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EUA - O presidente americano, Joe Biden, anunciou na terça-feira (4) que espera que 70% dos adultos em seu país tenham recebido pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 antes do 4 de julho. Ele indicou que quer incluir adolescentes na campanha de imunização.

A vacinação de adolescentes suscita polêmica. Muitos especialistas argumentam que usar um número limitado de doses no mundo em uma população de baixo risco é um erro, levando em conta a situação pandêmica na Índia e no Brasil. Em um discurso na Casa Branca nesta terça-feira, Biden também definiu a meta de 160 milhões de americanos totalmente vacinados até 4 de julho.

O laboratório americano Pfizer e sua parceira alemã BioNTech afirmam que sua vacina, administrada em duas doses, se mostrou segura e eficaz em um teste clínico com 2.260 jovens de 12 a 15 anos. A Agência Europeia de Medicamentos também iniciou a análise do uso do imunizante nessa faixa etária.

Enquanto aguarda uma autorização para seu uso emergencial nos próximos dias nos Estados Unidos, Biden afirmou a repórteres na Casa Branca que as autoridades estão "prontas para agir imediatamente" assim que obtiverem a permissão.

 

Estratégia para vacinar todos os americanos

Mais de 56% dos adultos nos EUA receberam uma ou duas doses dos imunizantes, mas o número diário de vacinados está caindo e as autoridades precisam reajustar sua estratégia para alcançar os americanos contrários à imunização.

Cerca de 8% das pessoas que receberam a primeira dose também não se apresentaram para a segunda injeção, essencial para preservar a proteção por um prazo mais longo.

No lugar dos postos de vacinação nos estádios, as autoridades agora estão apostando nas clínicas móveis e no aumento do número de centros mais próximos aos moradores. O governo federal também está trabalhando em um programa com farmácias e pediatras de todo o país para chegar aos cerca de 17 milhões de jovens de 12 a 15 anos, antes da reabertura das escolas no outono.

 

"Erro terrível"

"Sabemos que a grande maioria dos jovens de 15 anos não corre alto risco de complicações graves por causa da Covid", diz o urgentista Craig Spencer, diretor de Saúde Global em Medicina de Emergência da Universidade de Columbia.

"Ela está causando estragos em todo o mundo e estamos falando sobre como vamos vacinar uma população de muito baixo risco, enquanto a esmagadora maioria dos profissionais de saúde em todo o mundo têm proteção zero", acrescentou.

Priya Sampathkumar, diretora de Prevenção e Controle de Infecções da Clínica Mayo, em Minnesota, observou que, além de se tratar de uma questão ética, exportar mais vacinas é o melhor para os Estados Unidos. "Vacinar mais pessoas nos Estados Unidos não vai nos ajudar se as variantes na Índia, Nepal e Sul da Ásia saírem do controle e chegarem ao país", explicou.

Os Estados Unidos prometeram liberar até 60 milhões de doses da vacina AstraZeneca, mas os especialistas acreditam que muito mais pode ser feito sobre o assunto.

"Acho que se você vacinar jovens de 12 a 15 anos nos Estados Unidos antes de vacinar os de 70 em todo o mundo está cometendo um erro terrível", defendeu Vinay Prasad, médico e epidemiologista da Universidade da Califórnia em San Francisco.

 

"Redução notável"

A experiência de Israel mostrou que é possível alcançar uma "redução notável" de casos sem incluir a vacinação nos adolescentes, acrescentou. Sampathkumar explicou que o principal motivo em se vacinar adolescentes é reduzir a transmissão.

As estatísticas mostram que as crianças correm um risco extremamente baixo de contrair formas graves da Covid-19. Nos Estados Unidos, 277 crianças menores de 18 anos morreram da doença, de acordo com os últimos dados oficiais, em um total de 574.000 mortos pela doença.

 

 

 

 (Com informações da AFP)

*Por: RFI

O horário foi estendido na tentativa de desafogar as UPA’s com casos de baixa complexidade. No período noturno a unidade não aplicará a vacina contra a COVID-19


SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Gestão e Cuidado Ambulatorial (DGCA), comunica que a partir desta segunda-feira (03/05), a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Santa Felícia vai atender até às 22h de segunda a sexta-feira.

