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Conteúdos são produzidos por estudantes de graduação de várias áreas

 

SÃO CARLOS/SP - O portal https://www.e-zine.ufscar.br está com uma nova série de e-zines - publicações online em formato de revista -, produzida pelos estudantes dos cursos de Química, Engenharia Química e Estatística. São 15 e-zines que tratam de temas como a química no cinema, a poluição dos oceanos, super-heróis, química para curiosos, microplástico, a importância dos rótulos em alimentos, química nuclear, entre outros. Eles se juntam a outros 105 e-zines publicados nas três etapas anteriores do projeto e que estão dispostos no portal. O conteúdo está distribuído nas temáticas: arte, ciência, cultura e sociedade, esporte, meio ambiente, saúde e qualidade de vida e tecnologia.
Os novos e-zines publicados foram elaborados na quarta etapa do projeto - novembro de 2022 a abril de 2023, no escopo do projeto "Comunicação e Expressão: interfaces com Ciência, Tecnologia, Sociedade e Linguagem", que chega à sua quinta fase, atendendo a 288 estudantes de vários cursos de graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O projeto organiza as publicações do Portal, que são produzidas por estudantes dos cursos de graduação das mais variadas áreas, matriculados nas disciplinas de "Produção de texto" e "Comunicação e expressão", oferecidas pelos professores do Departamento de Letras da UFSCar. 
Além do material recém-lançado no Portal, foi produzida, no primeiro semestre letivo de 2023, uma nova série de e-zines, que deve ser publicada em breve."Nesta quinta fase, seguimos com a incorporação de metodologias que tratam, de forma crítica, o uso da inteligência artificial nos processos de leitura e produção de texto, principalmente a partir da difusão de novidades como o ChatGPT", detalha Luciana Nogueira, professora do Departamento de Letras (DL) da UFSCar e atual coordenadora do projeto, que tem a participação dos professores Dirceu Cleber, Lígia Mara Benossi Araújo, Luiz André Neves de Brito, Gladis Maria de Barcellos Almeida, Pedro Henrique Varoni de Carvalho, Soeli Maria Schreiber da Silva e Lívia Falconi Pires, todos do DL.
Segundo Nogueira, a metodologia, desenvolvida num ambiente de construção coletiva do conhecimento, com amplo apoio dos tutores, permitiu também um rico diálogo entre docentes, tutores e alunos de graduação. Até a fase atual, 62 tutores passaram pelo projeto, a maioria do curso de bacharelado em Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCar.

História
O portal de e-zines foi criado durante a pandemia para dar conta da demanda reprimida nas disciplinas ofertadas pelo curso de Linguística. "A equipe planejou uma metodologia capaz de promover a autonomia discente, a valorização da diversidade de gêneros textuais, a criatividade e o trabalho em equipe voltado para a elaboração de um objeto editorial. Assim, a interface entre Ciência, Sociedade, Tecnologia e Linguagens tem possibilitado o desenvolvimento de pautas que dizem respeito à diversidade de formação dos estudantes e demandas concretas da sociedade brasileira no século XXI", declara a coordenadora do projeto.
Os alunos exercitaram todas as etapas de construção de um objeto editorial: da reunião de pauta para escolha do tema ao processo de produção de textos, curadoria do material de pesquisa, imagens, entrevistas, e outros, finalizando com a criação do design. "A escolha temática e os recortes editorais revelam as inquietações das novas gerações de estudantes e permitem um diálogo interdisciplinar a partir do reconhecimento da linguagem como meio de aproximação das diferenças. Com a frequente atualização do material resultante da oferta da disciplina, o projeto se consolida pelo aspecto inovador e criativo trabalhando a produção de texto em perspectiva de divulgação científica a partir das inquietações dos estudantes", analisa a professora da UFSCar.
O resultado pode ser conferido no site www.e-zine.ufscar.br/e-zines/e-zines-2022-1/e-zines-2022.
Objetivo é identificar se diferentes marcas de contraceptivos podem alterar o tecido muscular

