PIRACICABA/SP - Uma mulher de 83 anos, muito debilitada e seminua foi localizada na tarde da última quinta-feira (22) pela Polícia Militar, em uma residência na Vila Sônia. Familiares teriam se mudado há alguns dias e abandonaram a idosa para trás. A situação da idosa comoveu policiais e socorristas que atenderam a ocorrência.
Segundo a Polícia Militar, por volta das 14h30, uma equipe do serviço de rádiopatrulhamento foi acionada pelo Copom (Centro de Operações da polícia) sobre uma denúncia de maus-tratos envolvendo uma idosa. Um solicitante avisou a polícia sobre as condições da senhora, que estava sozinha na residência.
Quando os policiais chegaram no endereço informado, encontraram a mulher caída ao chão, com mau cheiro e feridas no corpo. A casa estava sem as mínimas condições mínimas de higiene e sem alimentos na geladeira e armários da cozinha.
Ainda conforme apuração da PM, com muita dificuldade para falar, a senhora relatou que os seus parentes que ali viviam com ela mudaram-se, há dias atrás, sem dizer para onde iriam, deixando-a desamparada.
A idosa foi socorrida pelos atendentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento da Vila Sônia, onde permanece internada.
O caso foi registrado no 5º Distrito Policial como maus-tratos.
*Por: JORNAL DE PIRACICABA
Gato doméstico é o principal agente epidemiológico
SÃO CARLOS/SP - Enquanto estamos todos focados com a pandemia causada pelo Coronavírus, outras doenças caminham entre nós, de forma silenciosa, como é o caso da esporotricose, uma micose causada por um fungo presente em solos, vegetais, madeira e em matéria em decomposição. Por causa disso, ficou conhecida como a “doença do jardineiro”, já que uma forma comum de contágio se dá por manuseio da terra e de acidentes com espinhos. Contudo, o principal agente epidemiológico envolvido na transmissão da esporotricose é o gato doméstico, caracterizando-se essa doença como uma zoonose, daí que seja necessário um cuidado muito especial com esse simpático animal de estimação.
Através da marcação territorial - seja arranhando troncos de árvores ou brigando com gatos infectados, ou mesmo ao cobrir suas fezes com terra - o gato se contamina e, posteriormente, pode inocular esse fungo no homem ou em outro gato através da arranhadura, mordedura ou quando houver contato com as secreções das feridas que apresenta. Os sinais da doença surgem após semanas a partir do contágio e são caracterizados, inicialmente, por feridas na pele que nunca cicatrizam. Se não houver tratamento rápido e adequado, podem progredir para o sistema linfático e, em seguida, proliferar por órgãos, como pulmões, ossos e articulações, podendo, em casos mais graves, levar à morte em ambas as espécies.
Em virtude do número de casos dessa doença aumentar diariamente no mundo, principalmente em países tropicais e subtropicais, e onde no Brasil a infecção é relatada como endêmica, sendo líder mundial (em 2017 o Brasil registrou 5 mil casos em humanos, enquanto que nos Estados Unidos - segundo país mais afetado - o registro foi de 62 casos), pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), igualmente alocado neste Instituto, através de testes in vitro, estão utilizando a Terapia Fotodinâmica (TFD) como terapia alternativa no combate à esporotricose, tendo já colhido resultados bastante satisfatórios ao longo da pesquisa. O objetivo é obter uma resposta eficaz na eliminação da esporotricose e diminuir o tempo de tratamento da doença, usando a TFD como terapia única, ou associada à medicação convencional. Dentre as vantagens da técnica, temos o seu baixo custo, facilidade de aplicação e pequena infraestrutura necessária para aplicação, poucos efeitos colaterais, ação local e sem relatos do desenvolvimento de resistência.
O combate convencional a esta doença consiste no uso de antifúngicos tradicionais, porém, o tratamento é longo (chega a durar anos), o que acarreta o surgimento de efeitos colaterais nos pacientes, como anorexia, danos hepáticos e risco de intoxicação. Por outro lado, muitos tutores abandonam seus gatos, principalmente se algum membro da família contraiu a doença, o que contribui ainda mais para a perpetuação e multiplicação da esporotricose no ambiente. Também é comum o uso indiscriminado da medicação pelos pacientes, fator que facilita o surgimento de isolados fúngicos resistentes aos fármacos disponíveis.
