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SÃO PAULO/SP - Pesquisa PoderData realizada de 2ª até esta 4ª feira (21-23.dez indica que a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a melhorar. Agora, 47% da população diz aprovar sua gestão, ante 42% no levantamento realizado um mês antes.

Já os que desaprovam são 46%. Há um mês, eram 48%. A variação foi negativa dentro da margem de erro do estudo, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

 © Fornecido por Poder360

 

Apesar de estar em alta a percepção de que o presidente esteja conduzindo mal as questões relacionadas à pandemia, a administração termina o ano num patamar superior ao registrado no fim de novembro.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 21 a 23 de dezembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 470 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS: AVALIAÇÃO DO GOVERNO

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo.

Os que cursaram até o ensino fundamental (56%) e os moradores da região Norte (66%) são os que têm as maiores taxas de aprovação à gestão bolsonarista.

Já os que têm de 16 a 24 anos (55%), os que cursaram o ensino superior (66%), os moradores da região Nordeste (58%) e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (82%) são os que mais a rejeitam.

TRABALHO DE BOLSONARO

O PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

O levantamento mostra que 42% da população consideram ruim ou péssimo o trabalho do presidente; 39% dizem que é ótimo ou bom.

Ambas as taxas variaram 2 pontos percentuais para cima desde o último levantamento, há duas semanas. A situação agora é de empate técnico.

O grupo dos que consideram Bolsonaro como “regular” apresenta tendência de queda, intensificando a polarização. Eram 20% há 15 dias. Agora, 17%, variação de 3 p.p., dentro da margem de erro. Na pesquisa de 28 a 30 de setembro, a taxa era de 27%.

OS 20% QUE ACHAM BOLSONARO ‘REGULAR’

No Brasil, pergunta-se aos eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Os resultados mostram que 45% desse grupo dizem aprovar o governo quando dadas apenas duas opções. Os que desaprovam são 34%, e 21% não souberam responder. É essa a parcela de indecisos.

Essas pessoas, sem posicionamento claro, são as que observam os acontecimentos do Executivo. E tendem a ir para um lado quando a polarização se intensifica. Foi o que aconteceu agora.

No levantamento realizado 15 dias antes, 41% do grupo do “regular” não sabiam se aprovavam ou não o governo.

Os percentuais destacados nesses recortes da amostra total usada na pesquisa se referem ao ponto central do intervalo de probabilidade no qual se enquadram.

As variações são maiores em alguns segmentos porque a amostra de entrevistados é menor. E quanto menor a amostra, maior a margem de erro. Por isso é importante realizar pesquisas constantes, como faz o PoderData. É possível verificar com maior precisão o que se passa em todos os estratos da sociedade.

PODERDATA X DATAFOLHA

A pesquisa PoderData registrou 42% de ruim e péssimo para o trabalho pessoal de Bolsonaro no levantamento realizado de 21 a 23 de dezembro. No estudo do Datafolha de 8 a 10 de dezembro, o percentual foi de 32%.

No caso das taxas de bom ou ótimo, o PoderData captou 39% contra 37% do Datafolha.

Segundo o coordenador das pesquisas do PoderData, o cientista político Rodolfo Costa Pinto, esses resultados podem ser explicados pela diferença de data entre os levantamentos e pela metodologia.

Embora ambas as pesquisas sejam por telefone, no caso do PoderData trata-se de sistema automático, em que os entrevistados ouvem uma gravação e teclam as respostas no próprio aparelho telefônico. Só há interação com uma máquina.

No Datafolha, atendentes são contratados para ler as perguntas e anotar as respostas. Quem responde está falando com um ser humano do outro lado da linha.

“Acho importante registrar que a taxa de ‘bom e ótimo’ é praticamente idêntica nas pesquisas do PoderData e do Datafolha”, diz Rodolfo Costa Pinto.

“O fato de o Datafolha fazer entrevistas com um entrevistador/entrevistadora do outro lado da linha tem impacto no resultado. É possível que estejamos vendo uma versão do ‘voto envergonhado de 2018’. Mas, desta vez, funcionando contra o presidente Jair Bolsonaro”, explica o coordenador do PoderData.

Em 2018, as pesquisas PoderData sempre davam a taxa de intenção de voto a favor de Bolsonaro um pouco acima das de outras empresas que também faziam esses estudos. É que em entrevistas pessoais, alguns eleitores bolsonaristas não revelavam o voto, pois ficavam constrangidos de mostrar apoio a quem era então apenas um “outsider”. Ao telefone, sentiam-se mais à vontade para escolher o então candidato Bolsonaro como sua opção de voto.

“Agora, pode ser que esteja ocorrendo algo como uma rejeição envergonhada, que aparece mais nas pesquisas automatizadas do que quando o entrevistado está falando com alguém. É como se, em alguns círculos sociais, rejeitar Bolsonaro tenha virado algo ruim, sobretudo para quem votou nele em 2018. Daí a rejeição tende a aparecer mais no nosso método”, explica Rodolfo Costa Pinto.