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, parceria entre a Unesp e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende comparar o uso de dois diferentes tipos de contraceptivos orais e as possíveis alterações que podem causar na massa muscular. Para isso, nesta primeira etapa, o estudo convida mulheres residentes em São Carlos a responderem um questionário online para compreender melhor o perfil desse público. A pesquisa é feita por Nathalia Dias, sob orientação de Cleiton Augusto Libardi, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) da UFSCar.
De acordo com a pesquisadora, os estudos realizados até o momento investigaram a diferença entre a progestina, chamada de drospirenona, e outros tipos de progestinas na retenção hídrica e outros hormônios relacionados com a retenção hídrica, como por exemplo, a aldosterona. "Nosso objetivo é afunilar mais ainda nessa questão, especificamente avaliando o músculo esquelético", explica Dias.
A ideia é investigar o impacto de apenas dois tipos de contraceptivos orais no músculo esquelético, uma vez que os estudos que olharam para esse desfecho normalmente combinam diversas marcas de contraceptivos orais, o que gera uma confusão nos resultados.
A pesquisadora relata que o estudo é importante para entender se diferentes marcas de contraceptivos orais podem acarretar alterações no tecido muscular. "Este estudo poderá ser aplicado visando uma maior inclusão de mulheres que tomam contraceptivos orais nos estudos, visto que esta ainda é uma temática que causa alguns conflitos aos pesquisadores, justamente por não existir um corpo suficiente de evidências", relata a doutoranda.
A partir do volume de dados alcançados nessa primeira etapa, o próximo passo é realizar a pesquisa e as avaliações diretamente com as mulheres.
Neste momento, mulheres que tenham entre 18 e 35 anos e moram em São Carlos podem colaborar com o estudo respondendo o questionário online, acessível no link https://bit.ly/3PKLXi3. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40156120.3.0000.5504).
Encontro internacional acontece em São Luís (MA), com transmissão online

 

SÃO CARLOS/SP - De 7 a 9 de novembro, acontece o II Encontro Internacional do Instituto Jurídico da Universidade de Coimbra (UC) e Centro de Estudos em Democracia Ambiental (CEDA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com o tema "Experiências inovadoras em participação ambiental". O evento, gratuito, será híbrido, realizado presencialmente na cidade de São Luís (MA), mas terá transmissão pela Internet, para possibilitar a participação também na modalidade online. As inscrições devem ser feitas no site https://encontroij.faiufscar.com. Os participantes receberão certificado.
A programação da segunda edição contempla a abordagem da participação ambiental pelo poder público (Judiciário e Ministério Público) e pela sociedade civil, com ações de educação ambiental. A programação preliminar pode ser conferida neste link (https://bit.ly/3ZXfkRs). 
O tema reflete o que tem sido pesquisado pelos membros do CEDA. Com a presença de autoridades e pesquisadores na área, o evento internacional se consolida como um momento de apresentar os resultados desses estudos, debater com outros pesquisadores (nacionais e estrangeiros) e avançar para a idealização de novos trabalhos nessa temática da participação ambiental.
"A exemplo do que ocorreu no primeiro encontro em abril deste ano na cidade de Coimbra, em Portugal, serão apresentadas ações cidadãs - como o caso do Fórum de Cidadãos Participantes de São Carlos -, sejam elas conduzidas pela academia ou mesmo espontâneas, como no caso de propositura de ações coletivas ambientais em defesa e proteção do meio ambiente", detalha Celso Maran de Oliveira, professor do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar e coordenador do CEDA.