Assim, a eficiência limitada do tratamento convencional aponta a necessidade de se buscarem alternativas terapêuticas comprovadamente eficazes, como é o caso da TFD, técnica que utiliza a interação da luz, de uma substância chamada fotossensibilizador, e do oxigênio presente nas células. Muitos já utilizam essa modalidade terapêutica para tratamento de câncer e de infecções e, no caso da esporotricose, a TFD surge como uma terapia alternativa promissora.
Esta pesquisa do IFSC/USP está sendo coordenada pela Dra. Hilde Buzzá, juntamente com a aluna de mestrado Amanda Rocha e com supervisão do Prof. Vanderlei Bagnato, tendo como base que o uso da TFD já é algo consolidado na Medicina Humana e na Veterinária, sendo que sua aplicação no tratamento de micoses cutâneas em humanos e gatos se mostra como uma grande possibilidade terapêutica, principalmente em locais com grande incidência de animais de rua e com poucos recursos financeiros. As pesquisas em Biofotônica do CEPOF do IFSC/USP com fungos, como Cândida e Onicomicose, e seu grande sucesso em pesquisas animais, indica que a TFD para o tratamento da esporotricose será também um grande sucesso.
A Drª Hilde Buzzá relata, de forma sumária, como tem sido os trabalhos no laboratório: “De fato, fizemos a caracterização do crescimento do fungo nas suas duas formas - a encontrada no ambiente e a que está presente na lesão. Após isso, foram testados diferentes fotossensibilizadores e doses de luz para encontrar os melhores parâmetros para a eliminação desses microrganismos. Dessa forma, ao zerar as colônias ou reduzindo a quantidade de fungos, combinamos esse procedimento com o tratamento convencional - o antifúngico itraconazol - para reduzir o tempo de tratamento, usando a TFD tanto como terapia principal, como associada”. Os próximos passos da equipe de pesquisadores será testar os melhores parâmetros da TFD em modelos animais, com camundongos infectados.
Participam também deste trabalho a Drª Natalia Inada, Técnica de Nível Superior do IFSC/USP, e o mestrando Marco A. Tiburcio.
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
Família de motorista de Minas Gerais receberá indenização por danos morais e materiais
TRÊS CORAÇÕES/MG - A Justiça do Trabalho de Minas Gerais reconheceu, no último dia 15, que a morte em decorrência da covid-19 pode ser considerada acidente de trabalho e concedeu uma indenização de R$ 200 mil para a família de um motorista de transportadora. Essa é a primeira decisão judicial nesse sentido desde o início da pandemia no Brasil.
“Apesar de ser uma decisão de primeiro grau, e que, portanto, tem que ser reconhecida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e pelo Tribunal Superior do Trabalho, é um precedente importante para que as famílias que perderam entes queridos sejam indenizadas sempre que as normas de segurança do trabalho forem descumpridas e causarem mortes ou prejuízos à saúde do trabalhador”, afirma a advogada Thaís Cremasco, especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário.
O juiz Luciano José de Oliveira, da Vara do Trabalho de Três Corações, entendeu que, como o motorista contraiu o vírus durante uma viagem até Maceió, e como a empresa não comprovou que adotou todas as regras de segurança necessárias, assumiu o risco de que seu funcionário fosse contaminado. “O juiz reconheceu as precárias condições de trabalho a que o motorista foi submetido durante a viagem que durou cerca de 10 dias”, explica a advogada.
Segundo Thaís, a decisão da Justiça de Minas terá efeitos também na esfera previdenciária. “Importante ressaltar que nos casos em que a covid for considerada doença do trabalho haverá implicações na esfera previdenciária caso o trabalhador tenha necessidade de se afastar das suas funções”, completa a advogada.
Empresa não comprovou que adotou regras de segurança
necessárias para proteger funcionário
Ainda de acordo com a especialista, além da indenização, a empresa terá que pagar uma pensão para a família durante o período que faltaria para a aposentadoria do trabalhador caso ele estivesse vivo. “É obrigação do empregador dar aos seus funcionários todas as ferramentas de segurança necessárias para proteger a sua integridade física”, afirma Thaís.