O cientista político diz, entretanto, que é necessário destacar “a leve melhora na avaliação do governo, apesar das críticas constantes e em tom cada vez mais elevado na imprensa tradicional”.

 

 

 

Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.

*Por: PODER360

SÃO CARLOS/SP - A pandemia do COVID-19 evidenciou a necessidade de testes rápidos, precisos e de baixo custo. Da experiência de muitos países constatou-se que uma gestão adequada para minimizar os efeitos da pandemia depende da testagem em larga escala, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Duas abordagens principais têm sido utilizadas para detecção, sendo que nem sempre são adequadas para diagnóstico. O método útil para detectar material genético do vírus SARS-CoV-2, que causa a COVID-19, é o chamado RT-PCR (de real-time polymerase chain reaction em inglês). O RT-PCR é sensível com alta taxa de acerto e pode detectar a infecção pelo vírus mesmo na ausência de sintomas. A segunda abordagem consiste em detectar anticorpos induzidos pela infecção, o que tem sido feito por meio de testes sorológicos ou testes rápidos. Em ambos os casos a detecção de anticorpos é feita com imunossensores, que são biossensores contendo antígenos específicos para o anticorpo que se deseja detectar. Entretanto, como uma pessoa infectada pode demorar para gerar anticorpos, a detecção com imunossensores não se mostra adequada para o diagnóstico de infecção.

O grande problema de fazer o diagnóstico com o RT-PCR é o alto custo do teste, que requer equipamentos sofisticados que só podem ser operados por técnicos especializados. Além disso, o teste é demorado, pois o processo todo requer pelo menos algumas horas. Esses fatores podem explicar porque a porcentagem da população testada no Brasil é ainda muito baixa.

Uma alternativa para o RT-PCR seria empregar genossensores, que são biossensores que permitem a detecção de material genético, inclusive de vírus, a um custo muito menor, por não demandar o uso de equipamentos caros ou sofisticados. De fato, já há genossensores para diagnosticar muitas doenças, e o desenvolvimento de genossensores para o SARS-CoV-2 parece um caminho natural. É isso que uma equipe multidisciplinar e multiinstitucional acaba de fazer. Numa parceria de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, Instituto de Química de São Carlos, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, todos da USP, Embrapa Instrumentação de São Carlos, Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, de Curitiba, e a Start U Cloning Solutions, foi criado um genossensor que pode ser capaz de detectar o RNA do SARS-CoV-2.

O genossensor é um produto da nanotecnologia, consistindo de uma camada ultrafina de um ácido e de uma sequência de DNA do SARS-CoV-2 (chamada de sonda), depositada sobre uma lâmina de vidro recoberta com ouro. Nos testes realizados pelo grupo foi detectada uma sequência de DNA que simula o RNA do SARS-CoV-2. O resultado só é considerado positivo quando a sonda “reconhece” o DNA que simula o vírus. Os pesquisadores investigaram quatro técnicas para a detecção: medidas de impedância elétrica, medidas de impedância eletroquímica, medidas ópticas e análise de imagens dos genossensores empregando algoritmos de aprendizado de máquina (inteligência artificial).

A razão pela qual foram empregadas várias técnicas é para garantir um diagnóstico preciso de diferentes formas. Com medidas de impedância, por exemplo, consegue-se detectar o material genético com uma sensibilidade superior à da RT-PCR. Além disso, as medidas podem ser feitas utilizando um equipamento recém desenvolvido por pesquisadores do IFSC e Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), cujo custo de componentes é inferior a  R$ 1.000,00.

Outra grande inovação no trabalho é o diagnóstico por análise de imagens, em que são obtidas imagens de microscopia dos genossensores que tiveram contato com amostras do DNA que simula o SARS-CoV-2. Essas imagens são processadas com técnicas computacionais para reconhecimento de padrões, uma estratégia de aprendizado de máquina, e o diagnóstico de positivo para o DNA do SARS-CoV-2 é obtido com precisão acima de 99%. O interessante dessa abordagem é que ela dispensa o uso de  equipamentos de medida: basta obter uma imagem. No trabalho desenvolvido isso foi feito utilizando microscopia eletrônica de baixa resolução, mas os pesquisadores acreditam que o mesmo pode ser feito utilizando microscópios ópticos, que são muito mais acessíveis.

No trabalho realizado pela equipe até o momento ainda não foram usadas amostras de pacientes, o que está previsto em uma próxima fase. A partir da experiência da equipe e de resultados da literatura para outros genossensores, acredita-se ser possível diagnosticar a COVID-19 em amostras de saliva ou de outros fluidos, como se faz hoje com o PCR.

