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Objetivo é mapear dados que sirvam de alerta para toda a sociedade

 

SÃO CARLOS/SP - A depressão pós-parto é uma condição relativamente comum nas mulheres, mas que é negligenciada devido à pressão social da mãe estar sempre feliz pelo nascimento do filho. Isso gera desconforto e sensação de culpa nessas mães. Quem explica é Helena de Freitas Rocha e Silva, estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ela está considerando esse contexto para desenvolver uma pesquisa na qual mapeia o índice de mulheres que apresentaram sintomas da patologia de depressão pós-parto recentemente. Para isso, o estudo está convidando mulheres que tenham passado pela experiência do parto há, no máximo, 10 meses, para responderem um questionário online.
"É necessário fazer esse mapeamento da depressão pós-parto e trazer esses dados para a sociedade, de modo que alerte para agências de saúde e população em geral para a gravidade desse problema", explica a pesquisadora. "O meu estudo foca no índice de depressão pós-parto entre mulheres pretas e pardas. Sabe-se que essa população é mais afetada pelo abandono parental, maior pressão social e outras violências, por isso gostaria de mapear como isso afeta a saúde mental dessas mulheres", complementa. 
O trabalho tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e orientação da professora Sabrina Mazo D'Affonseca, do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade.

Como participar
Pode participar da pesquisa qualquer mulher que tenha tido a experiência de parto há, no máximo, 10 meses. O questionário online tem tempo estimado de 20 minutos de resposta e pode ser acessado em https://bit.ly/3yE9APn. É garantido o sigilo de todas as informações e toda a participação é online. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 55454321.0.0000.5504).
Encontros virtuais acontecem entre 2 de agosto e 27 de setembro; inscrições estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 2 de agosto e 27 de setembro, sempre às terças-feiras, serão realizados os encontros da Atividade Curricular de Integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepe) intitulada "Memórias femininas, territórios, lutas e solidão: Conexões Brasil e América Latina".
De acordo com a professora Lourdes de Fátima Bezerra Carril, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e responsável pela atividade, "a América Latina se constitui de forma fragmentada, provocando a invisibilidade e o distanciamento das lutas empreendidas nesse tempo-espaço. A ocultação da produção intelectual, política, bem como popular e cultural feminina, em todas as instâncias da vida, é resultado das assimetrias e opressões sociais. Ao passo que se aprofundam as ofensivas neoliberais aos corpos dissidentes, emergem resistências em diferentes esferas da vida". 

BRASÍLIA/DF - A sexta edição do Prêmio Espantaxim vai premiar 246 crianças e adolescentes de 7 a 13 anos que escreveram textos a partir do tema “As Quatro Estações – Primavera, Verão, Outono e Inverno. Cada estação do ano tem seus encantos e particularidades e esses fenômenos da natureza afetam o sentimento das pessoas”.

Do total de trabalhos recebidos, foram premiados textos nas categorias redação (128), mensagem (29) e poesia (89). Desses 246 premiados, uma comissão julgadora integrada por jornalistas, psicólogos e professores selecionou 41 vencedores entre os melhores trabalhos enviados.

A solenidade de premiação será no dia 4 de dezembro, às 15h, no Teatro Gazeta, em São Paulo.

Criado em 2010, com realizações a cada dois anos, o Prêmio Espantaxim estimula a criança a ler e a escrever, contribuindo para a formação de novos leitores e autores.

Pequenos premiados

Os irmãos Sofia e Heitor Costa Leite, 7 anos, são vencedores nas categorias poesia e redação, respectivamente. Estudantes de Campina Grande (PB), eles afirmam que os pais sempre foram grandes incentivadores da leitura em casa.

“Meus pais sempre liam para nós antes de dormir. Foram tantas histórias que isso despertou a minha imaginação para criar várias histórias divertidas e legais. Para o Prêmio Espantaxim, escrevi uma poesia sobre a primavera, pois essa é minha estação favorita. Gosto das flores e de como tudo fica mais colorido”, disse Sofia.

“Comecei a me interessar pela leitura e escrita com meus pais, que sempre leem para mim e minha irmã. Escrevi sobre a minha estação preferida, o inverno. Aqui no Nordeste não faz muito frio, mas quando faz, é um friozinho tão gostoso que poderia durar o ano inteiro”, afirmou Heitor.