Serviço
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site https://encontroij.faiufscar.com. Os participantes receberão certificado. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo Instagram @cedaufscar e também com o professor Celso Maran de Oliveira pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Há vagas nas áreas médica e de enfermagem e cadastro reserva para outros setores

 

SÃO CARLOS/SP - A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lançou os editais normativos do concurso público nº 1/2023, com vagas para os 41 hospitais universitários federais vinculados à Rede, além da sede da instituição, em Brasília. Além das vagas previstas, o concurso tem por finalidade a formação de amplo cadastro reserva para diversos cargos e especialidades. No Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), há vagas para as áreas médica e de enfermagem e cadastro reserva para outros diferentes setores do Hospital.
Para o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, o reforço de pessoal é fundamental para a manutenção do trabalho de excelência da Rede Ebserh no sentido de apoiar o ensino, a pesquisa e inovação, ao mesmo tempo em que oferece assistência de qualidade à saúde. "Estamos integrados ao Sistema Único de Saúde e temos a responsabilidade de fazer mais e melhor para a sociedade que busca os nossos cuidados. Os futuros trabalhadores e trabalhadoras, aprovados neste concurso, terão oportunidade de seguir uma carreira importante do ponto de vista pessoal, mas também de contribuir para mudar positivamente a vida de milhares de pessoas", declarou Chioro.
Com abrangência nacional, o concurso disponibilizará as inscrições para seis microrregiões até as 23 horas do dia 30 de outubro. No ato da inscrição, o candidato poderá optar por uma determinada unidade hospitalar. As provas ocorrerão em um só dia em todos os estados brasileiros, incluindo capitais e cidades do interior onde se localizam os hospitais da Rede Ebserh. A previsão é que a prova seja aplicada no dia 17 de dezembro.
Uma importante novidade marca esse concurso nacional. Por meio de uma articulação com a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, foi estabelecida a reserva de 10% das vagas ofertadas a candidatos PCD (Pessoa com Deficiência), totalizando 70 vagas, enquanto a legislação prevê 5%. Ou seja, a Ebserh ofertará o dobro de vagas estabelecidas por lei. Além disso, será cumprida a reserva de 20% das vagas para candidatos PNP (Pessoas Negras ou Pardas).
É a maior ação de inclusão na história da Ebserh e, para garantir a isonomia, foi realizada uma sessão pública para sortear cargos/especialidades com previsão de uma ou duas vagas nos editais, ficando estabelecido para quais cargos e hospitais será destinado esse percentual de vagas PCD e PNP.A banca organizadora do certame é o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) e a vigência será de um ano, prorrogável por igual período. Os detalhes podem ser conferidos nos editais, disponíveis no site da Ebserh (https://bit.ly/3PPLf1y).

HU-UFSCar
No HU-UFSCar, estão previstas 23 vagas para as áreas médica - Anestesiologia, Clínica Médica, Medicina do Trabalho, Medicina Intensiva, Pediatria, Psiquiatria - e de Enfermagem, além da formação do cadastro reserva para diversas áreas. O detalhamento das vagas está no edital, disponível no link (https://bit.ly/3PPLf1y).
Pesquisa convida voluntárias para responderem questionário online

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área de Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está mapeando estudantes estrangeiras com altas capacidades no contexto do Ensino Superior e, para isso, está convidando voluntárias para participação online. O objetivo é indicar altas capacidades em estudantes estrangeiras e analisar como se dá o contexto emocional dessas mulheres no Ensino Superior, assim como conhecer as suas características, suas dificuldades e/ou facilidades e áreas de interesse. 
"Altas capacidades ou altas habilidades ou superdotação (termo nomeado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) são potenciais acima da média apresentáveis pelas pessoas em uma área ou duas ou três combinadas. As áreas são: inteligência geral; acadêmica; liderança; criatividade; artística; psicomotricidade", explica Rosemeire de Araújo Rangni, professora do Departamento de Psicologia (DPsi) e coordenadora do estudo. 
A pesquisa, intitulada "Altas Capacidades: identificação e contexto emocional de estudantes estrangeiras de uma universidade federal", é desenvolvida pela doutoranda Ana Paula Santos de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar, e tem apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Como participar
A participação na pesquisa tem caráter voluntário e qualquer estudante estrangeira da graduação ou pós-graduação está apta a responder. Para participar, é preciso acessar, primeiramente, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que está disponível em dois idiomas: em Português (https://encurtador.com.br/fjJRZ) ou em Inglês (https://encurtador.com.br/fqJKV), e depois seguir para o questionário, também disponível nos dois idiomas: Português (https://encurtador.com.br/bwFO6) ou Inglês (https://encurtador.com.br/fDI29). O tempo para resposta é cerca de 17 minutos. Dúvidas podem ser esclarecidas, via e-mail, com a pesquisadora anapaulasantosoliveira@estudante.ufscar.br, ou com a professora Rosemeire Rangni Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52922721.1.0000.5504).
Negação do racismo e estatísticas no Brasil exigem debate constante