Os resultados sobre esses genossensores foram consolidados num artigo recém submetido para publicação em 11 de dezembro de 2020 (portanto, ainda aguardando revisão por pares), intitulado "Detection of a SARS-CoV-2 sequence with genosensors using data analysis based on information visualization and machine learning techniques". A equipe tem expectativa que pesquisadores e empresas possam empregar a tecnologia descrita no artigo para criar testes com genossensores em larga escala. A divulgação imediata dos resultados, mesmo antes da análise por uma revista científica, se deve à urgência da busca por soluções para o diagnóstico efetivo e de baixo custo da COVID-19.

Esta pesquisa foi publicada já no repositório de artigos ChemRxiV (antes da revisão por pares), podendo ser consultada no link abaixo.

https://chemrxiv.org/articles/preprint/Detection_of_a_SARS-CoV-2_Sequence_with_Genosensors_Using_Data_Analysis_Based_on_Information_Visualization_and_Machine_Learning_Techniques/13366379

 

 

*Por: Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está selecionando voluntários de ambos os sexos, com idades entre 18 e 60 anos, para participarem da pesquisa de tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM), com o equipamento Vacumlaser, que promove a pressão negativa associada ao laser, e um outro equipamento – o Recúpero – que é constituído de ultrassom associado ao laser.

A DTM está muitas vezes associada a dores fortes na articulação temporomandibular, dor nos músculos da mastigação, dor ou desconforto para abrir a boca, pacientes que rangem os dentes e tem dor na face.

Esta é uma iniciativa do IFSC/USP, com o apoio da FAPESP e da empresa MMOPTICS, onde estarão vetados de participar pessoas com as seguintes características:

– Portadores de diabetes;

– Portadores de marca-passo;

– Pessoas com alterações de pressão arterial;

– Pessoas sob suspeita de infeção por COVID-19

– Grávidas;

– Portadores de fibromialgia;

Este tratamento está aprovado pelo Comité de Ética da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) sob o número CAE-09096219000008148.

Esta pesquisa de tratamento será realizada pela doutoranda Patricia Tamae, com supervisão do Dr. Vitor Hugo Panhoca e Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisadores do IFSC/USP.

Os interessados em participar desta pesquisa para tratamento da DTM deverão se inscrever, para realizar a triagem, enviando mensagem no whatsapp da pesquisadora Profa. Patricia Tamae, no número 16-99798-4665.

 

 

 

*Por: Rui Sintra - IFSC/USP

Obra está disponível para download gratuito

 

SOROCABA/SP - "Interações entre escalas climáticas na cidade de Sorocaba, São Paulo" é o título do capítulo escrito por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que integra o e-book "Climatologia Geográfica: do local ao regional e dimensões socioambientais", organizado por Marcelo de Oliveira Moura, Daisy Beserra Lucena, Camila Cunico e Christiane Maria da Silva Moura, docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e publicado pela Editora da mesma instituição.
A coletânea é uma proposta dos membros do Laboratório de Climatologia Geográfica (Climageo) e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Física e Dinâmicas Socioambientais (Geofisa) da UFPB de reunir contribuições de pesquisadores que atuam direta e indiretamente no campo da Climatologia Geográfica, em especial, no Brasil e no Chile. Com a finalidade de associar essas contribuições aos campos do saber de maior vazão da produção da Climatologia Geográfica, os capítulos da coletânea foram distribuídos em três partes: Clima das cidades; Climatologia regional; e Riscos, vulnerabilidade socioambiental e desastres hidroclimáticos. 
O capítulo - escrito por Edelci Nunes da Silva, docente do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), Paulo Lopes Rodrigues, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo), e Andressa Fernanda de Souza Pistili, mestranda do PPGGeo, todos do Campus Sorocaba da UFSCar - apresenta aspectos do clima e do clima urbano de Sorocaba, como o comportamento e dinâmica das temperaturas do ar e seus impactos (a exemplo das ondas de calor), o conforto térmico e caracterização da ilha de calor e da precipitação. O objetivo foi refletir sobre as interações dos elementos e fatores climáticos definidores do clima nas diferentes escalas em uma região tropical.
"O município de Sorocaba é marcado por uma grande complexidade não somente do ponto de vista social, mas também ambiental. Localizado próximo ao Trópico de Capricórnio, o município está em uma área de transição climática, proporcionando características muito próprias que precisam ser compreendidas. Há poucos estudos relacionados à compreensão climática da região", explica Silva sobre a escolha da cidade como objeto de estudo.
O capítulo traz na introdução uma breve discussão acerca das escalas climáticas e depois contextualiza o município de Sorocaba do ponto de vista de sua localização e das suas características físicas, sociais e ambientais. Em seguida, aborda o comportamento dos elementos climáticos, como a temperatura do ar, a chuva e seus impactos e, finalmente, foca especificamente sobre o clima urbano da cidade, a partir do estudo da ilha de calor e da análise microclimática em um bairro periférico.
"As pesquisas apontaram alterações nos elementos climáticos na escala local e micro que podem também se relacionar com alterações ocorridas nas outras escalas. Do ponto de vista do urbano, indica necessidade da ampliação de espaços verdes que propiciem melhorar as condições do conforto térmico e da qualidade ambiental urbana", resume Silva sobre os resultados da pesquisa.
O livro está disponível para download gratuito no site da Editora da UFPB (https://bit.ly/3nk3Gwd).

