastral.

Das 46 milhões solicitações feitas pelo site ou aplicativo entre 7 e 22 de abril, a Dataprev já transmitiu à Caixa o resultado de 44,9 milhões. Os demais estão em “processamento adicional em função da complexidade de cenários e cruzamentos”.

A conclusão do processamento dos requerimentos apresentados entre os dias 23 e 30 de abril por meio do aplicativo e portal da Caixa está prevista para o final desta semana.

 

 

*Por: ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - O Itaú Unibanco divulgou na noite desta segunda-feira, 4, um lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre, cifra 43,1% inferior ao resultado do mesmo período do ano passado, quando os ganhos somaram quase R$ 6,9 bilhões. Quando se levam em conta os dados do quarto trimestre de 2019, a queda foi ainda maior, de 46,4%.

A retração do lucro do maior banco da América Latina ocorreu em meio aos maiores gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, refletindo a piora sensível do cenário econômico. O Banco Mundial agora prevê uma queda de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. No início do ano, esperava-se uma expansão de 2% a 3%. Isso, claro, antes da pandemia do novo coronavírus bagunçar a economia global, a partir de março.

As reservas para eventuais calotes foram reforçadas em cerca de R$ 7 bilhões. Como consequência, o custo de crédito da instituição atingiu R$ 10,1 bilhões no primeiro trimestre, salto de 73,6% quando comparado ao quarto trimestre de 2019. A rentabilidade do banco também foi afetada pela atual crise econômica, saindo do patamar de 23%, no quarto trimestre, para 12,8%, ao fim de março.

O presidente do Itaú, Candido Bracher, destacou que o banco está com seus esforços voltados para apoiar os clientes na crise e no “longo período de recuperação que virá”. Por isso, precisou se proteger com provisões. “É fundamental manter um balanço forte e é com este objetivo que incrementamos significativamente nosso nível de provisões”, disse o executivo, em comunicado.

A pandemia de covid-19 também fez o Itaú abandonar as projeções de desempenho inicialmente divulgadas para 2020. Por enquanto, o banco vê muitas incertezas no cenário. “A administração entende ser prudente não divulgar novas projeções neste momento, até ser possível ter uma maior precisão sobre os impactos e extensão da situação atual em nossas operações”, informa a instituição financeira, em relatório que acompanhou seu balanço.

Crédito

A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 769,2 bilhões ao fim de março, elevação de 8,9% na comparação com dezembro, como reflexo da maior demanda por crédito em meio à crise causada pelo novo coronavírus. Em um ano, os empréstimos tiveram incremento de 18,9%.

O aumento do crédito foi impulsionado pelas solicitações de grandes empresas, que se apressaram em reforçar liquidez diante da pandemia. Segundo o banco, a busca por crédito por grandes negócios dobrou em março, na comparação com o mês de fevereiro.

Renegociação de dívidas

O Itaú informou que o saldo de renegociações de empréstimos cresceu 12,9% no primeiro trimestre em comparação com o fechamento de dezembro de 2019, em parte influenciado pela prorrogação do pagamento de parcelas de empréstimos em dia para atender clientes com necessidade de alongamento. De acordo com a demonstração de resultado do banco, no trimestre, o saldo de créditos renegociados foi para R$ 31,7 bilhões, de R$ 28,1 bilhões ao final de dezembro.

Entre outros impactos da pandemia nos números, o Itaú cita redução de 38,9% na margem financeira com o mercado, decorrente do impacto da volatilidade na precificação de instrumentos financeiros. O banco diz ainda que o custo do crédito aumentou 165,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2019, devido principalmente ao aumento na despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa.

 

 

*Por: Aline Bronzati e Cynthia Decloedt / ESTADÃO

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