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SÃO PAULO/SP - O clima mais seco e quente que vem sendo observado no País, combinado com uma perspectiva negativa para a hidrologia, deve manter os preços da energia elevados e fazer as bandeiras tarifárias permanecerem vermelhas pelo menos por mais um mês, durante outubro, segundo especialistas consultados pelo Broadcast Energia.

Para novembro e dezembro, há mais dúvidas sobre qual será a coloração da bandeira, diante das incertezas sobre o início do próximo período úmido e qual volume de chuvas que poderá ser observado. Ainda assim, um retorno ao patamar verde, sem cobrança adicional na conta de luz, é esperado por parte dos especialistas do setor apenas para 2025.

Na Comerc Energia, por exemplo, os estudos prospectivos indicam bandeira vermelha Patamar II para outubro, passando para Vermelha Patamar I em novembro e Amarela em dezembro. O retorno para o patamar verde é esperado apenas a partir de janeiro do ano que vem.

A diretora de Assuntos Regulatórios e Institucionais da Comerc Energia, Ana Carla Petti, explica que a perspectiva atual de bandeira Vermelha Patamar 2 para outubro reflete tanto o cenário hidrológico de setembro, com afluência em 47% da média histórica no Sistema Interligado Nacional (SIN), como uma perspectiva para outubro de situação também pouco confortável, embora "não tão severa". "Ainda não estamos enxergando chuva para outubro, começou a aparecer uma chuvinha ali no início daquele mês, mas ainda não é algo firme que vai acontecer", diz.

De acordo com ela, em novembro a expectativa é de que o cenário melhore, mas ainda mantendo a perspectiva de afluência abaixo da média histórica, em patamar entre 60% e 70% do esperado para o mês.

No entanto, Petti alerta que o mês de outubro é muito sensível e que se os volumes pluviométricos forem mais elevados, os preços da energia caem e melhora toda a projeção à frente, enquanto se chover muito pouco, os preços subirão significativa, propagando a expectativa ruim para os meses subsequentes.

Na mesma linha é a análise da Thymos Energia, que também trabalha com a perspectiva de bandeira vermelha para outubro, mas no patamar 1, e um retorno à bandeira verde apenas em 2025. "A tendência é que o mês de outubro permaneça com bandeira vermelha, devido ao cenário de afluência que eleva os preços e reduz a geração hidrelétrica, diminuindo o GSF. Para os meses seguintes, novembro e dezembro, há uma incerteza relacionada ao início do período úmido, em alguns cenários de melhor afluência a bandeira voltaria a ser amarela", diz a diretora de Regulação e Estudos de Mercado, Mayra Guimarães.

O diretor-presidente da comercializadora Armor Energia, Fred Menezes, acredita que dadas as circunstâncias atuais, de tempo seco e um possível atraso no início das chuvas, é possível que a bandeira permaneça vermelha até os primeiros meses de 2025. "Há um mês não estava (no radar a mudança na bandeira), a maioria dos agentes e também dos economistas projetava o risco de bandeira vermelha apenas para o fim do ano, a deterioração dos reservatórios foi mais rápida do que o esperado", comenta.

Para o sócio da comercializadora Ecom Energia Marcio Sant'Anna, por sua vez, o retorno das chuvas no início do período úmido pode permitir um rápido retorno à bandeira Verde. De acordo com ele, as avaliações preliminares dos meteorologistas têm apontado para um início da temporada de chuvas mais fraca do que de costume em outubro, "mas ainda nada aponta que vai ter atraso ou que o período úmido não vai existir", destacou.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

SÃO PAULO/SP - O dinheiro esquecido por brasileiros em contas bancárias, consórcios e outras instituições financeiras que não for solicitado será transferido para os cofres do governo federal em até 30 dias da publicação da nova lei sobre a desoneração da folha de pagamento de empresas.

A votação do projeto de desoneração para 17 setores da economia e prefeituras com até 156 mil habitantes foi concluída nesta quinta-feira (12) na Câmara dos Deputados. Para começar a valer, precisará ainda passar pela sanção do presidente da República e ser publicada.

A partir da publicação da nova lei, o dinheiro percorrerá um caminho com vários prazos, mas, segundo o projeto aprovado, ainda será possível recuperar os valores junto às instituições financeiras até o dia 31 de dezembro de 2027, mesmo após os recursos terem sido repassados para o Tesouro Nacional.

O SVR (Sistema de Valores a Receber) tem R$ 8,5 bilhões esquecidos por pessoas e empresas em bancos, administradoras de consórcios e outras instituições, segundo dados do Banco Central de agosto.