 

SÃO CARLOS/SP - Racismo. Um prática inaceitável que ainda é tão presente no dia a dia dos brasileiros. Como isso é possível? Com o objetivo de refletir sobre questões como essa e contribuir para o combate a todas as formas de discriminação, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançou a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: violência é crime", no último dia 6 de outubro, quando recebeu o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, que proferiu a Aula Magna "Vida universitária como oportunidade de encontro e formação da diversidade, contra a violência e pela equidade".
Racismo é um processo articulado de exclusão e segregação de um determinado grupo, comunidade ou pessoa com base em seu fenótipo racial e/ou sua origem cultural, conforme explica Simone de Oliveira Mestre, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) da UFSCar: "O racismo é uma problemática complexa e pode ser identificado e classificado de diversas formas - como recreativo, institucional, individual, estrutural, cultural, religioso, entre outros".
Para ela, um dos principais desafios enfrentados no Brasil é a negação do racismo, que tem como base o mito da democracia racial, e o desconhecimento do papel da cultura afro-brasileira para a formação da sociedade. Segundo a docente, "o mito da democracia racial ainda alimenta no imaginário social uma crença equivocada de que vivemos em um País sem exclusão racial, ao passo que impulsionou um processo de negação e o apagamento da cultura negra em nossa história".
Os números apresentados pela professora escancaram como o racismo está presente na sociedade e em nosso cotidiano. Segundo dados da pesquisa Desigualdades Sociais por Cor e Raça do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, as pessoas pretas e pardas representam 75,2% da camada mais pobre do País; 64,2% estão na fila do desemprego; e somente 29,9% estão ocupando cargos de destaques no campo profissional. "Esses números refletem a exclusão social de pessoas negras como um dos desdobramentos dos efeitos históricos do passado escravista brasileiro, que além das inúmeras violências, negou para essa população acesso a direitos básicos e possibilidades de desenvolvimento", analisa Simone Mestre.
Para Sarah Lís, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFSCar e servidora técnico-administrativa, a forma como a temática racial é tratada é inaceitável. "O passado racial do nosso País não foi tranquilo e estamos vendo as consequências ao longo do tempo até os dias de hoje, em que a violência e o racismo acontecem pelo viés psicológico, físico e emocional", explica.
Lís cita exemplos que mostram como essa violência está incrustada no dia a dia de todos os indivíduos, através de "notícias da mídia ou em espaços próximos de nós". Um exemplo é a "descrição absurda que orienta as ações do trabalho da polícia, em que para 'pessoa suspeita' é descrita a pessoa negra". Além disso, "as abordagens em estradas e vias públicas são registradas como mais agressivas - podendo chegar à morte", quando dirigidas a pessoas negras. Outro exemplo são os procedimentos de vigilância e segurança em estabelecimentos como lojas, supermercados, entre outros, que também "são focados mais para as pessoas negras e têm como orientação a agressão". Para a coordenadora do Neab/UFSCar, essas ações são "nitidamente permeadas pela classificação racial, em que as pessoas se julgam superiores ao sujeito negro a ponto de se acharem no direito de agredir, violar ou tirar a vida dessa outra pessoa".

