ARGENTINA - A vacinação de gestantes e lactantes contra a covid-19 deve ser uma prioridade nas Américas, solicitou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na quarta-feira (8), destacando as vantagens da imunização para proteger mulheres e bebês durante a pandemia.
A diretora da Opas, Carissa Etienne, considerou "extremamente importante" que as mulheres grávidas tenham acesso à vacina anticovid para protegerem a si e a seus bebês.
Ela destacou uma vantagem adicional: as mães que amamentam passam imunidade aos filhos. Os países "devem dar prioridade a mulheres grávidas e lactantes nas vacinas contra covid-19", disse ela em entrevista coletiva.
A Opas, que já alertou que a pandemia ameaça as conquistas de 20 anos na luta para reduzir a mortalidade materna nas Américas, advertiu novamente sobre o impacto da covid-19 nas mulheres grávidas.
“A maioria dos países de nossa região já relatou mais casos e mortes (pelo coronavírus) entre mulheres grávidas neste ano do que em todo o ano de 2020”, disse Etienne.
Ela destacou que o risco é especialmente alto no México, Argentina e Brasil, países que respondem pela metade de todas as mortes por covid-19 entre mulheres grávidas na região.
"No México e na Colômbia, a covid-19 se tornou a principal causa de morte materna em 2021", disse Etienne.
De acordo com dados da Opas, o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 270.000 mulheres grávidas adoeceram com covid-19 nas Américas desde o início da pandemia em março de 2020.
Entre elas, mais de 2.600 (1% dos infectados) morreram do vírus.
As mulheres grávidas são mais vulneráveis a infecções respiratórias como a causada pelo coronavírus devido a alterações no sistema imunológico durante a gravidez.
E está comprovado que, se infectadas com covid-19, correm maior risco de desenvolver sintomas graves da doença e necessitarão de ventilação e cuidados intensivos com mais frequência. Elas também podem dar à luz bebês prematuros.
Usar máscaras, manter distância social, limitar o contato com pessoas fora de casa e evitar reuniões em espaços fechados são medidas de saúde pública que ajudam a prevenir infecções por covid-19.
Mas Etienne colocou uma forte ênfase em adicionar vacinação a estas medidas.
“Deixe-me ser clara: a Opas recomenda que todas as mulheres grávidas após o primeiro trimestre, assim como aquelas que estão amamentando, recebam a vacina contra a covid-19”, enfatizou.
Argentina, Chile, México e Uruguai são alguns dos países que incluíram gestantes em seus grupos prioritários de vacinação contra o coronavírus.
Mas, de acordo com a Opas, menos da metade dos países da América Latina e do Caribe implementaram diretrizes para vacinar essa população.
Etienne enfatizou que as vacinas anticovid aprovadas pela OMS “são seguras para administrar durante a gravidez e são uma ferramenta fundamental para proteger as mulheres grávidas durante a pandemia”.
No México, onde as mulheres grávidas há muito são consideradas um grupo prioritário, "nenhuma mulher vacinada morreu de covid-19 durante a gravidez", destacou.
A OMS aprovou até agora seis vacinas: Moderna, Pfizer/BioNTech, Johnson & Johnson, AstraZeneca, Sinopharm e Sinovac.
O vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, disse nesta quarta-feira que o processo de autorização da OMS para a vacina russa Sputnik está suspenso desde junho.
"Isso porque uma fábrica de produção da Sputnik na Rússia não atendia às condições necessárias para boas práticas de fabricação", explicou.
“Até o momento não temos uma data de quando esse processo será retomado”, acrescentou.
Nenhuma vacina que não tenha sido aprovada pela OMS pode ser endossada pela Opas ou incluída na carteira do mecanismo global de distribuição da Covax.
No entanto, Barbosa especificou que cada país é soberano na decisão de certificar e aplicar qualquer vacina.
*Por: AFP
BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização emergencial em caráter experimental de um medicamento para tratamento de pacientes com covid-19, o Sotrovimabe.
O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.
O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico para que seja ministrado. O prazo de validade do produto é de 12 meses, armazenado em temperaturas de 2º a 8º.
A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.
“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.
Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.
A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com covid-19.
Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.
Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.
A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.
*Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirma nesta quarta-feira (08/09) mais uma morte por COVID-19 no município, totalizando 521 óbitos.