O horário foi estendido na tentativa de desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) da Vila Prado e do Cidade Aracy que nós últimos dias tiveram uma procura muito grande de casos que poderiam ser solucionados na atenção básica.

As recomendações são válidas para todos os atendimentos classificados como de Risco Azul (não urgente) e Verde (pouco urgente), conforme o Protocolo de Manchester. Os casos de Risco Amarelo (urgente), Laranja (muito urgente) e Vermelho (emergência) continuam sendo atendidos normalmente nas UPA’s.
“Todas as unidades básicas e de saúde da família, ou seja, UBS’s e USF’s, já estão atendendo casos classificados como de baixo risco clínico, sem agendamento prévio.

Porém muitas pessoas insistem em procurar primeiro as UPA’s, por isso vamos estender o horário na UBS do Santa Felícia", explica Denise Braga, diretora do DGCA, lembrando que devem procurar a UBS do Santa Felícia no horário noturno somente quem não conseguiu atendimento na sua unidade básica de referência durante o dia.
Vanessa Soriano Barbuto, chefe de gabinete da Secretaria de Saúde, disse que essa também foi uma decisão tomada em consonância   com a Comissão de Saúde da Câmara. “Essa é mais uma tentativa para não sobrecarregar as unidades de pronto atendimento que existem para atendimento de casos de urgência e emergência”, finaliza.

A Secretaria de Saúde ressalta que os usuários do SUS devem se informar, via telefone, nas unidades básicas ou de saúde da família mais próxima da sua residência quanto ao horário de atendimento da equipe médica durante o dia e sobre o protocolo para cada procedimento.

É importante ressaltar que o protocolo vale somente para os casos de pessoas que não apresentam sintomas da COVID-19. Nos casos sintomáticos do novo coronavírus, o munícipe deve procurar diretamente o Centro de Triagem de Síndrome Gripal, localizado no Ginásio Municipal Milton Olaio Filho, na Vila Alpes, para atendimento e orientação. O Centro funciona 24h. Já a UPA do Santa Felícia no momento também atende somente casos de COVID-19 referenciados.

Israel está examinando dezenas de casos em que as pessoas tiveram inflamação do coração após receber a vacina contra o coronavírus da Pfizer/BioNTech.

 

ISRAEL - As autoridades de saúde estão investigando se os casos estão relacionados à injeção dada a mais de 5 milhões de pessoas, disse o comissário -Nachman Ash, em uma entrevista à uma rádio local. O governo identificou 62 incidentes de inflamação do músculo cardíaco, ou membrana do músculo cardíaco, segundo um estudo do Ministério da Saúde.

A condição se desenvolveu em uma em 100 mil pessoas que receberam a injeção, enquanto a taxa de incidência para homens de 18 a 30 anos foi de uma em 20 mil. Duas pessoas morreram e o resto se recuperou.

O estudo não mostra com certeza se há um maior índice de mortalidade ou um aumento nos casos de inflamação do músculo cardíaco, disse o Ministério da Saúde em resposta a perguntas por e-mail.

“Parece que o benefício da vacina é tão grande que mesmo se encontrarmos uma conexão entre alguns dos casos e a vacina, nenhuma ação sobre a vacina será justificada”, disse Ash na entrevista. “Não vimos uma taxa maior de miocardite do que seria esperado na população em geral”, disse ele.

A Pfizer está ciente dos casos israelenses de miocardite, disse a empresa em um comunicado. “Não foi estabelecida uma relação causal com a vacina. Não há evidências neste momento para concluir que a miocardite é um risco associado” ao uso da vacina Pfizer-BioNTech, disse a empresa.

 

 

*Por; ISTOÉ DINHEIRO

 

           SÃO CARLOS/SP - Às vezes ela avisa que está chegando, outras me encontra de surpresa trazendo tremores, taquicardia, rubor e sudorese. O mundo parece que gira, minha voz se cala e nada que eu faça consigo mandar essa visita embora, apenas tenho que esperar. Tudo volta ao normal como se nada tivesse ocorrido, e espero, por mais uma vez, inesperadamente sua visita.

