Nesse sentido, enviou três ofícios destinados, respectivamente, ao Tesouro Nacional, à Febraban e ao Banco Central solicitando liberação de mais recursos das partes, assim como aprovação de linhas de créditos emergenciais acessíveis de forma mais ágil e com menores custos.
A Entidade acredita que o Tesouro Nacional precisa disponibilizar mais garantias para suprimento de crédito para capital de giro, pois o que foi liberado até o momento cobriu apenas a folha de pagamento. Já a Febraban tem de orientar os bancos a serem agentes facilitadores nesse momento conturbado, para que os recursos cheguem rapidamente aos empresários.
A FecomercioSP pede, ainda, atuação do Banco Central na expansão da base monetária, ou seja, injetar mais dinheiro na economia, pontual e emergencialmente, durante o período da pandemia. Assim, a autoridade monetária pode comprar títulos do Tesouro e permitir uma expansão fiscal sem tanta pressão nos juros de longo prazo, pois atuará como demandante destes. Além disso, permite compras de títulos privados de modo a manter a riqueza dos investidores individuais e das empresas.
A maior dificuldade em contrair crédito vem de pequenos empresários, que têm faturamento acima do MEI (Microempreendedor Individual), mas abaixo de R$ 360 mil. Recentemente, o governo liberou financiamento para folha de pagamento das empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.
Há casos em que as instituições financeiras pedem para que a folha de pagamento seja transferida em troca da aprovação do crédito. Em relação aos recursos disponibilizados por bancos públicos, como é o caso do BNDES e da Desenvolve SP, o empréstimo é feito por meio de agentes financeiros credenciados. Entretanto, como foram pouco utilizados no passado, os gerentes de bancos, muitas vezes, desconhecem os produtos e os procedimentos.
A FecomercioSP reconhece o esforço desses órgãos para impedir que a crise atual traga danos mais graves à economia, mas reforça que ações mais expressivas são urgentes, enfatizando a necessidade de que cheguem à ponta e consigam representar alívio de caixa para as empresas.