Trata-se de um homem de 47 anos, internado em hospital privado desde 21/07. O óbito ocorreu em 06/09, porém foi registrado no sistema nesta quarta-feira. São Carlos contabiliza neste momento 27.571 casos positivos para COVID-19 (16 resultados positivos foram divulgados hoje), com 521 óbitos confirmados e 132 descartados.
Dos 27.571 casos positivos, 25.295 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 51 óbitos sem internação, 2.225 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 1.704 receberam alta hospitalar e 470 positivos internados foram a óbito. 26.934 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 47.824 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (114 resultados negativos foram liberados hoje).
Estão internadas neste momento 20 pessoas, 3 adultos estão neste momento em enfermaria. 2 pacientes estão em Unidades de Cuidados Intermediários (UCI - Santa Casa), 1 paciente está em Unidade de Suporte Ventilatório (USV – HU/UFSCar). No total na UTI adulto estão internadas 12 pessoas, sendo 10 em leitos de UTI/SUS e 2 em leitos de UTI da rede particular. 2 crianças estão em enfermaria SUS neste momento. Nenhuma criança ocupa vaga de UTI/SUS. Cinco pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS adulto está em 22,73% (10 adultos estão internados).
O município disponibiliza 44 leitos adulto de UTI/SUS para COVID-19, já que a Santa Casa voltou a operar com 30 leitos adulto para UTI/SUS, 20 leitos de UCI, 6 de UTI infantil e 8 de enfermaria o Hospital Universitário (HU/UFSCar) opera com 14 leitos de UTI/SUS adulto, 6 de Unidade de Suporte Ventilatório (USV) e 15 de enfermaria.
CENTRO DE TRIAGEM – Nenhum paciente está sendo atendido neste momento em leito de estabilização do Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 85.686 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 85.047 pessoas já cumpriram o período de isolamento e 639 ainda continuam em isolamento domiciliar.
A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes do tipo PCR em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal sendo que 59.335 pessoas já realizaram a coleta de exames, 41.828 tiveram resultado negativo para COVID-19, 17.466 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos). 41 pessoas aguardam resultado de exame.
SÃO CARLOS/SP - De acordo com Denise Braga, diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial os postos volantes com sistema drive-thru não vão atender que não estiver agendado. Já as unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s) vão atender pessoas não agendadas dependendo do número de vagas que disponibiliza. Se a unidade já estiver com agendamento completo, não vai vacinar, se ainda tiver vaga, vai aplicar a vacina, porém essa pessoa vai ter que esperar o atendimento das pessoas agendadas.
A Secretaria de Saúde ressalta que em muitas unidades as vagas se esgotam imediatamente, porém em outras não preenchem nem 50% das vagas, portanto a pessoa deve sempre verificar, se não tiver vaga na unidade de preferência, procurar vaga em outra. Hoje, por exemplo, tivemos unidades com 400 agendamentos e outras com 80.
Atualmente estão disponíveis as seguintes unidades e postos volantes para agendamento: Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do Cidade Aracy, Azulville, Maria Stela Fagá, Redenção, Santa Felícia e Vila São José; Unidades de Saúde da Família (USF’s) do Arnon de Melo/Angelina, CDHU, Cruzeiro do Sul, Zavaglia e Jockey/Guanabara e postos volantes com sistema drive-thru da FESC (Vila Ney), Shopping Iguatemi e Paróquia Guadalupe (Cidade Aracy).
O sistema de agendamento não apresentou instabilidade em nenhum dos dias disponíveis para agendamento e nem ficou do ar. Em alguns momentos fica congestionado pelo número de acesso ao mesmo tempo.
SÃO CARLOS/SP - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Carlos, instaurada para apurar possíveis irregularidades na gestão da Secretaria Municipal de Saúde, realiza nesta quinta-feira (9) às 9h, na Sala das Sessões do Edifício Euclides da Cunha, reunião para ouvir o advogado Luís Donizetti Luppi, autor de denúncia de irregularidades na PROHAB. O advogado compareceu diante da CPI no último dia 19 e teve seu depoimento novamente agendado.
A CPI é composta pelos vereadores Marquinho Amaral (presidente), Elton Carvalho (relator), Bruno Zancheta (secretário), Dé Alvim e Professora Neusa (membros).
Devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a população não terá acesso ao evento, mas poderá acompanhar ao vivo pela Rede Alesp (Canal 8 da NET), pela Rádio São Carlos (AM 1450) e pelo site, Youtube e Facebook oficiais da Câmara.