As irmãs Manuela e Milene Lucena Melo Nogueira Jordão, 8 anos, também alunas na capital paraibana, conquistaram premiação na categoria poesia. “Comecei a gostar de ler e escrever na escola. Escrevi uma poesia sobre o verão, que é a minha estação favorita, pois é quando chegam as férias, o calor. Éa época do ano em que me divirto mais”, afirmou Manuela.

Já Milene escreveu seu poema sobre a primavera. “Gosto da primavera porque a natureza fica mais radiante e isso me deixa mais feliz. Comecei a gostar mais de ler e escrever na escola e fiquei muito surpresa de ser premiada no Prêmio Espantaxim”.

O estudante Renato Boschi Covo, 10 anos, de Indaiatuba (SP), premiado na categoria poesia, ficou feliz ao receber a notícia entre os colegas de escola. “Estava com minha mãe no carro quando ela viu no site que eu estava entre os premiados. Fiquei muito feliz, pois me dediquei muito para escrever o poema. Achei que tinha ficado bom, mas não esperava estar entre os premiados. Foi uma grande surpresa! No dia seguinte, a coordenadora da minha escola foi até a sala de aula dar a notícia e meus colegas me aplaudiram. Foi muito legal”, relatou Renato.

Já a aluna Raíssa Alves da Costa Lima, 12 anos, de João Pessoa, disse que está ansiosa para o dia da premiação. “Minha mãe sempre lê poesias para mim e me incentiva a também escrever os meus próprios poemas e a ler. Durante a pandemia, ela me motivou a procurar um concurso ao qual pudesse enviar os meus textos. Foi assim que descobri o Prêmio Espantaxim, que foi o primeiro que participei. Fiquei muito surpresa quando soube que estava entre os premiados e agora estou na expectativa pela cerimônia de premiação”.

Premiação

Nas edições anteriores, a cerimônia de premiação ocorreu no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp), mas como o lugar é pequeno, para 344 pessoas, a direção resolveu mudar para o Teatro Gazeta, mais amplo, com 716 lugares.

“A gente estava restringindo muito o número de convidados. As crianças ficavam tristes, porque não podiam convidar a avó, a madrinha. Não cabia no Masp”, explicou a criadora do concurso literário nacional infantojuvenil, escritora e compositora Dulce Auriemo. “A opção então foi procurar um espaço maior. Vamos deixar que as crianças convidem mais gente”.

As 246 crianças e adolescentes premiados receberão três exemplares cada da VI Antologia, livro especial, ilustrado, onde são publicados os textos originais, com a letra dos pequenos escritores, e também as versões digitadas, após revisão. Eles receberão também o exclusivo boneco do personagem Espantaxim, mascote do prêmio.

Os 41 vencedores do concurso literário recebem ainda o Troféu Espantaxim, criado em 2010 e que, este ano, traz na mão o logotipo das quatro estações, além da coleção completa de livros e CD’s do Projeto Espantaxim, idealizado por Dulce Auriemo e que está completando 20 anos de existência.

A relação completa de nomes, escolas, cidades e estados dos premiados pode ser consultada no site do prêmio.

Sexta edição

A sexta edição do Prêmio Espantachin recebeu 3,3 mil trabalhos de crianças e adolescentes de 7 a 13 anos de idade, estudantes de 76 escolas públicas e privadas, que representaram 42 cidades e 15 estados brasileiros.

“Se queremos pessoas que amem e valorizem a leitura e a escrita, precisamos incentivá-las desde cedo, na infância, em um trabalho conjunto com as escolas. É isso o que procuramos fazer por meio do Prêmio Espantaxim”, afirma Dulce.