A autorização de uso do dinheiro dos brasileiros para o governo conseguir cumprir a meta fiscal de déficit zero neste ano criou impasse com o Banco Central, que pediu às lideranças na Câmara para rejeitarem o trecho que previa a incorporação dos valores. A votação teve protesto de parlamentares da oposição, mas o uso dos recursos foi aprovado.

Quando o dinheiro passar para os cofres públicos, o Ministério da Fazenda terá que publicar um edital, no Diário Oficial da União, com a relação de todos os valores recolhidos, e essa lista deverá conter a instituição onde o dinheiro está, a agência e o número da conta bancária. A partir da publicação desse edital, quem ainda tiver valores nessa lista terá 30 dias para contestar e pedir o dinheiro de volta.

Caso a contestação da pessoa física ou da empresa seja negada, será possível apresentar recurso ao CMN (Conselho Monetário Nacional) no prazo de dez dias.

Segundo o texto aprovado, se não houver contestação no prazo, a transferência será concluída para o Tesouro. Apesar disso, ainda será possível pedir os valores por meio de ação judicial em até seis meses, que serão contados a partir da publicação do edital do Ministério da Fazenda.

Apesar de o projeto estabelecer esses prazos, também está previsto que os valores que já foram para o Tesouro poderão ser solicitados diretamente às instituições financeiras até o dia 31 de dezembro de 2027, mas não há detalhes sobre como esse processo será intermediado.

 

COMO CONSULTAR OS VALORES ESQUECIDOS?

Vá ao site do BC através do seguinte link: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/08/brasileiros-tem-r-85-bilhoes-esquecidos-em-sistema-do-banco-central-veja-como-resgatar.shtml.

- Clique em "Consulte valores a receber" ou "Acesse o Sistema de Valores a Receber";

- Preencha os campos com o seu CPF ou CNPJ; data de nascimento ou abertura da empresa;

- Transcreva os caracteres e clique em "Consultar";

- Caso haja valores a receber, clique em "Acessar o SVR";

- Faça login com a sua conta gov.br, é preciso ser nível prata ou ouro para acessar;

- Acesse "Meus Valores a Receber";

- Leia e aceite o Termo de Ciência;

- Ao solicitar o valor, o sistema vai informar orientações de transferência.

 

Para consultar os valores de uma pessoa falecida, é necessário que um herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal faça a consulta e preencha um termo de responsabilidade. Após esse processo, é preciso entrar em contato com as instituições que possuem os valores e verificar como prosseguir.

Depois disso, os passos para a a consulta são os mesmos. Mas é necessário entrar com a conta gov.br do herdeiro ou sucessor e fornecer o número do CPF e a data de nascimento da pessoa que faleceu.

 

CNPJ INATIVO PODE CONSULTAR VALORES INATIVOS?

O representante legal da empresa fechada pode entrar no sistema com a conta pessoal gov.br, que também deve apresentar nível de segurança prata ou ouro, e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores.

No SVR, será informado em qual instituição estão os valores da empresa com o CNPJ inativo, os dados de contato, a faixa e a origem do valor. Não é possível solicitar o dinheiro de forma direta pelo sistema do BC.

Após encontrar a instituição, o representante legal deve combinar a forma de apresentar a documentação necessária para comprovar sua identidade.

 

 

POR FOLHAPRESS

BRASÍLIA/DF - O Ministério de Minas e Energia estuda a volta do horário de verão como uma medida para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico.

A ideia ainda é analisada pela pasta, mas a avaliação é que depende de uma decisão política do governo.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou a informação em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (11).

Segundo Silveira, o horário de verão ajuda a impulsionar a economia, além de ajudar o sistema em um "momento realmente crítico" na geração causado pela seca, junto ao forte calor e ao forte consumo de energia no horário de pico.

"É aquele horário que o cidadão vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador. Ele vai tomar banho, vai tomar todo mundo quase que junto, abre a televisão para assistir um jornal, para poder assistir um filme, e naquele horário nós temos um grande pico, e é exatamente no momento onde nós estamos perdendo as energias intermitentes", disse.

Segundo apurou o g1, a medida é encarada como uma decisão política do governo, e não técnica.

Isso porque a retomada do horário de verão não traz uma economia significativa de energia. Na verdade, a mudança se dá no horário em que as pessoas consomem mais.

Dessa forma, a medida poderia ajudar a operação do sistema elétrico ao deslocar o pico de consumo, que costuma ocorrer no início da noite.