Na decisão, o juiz afirma que o motorista ficou suscetível à contaminação nas instalações sanitárias precárias nos pontos de parada e durante o trajeto, já que o caminhão foi manuseado por outras pessoas e não ficou comprovado que a transportadora cumpria todas as medidas profiláticas da cabine. “Neste caso específico, a empresa tinha que comprovar que forneceu a quantidade necessária de álcool em gel e máscara ao motorista, o que não foi feito”, completa.
A advogada ressalta que as empresas têm obrigação de fornecer máscaras e álcool em gel em quantidade suficiente para que o trabalhador se proteja durante o exercício da sua função. “Se uma empresa não cumprir, o trabalhador pode fazer uma denúncia ao site do Ministério Público do Trabalho da sua cidade”, explica.
Thaís Cremasco, advogada especialista em
Direito do Trabalho e Previdenciário
SÃO CARLOS/SP - O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, é um transtorno do neurodesenvolvimento que inicia-se na infância e, geralmente, acompanha o indivíduo ao longo de sua vida, acarretando impactos de caráter social, acadêmico e profissional.
O Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade passou por diferentes modificações em suas nomenclaturas e conceitos, desde sua primeira descrição. Atualmente, o TDAH é descrito pelo DSM-V (APA, 2014), como transtorno do neurodesenvolvimento com sintomas que envolvem níveis de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade e impulsividade, com manifestação inicial na infância.
A desatenção e desorganização envolvem comportamentos consequentes de recorrentes perdas de seus pertences; aparência de que a criança não está ouvindo o que o outro está lhe dizendo; dificuldades em manter atenção e concluir uma tarefa. Já a hiperatividade e impulsividade são definidas como a agitação motora, dificuldades em permanecer sentado, incapacidade em aguardar a sua vez e se intrometer na atividade do outro.
Em relação à prevalência, dados da literatura demonstram maior prevalência do transtorno em meninos e a idade mais marcante para manifestação dos sintomas é a escolar, dos 6 aos 12 anos.
Na infância, o TDAH representa um dos transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil, sendo assim um dos transtornos mais recorrentes à consulta com neuropediatras e o país ocupando o segundo maior índice de consumidor mundial de Metilfenidato, o medicamento mais indicado para o controle dos sintomas de desatenção/hiperatividade.
Mas qual a causa do TDAH? A origem do transtorno pode ser considerada multifatorial e complexa, possui a contribuição de fatores genéticos e ambientais tendo bases neurobiológicas com anormalidades no sistema nervoso central. Contudo, ainda há lacunas no conhecimento dos mecanismos específicos que conectam genótipo, processos neurais e sintomas cognitivos e comportamentais.
No que tange os fatores ambientais, o uso de tabaco e álcool e a presença de chumbo no ambiente durante a gestação leva a complicações na gestação, no parto ou ao recém-nascido. Prematuridade, baixo peso, situações ambientais extremas na infância, adversidades psicossociais e inconsistência na função parental são fatores de risco relacionado ao transtorno.
Apesar de muito avanço no que diz respeito à compreensão do TDAH ao longo dos anos e aos avanços científicos ligados à genética e exames de neuroimagem, seu diagnóstico é, essencialmente clínico.
Para auxiliar nessa avaliação clinica e estruturar intervenções adequadas deve ser realizado a avaliação neuropsicológica que utiliza métodos clínico-experimentais de observação e de mensuração do comportamento humano por meio da avaliação com instrumentos padronizados.
É muito importante que no caso de dúvidas com relação à dificuldade de atenção a família procure ajuda profissional e faça a avaliação, sabemos hoje que 70% das crianças com TDAH têm pelo menos um transtorno psiquiátrico com comorbidade, entre essas, a taxa de comorbidade de transtorno de aprendizagem se apresenta em média de 45%, sendo o baixo desempenho escolar um dos prejuízos funcionais mais frequentes no TDAH.
*Texto Escrito Por: Thaise Fernanda Mendes Soares CRP: 06/128703
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JAPÃO - O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, decretou na sexta-feira (23) o terceiro estado de emergência para Tóquio e mais três prefeituras para conter a propagação da covid-19, quando faltam três meses para o início dos Jogos Olímpicos no país.
"Hoje decidimos declarar o estado de emergência nos departamentos de Tóquio, Kyoto, Osaca e Hyogo", anunciou Yoshihide Suga, justificando a medida pelo aumento do número das diferentes variantes do SARS-CoV-2 nos novos casos de infeção.