Levantamento conduzido pela Acordo Certo também evidencia como a falta percepção sobre finanças pessoais e planejamento financeiro influencia o cenário

 

SÃO PAULO/SP - A Acordo Certo, empresa de renegociação de dívidas 100% online com foco no bem-estar financeiro do consumidor, realizou uma pesquisa quantitativa online com 1.428 entrevistados entre 16 e 24 de outubro de 2020 sobre a atual situação financeira dos consumidores. Os resultados mostram que 73% destes não guardam dinheiro e, de modo geral, sentem dificuldades em manter uma vida financeira saudável. “Os resultados refletem como é difícil incorporar lições de educação financeira ao dia a dia do brasileiro”, comenta Thales Becker, CMO da fintech.

Cerca de 75% do entrevistados tiveram dificuldades em pagar as contas nos últimos meses e o grande responsável por este número é a falta de planejamento financeiro, apontado por cerca de 59% dos entrevistados, fator que evidencia também uma falta de percepção sobre os ganhos e gastos. Apenas 39% afirmam gastar mais do que ganham, enquanto 55% dizem estar sempre no vermelho. “Existe um pensamento muito enraizado em nossa cultura de que produtos como cartão de crédito e cheque especial são uma extensão da renda e isso leva as pessoas a não terem consciência que estão gastando mais do ganham”, afirma Becker.

Mais da metade dos brasileiros estão endividados, segundo pesquisa do Ipea. Apesar do peso da palavra, as dívidas não são necessariamente uma coisa ruim. Financiamentos podem ser saudáveis para compra de bens duráveis, viagens, despesas com saúde, entre outros inúmeros motivos. No entanto, o crédito rotativo do cartão é o grande vilão causador do endividamento da população. Quando o consumidor não paga o valor integral da fatura, entra em uma bola de neve dos juros e uma compra de valor baixo, depois de pouco tempo se torna em uma cifra alta.

Sem ter a clareza sobre o orçamento, fica mais difícil guardar dinheiro. Mesmo com todas as contas em dia, se a pessoa não tiver nenhuma “sobra” que possa ser guardada, poderá ficar mais vulnerável a adquirir dívidas. “Isso porque, caso aconteça uma emergência, como um problema de saúde ou a necessidade de fazer um reparo na casa ou carro, será preciso recorrer ao cartão de crédito, cheque especial, empréstimo ou parcelamentos para conseguir lidar com o ocorrido. Por isso, é importante se planejar para construir uma reserva de emergência, mesmo que leve mais tempo do que o esperado para juntar”, explica Becker.

Apesar do aperto no orçamento, as pessoas se mostram preocupadas em manter as contas em dia. Cerca de 63% dos ouvidos afirmam ter pago alguma dívida com medo de ver seus nomes negativados e incluídos nos órgãos de proteção ao crédito. Exemplo disso é que pela Acordo Certo, entre dia 16 de março e 15 de junho foram fechados 924.640 acordos totalizando mais de R$ 319 milhões e mais de R$ 382,8 bilhões em descontos. Importante notar que mais de 50% dessas dívidas giram entre R$ 50 e R$ 250, e muitas destas pessoas nem sabiam que estavam com o nome sujo.

“São pessoas preocupadas, realistas e com um olhar atento ao complexo cenário econômico que temos pela frente. Eles já perceberam que limpar o nome lhes dará mais acesso ao crédito e será um respiro para suas famílias. Renegociar dívidas, diminuir juros, alongar prazos até que a situação financeira volte ao normal. Estamos lado a lado nessa missão, juntos, vamos atravessar este período difícil”, finaliza Becker.

 

Sobre a Acordo Certo

Acordo Certo é uma fintech de soluções voltadas para o bem-estar financeiro dos consumidores, possibilitando a renegociação de dívidas de forma 100% online, com uma abordagem humana, acolhedora e  empática. Fundada em 2013, possui mais de 30 empresas parceiras, entre elas varejistas, bancos, financeiras, empresas de telefonia e grupos educacionais, como Santander, Itaú, Claro entre outros. Conta com uma base com mais de 13 milhões de usuários cadastrados. Com um time de mais de 70 Acorders (apelido carinhoso dado aos colaboradores), a empresa já passou por programas de aceleração como Escale Up da Edeavor, QuintessaboostLAB do BTG Pactual, além de conquistar o selo GovTech da Brazil LAB, certificação Great Place to Work  de melhores lugares para se trabalhar e figurar na lista 100 Startups to Watch de 2020.

