BRASÍLIA/DF - Os planos de saúde estão obrigados, a partir de hoje (14), a cobrir exames para detecção do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a covid-19. A decisão, tomada ontem pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar, prevê a cobertura para a pesquisa de anticorpos IgC ou anticorpos totais e foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Os exames poderão ser feitos nos pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas e também para crianças ou adolescentes com quadro suspeito de síndrome multissistêmica inflamatória pós-infecção pelo novo coronavírus.
Os planos de saúde, no entanto, não estão obrigados a cobrir os testes nos seguintes casos: RT-PCR prévio positivo para Sars-Cov-2; pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo; pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana; para testes rápidos; pacientes cuja prescrição tem finalidade de screening, retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; e para verificação de imunidade pós vacinal.
*Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Constatação foi apontada em revisão clínica de grupo de pesquisa da UFSCar
SÃO CARLOS/SP - "A obesidade predispõe as crianças e adolescentes obesos a terem complicações da Covid-19 e é fato que a obesidade é crescente entre esse público", afirma o professor Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida, do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O docente coordena o grupo de pesquisa "Centro de Investigação em Nutrologia e Saúde (Cinus)", que fez uma revisão clínica recente sobre a relação entre a obesidade infantil e as complicações da Covid-19. O artigo foi publicado no periódico Jornal de Pediatria, renomada revista internacional na área.
O principal objetivo do trabalho foi identificar fatores que contribuem para o aumento da suscetibilidade e gravidade da Covid-19 em crianças e adolescentes obesos e suas consequências para a saúde. O professor da UFSCar aponta que a obesidade é uma comorbidade de alta prevalência nos casos graves de Covid-19 em crianças e adolescentes. De acordo com ele, o excesso de tecido adiposo, déficit de massa magra, resistência à insulina, dislipidemia (colesterol elevado no sangue), hipertensão, níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e a baixa ingestão de nutrientes essenciais são fatores que comprometem o funcionamento de órgãos e sistemas dos indivíduos obesos.
Nogueira-de-Almeida afirma que, somados a esses fatores, também há prejuízos dos sistemas imunológico, cardiovascular, respiratório e urinário e modificação da microbiota intestinal. Os prejuízos desse quadro podem causar complicações nos casos de infecção pelo novo Coronavírus. "Essas alterações orgânicas advindas da obesidade podem potencializar a necessidade de assistência ventilatória, risco de tromboembolismo, redução da taxa de filtração glomerular, alterações na resposta imune inata e adaptativa e perpetuação da resposta inflamatória crônica", completa o professor da UFSCar.
Além das medidas protetivas já preconizadas no combate à Covid-19, o docente destaca a necessidade dos profissionais da Saúde realizarem avaliação nutricional para diagnóstico do excesso de peso e o rastreamento de comorbidades associadas à obesidade para garantir a efetividade do tratamento contra a Covid-19. "É preciso que os profissionais da Saúde dosem os níveis de imunonutrientes para avaliar a necessidade de suplementação, deem orientações às famílias e determinem, quando necessário, o encaminhamento a unidades hospitalares aptas ao atendimento de crianças e adolescentes obesos", defende.
Os resultados do trabalho realizado pelo Cinus foram publicados no artigo "Covid-19 e obesidade na infância e adolescência: uma revisão clínica", que pode ser acessado no link https://bit.ly/3kC2G5j. O Cinus é um Diretório de Pesquisa alocado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na UFSCar, e inclui professores e estudantes da Instituição e da Universidade de São Paulo (USP).
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirma nesta quinta-feira (13/08) mais uma morte por COVID-19 no município, totalizando 30 óbitos neste momento. Trata-se de uma mulher de 78 anos, de São Carlos, internada desde 10/08, que morreu nesta quinta (13/08) já com resultado positivo para COVID-19. São Carlos contabiliza neste momento 1.712 casos positivos para COVID-19 (41 resultados positivos foram divulgados hoje), com 30 mortes confirmadas. 70 óbitos já foram descartados. Dos 1.712 casos positivos, 1.567 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 3 óbitos sem internação, 143 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 103 receberam alta hospitalar, 13 estão internadas, 1 paciente de São Carlos permanece internado na cidade de Jaú e 27 positivos internados foram a óbito. 1.441 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 6.235 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (162 resultados negativos foram divulgados hoje). Estão internadas neste momento 30 pessoas, sendo 14 adultos na enfermaria (4 positivos, 5 suspeitos e 5 negativos). Na UTI adulto estão internadas 16 pessoas (12 positivos, 3 suspeitos e 1 negativo). Tanto na UTI como na enfermaria nenhuma criança está internada no momento. 6 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos, todos na UTI. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje em 54,16%. Na rede privada estão internados 2 pacientes positivos na UTI adulto e 1 com suspeita da doença. Já na enfermaria adulto 2 pacientes estão internados na rede particular, todos com resultado positivo para a COVID-19. Esses números já estão contabilizados no total de internações.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 10.268 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 8.597 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 1.671 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 5.732 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 4.531 tiveram resultado negativo para COVID-19, 1.092 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 109 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
BRASÍLIA/DF - O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (13) que a melhor opção de vacina, até agora, é a de Oxford. “Eu posso apensar aos senhores que a AstraZeneca, com Oxford, é ainda a nossa melhor opção, nós estamos nela”, afirmou durante audiência pública na Comissão Mista do Congresso que fiscaliza as ações do governo no combate à pandemia de covid-19.