          

  Assim é a vida de quem sofre com ansiedade generalizada, transtorno caracterizado pela existência de preocupação e tensão excessiva e persistente, mesmo sem motivos óbvios. Habitualmente, existe uma preocupação irreal ou desproporcional para situações comuns. A ansiedade passa a dominar a vida da pessoa, deixando-a em constante estado de preocupação, medo ou pânico, passando a interferir nas atividades sociais, relacionamentos pessoais e atividades ligadas à escola e trabalho.

            Mas, devemos lembrar que ansiedade motivada por eventos inesperados ou em situações específicas é natural, afinal, ela é um recurso para nos alertar de um perigo e fazer com que nos preparemos para enfrentá-lo. Em relação a funções orgânicas, é um momento de liberação intensa de adrenalina que antecede um momento de estresse, fazendo com que nossa atenção seja totalmente direcionada ao evento prestes a acontecer.

            Devemos nos preocupar quando a ansiedade sai de situações reais e passa para o imaginário, interferindo negativamente na vida da pessoa, fazendo com que ela não consiga executar tarefas simples do dia a dia. Além disso ela pode apresentar os seguintes sintomas:

  1. Preocupações e medos excessivos;
  2. Visão irreal de problemas;
  3. Inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”;
  4. Irritabilidade;
  5. Tensão muscular;
  6. Dores de cabeça;
  7. Sudorese;
  8. Dificuldade em manter a concentração;
  9. Náuseas ou queimação no estômago;
  10. Necessidade de ir ao banheiro com freqüência;
  11. Fadiga e sensação de cansaço constante;
  12. Dificuldade para dormir ou manter-se acordado;
  13. Surgimento de tremores e espasmos;
  14. Ficar facilmente assustado;

 

Devemos ressaltar que a ansiedade excessiva pode colaborar para o aparecimento de algumas doenças, e que a ajuda de um profissional adequado é de extrema importância!

 

*Texto Escrito Por: Aline Cristina Gavioli – CRP:  06/164909

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Além de pacientes com Covid-19, indivíduos com outras doenças graves, que deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, podem sobrecarregar a rede hospitalar

 

SÃO PAULO/SP - Apesar de algumas cidades brasileiras terem saído da fase emergencial, o iminente colapso da saúde, tão temido e falado pelos especialistas, deverá acontecer nos próximos meses. Para os médicos, o cenário dramático, instaurado pela pandemia, poderá se agravar, porque além de pacientes com Covid-19, indivíduos com outras doenças expressivas, como cânceres, aneurismas, patologias cardiovasculares entre outras, (apesar do alto risco, até de evolução para óbito em meses ou anos), deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, e precisarão de atendimento o mais breve possível, o que poderá sobrecarregar a rede hospitalar.   

De acordo com o cirurgião vascular e vice-diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fábio Sotelo, tal fenômeno acabou sendo fruto do receio das pessoas contraírem a Covid-19 nas unidades de saúde e hospitais, e, com isso, atualmente, os pacientes chegam aos prontos-socorros já infartados, com infecções graves em membros com alto risco de amputação, aneurismas rotos e cânceres em estágios avançados.

Na opinião do especialista, soma-se a isso a escassez de planejamento, visão focada somente no problema atual da Covid-19 e não na saúde como um todo. “Os cancelamentos de cirurgias eletivas e a postergação do tratamento de pacientes com numerosas doenças crônicas, que ainda hoje são responsáveis pela liderança nas causas de morbimortalidade no Brasil e que consomem a maior parte dos recursos privados e do SUS, levarão a um represamento de intervenções e aumento das complexidades dos mesmos, pela maior gravidade destes casos, o que além de consumir mais recursos, exigirá maior número de profissionais de saúde dedicados simultaneamente à Covid-19 e a outras enfermidades, situação já exígua em diversos municípios brasileiros”, esclarece.

Dr. Sotelo comenta também que uma pesquisa realizada pelo site Angioplasty.org, em 8 de abril de 2020, com cardiologistas, mostrou que o número de pessoas que morreram em casa nos EUA, entre 30 de março e 5 de abril de 2020, foi 800% maior do que o mesmo período em 2019. Este mesmo levantamento ainda apontou que equivalente a mesma época, houve uma queda de ao menos 50%, no número de pessoas tratadas em hospitais por esses problemas de saúde. “No Brasil, as publicações ainda são escassas sobre este tema, sobretudo nos SUS, mas, aguardamos o relatório de 2021 da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), para avaliarmos tal cenário”, revela.