Debate
Seja pela complexidade da questão, seja pelas inúmeras ocorrências diárias, o debate sobre o racismo é contínuo e necessário. "É chocante pensar como a base do pensamento racista foi construída no imaginário das pessoas, sendo tão enraizada a ponto de fazer com que as práticas racistas sejam realizadas e perpetuadas de forma tão comum", declara Lís. "E quando trazemos o debate oposto, antirracista, com uma educação e pensamento de consciência racial, as pessoas têm dificuldade de compreender; e, quando compreendem, sentem dificuldade de colocar em prática. Considero a desconstrução dessa estrutura do racismo muito complexa", completa.
A complexidade do racismo faz com que a própria comunidade negra pense e estude a melhor forma de lidar com o problema. Um exemplo são as designações - afrodescendente, afro-brasileiro, preto, negro, entre outros. "O ato de nomear não é apenas inserir um nome, mas, sim, atribuir um sentido para si e no mundo. Então, de forma muito resumida, se fizermos um brevíssimo histórico dos termos usados para se referir à população negra no Brasil, iremos perceber que foi se transformando: caboclo, cafuso, mulato, moreno, pardo, preto, negro, afrodescendente, afro-brasileiro", elenca Lís.
Ela explica que o "termo afrodescendente surge no período de escravidão. No período colonial, o contato e a miscigenação dos povos africanos e brasileiros deu origem a essa nomenclatura, mas de forma a caracterizar os filhos e filhas de africanos presentes no Brasil. Já o termo afro-brasileiro vem sendo discutido como um termo que traz não apenas a memória dos negros escravizados da forma como ocorreu no Brasil, mas também no processo de se ver e ser visto como sujeito negro durante a história no País", diferencia a coordenadora do Neab/UFSCar.
Segundo ela, ainda vemos o surgimento ou a supressão de termos, mas esse movimento mostra que a população vem discutindo como se autodenominar: "Hoje a população negra está na continuidade desse debate, em que vemos em circulação termos como 'afro-brasileiro', 'negro' e 'preto', cada vez mais caminhamos por escolhas de termos que nos reafirmem enquanto sujeitos no mundo", detalha Lís.
Apesar de a população estar em constante construção sobre essas relações, Lís avalia que o efeito do racismo ainda é muito profundo. "É preciso que a população de forma geral esteja inserida no debate das questões raciais, não de forma superficial, mas comprometida com essas discussões. Assim conseguiremos ter condições, de forma conjunta, de ir cada vez mais combatendo essa estrutura racista para caminhar ao objetivo que queremos: uma sociedade mais justa com sujeitos que sabem quem são, sua história e onde querem chegar de forma digna e plena", completa Sarah Lís.
Lembrando a célebre frase da filósofa estadunidense Angela Davis, numa sociedade racista, "não basta não ser racista. É preciso ser antirracista".

Serviço
Racismo é crime. Em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência. Para mais orientações sobre o assunto, acesse a cartilha "Discriminação étnico-racial", do Ministério da Justiça e Cidadania, em https://bit.ly/cartilha-discriminação-etnico-racial.

Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei. 
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
No escopo da campanha, "queremos vestir os campi com cartazes, flyers, adesivos e promover diferentes tipos de ações educativas como rodas de conversa, diálogos e atividades culturais, tudo com o propósito de mitigar a violência, construir uma cultura da paz e promover a diversidade", destaca ele.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

SÃO CARLOS/SP - A UFSCar realiza nesta terça-feira (17/10), a partir das 14 horas, o colóquio "Impacto social da Ciência e do conhecimento: desafios e oportunidades nas relações entre a UFSCar e diferentes segmentos sociais", que acontece no marco da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O evento, aberto a todas as pessoas interessadas, acontece no Anfiteatro da Reitoria (área Sul do Campus São Carlos), em uma realização do Instituto da Cultura Científica (ICC) e da Aciepe "Comunicação Científica para o Desenvolvimento Sustentável".