Conclusão está em estudo com coautoria de professor da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - O ambiente urbano pode agir como um filtro ecológico e impor diversos impactos negativos no comportamento de pássaros. Nesse contexto, para investigar como a poluição sonora afeta os bem-te-vis, uma pesquisa orientada pelo professor Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira, do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizou experimentos em áreas rurais e urbanas e concluiu que a poluição sonora pode interferir na comunicação e afetar o comportamento territorial do bem-te-vi.
O estudo foi fruto do trabalho de conclusão de curso da bióloga e mestra em Biodiversidade Patricia Roseti Lenis, coautora do artigo "Effect of noise on behavioural response to simulated territorial intrusion in the Great Kiskadee (Pitangus sulphuratus) (Aves: Tyrannidae)", publicado na plataforma Springer Link, da editora Springer. "Ainda que muitas espécies sejam bem adaptadas para ambientes urbanos, outras são sensíveis aos efeitos dos distúrbios humanos", afirmam os pesquisadores no artigo. 
Para o estudo, os pesquisadores utilizaram um modelo de chamariz a partir de uma gravação com o som de pássaros, a 10 metros de distância, simulando uma invasão de território. O método foi usado para estimular o comportamento territorial dos bem-te-vis e verificar o tempo que levam para responder ao estímulo, de forma comparada, em ambientes urbanos e não-urbanos, com diferentes níveis de ruído. 
Durante a pesquisa, foram feitas observações em 24 dias, entre janeiro e março de 2015, nos períodos de atividades das aves (das 8 às 10 horas e das 16 às 18 horas). "Os animais observados eram territoriais defendendo ninhos em árvores. Antes do experimento, selecionamos previamente 15 ninhos em áreas urbanas e 15 em áreas não urbanas. As áreas não urbanas consistiram em fragmentos de Cerrado e Mata Atlântica no entorno da cidade de Dourados - MS, bem como áreas rurais", descrevem. Os resultados mostraram uma correlação entre o tempo de resposta e o nível de poluição sonora. 
"Os exemplos mais extremos foram um ambiente de Mata Atlântica com cerca de 40 decibéis de ruídos e 20 segundos de resposta da ave, enquanto no meio urbano tivemos ruídos em torno de 90 decibéis e respostas com mais de dois minutos de latência", compara o docente. 
"O que mais nos chamou a atenção foi a dificuldade de alguns indivíduos em encontrar o 'intruso'. Alguns deles voavam, trocando de poleiro e pareciam olhar para todos os lados procurando a fonte do som. Outro comportamento que nos chamou a atenção foi observado quando as aves encontravam o falso intruso, uma réplica de bem-te-vi. Nesse caso, observamos vocalizações agressivas e movimentos rápidos das asas, como se tentasse espantar o 'intruso'", conta o professor da UFSCar.
Os bem-te-vis (Pitangus sulphuratus) são aves da família Tyrannidae e ocorrem desde o Texas até a Argentina, sendo muito comuns no Brasil. "É uma ave generalista que ocupou os ambientes urbanos, principalmente pelo seu hábito alimentar oportunista. São conspícuos, com uma coloração que nos chama a atenção, assim como a sua vocalização que faz inclusive parte de nossa cultura. São territorialistas e defendem o ninho contra outros bem-te-vis, predadores e outras aves", detalha o pesquisador. 
Segundo Ferreira, o maior problema da poluição sonora é que a ave pode não identificar um intruso ou um predador a tempo, o que levaria à perda dos ovos ou dos filhotes. "Não sabemos ao certo como isso pode afetar as espécies a longo prazo, mas sabemos o efeito negativo sobre o equilíbrio ecológico por causa dos impactos que geramos nas populações dessas espécies", avalia. "Estudos como esse mostram o nosso impacto sobre os animais. Mostram como nossa poluição não se restringe a um papel de bala jogado na rua, mas também se estende ao ruído que produzimos com nossos carros, nossas aglomerações e nossas máquinas. Esperamos que estudos como esse chamem a atenção da população para que, quem sabe num futuro próximo, medidas sejam tomadas para reduzir a poluição que produzimos, inclusive a sonora", alerta Ferreira.
O artigo sobre o estudo está disponível na íntegra em https://bit.ly/38Xi74U.

Pesquisa feita pelo Instituto de Física de São Carlos em colaboração com a Queen’s University of Belfast (UK)

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pela Drª Michelle Barreto Requena, Pós-Doutoranda do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em colaboração com cientistas da Queen’s University of Belfast (UK), culminou com o desenvolvimento inovador de microagulhas dissolvíveis que permitem entregar fármacos para o combate do câncer de pele, via Terapia Fotodinâmica (TFD).

Tendo como base o trabalho desenvolvido em seu doutorado, consubstanciado em métodos mecânicos para melhorar a entrega de fármacos, a jovem pesquisadora Michelle Requena descobriu uma nova vertente em suas pesquisas quando realizou um “doutorado sanduiche” na Escola de Fármácia da Queen’s University of Belfast, no grupo de pesquisa especialista no desenvolvimento de microagulhas poliméricas, tendo focado o seu trabalho para área de tratamento do câncer de pele do tipo não melanoma.