 

 

Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil 

Estudo é da UFSCar e convida mulheres, a partir de 18 anos, para participação gratuita

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de Iniciação Científica, desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo avaliar os benefícios do uso de um aplicativo voltado para a educação e o autocuidado da dismenorreia (cólica menstrual). Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos de qualquer região do Brasil.
O estudo é desenvolvido no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU), em parceria com o Núcleo de Estudos em Dor Crônica (NEDoC), ambos do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição. A pesquisa é feita pelas graduandas Beatriz Laryssa de Jesus Santos e Barbara Inácio da Silva, sob orientação de Patricia Driusso e Mariana Arias Avila, docentes do DFisio.
A dismenorreia primária é caracterizada como dor menstrual na ausência de doenças associadas, como a endometriose, por exemplo. Esse tipo de cólica afeta cerca de 3/4 de todas as mulheres durante sua vida reprodutiva e é mais comum em adolescentes e no início da vida adulta. Além dos sintomas associados à cólica menstrual, como alterações de humor, desconfortos gastrointestinais, fadiga e outros, a dismenorreia também é responsável pelo aumento do absenteísmo no trabalho, escola e universidade. "Estima-se que cerca de 2 bilhões de horas são perdidas anualmente devido a faltas ao trabalho", expõe Beatriz Santos.
Apesar de a dismenorreia afetar um grande número de mulheres, Santos aponta que ainda é difícil o acesso a informações sobre essa condição, tornando recorrente o pensamento de que a dor menstrual é uma condição normal associada ao fato de ser mulher. "O nosso estudo irá avaliar os benefícios no cuidado da cólica menstrual por meio de um material educativo. Esse material contém informações que darão autonomia e conhecimento para as mulheres, abordando assuntos sobre o que é a dismenorreia, quais fatores estão envolvidos nesse processo e como elas podem realizar e implementar o autocuidado na rotina", explica a pesquisadora sobre a importância e a aplicação do projeto.

SÃO CARLOS/SP - A rede municipal de ensino iniciou o segundo semestre letivo de 2022 no último dia 21 de julho. A Secretaria Municipal de Educação (SME) realizou no dia 20 de julho a reunião de planejamento para as Unidades Escolares. Segundo dados da SME retornaram às aulas mais de 18 mil estudantes.
Após o recesso do meio do ano para professores e alunos, as 61 escolas da rede retornaram para as atividades pedagógicas. No período de recesso, apenas o expediente essencial das Unidades Escolares foi mantido.
A rede municipal de ensino está formada por 50 Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs), dez Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs) e a EMEJA “Austero Manjerona” e seus polos.
O ano letivo de 2022 foi o primeiro totalmente em modo presencial após a pandemia da COVID-19. Diante dos desafios que foram superados no auge da doença em 2020 e 2021, o objetivo da Educação Infantil continua a ser um acompanhamento mais próximo às crianças com relação ao seu desenvolvimento. No Ensino Fundamental, três eixos seguem para o aprendizado dos estudantes: a questão da alfabetização, a questão da produção textual e a questão do raciocínio lógico.
A Secretaria Municipal de Educação também iniciou neste segundo semestre as tratativas administrativas para instituir o Programa Dinheiro Direto na Escola Municipal (PDDE-M), que foi criado pela Lei nº 19.924/2020, e regulamentado pela Prefeitura de São Carlos por meio do Decreto nº 219/2022.