O Brasil assinou um acordo de US$ 100 milhões com a AstraZeneca-Oxford, que também prevê transferência de tecnologia para a produção da vacina no Brasil. Outras instituições brasileiras também estão colaborando com grandes empresas farmacêuticas internacionais para pesquisa e desenvolvimento de uma vacina para covid-19. “Vamos fazer a contratação, eu acredito, até sexta-feira, com o empenho de recursos para a empresa AstraZeneca, junto à Fiocruz. Essa é a mais promissora, mas não deixamos de estar atentos a todas as outras”, disse Pazuello.
Vacina russa
Sobre a vacina russa, o ministro afirmou que sua eficácia ainda não está clara. “Está muito incipiente, as posições estão ainda muito rasas, nós não temos profundidade nas respostas, nós não temos o acompanhamento dos números”. A conclusão, acrescentou, foi tirada depois de uma reunião realizada ontem com a participação do governador do Paraná, Ratinho Júnior, representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representantes da empresa russa e da embaixada daquele país.
Para Pazuello, a vacina russa poderá ser viável mas, até lá, vai depender de muita negociação, muito trabalho para seja avalizada pela Anvisa e, a partir daí, a compra discutida. “Ontem recebi uma empresa, a Covax, americana, com uma sede de fabricação na Tailândia, que também trouxe a possibilidade de fabricação, mas também com prazos um pouco mais dilatados”, adiantou. Nesse último caso, a previsão de produção seria março ou abril de 2021. “Estamos em negociação também para ver se isso cresce, se acelera e se podemos participar. Todas as iniciativas são válidas. Acho que isso vai trazer um somatório e um resultado campeão no final”, ressaltou.
*Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa nesta quarta-feira (12/08) os números da COVID-19 no município. São Carlos contabiliza neste momento 1.671 casos positivos para COVID-19 (35 resultados positivos foram divulgados hoje), com 29 mortes confirmadas. 70 óbitos já foram descartados. Dos 1.671 casos positivos, 1.527 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 3 óbitos sem internação, 141 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 103 receberam alta hospitalar, 12 estão internadas, 1 paciente de São Carlos permanece internado em outro município e 26 positivos internados foram a óbito. 1.422 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 6.073 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (112 resultados negativos foram divulgados hoje). Estão internadas neste momento 32 pessoas, sendo 12 adultos na enfermaria (5 positivos, 2 suspeitos e 5 negativos). Na UTI adulto estão internadas 18 pessoas (11 positivos, 4 suspeitos e 3 negativos). Na UTI nenhuma criança está internada no momento. Duas crianças estão na enfermaria, todas com resultado negativo para a doença. 7 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos, sendo 3 na enfermaria e 7 na UTI. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS está hoje em 60%. Neste momento São Carlos disponibiliza 25 leitos de UTI/SUS, sendo 15 na Santa Casa (10 adultos e 5 na ala infantil) e 10 para adultos no Hospital Universitário (HU-UFSCar). Na rede privada estão internados 3 pacientes na UTI adulto, 2 com resultado positivo e 1 com suspeita da doença. Já na enfermaria adulto 3 pacientes estão internados na rede particular, sendo 2 com resultado positivo para a doença e 1 com suspeita da COVID-19. Esses números já estão contabilizados no total de internações.
NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 10.109 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 8.453 pessoas já cumpriram o período de isolamento de 14 dias e 1.656 ainda continuam em isolamento. A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal (febre, acompanhada de um ou mais sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, falta de ar). 5.567 pessoas já realizaram coleta de exames, sendo que 4.371 tiveram resultado negativo para COVID-19, 1.065 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos positivos). 131 pessoas ainda aguardam o resultado. O boletim emitido diariamente pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos contabiliza as notificações das unidades de saúde da Prefeitura, Hospital Universitário (HU), Santa Casa, rede particular e planos de saúde.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Malabim (PTB) obteve a liberação para São Carlos de recursos de emenda parlamentar do ex-deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB) no valor de R$ 250 mil, destinada à aquisição de uma Unidade Móvel de Saúde – ambulância Tipo A - para a Secretaria Municipal de Saúde e de equipamentos de uso permanente ao Centro de Atenção Psicossocial de São Carlos (CAPs).
A Unidade Móvel de Saúde será usada para o transporte de pacientes que aguardam por procedimentos de hemodiálise, fisioterapia, acamados para consultas médicas, de altas hospitalares e demais remoções inter-hospitalares.
Foi adquirido para o CAPS um veículo sedan para transporte da equipe técnica com capacidade de até 5 passageiros e mais 12 equipamentos - ar condicionado que serão utilizados nas salas administrativas e nos quartos coletivos com acomodações individuais dos pacientes, em substituição aos atuais por estarem em obsolescência tecnológica.
Malabim manifestou agradecimento ao ex-deputado Arnaldo Faria de Sá, ressaltando que os recursos destinados ao município “contribuíram para aumentar a disponibilidade e qualidade dos equipamentos e dos meios de transportes do departamento da saúde, que com certeza irão proporcionar melhorias qualitativas e quantitativas a população”.
Segundo a psicóloga Naiara Mariotto, readaptação pode gerar picos de medo e desencadear ansiedade se a resiliência e a flexibilidade emocional não forem tratadas.
SÃO PAULO/SP - O retorno das atividades nas regiões onde as flexibilizações do comércio e serviços são permitidas afetam a rotina dos trabalhadores por todo o estado de São Paulo. Essas mudanças, se não abordadas com atenção, podem ser um gatilho para o desenvolvimento de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão.
Segundo a psicóloga Naiara Mariotto, a volta da rotina e a nova necessidade de reorganização da vida, do tempo e das atividades podem ser um fator estressante para as pessoas, da mesma maneira que as mudanças no início da pandemia ocasionaram um pico de estresse.
“As pessoas acabaram de se adaptar ao home office e a uma postura mais isolada, mas precisam enfrentar, novamente, uma nova realidade. Desta vez, elas vão de encontro ao desconhecido, agora com muito mais medo do que vai acontecer, considerando o panorama da Saúde e o próprio medo da doença”, explicou.
De acordo com Naiara, a quarentena permitiu uma sensação de segurança para as pessoas e, com a reorganização da agenda e retomada das atividades, o sentimento de vulnerabilidade volta à tona.
“As pessoas estão com muito mais medo e, com isso, mais ansiosas e preocupadas exatamente porque estão se sentindo expostas. Isso traz uma sensação de impotência muito grande afetando ainda mais a insegurança e deixando elas ainda mais vulneráveis, fazendo um círculo vicioso”, disse.
Crises de ansiedade, pânico e depressão
A psicóloga ressalta ainda a maior necessidade de cuidado de quem já é diagnosticado com ansiedade, pânico e depressão, entre outros transtornos, porque se tratam de pessoas mais frágeis e com mais dificuldade em relação aos desafios e ao medo de não dar conta, além do sofrimento com relação ao autocontrole.
“Todos nós seres humanos queremos ter o controle de tudo, mas as pessoas que já sofrem com a ansiedade possuem esse desejo muito mais exacerbado, inclusive de uma forma inconsciente, querendo controlar aquilo que não é controlável. Isso acaba trazendo muito mais insegurança e pode ocasionar as crises”, explicou.
As queixas mais comuns na clínica, segundo Naiara, são justamente sobre a confusão mental causada pelo ‘turbilhão de emoções’ ao longo do dia, que desencadeiam picos e extremos de sentimentos de impotência.
Como lidar com a volta da rotina
Para lidar com a retomada das atividades sem grandes prejuízos à saúde mental, a psicóloga explica que é importante que as pessoas foquem apenas nos problemas que são possíveis de resolver e tentem desapegar dos pensamentos cíclicos que fogem do seu alcance.
“Se elas conseguirem se afastar daquilo que não está no controle e passarem a ter mais flexibilidade emocional para lidar com tudo, elas vão conseguir se comportar de maneira mais assertiva, porque automaticamente vão diminuir a intensidade do medo e das complicações que ele possa causar”, disse.
Dessa forma, Naiara sugere que os pacientes priorizem as atividades que pedem urgência e tentem desenvolver estratégias para lidar com momentos de dificuldades, medo e preocupação. Caso a pessoa não consiga desenvolver o autocontrole, é importante procurar um profissional para auxiliar nesse cuidado com o psicológico para que ela viva com mais qualidade de vida.