Nesse horário, a geração de energia solar cai por causa da falta de sol. Ao mesmo tempo, a geração eólica sobe porque há maior incidência de ventos à noite e em determinadas épocas do ano.

No intervalo entre a queda da solar e o aumento da eólica, há um pico de consumo que precisa ser suprido por energia hidrelétrica ou térmica.

Com a redução dos reservatórios e menor geração por usinas hidrelétrica, por causa da seca, é necessário acionar mais termelétricas — caras e que poluem mais — para atender ao pico de consumo.

"A solar não está mais produzindo, no início da noite normalmente a eólica produz menos, então nós precisamos de despachar a térmica. Se a gente puder diluir isso no horário de verão, talvez seja um ganho que vá dar a robustez, inclusive ao sistema", disse Alexandre Silveira.

A afirmação de Silveira foi endossada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, no início da tarde desta quarta.

Alckmin mencionou que o horário de verão "pode ser uma boa alternativa para poupar energia" e que "procurar evitar o desperdício" e "fazer uma campanha" ajudam também.

 

Horário permanente desde 1985

O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas. Mas só passou a ser adotado com constância a partir de 1985.

A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, há economia de energia e redução do risco de apagões.

 

Suspensão no governo Bolsonaro

Em 2019, no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão foi suspenso. A medida já era avaliada no governo de Michel Temer (MDB).

Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora perdeu "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico", por conta de mudanças no padrão de consumo de energia e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.

A suspensão do horário de verão resistiu inclusive à crise hídrica de 2021. Na época, o governo chegou a estudar a retomada da política, solicitando um parecer do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

 

 

Por Lais Carregosa, Guilherme Mazui, Letícia Sena, g1

BRASÍLIA/DF - Após seis meses consecutivos em queda, os preços das carnes para o consumidor brasileiro subiram 0,52% em agosto. É o que apontam dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a primeira variação positiva desde janeiro deste ano (0,08%). O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil.

A alta das carnes em agosto já era esperada por parte dos analistas devido a uma redução da oferta na passagem do primeiro para o segundo semestre.

A crise climática surge como mais um elemento que pressiona os preços. O registro de estiagem e queimadas em diferentes regiões do país reduz a qualidade das pastagens, o que dificulta e encarece a criação de bovinos.

"O primeiro semestre costuma ter oferta maior do que o segundo. É a sazonalidade do mercado, é isso que a gente tem visto agora", afirma Fernando Iglesias, coordenador de pecuária da consultoria Safras & Mercado.

"Para o restante do ano, vamos conviver com oferta mais limitada e arroba mais alta do boi gordo. Isso pode chegar ao consumidor com preços um pouco mais altos", diz.

Na última quinta (5), o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) disse que o mercado brasileiro de boi gordo apresenta tendência de avanço nas cotações desde julho.

"Segundo pesquisadores do Cepea, o clima está bastante seco e a oferta de animais criados a pasto, cada vez mais escassa. As escalas devem ser supridas pelos animais de confinamentos", afirmou a instituição.

No segundo trimestre de 2024, o abate de bovinos no país alcançou o recorde de uma série histórica do IBGE iniciada em 1997. O instituto contabilizou 9,96 milhões de cabeças abatidas sob algum tipo de inspeção sanitária.

Houve salto de 17,5% ante o segundo trimestre de 2023 e alta de 6,7% na comparação com os três meses iniciais de 2024.

"A gente teve no primeiro semestre um superabate de bovinos, que agora tende a arrefecer, ainda mais devido às secas. As pastagens estão muito ruins. Isso está adicionando um problema de oferta de animais", diz Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos.

"Ou seja, já era para diminuir a oferta de animais, e está diminuindo ainda mais. Com os pastos mais secos, o boi demora mais para engordar", diz.

 

PREÇOS AINDA CAEM EM PERÍODOS MAIS LONGOS

Se considerados períodos mais longos, os preços das carnes no Brasil ainda apresentam queda no IPCA. No acumulado deste ano até agosto, a baixa foi de 2,45%. Em 12 meses, houve redução de 2,14%.

As baixas são associadas por analistas ao chamado ciclo da pecuária, que passa por um ano de ampliação no abate de bovinos, inclusive de fêmeas.

"Isso traz efeito positivo para a oferta. Provavelmente, 2024 será o ano de maior oferta doméstica nesta década", aponta Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.

"Digo mais: os preços da carne só não caíram mais no atacado e no varejo devido ao forte ritmo de exportação", acrescenta.