SÃO CARLOS/SP - O portal www.e-zine.ufscar.br, que reúne a produção de e-zines (publicações online em formato de revista) de centenas de estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançou 28 novos e-zines, fruto do trabalho de 227 alunos de diferentes cursos de graduação durante a disciplina de "Comunicação e Expressão", oferecida pelo Departamento de Letras (DL) no primeiro semestre de 2022.
Os e-zines foram produzidos por estudantes dos cursos de Matemática, Química, Educação Física, Estatística, Engenharia Física, Física, Engenharia Elétrica, Ciências Sociais, Engenharia Química, Engenharia Mecânica, Biblioteconomia e Ciência da Informação e Ciência da Computação.  O trabalho foi coordenado pelos professores do DL, Dirceu Cleber Conde, Lígia Mara Menossi de Araújo, Luciana Nogueira e Pedro Henrique Varoni de Carvalho, com apoio de 15 alunos/tutores do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) e do curso de Bacharelado em Linguística, todos da UFSCar.
Os alunos foram incentivados a discutir as relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Linguagem, escolhendo recortes temáticos para os e-zines. A escolha temática e os recortes editorais revelam as inquietações das novas gerações de estudantes e permitem um diálogo interdisciplinar a partir das ferramentas da comunicação e expressão e do reconhecimento da linguagem como meio de aproximação das diferenças", explicam os professores que organizaram a iniciativa. 
Como resultado, foram publicados 28 e-zines sobre temas variados. A coletânea de trabalhos da turma A abordou Criptomoedas; Redes sociais e a Inclusão Digital; Desigualdade entre Sexos; Sociedade da Estatística; Educação Financeira; A evolução dos meios de transporte; Próteses; Carnavalizou; Tecnologia (o mundo distópico que se tornou normal); Covid 19, o novo normal; Esporte, Política e Tecnologia; Alexa fala comigo. A turma B falou sobre Vegetê; A Cultura do Cancelamento; Comunicação não verbal; Os robôs vão dominar o mundo?; Metaverso; e Saúde mental na pandemia. Na turma C, os temas escolhidos foram: Nem tudo que brilha é ouro; Fraudes digitais; Metaverso; Catástrofe ambientais; e Jogos online. Já a Turma D tratou dos assuntos Super real; Quanto pode o podcast?; Seja Cerrado; Ciência e pseudociência; e Criptmoedas.
"Os alunos exercitaram todas as etapas de construção de um objeto editorial: da reunião de pauta para escolha do tema ao processo de produção de textos, finalizando com a criação do design", contaram os professores que organizaram a proposta. "A metodologia, construída com amplo apoio dos tutores, permitiu também um rico diálogo entre docentes, tutores e alunos de graduação".
Para os docentes da UFSCar, com a publicação do material resultante da oferta da disciplina, "o projeto se consolida pelo aspecto inovador e criativo, trabalhando a produção de texto em perspectiva de divulgação científica a partir das inquietações dos estudantes". 
Todos os e-zines podem ser conferidos no site www.e-zine.ufscar.br/e-zines/e-zines-2022-1/e-zines-2022.

SÃO CARLOS/SP - Pais dos alunos da EMEB Dr. Alcyr Affonso Leopoldino, localizada na Av. Nicolau Chicrala, no Jardim Araucária, entraram em contato com a Rádio Sanca, pois receberam na última semana um comunicado em um grupo de WhastApp, da própria escola avisando sobre a entrega dos Uniformes Escolares. Isso mesmo você não leu errado não, estamos no segundo semestre e estão entregando os uniformes.
Porém, no recado enviado aos pais onde é informado as datas de entrega e, ainda que algumas peças do uniforme não serão entregues.

“Infelizmente nem todos os alunos receberão todas as cinco peças (camiseta, regata, manga longa, bermuda e agasalho), pois não nos foram entregues pelo almoxarifado” diz a nota.