Yoshihide Suga anunciou que a medida estará em vigor entre 25 de abril e 11 de maio, permitindo que as autoridades determinem o fechamento temporário de centros comerciais e estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas.
O estado de emergência poderá ser estendido se a situação não melhorar o suficiente, alertou Shigeru Omi, um dos principais assessores do Executivo sobre a pandemia.
Este é o terceiro estado de emergência no Japão desde o início da pandemia e surge apenas um mês após o fim do último.
No entanto, desta vez as autoridades têm mais poderes, após a legislação ter sido reforçada em fevereiro.
Com quase meio milhão de casos de covid-19 e 10 mil mortes devido à doença, o Japão não impôs confinamentos.
O fim do estado de emergência deverá ocorrer em 11 de maio, na véspera de uma visita do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Back, o que fez aumentar a especulação de que o governo estaria priorizando o calendário olímpico sobre a saúde da população.
A campanha de vacinação no Japão está atrasada em relação a muitos países.
A imunização começou em meados de fevereiro, mas os progressos têm sido lentos devido à falta de vacinas e de profissionais de saúde.
Diante do aumento de casos de covid-19, aumentam as dúvidas sobre a possibilidade de realização das Olimpíadas de Tóquio, que têm início agendado para 23 de julho. Na semana passada, o "número 2" do Partido Liberal Democrático do Japão (no poder), Toshihiro Nikai, admitiu o cancelamento.
Yoshihide Suga prometeu realizar olimpíadas "seguras e protegidas", afirmando que elas servirão como um símbolo do triunfo da humanidade sobre a pandemia.
Devido à pandemia de covid-19, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020, previstos para o verão passado, foram adiados em cerca de um ano.
Os Jogos Olímpicos vão ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto, enquanto os Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.
Agora em abril, numa sondagem da Kyodo News, apenas 24,5% dos entrevistados se mostraram favoráveis ao evento já neste verão, com 39,2% a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e 32,8% a julgarem melhor um novo adiamento.
Uma pesquisa feita com o setor empresarial, em fevereiro, mostrou que apenas 35% das empresas queriam o evento.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.060.859 mortos no mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infecção, segundo balanço da agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus, detectado no fim de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Por: RTP
Dr. Guilherme Sangirardi de Melo Reis, cardiologista credenciado Omint, destaca os aspectos mais importantes que envolvem o diagnóstico e o tratamento da doença e orienta sobre algumas práticas essenciais de controle e prevenção
SÃO PAULO/SP - Na segunda-feira, 26 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data importante para conscientizar a sociedade sobre os principais cuidados que devem ser tomados em relação à doença, que é popularmente conhecida como pressão alta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial atinge cerca de um bilhão de pessoas no mundo, sendo atualmente considerada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral. De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 35% da população brasileira tem a enfermidade, mas metade não tem conhecimento do diagnóstico. Em relação à parcela de pessoas que sabem da existência da doença, 50% fazem uso de medicação, sendo que apenas 45% têm a pressão controlada.
O cardiologista credenciado Omint, Dr. Guilherme Sangirardi de Melo Reis, explica que a hipertensão arterial é uma doença crônica silenciosa e pode acometer indivíduos de diferentes idades. “Os níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias fazem com que o coração precise se esforçar muito mais do que o normal para que o sangue seja distribuído de maneira correta por todo o corpo. Tanto crianças e adolescentes quanto adultos e idosos podem ser diagnosticados com a doença, que acontece quando os valores das pressões máxima e mínima forem iguais ou ultrapassarem140/90 mmHg (ou 14 por 9)”, explica.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio da aferição da pressão arterial, que pode ser realizada com aparelhos manuais ou automáticos, e em condições de repouso. Alguns fatores de risco comportamentais além de questões genéticas favorecem o desenvolvimento da doença. A obesidade, o estresse, o tabagismo, o sedentarismo, o envelhecimento e a ausência de hábitos alimentares adequados são alguns dos principais aspectos que levam ao aumento da pressão arterial.