Em 2023, o tema da SNCT é Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, em alusão ao Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A escolha busca enfatizar o papel do conhecimento científico no contexto da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). "No ano passado, quando o ICC completou seu primeiro ano de atuação, refletimos sobre a trajetória das diferentes áreas do conhecimento na UFSCar. Agora, passados dois anos, e no marco da Semana Nacional com essa temática, convidamos gestores das pró-reitorias de pesquisa, pós-graduação e extensão, bem como diretoras e diretores dos oito centros acadêmicos da UFSCar, para juntos pensarmos em como ampliar a visibilidade e, também, as oportunidades de diálogo e construção conjunta com diferentes segmentos sociais", situa a Diretora do ICC, Mariana Pezzo.

O evento terá uma mesa de abertura em que, além das falas das pró-reitorias e, também, da Vice-Reitora da UFSCar, Maria de Jesus Dutra dos Reis, representando a Reitoria, o público presente conhecerá as parcerias estabelecidas entre o ICC, a Aciepe - coordenada por Caio Otoni, docente no Departamento de Engenharia de Materiais - e o projeto de pesquisa e extensão "AtlantECO: avaliação, previsão e sustentabilidade dos ecossistemas atlânticos" - coordenado por Hugo Sarmento, docente no Departamento de Hidrobiologia. Na ocasião, será realizado o lançamento da série "Descobrindo o mar", animação infantil produzida pelo ICC em parceria com o AtlantECO em que o personagem Max Plâncton e sua turma viajam pelo Oceano Atlântico movidos pela curiosidade sobre o ambiente em que vivem, o funcionamento de seus próprios organismos e, também, os riscos crescentes aos ecossistemas marinhos.

Em seguida, em diálogo com o público presente, diretoras e diretores dos diferentes centros acadêmicos da UFSCar refletirão sobre a contribuição da Universidade aos ODS e, sobretudo, sobre como ampliar as possibilidades de concretizar o potencial da Ciência e do conhecimento produzido e sistematizado na UFSCar de apoiar a sociedade no enfrentamento de seus principais desafios, como a emergência climática e a perda de biodiversidade, as desigualdades, os conflitos e as guerras, epidemias e pandemias, dentre outros. Também participa da conversa o Diretor do Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da UFSCar, Adilson de Oliveira.

Ciência em Movimento
Também na programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o ICC organizou, para os dias 18 e 19, atividade em que servidores docentes e técnico-administrativos, junto a estudantes de graduação e de pós-graduação, viajarão nos ônibus do transporte coletivo de São Carlos conversando com a população sobre a sua atividade científica, as oportunidades oferecidas na Universidade e, novamente, o impacto social da Ciência e do conhecimento. A atividade está sendo organizada em parceria com o Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI), a Assessoria de Comunicação da Reitoria e o Núcleo de Apoio à Indissociabilidade entre Inovação, Pesquisa, Ensino e Extensão (NAIIPEE), vinculado à Fundação de Apoio Institucional (FAI-UFSCar).

A iniciativa, apelidada de "UFSCar na Área", integra também a Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, organizada pela Prefeitura Municipal de São Carlos. A programação completa, com outros eventos organizados pela comunidade da UFSCar, pode ser conferida no site da Prefeitura.

Todas as atividades organizadas pelo ICC no marco da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia contam com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do projeto "UFSCar na Área! Itinerância de diálogos sobre Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável" (Processo nº 440638/2023-2).

SÃO CARLOS/SP - Nos dias 15, 22 e 29 de setembro, 40 alunas do sétimo ano do ensino fundamental da Escola Estadual Jesuíno de Arruda, de São Carlos, vivenciaram uma nova experiência. Elas estiveram em um ambiente de ciência e tecnologia de um dos cursos de maior referência no Brasil, o de Engenharia de Materiais da UFSCar. Esse grupo de meninas integrou o Projeto Atena, atividade coordenada pelas docentes Danielle Cristina Camilo Magalhães e Juliana Mara Pinto de Almeida, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da UFSCar, e que contou também com a participação de discentes do curso de Engenharia de Materiais e pós-graduandos.