O médico pontua que, para a especialidade vascular, o afastamento dos consultórios e o cancelamento de procedimentos durante a pandemia ocasionarão sérias consequências. “As sequelas serão o aumento das amputações, o mau tratamento de tromboses venosas e o risco de embolia pulmonar, a piora das lesões varicosas, o aumento do número de AVC´s pelas estenoses carotídeas, dentre outras”. Além disso, o médico explica que, hoje, com a Covid-19, existe o aumento de casos de tromboses arteriais e venosas, com riscos importantes até de óbitos, além das amputações. Vasculites, dores em membros inferiores constantes pós-Covid-19 e até decorrências de tratamentos do novo coronavírus em casos graves, como uso de cateteres e pós- Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), por exemplo, que também serão motivos de encaminhamento ao cirurgião vascular. “Estamos em fase de desvendarmos todas as facetas deste novo vírus e suas variantes. Ainda muito imprevisível, atualmente”, finaliza.

 

A SBACV 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) é uma associação sem fins lucrativos, que visa a defender os direitos de seus profissionais, médicos e residentes, especialistas em saúde vascular. Além disso, tem como objetivo incentivá-los à produção científica, aprofundando as pesquisas nas áreas de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Angiorradiologia e outras modalidades. 

A entidade trabalha com uma política alinhada aos valores da AMB (Associação Médica Brasileira) e do CFM (Conselho Federal de Medicina) a fim de conduzir a instituição de maneira ética, sempre valorizando as especialidades médicas em questão. Atualmente, conta com 23 associações regionais espalhadas por todo o Brasil. 

ARARAQUARA/SP - Um médico foi agredido e teve o consultório invadido pelo marido de uma paciente no final da manhã de segunda-feira (26).

De acordo com o boletim de ocorrência (B.O), uma mulher de 46 anos foi ao consultório fazer um ultrassom na mama, pois possui dois nódulos no seio e faz acompanhamento de rotina.

A mulher foi atendida por um funcionário, que solicitou que ela tirasse a blusa e deitasse na maca, cobrindo seus seios com um pano e saindo da sala.

Em seguida, o funcionário retornou com o médico, que iniciou os exames. Por ter feito o procedimento diversas vezes, a mulher percebeu que o médico apalpava e acariciava seus seios de forma estranha depois de aplicar o gel usado para o ultrassom. Ao olhar para o procedimento, viu que o médico apalpava seu seio esquerdo enquanto segurava o aparelho do exame. A mulher reclamou ao médico que todas as vezes que fez esse tipo de exame, nunca foi apalpada. Por questionar, foi repreendida pelo médico, que disse para ela continuar com a cabeça erguida, comentando: “nossa, como você está quentinha!”.

A vítima disse que o médico não podia tocá-la daquela maneira e o exame foi encerrado.

Em casa, a vítima contou o fato para seu marido, que revoltado pegou um pedaço de pau e foi até o consultório. Ele invadiu o local e atacou o médico com um chute na barriga e pauladas.

Funcionários da clínica conseguiram conter o marido. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou todos a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), onde foi elaborado um boletim de ocorrência.

O caso será investigado.

 

 

*Por: Marcelo Bonholi / PORTAL MORADA

BRASÍLIA/DF - Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite da segunda-feira (26). O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.

"Para os pleitos ora em deliberação, o relatório técnico da avaliação da autoridade sanitária ainda não foi apresentado, os aspectos lacunosos não foram supridos, conforme as apresentações técnicas. Portanto, diante de todo o exposto, verifica-se que os pleitos em análise não atendem, neste momento, às disposições da Lei 14.124 e da Resolução da Diretoria Colegiada 476, de 2021, razão pela qual eu voto pela não autorização dos pedidos de importação e distribuição da vacina Sputnik V solicitados pelos estados que já relacionamos", afirmou o diretor-relator. O voto do relator foi seguido pelos outros relatores da agência.

A deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela Lei n º 14.124/21, e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Caso não houvesse essa análise por parte da Anvisa, a vacina poderia ser importada.