O tratamento da hipertensão deve ser feito, principalmente, por meio da adoção de hábitos alimentares e de vida mais saudáveis, como por exemplo o combate ao sedentarismo, cessação de tabagismo, medidas de redução de stress, entre outros. Entretanto, em muitos casos, também é preciso que o paciente use regularmente medicamentos de diferentes mecanismos de ação, de acordo com as particularidades individuais de cada caso, avaliados e definidos sempre com orientação do médico.
Orientações de prevenção e controle
Na grande maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas deve ser controlada por meio da adoção de hábitos saudáveis. “Pacientes hipertensos podem ter qualidade de vida, mas é preciso levar em consideração alguns cuidados essenciais, principalmente em tempos de pandemia, pois essas pessoas fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Por isso, recomenda-se que elas reforcem as medidas de prevenção, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos com água e sabão”, alerta o cardiologista.
As principais orientações para quem tem o diagnóstico de hipertensão abrangem a prática de atividade física (30 minutos, no mínimo, e três vezes por semana), bons hábitos alimentares, privação de consumo de cigarro, redução na ingestão de álcool e restrição do sódio na alimentação, que pode ser substituído por outros temperos que destaquem mais o sabor dos alimentos.
Sobre a Omint
O Grupo Omint atua no segmento de viagem desde 2011, sendo parceira da IAG (International Assistance Group), considerada a mais completa associação de empresas especializadas em assistência em viagem pelo mundo. Posteriormente, com a Omint Seguros, passou a comercializar apólices individuais e coletivas de Seguro Viagem.
Ampliando seu portfólio de soluções no ramo de seguro de pessoas, passou a comercializar também seguros de vida em grupo e individual, reforçando a sua vocação de cuidar e proteger pessoas, famílias e o capital humano das empresas.
O Grupo Omint faturou R$ 1,8 bilhão em 2020, resultado de crescimento orgânico e sustentável.
SÃO PAULO/SP - Tão logo os primeiros casos de Covid-19 começaram a aparecer por aqui, em março do ano passado, os hospitais, principais clientes do empresário do ramo de confecção Sergio Bertucci (50), foram um a um cancelando seus pedidos de uniformes com nanotecnologia (sujam menos, não amassam). De uma hora para a outra, suas máquinas deixaram de costurar calças, aventais e jalecos para fabricar máscaras cirúrgicas simples. Foram milhões de unidades produzidas e entregues na metrópole. Desde setembro, o produto ganhou um ingrediente tecnológico que atende pelo nome de phitalox e que garante matar o coronavírus.
Desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a empresa Golden Technology, a Phitta Mask apresentou uma eficácia de 99,99% e sua aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ocorreu em novembro do ano passado. “Os pesquisadores colocam um pedacinho do tecido dentro da célula e o deixam lá por 72 horas. É nesse momento que eles conseguem confirmar o grau de inativação do vírus”, afirma Bertucci, que investiu 5 milhões de reais, juntamente com dois sócios, para fabricar o produto. Outros testes ocorreram com pacientes internados com Covid-19 no Hospital das Clínicas. Nesses casos, eles usaram uma máscara comum por duas horas e depois o acessório com o ativo pelo mesmo período. Esse segundo estudo foi importante para saber se o produto realmente inativou o vírus ou se a máscara estava sem vírus porque os pacientes não estavam mais doentes.
Além de proteger contra o vírus do momento, outro diferencial da Phitta Mask é que seu efeito dura doze horas, seis vezes mais do que uma máscara cirúrgica convencional. O tempo não precisa ser ininterrupto. “Pode usar duas horas, depois três, no outro dia cinco, até dar doze horas”, afirma Bertucci.
A máscara que promete matar o coronavírus — inclusive, segundo a empresa, as variantes P1 e P2 — custa no varejo 1,70 real a unidade. Em abril, foram produzidos 4 milhões delas. Para maio, o número passará para 6 milhões por mês. O próximo passo da empresa é aplicar o produto phitalox, um líquido verde, em outros materiais, como aventais e enxovais de hospitais. Há outras possibilidades de utilização em pastas de dente e enxaguantes bucais. Também existem propostas para a Phitta Mask ser exportada para países como Peru, Colômbia e Estados Unidos. Nesse último, o produto precisa passar pelo crivo da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora americana.
Independentemente da eficácia, o uso de máscaras de qualquer tipo não garante 100% de segurança contra o coronavírus. Distanciamento social e higienização das mãos fazem parte da prevenção ideal.