"Em todo o mundo, a comunidade feminina está em busca da igualdade de oportunidades e posição social nos mais diversos contextos. Entretanto, as mulheres ainda não se veem pertencentes ao mundo de STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Com o propósito de promover o aumento da presença feminina nessas áreas, o Projeto Atena - Atividades de Tecnologia e Engenharia para Meninas foi criado em 2023, e visa também potencializar a capacidade intelectual de estudantes do ensino básico, promovendo, a longo prazo, o enriquecimento da produtividade científica e tecnológica regional", explicou Magalhães.

Nesta primeira edição do Projeto Atena, foram realizadas oficinas de impressão 3D, robótica, e demonstrações científicas, além de palestras e visitas dentro da UFSCar, incluindo o Observatório Astronômico. "As atividades foram propostas para reforçar a autoconfiança das participantes que vivem em meios com pouca representatividade de mulheres em STEM", complementou a professora.

As palestras abordaram os seguintes temas: "Como é estudar na UFSCar", "O que fazem as cientistas da UFSCar?" e "Como é a trajetória de uma cientista?". Na Oficina sobre Impressão 3D, as alunas puderam conhecer mais sobre as possibilidades dessa rota de fabricação de materiais, abordando conhecimentos de geometria e engenharia de materiais. O grupo também realizou a Oficina de Robótica, que contou com a participação de discentes da Engenharia Elétrica que fazem parte da equipe Red Dragons da UFSCar e possibilitou que as estudantes construíssem e programassem um robô. As atividades foram encerradas com o "Espetáculo da Ciência", uma série de experimentos científicos em que foram trabalhados conceitos de física e química.

"Eu achei o projeto em geral bem divertido e interessante, foram experiências que eu nunca imaginei viver, e aprendi bastante com o projeto e com as atividades. Foi muito interessante saber mais sobre a Engenharia de Materiais. Foi uma experiência que nunca vou me esquecer e conhecimentos que vou levar para o resto da minha vida", comentou a  aluna Emily. "Eu achei tudo muito bom, foi muito legal ir lá e conhecer coisas novas e ter várias experiências. Achei muito legal fazer um robô e gostei bastante de tudo", opinou a aluna Gabrielly.  A professora Gisleine Cristina Cerrão também comentou sobre as atividades: "Quero muito agradecer às professoras idealizadoras do Projeto Atena, do DEMa, pela oportunidade que foi oferecida às meninas da Escola Jesuíno. Todos os momentos foram de muita aprendizagem. Diversão e alegria também fizeram parte. As meninas se sentiram incentivadas a irem atrás dos seus sonhos, pois perceberem que Engenharia é para mulheres, sim! Foram três dias com pautas interessantes que, com certeza, jamais serão esquecidos. Que o projeto Atena tenha continuidade, aproximando a Universidade das escolas públicas. Nossas meninas merecem!"

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado em Fisioterapia da UFSCar está convidando pais ou responsáveis por crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de todo o Brasil para participarem de estudo que pretende avaliar a participação e os fatores ambientais desse público. A participação é online e a expectativa é levantar como essas crianças e adolescentes se integram em atividades da família, escola e comunidade e os fatores que podem facilitar ou prejudicar essa participação.

A pesquisa é conduzida pela doutoranda Rosa Fonseca Angulo, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (Ladin) do DFisio.