O cenário de previsões indica que a disponibilidade de animais deve ficar mais restrita em 2025, na comparação com 2024. Assim, espera-se uma reversão no ciclo da pecuária, com pressão sobre os preços.

Esse movimento tende a ser intensificado em 2026, período de eleições presidenciais no Brasil. "A gente pode imaginar preços mais altos, sim. Todos os elos da cadeia pecuária devem conviver com isso", afirma Iglesias.

O consumo de carnes não escapou da polarização política no país com a corrida eleitoral de 2022. Candidato à época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a ideia de que o brasileiro deveria voltar a fazer churrasco com direito a picanha e cerveja.

A recente trégua da inflação das carnes foi elogiada por apoiadores do petista, mas questionada por bolsonaristas.

O pesquisador Felippe Serigati, da FGV Agro, diz que a dinâmica dos preços nada tem a ver com "bondades ou maldades" de um governo. Está associada, em grande parte, ao ciclo da pecuária e à disponibilidade de mercadorias, aponta.

O tamanho do impacto inflacionário de uma possível reversão no ciclo em 2025 ainda é incerto, afirma Serigati. Segundo o pesquisador, o nível de aumento dos preços também depende da capacidade de absorção pelos consumidores.

O Brasil, lembra o especialista, passa por um período positivo no mercado de trabalho, com ganhos de renda em 2024. "Provavelmente veremos condições monetárias mais apertadas ao longo de 2025", diz.

 

 

POR FOLHAPRESS

EUA - O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 10, mantendo-se próximo de sua máxima histórica conforme traders seguem em compasso de espera para a leitura da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em agosto, que será divulgada na quarta-feira, 11. Com o dólar se movimentando de lado, sem grande valorização, o metal teve impulso para continuar a tendência de alta.

Nesta terça, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,41%, a US$ 2.543,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Segundo analistas do Peak Trading, “Powell e o Federal Reserve (Fed) já garantiram um aumento de 25 pontos-base para a decisão de 18 de setembro”, num referência ao presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano e a instituição sobre a política monetária dos EUA.

A questão agora é se o banco central optará por um corte maior de 50 pontos-base, eles acrescentam, e isso dependerá do dado do CPI na quarta, e depois da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), na quinta.

De acordo com a Capital Economics, o ouro pode enfrentar uma liquidação ainda este ano, embora tenda a voltar a subir em breve.

A consultoria destaca que a demanda chinesa por ouro e os cortes de juros iminentes pelo Fed impulsionaram os preços em 2024, mas agora ambos os fatores parecem já ter perdido o impulso, com as reduções das taxas já precificadas. A um nível tão elevado, a Capital espera uma liquidação em breve.

“Um potencial acordo de paz no Oriente Médio ou, sem dúvida, uma vitória de Kamala Harris na eleição dos EUA podem reduzir a demanda por refúgios seguros”, escreve a Capital Economics, embora siga confiante de que o ouro deve chegar ao fim de 2025 com uma alta de cerca de 10%, negociado a US$ 2.750 a onça-troy.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

BRASÍLIA/DF - O Pix, sistema de transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, bateu um novo recorde de transações na última sexta-feira, dia 6. Pela primeira vez, o número de transações diárias superou a marca de 227 milhões em apenas 24 horas.

Essa marca reflete o crescimento contínuo da popularidade do Pix entre os brasileiros, consolidando-o como o principal meio de pagamentos instantâneos no país, tanto em transações entre pessoas físicas quanto em operações comerciais. Desde o seu lançamento em novembro de 2020, o Pix revolucionou o sistema de pagamentos ao oferecer uma alternativa rápida, segura e sem custos para a maioria dos usuários.

Somente no dia 6, foram feitas 227,4 milhões de transferências via Pix para usuários finais. O recorde diário anterior tinha sido anotado em 5 de julho, com 224,2 milhões de movimentações.

“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, informou o BC, em comunicado.

 

Volume movimentado

Em valores, foram movimentados R$ 118,418 bilhões na última sexta-feira. O montante é o segundo maior da história para um dia, só perdendo para os R$ 119,429 bilhões movimentados em 5 de julho.

Criado em novembro de 2020, o Pix acumulou, no fim de agosto, 168,15 milhões de usuários, conforme as estatísticas mensais mais recentes. Desse total, 153,11 eram milhões de pessoas físicas; e 15,04 milhões, pessoas jurídicas. Em julho, segundo os dados consolidados mais recentes, o sistema superou a marca de R$ 2,415 trilhões movimentados.