Já no regresso ao IFSC/USP, Michelle testou o novo e inovador procedimento em modelos tumorais em camundongos, tendo obtido resultados muito superiores aos apresentados nas aplicações tópicas que usualmente são realizadas com aplicação de creme. Com o uso das microagulhas dissolvíveis, o fármaco foi disponibilizado de forma mais homogênea e em maiores profundidades nos tumores. Uma grande vantagem é que estes resultados foram obtidos com uma concentração de fármaco quatro vezes menor do que se é utilizado atualmente no creme, tornando o modelo de microagulhas dissolvíveis desenvolvido uma forma mais barata e eficiente de entrega.

“Cada arranjo cabe na ponta do dedo e contem 361 microagulhas em formato de pirâmide com 0,5 mm altura cada.  O arranjo é posicionado na superfície do tumor e pressionado por trinta segundos. Ele permanece inserido no tumor para que as microagulhas dissolvam por uma hora. Passado esse tempo, as microagulhas já foram dissolvidas e o fármaco absorvido pelo tumor e então, a região é iluminada com luz apropriada, dando inicio ao processo de TFD”, explica Michelle.

Com esta colaboração internacional, Michelle acredita que, através de parcerias com o setor produtivo, este tipo de microagulhas poderá começar a ser fabricado no Brasil, em curto prazo, uma vez que o material utilizado em suas pesquisas veio da Universidade de Belfast. “Este procedimento é minimamente invasivo, não causa qualquer dor ou sangramento durante a aplicação, mostrando-se bastante eficaz na entrega de fármaco e com grande possibilidade de combater o câncer de pele por TFD. Agora, aguardamos o melhor momento para fazermos os estudos clínicos em humanos e, se tudo correr como estamos prevendo, muito em breve poderemos ter este tipo de procedimento disponibilizado para a sociedade, quer em hospitais e centros de saúde, quer, ainda nos consultórios médicos, a um preço muito acessível”, complementa Michelle, sublinhando que o novo foco de sua pesquisa em seu Pós-Doutorado é melhorar ainda mais o tempo de dissolução das microagulhas.

Este trabalho de pesquisa foi publicado no Journal of Biophotonics em setembro do corrente ano, assinado por:

Michelle Barreto Requena (IFSC/USP) / José DirceuVollet-Filho (IFSC/USP) /Marlon Rodrigues Garcia (EESC/USP) / Sebastião Pratavieira (IFSC/USP) / Andi Dian Permana (School of Pharmacy - Queen’s University of Belfast - Department of Pharmaceutics - Faculty of Pharmacy - Hasanuddin University - Indonesia) / Patricia González-Vásquez (School of Pharmacy - Queen’s University of Belfast) / Clara Maria Gonçalves De Faria (IFSC/USP) / Ryan F. Donnely (School of Pharmacy - Queen’s University of Belfast) e Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP e Hagler Institute for Advanced Studies, Texas A&M University, College Station)

 

 

*Por: Rui Sintra - jornalista IFSC/USP

Análises que explicam comportamento de material alternativo foram publicadas na Scientific Reports

 

SÃO CARLOS/SP - Materiais ferróicos são aqueles que apresentam uma ou mais das propriedades físicas - ferroeletricidade, ferromagnetismo (ou antiferromagnetismo) e ferroelasticidade - que têm especial interesse para aplicações em dispositivos eletroeletrônicos como capacitores, sensores, memórias, dentre outros. Atualmente, os materiais mais comuns nessas aplicações são baseados em chumbo, cuja toxicidade é um problema ambiental e para a saúde humana, exigindo o desenvolvimento de alternativas sustentáveis.

Nas últimas décadas, uma família de materiais - os materiais eletrocerâmicos baseados em titanato de sódio e bismuto (BNT) - tem atraído a atenção da comunidade científica como possível alternativa. No entanto, eles apresentam um comportamento dielétrico (de isolamento elétrico) em altas temperaturas muito diferente do encontrado nos materiais tradicionais, e a origem desse comportamento tem gerado controvérsias entre os pesquisadores.

Compreender os mecanismos físicos por trás desse comportamento, bem como sua relação com a temperatura, é fundamental para desenvolver soluções que tenham bom desempenho nas aplicações tecnológicas desejadas. Não é adequado, por exemplo, usar um material com propriedades excelentes, mas que perde essas propriedades justamente na temperatura de uso de um determinado dispositivo.

O Grupo de Materiais Funcionais Avançados do Departamento de Física (DF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) vem, há pouco mais de cinco anos, atuando justamente na busca por novos materiais ecologicamente corretos para essas aplicações. As pesquisas resultaram, no último mês, na publicação de artigo na Scientific Reports, revista do grupo Nature, relatando resultados que explicam o comportamento anômalo dos materiais baseados em titanato de sódio e bismuto e, assim, abrem caminho para o design desses materiais de forma a otimizá-los aos usos pretendidos.