Rosa Fonseca explica que a participação é conhecida como a frequência com que a criança ou adolescente está presente em diferentes situações da vida (casa, escola e comunidade) e o quanto está envolvida/motivada. Nesse caso, os fatores ambientais que podem influenciar a participação são: físico (presença de rampas, qualidade do ambiente, como ruídos ou iluminação), atitudinais (atitudes individuais da família, como os pais, amigos, professores) e sociais (apoios e o relacionamento e os serviços que eles frequentam). "Assim, estes fatores podem atuar como barreiras, ou seja, restringir ou até impedir a participação da criança/adolescente no contexto onde convive ou podem atuar como facilitadores, auxiliando a participação da criança/adolescente com TEA", relata a doutoranda. Ela exemplifica situações cotidianas que podem impactar essa participação em diferentes locais: "quando a criança ou adolescente está na escola e não consegue ficar por muito tempo porque tem muito barulho, ou quando frequenta o supermercado com a mãe, o barulho ou a presença de muitas pessoas impedem a sua permanência ou seu envolvimento para interagir com outras pessoas".

De acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, uma em cada quatro crianças é diagnosticada com TEA. Os EUA são o único país que faz o acompanhamento do TEA no neurodesenvolvimento. No Brasil, os dados oficiais são de 2010 e indicam mais de 2 milhões de casos de TEA em território nacional. Diante desse grande contingente, este estudo é importante porque auxiliará o conhecimento sobre como crianças e adolescentes com o transtorno participam no contexto da casa, escola e na comunidade, bem como ajudará a identificar as barreiras e os facilitadores que se encontram no entorno da criança. "Isso permitirá que os profissionais que atendem esse público foquem em estratégias de intervenção voltadas a mudanças ambientais e que favoreçam o pleno desenvolvimento e qualidade de vida da população com TEA", reforça Rosa Angulo.

A pesquisadora expõe que a expectativa do estudo é identificar se os componentes relacionados com a saúde (fatores ambientais, habilidades funcionais e o processamento sensorial) são preditores da participação em crianças e adolescentes com TEA. "Assim, conseguiremos identificar um perfil de funcionalidade de crianças e adolescentes com o transtorno e estes resultados ajudarão os profissionais de saúde e familiares a desenvolverem estratégias de intervenção e adaptações do ambiente que ajudem a melhorar a participação da criança e adolescentes com TEA", pontua. 

Rosa Angulo destaca que este é o "primeiro estudo que realizará uma relação entre a participação e os componentes relacionados com a saúde, no contexto do TEA". Além disso, dados relacionados com a participação e os fatores ambientais serão comparados entre um grupo de crianças e adolescentes residentes no Brasil e na Colômbia.

Pesquisa
Para desenvolver o estudo, pais ou responsáveis por crianças e adolescentes com TEA, de qualquer região do Brasil, são convidados a responder questionários online e conceder entrevistas por telefone, que serão agendadas conforme disponibilidade de cada participante. As pessoas interessadas em contribuir com a pesquisa podem fazer contato com a pesquisadora pelo whatsapp (13) 99699-4545. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 66697223.4.0000.5504).

Atividades, gratuitas, visam apresentar a Universidade e seus cursos

 

BURI/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove, nos dias 25 e 26 de outubro, das 8 às 17 horas, o evento "Lagoa do Sino de Porteiras Abertas", cujo objetivo é divulgar para os estudantes do Ensino Médio e de cursinhos pré-vestibulares, e também para a comunidade local, os cursos de graduação e as iniciativas de ensino, pesquisa e extensão realizadas no Campus.
Várias atividades foram programadas para receber os visitantes, dentre elas, a apresentação da estrutura física do Campus e a orientação sobre a forma de ingresso no Ensino Superior, especificamente, sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Também haverá exposição dos cursos de graduação, dos centros acadêmicos, da atlética, do cursinho popular, dentre outros projetos e coletivos, além de demonstrações de práticas realizadas em laboratórios, apresentação de projetos de pesquisa e extensão, trilha ecológica, tour pela Fazenda Escola Lagoa do Sino (FELS) e a oportunidade de interação com alunos e professores da UFSCar.
O evento é gratuito e aberto aos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares da região e a todos que tiverem interesse em conhecer a Universidade.
As escolas interessadas em participar do Lagoa do Sino de Porteiras Abertas devem agendar a visita pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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