“Não só nesse momento, mas em todos a saúde mental é imprescindível, até porque nós lidamos com frustrações e mudanças o tempo todo e, se não estivermos preparados com o mínimo de flexibilidade emocional e resiliência, nós estamos fadados a sofrer com isso o resto da vida”, disse.
Quem é Naiara Mariotto?
Naiara Mariotto atua há 12 anos como psicóloga clínica, seguindo a abordagem cognitivo comportamental. É especialista em relacionamentos e equilíbrio emocional, psicoterapeuta, sexóloga, supervisora clínica e palestrante.
É fundadora da Clínica Naiara Mariotto, em Araraquara (SP), onde oferece atendimentos para crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias, além das terapias corporais e relaxantes.
SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de 62 anos, informou nesta 4ª feira (12) que foi diagnosticado com covid-19. Doria disse que está assintomático e que irá trabalhar de casa.
“Acabei de receber meu sexto teste da covil-19 e esse, infelizmente, foi positivo”, afirma o governador em vídeo publicado nas redes sociais.
Seguindo o princípio da total transparência com que temos lidado com a pandemia, informo que fui diagnosticado com Covid-19. Estou bem, sem sintomas. Seguirei trabalhando de casa, cumprindo as recomendações médicas de isolamento. Tenho fé em Deus que vou superar a doença. ? pic.twitter.com/AjTtIBeBrN
— João Doria (@jdoriajr) August 12, 2020
Doria disse ainda que “tudo isso vai passar, a vacina vai chegar e o Brasil terá 1 novo momento livre do coronavírus”. O governador afirmou no dia anterior que o Estado deve ter 15 milhões de doses da imunização desenvolvida pela China em dezembro.
São Paulo é a unidade da Federação com mais casos e mortes por covid-19. São pelo menos 639,6 mil infectados e 25.571 vítimas.
O Estado foi 1 dos primeiros Estados a decretar quarentena, em 23 de março. O governo começou a retomada gradual de atividades em 1º de junho. Na semana passada, bares e restaurantes receberam permissão para funcionar até às 22 horas.
*Por: PODER360
Tecnologia que detecta o câncer de cabeça e pescoço poderá ser adaptada para o diagnóstico da Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Os biomarcadores são compostos presentes em fluídos corporais como no sangue, urina, saliva ou lágrima e podem ser utilizados para o diagnóstico de diversos tipos doenças. Para alguns biomarcadores - como as proteínas -, há métodos de detecção amplamente disponíveis, entretanto, novos e promissores biomarcadores necessitam de técnicas mais sofisticadas que estão disponíveis em poucos centros especializados nas grandes cidades, o que restringe seu uso. Pensando nessa questão de saúde mundial, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor de Barretos, desenvolveu um método mais simples que o usual para detectar microRNAs (miRNAs), importantes biomarcadores para o diagnóstico de diversas doenças, identificando, neste caso, o câncer de cabeça e pescoço, e com possibilidade de ser adaptado, inclusive, para o diagnóstico da Covid-19. O dispositivo é feito com materiais descartáveis de baixo custo, capaz de detectar o biomarcador miRNA associado aos cânceres de cabeça e pescoço com a mesma precisão dos diagnósticos realizados atualmente.
Intitulada "Sensor eletroquímico descartável para quantificação de miRNA para o diagnóstico de doenças e método de obtenção e de quantificação", a patente de autoria dos pesquisadores Ronaldo Censi Faria, Orlando Fatibello Filho, Fernando Henrique Cincotto e Wilson Tiago da Fonseca, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, junto de Matias Eliseo Melendez, Ana Carolina de Carvalho Peters e André Lopes Carvalho, do Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital de Amor de Barretos, é uma proposta de dispositivo confeccionado com materiais simples - tais como plásticos, tintas condutoras, folhas de impressora a laser (transparências), impressora de recorte, adesivos vinílicos e outros materiais de papelaria - que realiza o diagnóstico do câncer com a mesma precisão dos métodos atuais.