Além do foco nas questões ambientais, um outro diferencial do grupo de pesquisa da UFSCar é o emprego de técnicas não usuais de caracterização dos materiais. "De modo geral, as propriedades dielétricas, ferroelétricas, piroelétricas, piezoelétricas, são medidas com resposta elétrica, e nós medimos também a resposta mecânica", conta Paulo Sergio da Silva Jr, docente do DF. "Somos pioneiros no Brasil no uso da espectroscopia mecânica na análise de materiais ferróicos, e ela nos ajudou a entender o que estava acontecendo no material a partir de resultados anômalos não reportados anteriormente", registra o pesquisador.

Silva Jr compartilha inclusive uma curiosidade da trajetória da pesquisa. "Um renomado colaborador antigo nosso, quando viu esses resultados pela primeira vez, não acreditou, insistia que eram problemas nas amostras, ou no equipamento", relata o professor da UFSCar.

"Havia uma lacuna na literatura sobre a resposta elétrica desses materiais em uma determinada faixa de temperatura, e a resposta mecânica, combinada às técnicas elétricas, trouxe novas informações que complementaram o estudo", resume Silva Jr. Ou seja, a partir desses resultados, o grupo conseguiu desvendar o comportamento dielétrico do BNT em altas temperaturas. Esse comportamento está relacionado principalmente a um fenômeno chamado de polarização interfacial envolvendo efeitos de cargas espaciais relacionados a defeitos do tipo vacância de oxigênio. Esses defeitos geralmente ocorrem em materiais eletrocerâmicos, sendo que, naqueles com estrutura perovskita, surgem para manter a estabilidade elétrica desses materiais, dependendo da valência dos elementos químicos que ocupam uma determinada posição desta estrutura (sódio ou bismuto que compartilham a posição A da estrutura, no caso do BNT).

Como a mobilidade de vacâncias de oxigênio no interior do grão e entre grãos do material afeta substancialmente a resposta dielétrica e de condução termicamente estimulada do BNT, desvendar a fenomenologia associada a este mecanismo permitirá um adequado controle e aprimoramento dessas propriedades físicas em altas temperaturas. No estudo da UFSCar, além das técnicas empíricas, os pesquisadores também usaram modelagem matemática para descrever o fenômeno observado.

Assim, está aberta agora, a partir do estudo, uma nova janela de oportunidades para o design de materiais eletrocerâmicos ecologicamente amigáveis que possam ser utilizados em componentes eletrônicos capazes de operar em uma ampla faixa de temperatura sem variações de desempenho.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na modalidade de acesso aberto e, assim, pode ser acessado livremente em Scientific Reports, via https://rdcu.be/cakLA.

A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e, além de Silva Júnior, o artigo tem autoria do também docente do DF Michel Venet Zambrano; de Julio Cesar Camilo Albornoz Diaz, cuja tese de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) da UFSCar, deu origem aos resultados reportados; e de Jean-Claude M’Peko, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP).

Projeto de Pesquisa AtlantECO envolve 13 países e tem financiamento da União Europeia

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos (LMPB) do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é uma das 36 organizações de 13 países diferentes que participam do projeto internacional AtlantECO (www.atlanteco.eu), que irá estudar os efeitos de mudanças climáticas no microbioma do Oceano Atlântico. O projeto de pesquisa tem financiamento da União Europeia (programa H2020) para explorar o Oceano Atlântico de polo a polo.
O projeto irá mapear conhecimentos novos e existentes sobre os organismos microscópicos que habitam os rios, as águas costeiras, o oceano aberto, os sedimentos marinhos e a atmosfera, bem como aqueles encontrados no lixo plástico. Esses "microbiomas" sustentam a vida na Terra e fornecem serviços ecossistêmicos à sociedade. Inspirado por pesquisas médicas que combinam abordagens genéticas, de imagem e ambientais de próxima geração, o AtlantECO desenvolverá ferramentas de diagnóstico e métricas para avaliar e prever mudanças na saúde do Oceano Atlântico. Inicialmente, o projeto tem vigência de 2020 a 2024 mas, devido à pandemia, contará com um ano adicional, até 2025.
"O LMPB da UFSCar fará a coordenação das campanhas oceanográficas realizadas no Brasil, o sequenciamento de DNA e manutenção de banco de amostras do Atlântico Sul, e levantamento de dados já existentes para compilar a maior base de dados do Atlântico, assim como participar no tratamento bioinformático de todos esses dados", explica o professor do DHb e coordenador do Laboratório, Hugo Miguel Preto de Morais Sarmento.
Este enorme esforço de pesquisa foi implementado através da Declaração de Belém, assinada em julho de 2017 pela União Europeia, Brasil e África do Sul, com o objetivo de preencher lacunas de conhecimento entre as regiões amplamente estudadas do Atlântico Norte e as ainda pouco estudadas do Atlântico Sul. Cinco estudos de caso desenvolvidos em conjunto com as partes interessadas locais em torno da bacia do Atlântico demonstrarão o valor dos resultados do AtlantECO para a economia azul e a sociedade, abordando, por exemplo, a detecção precoce de ameaças prejudiciais em locais de aquicultura, o impacto da mineração na costa de Microbiomas da África Austral e a saúde dos ecossistemas costeiros, os impactos das mudanças climáticas nas cadeias de valor da pesca e a resposta dos microbiomas à perfuração offshore e extração de combustível fóssil na costa do Brasil.
O trabalho de campo do AtlantECO será realizado a bordo de vários navios oceanográficos nacionais e veleiros projetados para expedições científicas. As escalas serão organizadas com as comunidades locais e partes interessadas em torno da bacia do Atlântico, envolvendo-se em campanhas de divulgação, ciência cidadã e conscientização, entregando um programa de capacitação em larga escala para profissionais e estudantes.
O projeto determinará como as regiões marinhas e seus ecossistemas estão conectados ao longo e através do Oceano Atlântico, desenvolvendo modelos que levam em consideração processos dinâmicos, como grandes plumas de rios e circulação oceânica. Juntamente com cenários climáticos futuros, esses modelos ajudarão a prever a migração de espécies, a capacidade do oceano de capturar e armazenar dióxido de carbono atmosférico, o transporte de poluentes e riscos como plásticos e nutrientes e o equilíbrio entre a saúde do ecossistema e as atividades humanas.
Para saber mais sobre o AtlantECO, acesse www.atlanteco.eu. Informações sobre o Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos (LMPB) estão disponíveis em www.lmpb.ufscar.br.