*Por: Sérgio Quintella / VEJA SP
TAMBAÚ/SP - Quinta-feira, dia 22 de abril, um dia muito importante para a saúde municipal de Tambaú, onde recebeu 2 concentradores de oxigênio, equipamento fundamental do tratamento pós-Covid de alguns pacientes com sequelas, dentre outras condições onde o uso do oxigênio em casa também é necessário.
Além de moderno, o equipamento é portátil, leve e de fácil manuseio, dessa forma acompanha o paciente em suas necessidades de locomoção e facilita a recuperação. Os concentradores estarão disponíveis no Fundo Social e sua utilização será por pacientes socialmente mais vulneráveis após prescrição médica. O paciente ou responsável deverá apresentar os documentos pessoais e assinar um termo de empréstimo com validade até o período descrito pelo profissional.
“Com muita alegria o Governo do Estado de São Paulo, por meio da DRS-XIV disponibilizou ao Município de Tambaú, através da indicação do Deputado Estadual Rafael Silva e a pedido dos Vereadores Natalia Galbere e Maicom Zampolo, dois novos concentradores de oxigênio para nossa cidade, mais uma conquista importante para os tambauenses”, destacou o Prefeito Dr. Leonardo Teixeira Spiga Real.
Essa conquista é fruto de trabalho conjunto da Administração, Câmara Municipal e Coordenadorias de Saúde e Assistência Social. Continue se cuidando! Use máscara e respeite as medidas de prevenção. Tambaú contra o coronavírus!
SÃO PAULO/SP - O governador João Doria disse nesta quinta-feira (22) que a pandemia da Covid-19 está "sob relativo controle" no estado de São Paulo e, por isso, eventuais medidas de restrição ou flexibilização serão adotas de forma regionalizada.
"Eu diria que (a pandemia) está sob relativo controle, porque nós conseguimos, graças às medidas do Plano São Paulo..., uma redução no número de pessoas infectadas e, consequentemente, menor ocupação nos chamados leitos primários dos hospitais públicos e privados e uma menor ocupação também nos leitos de UTI", disse Doria.
Segundo ele, a tendência é que a redução continue nas próximas duas semanas, "o que poderá permitir que, dessa fase de transição, venhamos para a Fase Laranja, que é menos restritiva do que a Fase Vermelha, na qual estávamos, e bem menos restritiva do que a Fase Emergencial."
Dados da secretaria de Saúde do estado mostram que há queda na média diária de internações nas últimas três semanas. Caiu também, na última semana, a média diária de novos casos. Apesar disso, a média móvel diária de mortes ainda é alta, embora na última semana tenha registrado alta bem menor, de 0,6%. Segundo o Centro de Contingência do Coronavírus, a tendência é de que nos próximos dias haja queda.
A Rede de Pesquisa Solidária divulgou um estudo em que aponta a política de “zigue-zague” de abertura e fechamento do comércio como ineficaz no combate à disseminação da Covid-19 no estado de São Paulo.
Com a participação de mais de 100 pesquisadores de instituições parceiras, incluindo a Universidade de São Paulo (USP), o levantamento analisa a ação de abrandar e aumentar a rigidez em políticas públicas de isolamento social. O documento vê como necessário modificar as medidas de distanciamento físico.
*Redação VEJA São Paulo
SÃO PAULO/SP - As doenças neurodegenerativas que causam demência aumentam os riscos de gravidade e morte por covid-19. No caso de pacientes com doença de Alzheimer, esses riscos são três vezes maiores e podem ser aumentados em seis vezes se tiverem mais de 80 anos.
As constatações foram feitas por meio de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Butantan, em parceria com colegas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os resultados do estudo, apoiado pela Fapesp, foram descritos em artigo publicado nesta quarta-feira, 21, na revista Alzheimer’s&Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association.
“Verificamos que todas as causas de demência são fatores de risco de aumento da gravidade e de morte por covid-19 e que, em pacientes com doença de Alzheimer, esses riscos são mais acentuados”, diz à Agência Fapesp Sérgio Verjovski, professor do Instituto de Química da USP e coordenador do projeto.
A demência já tinha sido identificada como um fator de risco para covid-19 junto com outras comorbidades, como doenças cardiovasculares e respiratórias, hipertensão, diabetes, obesidade e câncer. Um dos motivos é própria a idade: pacientes com demência, em média, são mais velhos e grande parte vive sob cuidados de outras pessoas em casa ou lares de idosos, o que aumenta o risco de infecção e transmissão do vírus.