Evento acontece entre os dias 23 a 27 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a décima edição da Semana da Estatística (SEst) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), que abordará o tema "A estatística através do tempo".
O evento ocorre entre os dias 23 a 27 de agosto, nos campi das duas universidades em São Carlos. A programação prevê palestras, minicursos de programação estatística, mesas-redondas e workshops. Além disso, a inscrição dá direito a brindes exclusivos da SEst.
As inscrições podem ser feitas neste link www.sestsc.com.br/register. Mais informações no site do evento (www.sestsc.com.br).
Pesquisa de Iniciação Científica aponta riscos a Unidades de Conservação e pode auxiliar na formulação de políticas públicas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que analisa dinâmicas da paisagem em áreas protegidas no Estado de São Paulo, conquistou o primeiro lugar no Prêmio MapBiomas (https://mapbiomas.org/premio), na categoria Jovem. O estudo detectou que os espaços analisados - Zonas de Amortecimento que protegem Unidades de Conservação -, de forma geral, perderam cobertura florestal ao longo dos anos e que faltam, no Cerrado, zonas classificadas como de alta preservação.
O trabalho, desenvolvido no escopo de uma Iniciação Científica financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é de autoria de Alexandre Bomfim Gurgel do Carmo, estudante de Ciências Biológicas no Campus Lagoa do Sino da UFSCar. A orientação foi de Paulo Guilherme Molin, docente no Centro de Ciências da Natureza (CCN), e co-orientação de Felipe Rosafa Gavioli, estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis (PPGPUR), também da UFSCar.
O autor e os orientadores integram o Centro de Pesquisa e Extensão em Geotecnologias (CePE-Geo), grupo dedicado ao desenvolvimento de projetos com aplicação de geotecnologias, coordenado por Molin e André Toledo, também docente no CCN. O projeto de pesquisa é também vinculado ao projeto Temático Fapesp NewFor (Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza - https://bit.ly/3ObZPh0), do qual Molin é pesquisador.
Para as análises, foi utilizado o mapeamento de uso e ocupação da terra, disponibilizado pela Rede MapBiomas, que foi tratado pelo autor com o uso de ferramentas de geoprocessamento, enfocando as Zonas de Amortecimento (ZAs) de Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O intuito foi analisar as dinâmicas da paisagem em cada ZA, gerando conhecimento novo a partir do mapeamento disponibilizado.
Unidades de Conservação são espaços territoriais protegidos por lei, podendo ser de proteção integral (que não permitem exploração) ou de uso sustentável (permitindo exploração com regras). Já as ZAs são áreas de entorno às UCs, como se fossem uma "zona tampão" - ou seja, um território em volta da unidade de conservação sujeito a normas e restrições específicas que visam filtrar impactos negativos das atividades no entorno, como ruídos, poluição, espécies invasoras e o próprio avanço da ocupação humana.
O trabalho avaliou, de forma inédita, como as ZAs de UCs paulistas estão evoluindo - de 1988 a 2018 - em relação a sua cobertura de vegetação nativa. Foram detectadas 33 ZAs classificadas como alta conservação; 18 como média conservação; e 34 como baixa conservação - sendo alta a cobertura de vegetação nativa acima de 40%; média, entre 20 e 40%; e baixa, inferior a 20%.
Outro dado encontrado diz respeito aos biomas: todas as ZAs classificadas como de alta conservação estão na Mata Atlântica - não há, portanto, nenhuma no Cerrado. "Vários estudos mostram que já existe pouca área preservada neste bioma. Para piorar, detectamos que, entre as UCs existentes ali, nenhuma tem zona de amortecimento com boa qualidade. O Cerrado no Estado de São Paulo está sendo negligenciado", alerta Molin.
Além disso, as ZAs analisadas tiveram uma diminuição de mais de 38 mil hectares de vegetação nativa ao longo dos últimos 30 anos, e a maioria de alta qualidade de conservação está na categoria de uso sustentável, e não na de proteção integral.
"Em muitos lugares de vegetação nativa, detectamos, ao longo do tempo, uma transição para áreas de agricultura, de pastagens ou urbanas. Isso acende uma luz vermelha de que algo está errado, que uma política pública que deveria estar ajudando na conservação, de certa forma, não funciona como deveria", analisa o docente.
"A presença de paisagens urbanas é um fato dos últimos anos, e o desenvolvimento das áreas estudadas é importante - porém, deve ser feito de forma sustentável, prezando pela conservação", pontua Carmo.
Ao detectar quais zonas estão muito bem protegidas e quais não estão, o estudo traz dados importantes para ação do poder público. "É possível analisar quais UCs devem ser prioridade para alocação de verba pública, implementação de melhorias e outras estratégias que possam melhorar a qualidade da conservação desses espaços", registra o docente da UFSCar.
Nesse sentido, Carmo acrescenta que o estudo pode auxiliar, de imediato, em tomadas de decisão e em políticas públicas que envolvam o plano de manejo adequado das ZAs das UCs do Estado de São Paulo, de acordo com cada particularidade.