Medição de propriedades elétricas de materiais com destaque para fluidos biológicos

 

SÃO CARLOS/SP - O IFSC/USP acaba de desenvolver um protótipo portátil de um espectrômetro de impedância elétrica capaz de medir propriedades elétricas de diversos materiais, principalmente fluidos biológicos. Com esse novo instrumento, abre-se uma nova porta para a detecção de contaminações por vírus e bactérias, além de diversas doenças, como o câncer de mama, pâncreas, cabeça e pescoço, e próstata.

Desenvolvido pelo Pós-Graduando Lorenzo Buscaglia (24) no decurso de seu mestrado em Física Aplicada/Instrumentação no IFSC/USP, sob supervisão do Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e com patrocínio da FAPESP, este novo equipamento portátil poderá detectar doenças através de sangue, suor, ou saliva, de forma rápida e barata, comparativamente a outros equipamentos do mercado, importados, e com alto custo, conforme explica Lorenzo. “De fato, já existem equipamentos que fazem estas detecções, mas eles são extremamente caros, pois além de incluir hardware de maior custo, são importados. Nosso grupo de pesquisa apostou em um modelo portátil e de baixo custo, pois a maioria também é pesada e não pode ser transportada. A versão comercial mais similar atualmente entrou no mercado em 2018, mas seu custo é da ordem de dois mil dólares, o que é inviável para muitas aplicações”, sublinha Lorenzo. O novo equipamento foi designado SIMPLE-Z, teve seu registro solicitado junto à Agência de Inovação da USP (AUSPIN) e está pronto para a fabricação em escala. Poderá ser facilmente adquirido pela classe médica, além de poder ser empregado em laboratórios de ensino em universidades e no ensino médio.

“A técnica de espectroscopia de impedância pode ser aplicada em inúmeras áreas da saúde e, inclusive, pode ser acoplada a dispositivos vestíveis. Dependendo do software instalado, poderá fornecer informações à distância, o que abre um novo universo de oportunidades”, comemora Lorenzo.

Para o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior “Um instrumento como o Simple-Z é um sonho antigo do Grupo de Polímeros e de seus parceiros nos trabalhos de sensores e biossensores. Sempre ficávamos frustrados de não poder fazer a detecção fora de um ambiente de laboratório, e os espectrômetros portáteis são muito caros. Com o Simple-Z, poderemos finalmente fazer medidas em qualquer lugar e a baixo custo. Ressalto que o custo do instrumento é barato porque o Lorenzo propôs soluções de software que eliminaram limitações dos componentes eletrônicos utilizados”.

O Simple-Z inclui circuitos que geram os sinais e medem a resposta, transmitindo a mesma de forma instantânea para o computador, onde fica registrada em uma base de dados. Para fazer a medição de qualquer fluido, basta ligar o aparelho num sensor ou biossensor sobre o qual é depositado o fluido. A detecção é assim feita em poucos minutos. Neste momento, falta apenas desenvolver uma interface amigável para um usuário sem nenhum tipo de treinamento.

Segundo o jovem pesquisador, o custo de mercado deste equipamento poderá ser de cerca de R$ 1.300,00 (~ U$D 250) cada unidade.

 

 

*Por: Rui Sintra - IFSC/USP

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