 

 

Por Welton Máximo - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Em agosto, as retiradas da poupança superaram as aplicações em R$ 398 milhões, de acordo com informações do Banco Central (BC). O relatório de poupança divulgado pelo BC revela que, no mês passado, os brasileiros depositaram R$ 351,765 bilhões na caderneta de poupança, enquanto o volume de saques alcançou R$ 352,163 bilhões. Este cenário reflete uma tendência de maior retirada de recursos em relação às aplicações, algo que pode estar relacionado a diversos fatores econômicos, como a necessidade de liquidez por parte das famílias ou uma busca por investimentos com maior rentabilidade.

Os recursos aplicados da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) registraram depósitos de R$ 302,365 bilhões e saques de R$ 303,653 bilhões, enquanto os valores aplicados no crédito rural somaram R$ 49,4 bilhões e as retiradas ficaram em R$ 48,510 bilhões.

Em relação à captação líquida, o relatório mostra que os valores do SBPE ficaram em R$ 1,288 bilhão, enquanto os recursos aplicados no crédito rural tiveram captação líquida de R$ 890 milhões.

O BC informou ainda que o rendimento total da poupança no mês ficou em R$ 5,439 bilhões, resultante de R$ 4,070 bilhões de rendimentos no SBPE e R$ 1,369 no crédito rural. Com isso, o saldo total da poupança somou R$ 1,020 trilhão. Em julho o rendimento teve saldo de R$ 1,016 trilhão.

 

 

Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Até o final de julho, os brasileiros ainda não resgataram R$ 8,56 bilhões de recursos esquecidos no sistema financeiro, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira, dia 6. Esses valores estão disponíveis no Sistema de Valores a Receber (SVR), uma plataforma criada pelo BC para que cidadãos e empresas possam consultar e recuperar dinheiro "esquecido" em contas bancárias, consórcios, instituições financeiras e outros serviços do sistema financeiro.

Até o momento, o SVR já devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões que foram disponibilizados pelas instituições financeiras para resgate. Isso significa que ainda há uma quantia significativa à espera de ser resgatada por seus legítimos donos.

O sistema do BC permite que o público faça consultas e solicite o saque dos valores de maneira digital.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

 

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

 

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

 

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

 

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

 

 

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

Setor apontou faturamento de R$ 95,3 bilhões nos primeiros seis meses e alta de 1,9%, em comparação a 2023

 

SÃO PAULO/SP - O Turismo brasileiro registrou o melhor desempenho para um primeiro semestre desde 2019. De acordo com dados inéditos do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o setor faturou R$ 95,3 bilhões, crescendo 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O levantamento mostra que o maior impulso para o resultado semestral veio do segmento de locação de meios de transporte, que apresentou alta de 11% na primeira metade do ano. Algumas das principais empresas da atividade de locação de veículos registraram altas relevantes na receita no segundo trimestre, conforme divulgação de balanço, como a Localiza (16,1%), a Movida (30%) e a Unidas (49,8%), impulsionando o setor.  

Os meios de hospedagem, com alta de 6,7% no semestre, também foram grandes responsáveis pelo resultado. O faturamento chegou a R$ 11,4 bilhões. Neste caso, o aumento na tarifa média (aliado à demanda) foi o principal fator para o desempenho positivo. Embora a taxa de ocupação tenha ficado estável nos seis primeiros meses, os preços dos bilhetes subiram 10,6%, contribuindo para a receita por quarto disponível (RevPAR), de acordo com o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). Outro segmento em destaque foi o de alimentação, com crescimento de 6,5% e faturamento de R$ 14,6 bilhões, influenciado pelo próprio movimento do Turismo, que favorece o aumento dessa necessidade básica do viajante.

As demais elevações foram observadas nas atividades culturais, recreativas e esportivas (3,9%), em outros tipos de transporte aquaviário (2,5%) e no transporte aéreo (1,2%). Já as reduções foram registradas no transporte rodoviário de passageiros (-9,1%) e entre as agências, operadoras e outros serviços de turismo (-1,4%).

Na avaliação da FecomercioSP, ainda que haja espaço para expansão, ao que tudo indica, o setor chegou ao patamar de normalidade, com projeção de variações mais modestas nos próximos meses — inclusive com possíveis quedas em razão de eventuais reduções de preços. No entanto, o que importa é o fato de o setor seguir avançando, com as condições macroeconômicas favoráveis que contribuíram para os resultados no primeiro semestre (melhoria da economia e das condições financeiras das famílias, além das quedas do desemprego, da inflação e dos juros) se mantendo na segunda metade do ano. 