Premiação
Em sua quarta edição, o Prêmio MapBiomas é realizado pela Rede MapBiomas (https://mapbiomas.org/o-projeto), em parceria com o Instituto Ciência Hoje. A Rede desenvolve o mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil desde 1985, além de validar e refinar alertas de desmatamento, gerando laudos para cada alerta detectado no Brasil desde 2019. Também monitora mensalmente a superfície de água e áreas queimadas no Brasil.
A premiação visa estimular trabalhos que utilizam dados de qualquer iniciativa, módulo ou produto da MapBiomas, incluindo iniciativas de outros países.
"Em um momento tão difícil que estamos passando na Ciência e na academia brasileira, o Prêmio MapBiomas vem valorizar, reconhecer e destacar a importância das pesquisas científicas para o Brasil", sintetiza Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas.
Para Shimbo, os trabalhos contemplados demonstram a seriedade e o compromisso da Ciência brasileira em contribuir na geração de conhecimento para a melhoria da sociedade e do País.
Molin corroroba com a ideia e enfatiza o grande diferencial da iniciação científica produzida na UFSCar, contemplada no Prêmio. "A Ciência, mesmo no nível de graduação, já comprova ser esclarecedora e inovadora, contribuindo com problemáticas da atualidade", avalia o orientador.
Para ele, o Campus Lagoa do Sino, criado há oito anos, já aponta seu crescimento exponencial por meio de conquistas como esta. "Isso comprova a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão realizados aqui e nosso enorme potencial, tendo a devida valorização e investimentos", finaliza.
Com a conquista do primeiro lugar na categoria Jovem, Carmo recebeu prêmio de R$10.000 além de assinatura anual da Revista Ciência Hoje Digital e bolsa para realização de um curso de geoprocessamento de imagens de satélites, usando o Google Earth Engine, promovido pela Solved.
Detalhes sobre a premiação e demais pessoas contempladas estão em https://mapbiomas.org/premio.
Obra é destinada a pesquisadores, estudantes, professores e profissionais da área

 

SÃO CARLOS/SP - Os Estudos da Tradução e Interpretação de Línguas de Sinais (ETILS) é um campo emergente no Brasil e, para celebrar esse crescimento, foi lançado o livro "Estudos da Tradução e Interpretação de Línguas de Sinais: contextos profissionais, formativos e políticos", disponível gratuitamente no site da Editora Insular (https://bit.ly/3o6bdR7). 
O livro se destina a pesquisadores, estudantes, professores e profissionais da tradução e da interpretação de Línguas de Sinais. De acordo com o docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcus Vinícius Batista Nascimento - um dos organizadores da obra -, trata-se de uma "publicação inovadora". Os capítulos apresentam pesquisas sobre conceitos centrais à área (definições de tradução, interpretação, intermodalidade, verbo-visualidade, multimodalidade etc.), sobre distintos contextos de atuação (contextos políticos, jurídicos, educacionais etc.), diferentes aspectos da formação (formação continuada, de intérpretes, de tradutores etc.) e perspectivas políticas (políticas de tradução, de formação, de acessibilidade, linguísticas etc.), contribuindo com as reflexões atuais dos Estudos da Tradução e da Interpretação de Línguas de Sinais. 
A obra está organizada em onze capítulos escritos por quinze diferentes autores, professores e discentes, vinculados a diferentes instituições, tais como a própria UFSCar, as universidades federais de Goiás (UFG) e do Espírito Santo (UFES), a Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A publicação tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), juntamente aos docentes da UFSC, Carlos Henrique Rodrigues e Neiva de Aquino Albres. Segundo os organizadores, "o livro evidencia a multiplicidade dos ETILS, fundamenta o debate e estimula o estudo e a pesquisa multi/inter/trans/indisciplinar nessa nova e emergente área".

Campo em crescimento
O professor da UFSCar faz uma retomada histórica para contar como o campo da tradução de línguas tem crescido no País. "Desde o início dos anos 2000 o trabalho de intérpretes e tradutores da Libras [Língua Brasileira de Sinais] tem sido estudado em diferentes campos, especialmente no da Educação e da Linguística Aplicada. Entretanto, a partir de 2010 houve uma filiação mais objetiva com o campo disciplinar Estudos da Tradução, o que colocou o marginalizado campo da tradução e interpretação da Língua de Sinais no centro dos estudos sobre procedimentos tradutórios e interpretativos de um campo científico dedicado a esses objetos". A obra, segundo o docente, é fruto dessa filiação bem como da realização do Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa da UFSC.
"Reunimos os autores e decidimos divulgar as pesquisas apresentadas nos simpósios a fim de ampliar a circulação das pesquisas", conta Nascimento. "Soma-se a isso o fato de que, desde 2011, cursos de graduação na área em universidades federais foram abertos para formar novos profissionais. A UFSCar oferece o único curso de graduação do estado de São Paulo e é uma referência na formação desses profissionais e se junta a outras oito universidades federais que oferecem cursos de bacharelado no campo".

Organização
O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site da editora Insular, em https://bit.ly/3o6bdR7. Mais informações podem ser obtidas com os organizadores: Vinícius Nascimento (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.); Carlos Rodrigues (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.); e Neiva de Aquino Albres (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).

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