Os estados que tiveram seus pedidos avaliados pela Anvisa foram: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Além desses, também estão com pedidos pendentes de avaliação, ainda dentro do prazo, os estados de Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá e Pará, e os municípios de Niterói (RJ) e Maricá (RJ). Ao todo, esses pedidos somam 66 milhões de doses, que poderiam vacinar cerca de 33 milhões de pessoas, por meio de duas doses.     

Antes da votação dos diretores, gerentes de três departamentos da Anvisa apresentaram seus pareceres técnicos contra a compra da Sputnik V. Os relatórios foram incorporados ao voto do diretor-relator, Alex Machado Campos.

 

Vírus replicante 

Em sua apresentação, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune.

O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.   

"Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave", disse Mendes. "Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik",

Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins.

 

Documentação

Em outra avaliação, dessa vez sobre as empresas que fabricam a vacina, a Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização da Anvisa informou que não foi apresentado o relatório técnico de aprovação do imunizante russo para verificar o controle de qualidade na fabricação.

Por causa disso, a Anvisa analisou documentos próprios e de outras autoridades regulatórias internacionais e solicitou a realização de uma inspeção presencial em duas das empresas que fabricam a vacina na Rússia, a Generium e a UfaVITA. A inspeção no Instituto Gamaleya, que é o desenvolvedor da vacina, foi negada pelo governo russo. Essa inspeção foi realizada ao longo da semana passada por três técnicos enviados pela agência. Na visita, de acordo com a gerente de inspeção, Ana Carolina Merino, foram constadas não conformidades na fabricação da vacina, que impactam, entre outras, na garantia de esterilidade do produto.

"Neste momento, o risco inerente à fabricação não é possível de ser superado, tanto para o insumo fabricado pela Generium quanto pelos produtos acabados fabricados pela Generium e pela UfaVITA, então a nossa gerência não recomenda a importação da vacina", afirmou.

Em outro parecer, a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, Suzie Marie Gomes, afirmou haver falta de informações conclusivas sobre eventos adversos de curto, médio e longo prazos decorrentes do uso da vacina, o que prejudica a avaliação do produto. "Eu chamo a atenção também para que a ausência de dados também é informação. A ausência de comprovação é considerada uma evidência, e uma evidência forte, sobretudo quando temos uma estimativa de população exposta ao risco que beira os 15 milhões de cidadãos", afirmou.

 

 

*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

CHILE - Autoridades chilenas anunciaram que irão prorrogar o fechamento das fronteiras do país por mais 30 dias, enquanto os hospitais continuam quase cheios e o número de casos de covid-19 ainda está alto, apesar de uma melhora gradual registrada nas últimas semanas.

O ministro da Saúde, Enrique Paris, disse que as médias semanal e de 14 dias mostram queda de 7% no número de casos confirmados, e que as taxas de positividade dos testes de covid-19 também caíram. Nessa segunda-feira (26), 6.078 novas infecções foram registradas, em comparação com a alta recorde de 9.171 casos no dia 9 de abril.

"A situação sanitária está mostrando alguns sinais de melhora. Estamos vendo mudanças, mas isso não significa que precisamos parar de lutar", disse Paris. O Chile está conduzindo uma das mais rápidas campanhas de vacinação no mundo - metade de sua população prioritária já foi imunizada com uma dose e 38,8% já receberam duas.

Isso fez com que as internações hospitalares caíssem nos grupos etários mais velhos e que já foram vacinados. Mas entre a população mais jovem e ativa os números de hospitalizações estão maiores, de acordo com as autoridades de saúde do país.

Autoridades também anunciaram a flexibilização gradual do regime de lockdown na capital Santiago, após um mês de confinamento rígido. Sete bairros, a maioria deles na região mais abastada, no leste da cidade, poderão sair do lockdown durante os dias de semana, e as escolas serão reabertas se cumprirem medidas sanitárias rígidas.

Os testes e rastreamentos serão intensificados, com unidades móveis instaladas em shoppings, estações de metrô e restaurantes, e haverá melhor rastreamento após surtos em locais de trabalho, além de mais inspetores locais para checar pessoas em quarentena e fiscalizar eventuais reuniões clandestinas.