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial da Secretaria de Saúde informa que o agendamento da vacina contra a COVID-19 para esta quarta-feira (08/09) já está disponível no sistema. Os adolescentes com 12 anos também já podem marcar data, local e horário para a imunização.
O agendamento eletrônico deve ser feito pelo site http://coronavirus.saocarlos.sp.gov.br/fila. Inicialmente é necessário fazer um cadastro, registrar uma senha, para depois acessar as opções de data, horário e locais para receber a imunização. Uma mensagem será enviada para o e-mail do usuário confirmando o agendamento. Se a pessoa não tiver o cartão SUS, pode fazer agendamento assim mesmo.
O agendamento também deve ser feito para a segunda dose da ASTRAZENECA, CORONAVAC e PFIZER.
De acordo com Denise Braga, diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial, o agendamento somente foi aberto para amanhã devido a alguns ajustes necessários no sistema para ampliar o número de doses e horários.
CADASTRO - Para fazer a primeira dose é necessário fazer o cadastro no www.vacinaja.sp.gov.br e preencher os dados. O comprovante de endereço é obrigatório.
Os menores de idade desacompanhados devem apresentar o termo de assentimento preenchido e assinado juntamente com um documento pessoal do responsável legal que assinou o Termo. Adolescentes acompanhados pelo responsável devem portar o termo preenchido e documentos pessoais de ambos com foto e CPF. O termo de assentimento está disponível no link http://coronavirus.saocarlos.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/03/TermoAssentimento-12a17anos.pdf.
Quem for receber a segunda dose basta levar documentos pessoais com foto, CPF e a carteirinha de vacinação.
No mês de combate ao suicídio, especialista alerta sobre a relação entre a depressão, a pandemia e as doenças reumatológicas
SÃO PAULO/SP - Durante a pandemia, com o isolamento social, casos de depressão tornaram-se constantes entre pacientes crônicos. Para um paciente reumatológico, os problemas provenientes da privação foram exacerbados por um panorama clínico de pessoas que convivem diariamente com a dor.
As taxas de suicídio são mais elevadas entre pacientes com doenças crônicas em comparação com a população geral sem essas doenças. Quando levamos em consideração pacientes com dor crônica essa taxa chega a ser o dobro.
A doutora Jaqueline Lopes especialista na Cobra Reumatologia, alerta para o cuidado maior para com esses pacientes.
Portanto, neste Setembro Amarelo, destacamos a importância de abordar a depressão e o suicídio no contexto de pacientes portadores de alguma doença reumatológica.
Enquanto a COVID-19 ainda passava por muitas pesquisas para o entendimento da classe médica e cientifica, pacientes foram afetados por notícias desconexas e pelo medo do desconhecido, e cerca de 20% a 30% desses pararam suas medicações por conta própria. Dificuldade para dormir, cansaço, fadiga constante, rigidez muscular, sono não reparador e emoções negativas foram ainda maiores durante o isolamento, intensificando as queixas de dores.
"Indivíduos com dor, apresentaram maior chance de depressão e uma das consequências mais sérias da depressão é o suicídio e a ideação suicida. Um estudo avaliando pacientes com artrite reumatoide identificou que 11% haviam experimentado ideação suicida." Ressalta a Dra. Jaqueline Lopes
As mudanças de hábitos também foram decisivas para que o quadro se agravasse, pois, além do sedentarismo, o uso de bebidas alcoólicas e de tabaco para compensar frustrações, não só pioraram as dores e desconfortos físicos, como também agravaram as questões psicológicas, reforçando gatilhos que podem levar ao suicídio.
Infelizmente, o diagnóstico de depressão e o tratamento ainda é muito negligenciado. Um estudo realizado no Canadá mostrou que menos da metade das pessoas com depressão grave e reumatismo havia consultado um profissional de saúde mental.
A especialista da Cobra Reumatologia enfatiza que para o quadro não evoluir para fatores críticos, é necessário também o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como um psicólogo e psiquiatra, bem como o apoio incondicional da família.
Sobre a Dra. Jaqueline Lopes: Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso (2001), Jaqueline Barros Lopes tem residência em Clínica Médica (HUJM), residência em Reumatologia (FMUSP), é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e tem Doutorado em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP). Hoje, é diretora cientifica da renomada Cobra Reumatologia.
RIO DE JANEIRO/RJ - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma ter recomendado, em reunião ocorrida no sábado (4), a quarentena de quatro jogadores argentinos, ante a confirmação de que eles teriam prestado informações falsas ao entrarem no Brasil para partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Na reunião, segundo a agência, estavam presentes representantes da delegação da seleção argentina de futebol.