No entanto, ainda não tinha sido avaliado se pacientes com doenças neurodegenerativas que causam a demência - como a doença de Alzheimer e de Parkinson - são mais infectados, têm maior risco de desenvolver formas graves e morrer em decorrência da covid-19, e se a idade avançada acentua esses perigos.
A fim de esclarecer essas dúvidas, os pesquisadores investigaram o número de diagnósticos positivos, hospitalizações e mortes por covid-19 em uma coorte de 12.863 pacientes acima de 65 anos com dados de teste positivo ou negativo para o coronavírus, cadastrados entre março e agosto de 2020 no UK Biobank - banco de dados clínicos de cerca de 500 mil pacientes acompanhados desde 2006 pelo sistema público de saúde do Reino Unido.
Desse total de pacientes, 1.167 foram diagnosticados com covid-19. Para considerar a idade como um fator de risco, eles foram estratificados em três faixas etárias: de 66 a 74, 75 a 79 e 80 anos ou mais.
“Algumas vantagens de usar os dados clínicos desse banco é que são detalhados, ou seja, registram todas as doenças preexistentes e indicam os pacientes testados positivo ou negativo, hospitalizados e os que vieram a óbito em decorrência da COVID-19. Isso permite avaliar os fatores de risco associados à infecção, gravidade e morte pela doença, incluindo todas as causas de demência, particularmente as doenças de Alzheimer e de Parkinson”, explica Verjovski.
Os resultados das análises estatísticas indicaram que todas as causas de demência - e, particularmente, a doença de Alzheimer - foram fatores de risco para gravidade e morte de pacientes hospitalizados, independentemente da idade.
A doença de Alzheimer, especificamente, não aumentou o risco de hospitalização na comparação com as comorbidades crônicas. Entretanto, uma vez internados, os pacientes com a doença apresentaram risco três vezes maior de desenvolver quadro grave ou morrer em decorrência da covid-19 em comparação com pacientes que não tinham a doença neurodegenerativa. No caso de pacientes acometidos pela doença e com idade acima de 80 anos, esses riscos foram seis vezes maiores em comparação com pacientes menos idosos, constataram os pesquisadores.
“Há algum fator, ainda não identificado, que aumenta a predisposição de pacientes nessa condição a evoluir para um quadro mais grave e falecer em decorrência da covid-19”, avalia Verjovski.
“Os resultados do nosso trabalho indicam que é necessário dar uma atenção especial a esses pacientes ao serem internados”, afirma.
Uma das explicações para os desfechos observados é que condições inflamatórias crônicas ou respostas imunológicas defeituosas, causadas pelo envelhecimento do sistema imunológico (imunossenescência), podem aumentar a vulnerabilidade e reduzir a capacidade desses pacientes de montar respostas eficazes à infecção.
Outra hipótese é a alteração da permeabilidade da barreira hematoencefálica, causada pela doença de Alzheimer, que pode possibilitar o aumento da infecção no sistema nervoso central
Estudos recentes mostraram que o SARS-CoV-2 é capaz de invadir o sistema nervoso central por meio da mucosa olfatória e que a presença do vírus nessa região resulta em uma resposta imune e inflamatória local.
Outros estudos relataram a presença do novo coronavírus no tronco cerebral, que compreende o sistema cardiovascular primário e o centro do controle respiratório, levantando a possibilidade de que a infecção do sistema nervoso central pode mediar ou agravar problemas respiratórios e cardiovasculares em pacientes com covid-19.
“Pretendemos fazer, agora, análises do genoma desses pacientes, também disponibilizados no UK Biobank, para identificar quais genes estão mutados e que podem estar implicados no aumento do risco de pessoas com doença de Alzheimer evoluírem para quadros graves e morrerem por covid-19”, afirma Verjovski.
O artigo Dementia is an age-independent risk factor for severity and death in COVID-19 in patients (DOI: 0.1002/alz.12352), de Ana C. Tahira, Sergio Verjovski-Almeida e Sergio T. Ferreira, pode ser lido na revista Alzheimer’s&Dementia.
*Por: Elton Alisson / ESTADÃO
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