 

 

*Por Fabian Cambero e Aislinn Laing - Repórteres da Reuters

SÃO CARLOS/SP - Um levantamento realizado pela Prefeitura Municipal de São Carlos apontou alguns números que devem ser observados com atenção pela população São-carlense. De acordo com os dados coletados nos últimos 30 dias, o bairro com maior número de contaminados é o Cidade Aracy, região sul da cidade.

Por ordem os 10 bairros com maior número de infectados:

  1. Cidade Aracy
  2. Centro
  3. Cruzeiro do Sul
  4. Antenor Garcia
  5. Santa Felícia
  6. Jardim Ipanema
  7. Vila Prado
  8. Jockey Club
  9. Jardim Beatriz
  10. Eduardo Abdelnur

A faixa etária com mais casos confirmados com o coronavírus é de 31 a 40 anos, depois entre 18 a 30 anos. Ainda segundo o levantamento, os menos infectados são as pessoas com mais de 70 anos.

Os números mostram que a média diária de infectados caiu em relação ao último mês, caiu também os números de óbitos por dia.

 

SÃO CARLOS/SP - A Tecumseh do Brasil entregou na manhã desta segunda-feira (26) quatro respiradores hospitalares para a Prefeitura de São Carlos. O pedido à empresa foi feito pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso (MDB), e pelo secretário de Obras, João Muller.

Os equipamentos, avaliados em R$ 230 mil, foram adquiridos da Hortron Equipamentos Médicos, empresa de São Carlos. Esses respiradores, embora aprovados recentemente pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa), já são considerados um dos melhores do mercado.

Além do presidente da Câmara, Roselei Françoso, o prefeito Airton Garcia, o vice-prefeito, Edson Ferraz, os secretários Marcos Palermo (Saúde) e João Muller (Obras), os diretores da Tecumseh, Rosana Bacciotti (Recursos Humanos) e Homero Busnello (Marketing e Relações Institucionais) participaram do ato da entrega na unidade localizada no Jockey Club.

“Quero agradecer a Tecumseh em nome da Câmara e da população de São Carlos”, salientou Roselei Françoso. “Destaco a agilidade da empresa na aquisição desses equipamentos”, frisou. Para o presidente, é fundamental combater a pandemia da Covid-19, mas também fazer a manutenção dos serviços locais de forma segura.

O presidente Roselei fez questão de registrar a atuação do secretário João Muller. “Hoje o Muller está na Obras, mas estava na Habitação e, antes, na Câmara, e foi fundamental nessa conquista”, lembrou. O vice prefeito, Edson Ferraz, também ressaltou o papel do Muller ao ser o primeiro a acreditar no projeto da empresa Hortron e trabalhar pela aprovação junto à Anvisa.

“Fico feliz de poder auxiliar o município neste momento com o objetivo principal de salvar o maior número possível de vidas”, disse João Muller. O secretário de Saúde, Marcos Palermo, registrou a importância da doação e fez um elogio ao modelo de respirador da Hortron. “É um equipamento de fácil manuseio e, neste momento crítico que vivemos, isso é fundamental para dar agilidade às UTI’s”, observou.

O prefeito Airton Garcia lembrou da importância da Tecumseh para São Carlos desde sua existência e agradeceu a doação. “Essa é mais uma ação que nos ajudará muito a combater a pandemia”, frisou. “Essa é uma doação para o município que irá ajudar de forma direta ou indiretamente todos os são-carlenses”, disse o vice prefeito Edson Ferraz.

Para o diretor de Marketing e Relações Institucionais da Tecumseh, Homero Busnello, é uma satisfação auxiliar o município no combate à pandemia. Ele explicou que a Tecumseh, além de adotar um protocolo rígido de higienização e distanciamento junto aos seus funcionários, entende como fundamental contribuir com essa doação. “Priorizamos a aquisição em um fornecedor local para gerar receitas para o município e facilitar a instalação e manutenção dos equipamentos”, disse.

A Electrolux, a Construtora MRV e a própria Hortron já haviam feito doações de respiradores ao município por intermédio do secretário de Obras, João Muller. Com os 4 respiradores da Tecumseh, os investimentos chegam a aproximadamente R$ 1 milhão.

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