Conforme previsto na Portaria Interministerial 655, de 2021, viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e Índia estão impedidos de ingressar no Brasil.
A partida foi paralisada ontem (5), após 5 minutos de seu início, depois dos quatro jogadores argentinos entrarem em campo, mesmo com a determinação da agência de que teriam de cumprir isolamento no hotel para serem deportados para a Argentina.
“Desde a tarde deste último sábado (4), a Anvisa, em reunião ocorrida com a participação de representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da delegação argentina, recomendou a quarentena de quatro jogadores argentinos”, informou, em nota, a Anvisa.
A agência acrescenta que, mesmo depois da reunião e da comunicação das autoridades, os jogadores argentinos teriam participado de treinamento ainda na noite do sábado. Diante da situação, na manhã seguinte, a Polícia Federal foi notificada.
A Anvisa afirma que “até a hora do início do jogo, esforçou-se, com apoio policial, para fazer cumprir a medida de quarentena imposta aos jogadores, sua segregação imediata e sua condução ao recinto aeroportuário”.
As tentativas foram frustradas, desde a saída da delegação do hotel até antes do início do jogo, “quando a agência teve sua atuação protelada já nas instalações da arena de Itaquera”.
“A decisão de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da agência. Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do país, e que ainda prestaram informações falsas às autoridades, isso sim, exigiu a atuação da agência de Estado a tempo e a modo, ou seja, de maneira tempestiva e efetiva”, complementa a nota.
A Anvisa acrescenta que os jogadores se recusaram a assinar a notificação entregue pelas autoridades presentes no estádio.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma nota oficial nesta segunda-feira esclarecendo que enviou como representante à reunião que ocorreu no Hotel Marriot, onde estava hospedada a Seleção Argentina, o coordenador Operacional da Comissão Médica especial, Roberto Nishimura e que ele não teve "nenhuma interferência em relação a aspectos administrativos ou sanitários".
"Por entender não se tratar de assunto de sua atribuição, em nenhum momento houve qualquer manifestação por parte do representante da CBF às autoridades quanto à questão sanitária dos quatro atletas argentinos, seja no sentido de liberar ou de vetar sua participação no jogo", diz a nota, que confirma que na reunião os representantes da seleção argentina foram informados da "irregularidade no ingresso dos jogadores, que eles deveriam ficar em quarentena e receberam a orientação das autoridades para solicitarem, junto aos órgãos competentes, a autorização especial para que os jogadores tivessem sua situação regularizada."
A CBF também diz na nota que, após a reunião, quando foi solicitada a presença dos atletas foi informado que os mesmos haviam saído para treinamento e informou o descumprimento à Anvisa e ao Ministério da Saúde.
Sobre a presença do diretor de Competições da CPF, Manoel Flores, no hotel em que estava hospedada a delegação argentina, a CBF informou que o dirigente esteve no local para tratar de detalhes operacionais do jogo e que este tipo de visita é rotina em toda operações de jogo.
"A CBF esclarece ainda que cumpriu rigorosamente seu papel institucional como entidade anfitriã do jogo, informando todos os envolvidos no jogo a respeito das leis sanitárias em vigor no país em ofício enviado, por meio da Secretaria Geral da entidade, no dia 5 de julho, e reenviado posteriormente em 11 de agosto e 2 de setembro", informou.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL) se reuniu com o secretário Municipal de Saúde, Marcos Palermo, para discussão de diversas pautas relacionadas à saúde de nosso município. Ele cobrou prioritariamente o retorno de todas as cirurgias eletivas.
Bruno resumiu: “Tratamos de diversas pautas, dentre elas, a vacinação, a questão da saúde mental, o atendimento realizado nas UPAs e principalmente a questão do retorno das cirurgias eletivas que tanto são necessárias e procuradas em nossa cidade, conversamos também sobre a implantação do Pós – Covid 19 na rede, algo que é de extrema importância, uma vez que um a cada seis indivíduos necessita de acompanhamento médico após a infecção causado por este vírus e, o mais importante, acredito que unindo forças entre legislativo e executivo conseguiremos melhorias significativas para nosso município”, completou o vereador mais jovem desta legislatura.
O parlamentar elencou: “Gostaria de agradecer o secretário Marcos Palermo que nos recebeu, de forma republicana, na Secretaria Municipal de Saúde para que pudéssemos tratar de algumas pautas e projetos futuros, sempre pensando na melhoria de nosso sistema de saúde”, finalizou o vereador.