 

TABELA 1

FATURAMENTO DO TURISMO NACIONAL POR SERVIÇOS PRESTADOS

Junho de 2024

 

No mês de junho, especificamente, o Turismo nacional cresceu 1,6% e obteve um faturamento de R$ 15,6 bilhões, influenciado pelas elevações de 9,9%, nos serviços de locação de meios de transporte, e de 9,1%, nos serviços de alojamento. Alimentação também contribuiu para o resultado, com alta de 5,6%. No sentido inverso, o transporte rodoviário apontou retração anual de 7,4%, ao passo que agências, operadoras e outros serviços de turismo ficaram 0,7% abaixo do visto em junho de 2023.

 

Dados regionais

No âmbito regional, o setor faturou R$ 11,8 bilhões, apontando alta de 2,2% no sexto mês do ano. Tocantins e Sergipe seguiram liderando, com variações de 12,7% e 10%, respectivamente. O Estado de São Paulo, que corresponde a cerca de 35% do total, apontou aumento anual de 2,6%. Já o Rio Grande do Sul apresentou nova queda expressiva (-12,6%). No Estado gaúcho, a redução de faturamento nesses dois meses foi de R$ 220 milhões. 

No acumulado do ano, o faturamento do Turismo nos Estados registra alta de 2,1% — um faturamento de R$ 71,9 bilhões —, o que significa incremento de R$ 1,5 bilhão em comparação ao mesmo período do ano passado. Tocantins (8,3%), Amazonas (7,6%) e Espírito Santo (6,1%) apresentaram as maiores altas. O  levantamento da FecomercioSP, neste caso, não considera o setor aéreo. 

 

TABELA 2

FATURAMENTO DO TURISMO POR REGIÃO

Junho de 2024

 

Nota metodológica

O estudo se baseia nas informações da Pesquisa Anual de Serviços, mediante dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do IBGE. Os valores são corrigidos mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o Turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do setor no total.

Em relação aos dados regionais, a base continua sendo a PAS, mas foi adotado um procedimento estatístico distinto, de uso da proporcionalidade nacional, para encontrar a receita das atividades nos Estados e, na sequência, uma estimativa setorial para se chegar na receita operacional líquida. Embora foram feitas estimativas segmentadas, a divulgação ficará restrita ao total, pois o objetivo é obter uma dimensão geral do setor e acompanhar o desempenho mensal. A correção monetária é feita pelo IPCA, e não pelo índice específico, tal como ocorre no volume de serviços, no IBGE.

O total do faturamento das Unidades Federativas (UFs) não coincide com o total nacional do levantamento da FecomercioSP, por não contabilizar o setor aéreo. Pelo fato de não haver clareza sobre como o instituto trabalha o dado de transporte aéreo de passageiro, optou-se por não usar neste momento. Quando houver uma indicação mais clara, haverá, certamente, uma atualização.

SÃO CARLOS/SP - O Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu um alerta no dia 5 de setembro de 2024 sobre golpes virtuais que utilizam falsas cobranças de multas. O comunicado destaca que criminosos estão enviando mensagens, via e-mail ou outros meios digitais, que parecem ser do STF, cobrando supostas multas. No entanto, essas cobranças são falsas e fazem parte de um esquema fraudulento. O tribunal orienta os cidadãos a desconsiderarem essas mensagens e a não realizarem nenhum pagamento. O STF não envia cobranças diretamente aos cidadãos por e-mail, e qualquer dúvida ou desconfiança deve ser esclarecida pelos canais oficiais do tribunal.

Essa medida visa proteger as pessoas contra fraudes e garantir a segurança no ambiente digital, que tem se tornado alvo frequente de criminosos.

As mensagens estão em circulação em grupos de WhatsApp e por e-mail. O golpe usa falsas intimações do STF para cobrar o pagamento de valores judiciais e multas pelo acesso a redes privadas de Virtual Private Network (VPN).

As mensagens usam frases alarmantes para prender a atenção do usuário de internet e pedir acesso a links externos, que podem realizar operação de phishing, modalidade de ataque cibernético que tem objetivo de acessar dados restritos, como senhas bancárias e número de cartão de crédito.

A Corte informou que não solicita transferências bancárias, pagamento de boletos e não cobra pendências judiciais por meio de aplicativos e mensagens de texto.

O Supremo recebe denúncias de fraudes envolvendo o nome da Corte por meio da ouvidoria do tribunal.

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