De maneira geral, os cânceres de cabeça e pescoço se referem a qualquer neoplasia que atinge a mucosa da via aerodigestiva superior - compreendida pela boca, faringe e laringe, sendo o carcinoma epidermoide o mais frequente. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em geral os tumores de cabeça e pescoço são mais frequentes em homens na faixa dos 60 anos de idade e representam o segundo tipo da doença com maior incidência na população masculina e o quinto mais comum entre as mulheres. Considerando a especificidade de cada sintoma e tratamento, cientistas do mundo todo se dedicam a descoberta de fármacos e mecanismos de cura, mas até atualmente, uma das principais formas de obter sucesso no tratamento é identificar o tumor em estágios iniciais, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com o inventor Wilson Fonseca, para o desenvolvimento da tecnologia, foram analisadas 18 amostras de pacientes separados em grupo controle (que não possuem a doença) e grupo afetado (que possuem câncer de cabeça e pescoço). Com isso, o dispositivo eletroquímico descartável mediu o sinal e ofereceu uma resposta como um glicosímetro - dispositivo utilizado para a medição da glicose - detectando a biomolécula miRNA-203 (biomarcador) em amostras de pacientes com a doença apresentado um sinal diferente dos pacientes que não possuíam a doença. A partir daí, os resultados foram comparados com os dados dos mesmos pacientes que tinham sido submetidos ao método padrão RT-PCR, retificando o diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. "A patente detecta a biomarcador miRNA-203 em amostras de linfonodos através de ensaios com partículas magnéticas, nanopartículas de ouro e sondas de DNA que possibilitam a captura do biomarcador e sua inserção no dispositivo, por meio do qual é medido o biomarcador eletroquimicamente, gerando uma resposta quando o paciente é portador da doença", esclarece.
Levando cerca de nove meses para ser desenvolvida, fruto de sua tese de doutorado, Fonseca explica que o diferencial da tecnologia é a utilização de um método alternativo de baixo custo para o diagnóstico através da detecção de biomarcadores miRNA, isso porque o método padrão RT-PCR para detectar este tipo de câncer é caro e utiliza equipamentos maiores. "O método que propomos não utiliza ultrassonografia, ressonância magnética, e nem medidas em RT-PCR, portanto, seu diferencial em relação a outros métodos atuais é o fato de ser um dispositivo descartável confeccionado com materiais simples de papelaria e que possibilita a portabilidade, uma vez que atualmente os exames são feitos em laboratórios com equipamentos difíceis de se transportar (em virtude de sua dimensão e peso). Além disso, alcançamos elevada sensibilidade detectando a molécula em níveis de concentração bastante baixos, o que a torna promissora ao mercado", diz ele.
A tecnologia ainda não está disponível no mercado porque os pesquisadores carecem de investimentos e parceiros que atuem em cooperação para aprimorar ainda mais o dispositivo na área eletrônica, tornando-o menor e ainda mais portátil como o glicosímetro. A expectativa é que, além de diferentes tipos de câncer, ele possa detectar doenças como o HIV, artrite reumatoide, fibrose hepática, e doenças virais, como a Covid-19.
Assim, atualmente, além do objetivo de inserir essa tecnologia no mercado mundial, o grupo de pesquisadores investe no desenvolvimento de biossensores, imunossensores e sensores de baixo custo para o diagnóstico de doenças humanas e doenças de plantas, focando sempre no diferencial de baixo custo, medidas in loco/portabilidade e praticidade de descarte após o uso. Em momento de pandemia e isolamento mundial, o grupo de Ronaldo Faria segue atuando em projetos de pesquisa voltados para o diagnóstico da Covid-19.
Essa tecnologia está disponível para licenciamento e as informações podem ser conferidas no site da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar em www.inovacao.ufscar.br.
Contrato com a empresa responsável pela obra foi assinado em 7/8 e o serviço começa na próxima semana
SÃO CARLOS/SP - Na última sexta-feira, dia 7 de agosto, foi assinado o contrato com empresa responsável pela construção do Bloco D do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh). As obras terão início a partir da próxima semana e a finalização está prevista em dois anos.
O Bloco D irá abrigar serviços de apoio técnico e logístico. Serão 4.578,50 m² de área construída com vestiários/higiene, refeitório, cozinha, central de distribuição de medicamentos, almoxarifado, laboratório de anatomia patológica, necrotério, rouparia, manutenção predial e engenharia clínica, além de espaço para carga e descarga e para abrigo de resíduos.
Essa estrutura foi levantada em 2010, mas a obra foi paralisada. Com a gestão do HU pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), elaborou-se um plano de investimentos para a retomada da construção. Como a estrutura é antiga, algumas modificações serão realizadas, de forma que se cumpra a legislação vigente e as normas de segurança, prevendo, também, a eficiência do espaço em relação aos serviços que serão ofertados ali.
O valor da obra é R$ 9,035 milhões com recursos provenientes do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela Ebserh. De acordo com Ângela Leal, Superintendente do HU, "a obra é fundamental para abrigar serviços de apoio à recente expansão do Hospital".
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