Psicóloga do HU-UFSCar fala sobre o tema e aponta a importância do apoio da família, amigos e profissionais de saúde
SÃO CARLOS/SP - A campanha Setembro Amarelo é organizada nacionalmente, desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e tem o objetivo de sensibilizar e informar os diferentes públicos sobre a temática do suicídio, formas de acolhimento, abordagem dos pacientes e a prevenção com o apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde.
Lara Rosa Cobucci é psicóloga do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh/MEC) e acredita que a campanha de prevenção ao suicídio é importante por promover espaços de fala aberta sobre o tema, já que apenas por meio do conhecimento é possível ofertar ajuda e prevenir que esse ato ocorra. "O suicídio segue sendo um assunto pouco falado, por se tratar de um grande tabu e estigma. Mas, ao contrário do que comumente se pensa, falar sobre ele não aumenta seu risco, mas, sim, promove acolhimento e possibilita a obtenção de ajuda adequada", avalia Cobucci.
Dados
De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem, por ano, em todo o mundo por causa do suicídio. Ele também é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Dados da ABP indicam que são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil, com casos cada vez mais frequentes entre os jovens. De acordo com a Associação, cerca de 96,8% dos suicídios estão relacionados a transtornos mentais.
Para Lara Cobucci, o suicídio, assim como o pensamento e as tentativas, não tem uma causa única ou pontual. "Esse comportamento ocorre como um resultado da interação de diversos fatores psicológicos, sociais, culturais, ambientais, biológicos e genéticos. Dentre os principais fatores de risco para o suicídio está a presença de doença mental, como depressão, transtorno bipolar e abuso de álcool ou outras drogas. Sabe-se que praticamente todos os indivíduos que tentam suicídio têm alguma doença mental pregressa, porém muitas vezes tais doenças nunca foram diagnosticadas ou tratadas", explica.
Prevenção
Como o suicídio ocorre por uma junção de fatores, Lara Cobucci explica que há diversas estratégias que podem e devem ser empregadas como prevenção. Uma delas, de acordo com a psicóloga do HU-UFSCar, é a identificação e avaliação do risco do indivíduo, considerando tentativas prévias, quadro de saúde mental, a presença de planos de morte e características sociais e psicológicas. "Embora haja o mito de que as pessoas que ameaçam se matar não irão concretizar o plano e querem ‘apenas chamar atenção’, sabe-se que a maioria dá sinais, expressa seus pensamentos e planos de morrer antes de tentar e cometer o suicídio", alerta. Uma vez identificado o risco, a pessoa deve ser acolhida, ouvida de forma empática e encaminhada para serviços de referência em saúde mental. Além disso, deve-se buscar garantir a presença do suporte social.
Nesse contexto, a psicóloga aponta que a família e amigos são essenciais na prevenção ao suicídio. "Eles têm o papel de ouvir, dar suporte e acolher, além de incentivar a buscar ajuda profissional e evitar que a pessoa tenha acesso a meios de se autolesionar".
Por fim, Lara complementa que a pandemia de Covid-19 está afetando a saúde mental de muitas pessoas e que diversos estudos já apontam para o aumento de depressão, ansiedade, angústia, violência e abuso de álcool e outras drogas. "Além do contexto do isolamento social, esses sintomas se juntam a dificuldades financeiras e perdas ocasionadas pela pandemia, e se tornam grandes fatores de risco ao comportamento suicida. Diante disso, mais do que nunca, são necessários a conscientização e o desenvolvimento de estratégias de produção de cuidado, a fim de evitar um aumento nas taxas já muito altas de comportamento suicida no Brasil e no mundo", conclui.
Em caso de necessidade, o indivíduo poderá buscar ajuda em um dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de sua cidade - em São Carlos são três tipos de Caps (Mental, Álcool e Drogas e Infantil e Juvenil) -, além do Centro de Valorização da Vida (CVV), que também é um importante canal de comunicação para quem precisa conversar, disponível 24 horas pelo telefone 188.
HU-UFSCar
Durante este mês de setembro, serão realizadas ações específicas sobre o tema com funcionários e pacientes da Saúde Mental do Hospital. O HU-UFSCar possui oito leitos de internação exclusivos para Saúde Mental, com atendimento multidisciplinar e estrutura específica para esse serviço, sendo referência para encaminhamentos na cidade e região.
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