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RIO DE JANEIRO/RJ - Dados do Painel Oncologia Brasil, analisados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), indicam que mais de 108 mil mulheres com menos de 50 anos foram diagnosticadas com câncer de mama no Brasil no período entre 2018 e 2023 – uma média de uma em três mulheres diagnosticadas com a doença.

Para a entidade, os números reforçam a importância de ampliar o rastreamento do câncer de mama por meio da realização de mamografia em mulheres abaixo dos 50 anos e acima dos 70 anos, faixas etárias que não estão incluídas na recomendação padrão de exames preventivos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Detalhamento

O levantamento mostra que, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2023, o Brasil registrou mais de 319 mil diagnósticos de câncer de mama, sendo 157,4 mil em mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária atualmente recomendada para o rastreamento.

Entre mulheres com idade entre 40 e 49 anos, foram registrados 71.204 casos de câncer de mama, enquanto 19.576 mulheres com idade entre 35 e 39 anos também receberam o diagnóstico da doença. Juntas, ambas as ocorrências representam 33% do total de casos diagnosticados no período.

Já entre mulheres acima de 70 anos, foram identificados 53.240 casos de câncer de mama.

Mais casos

O CBR alerta ainda para o crescimento do total de casos de câncer de mama no país – em 2018, foram registrados 40.953 diagnósticos, contra 65.283 em 2023, um aumento de 59% em seis anos.

São Paulo lidera os diagnósticos em números absolutos, com 22.014 casos no período observado, seguido por Minas Gerais (11.941 casos), pelo Paraná (8.381 casos), pelo Rio Grande do Sul (8.334 casos) e pela Bahia (7.309 casos).

Na faixa etária entre 50 e 69 anos, atualmente contemplada pelo rastreamento prioritário, São Paulo também apresenta o maior número de casos (36.452), seguido por Minas Gerais (18.489 casos), pelo Rio de Janeiro (13.658 casos), pelo Rio Grande do Sul (13.451 casos) e pelo Paraná (10.766 casos).

Mortes

Os dados revelam ainda um total de 173.690 mortes por câncer de mama no país entre 2018 e 2023. O número de óbitos passou de 14.622 em 2014 para 20.165 em 2023 – um aumento de 38% nesse período.

“Embora tenha ocorrido redução nos óbitos entre 2020 e 2021, especialmente em algumas faixas etárias, os números voltaram a crescer em 2022 e 2023, possivelmente devido ao impacto da pandemia de covid-19, que prejudicou o acesso ao diagnóstico e tratamento adequados”, destacou o CBR.

“A interrupção do rastreamento durante esse período gerou um efeito acumulado, contribuindo para o aumento da mortalidade”, completou a entidade.

Os números também mostram que 38.793 mulheres com menos de 50 anos morreram de câncer de mama, o que corresponde a 22% do total de óbitos no período. Entre as mulheres acima de 70 anos, foram registradas 56.193 mortes (32% do total).

O rastreamento precoce, de acordo com o CBR e com base em relatos de especialistas, pode reduzir em até 30% a mortalidade por câncer de mama. “Isso significa que metade das vidas perdidas para a doença poderia ser salva com um diagnóstico no momento certo”, reforçou o colégio.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

BRASÍLIA/DF - A Fundação do Câncer está com inscrições abertas para a 5ª edição do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer. 

Conforme a divulgação, a iniciativa reconhece e valoriza projetos inovadores desenvolvidos no Brasil com foco na prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados relacionados ao câncer.

Com premiação total de R$ 30 mil, o prêmio contempla três categorias: Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, Cuidados Paliativos e Iniciativas para o Controle do Câncer. 

Podem ser submetidos projetos inovadores estruturados, implantados, em andamento ou finalizados a partir de 1º de janeiro de 2020. Os interessados poderão se inscrever gratuitamente até 23 de junho pelo site da premiação.

Na última edição, o prêmio registrou aumento de 60% no número de trabalhos inscritos. De acordo com o consultor médico da Fundação do Câncer e coordenador da comissão organizadora da premiação, Alfredo Scaff, se observa "ano após ano, não apenas o aumento no número de projetos inscritos, mas também um salto na qualidade das propostas apresentadas".

A banca composta por especialistas, pesquisadores e gestores da área da saúde fará a avaliação dos trabalhos apresentados. Os primeiros colocados de cada categoria receberão R$ 10 mil e terão seus nomes registrados no Painel Marcos Moraes, espaço permanente que homenageia os agraciados de todas as edições do prêmio que fica na sede da Fundação do Câncer.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni afirma que o prêmio cumpre um papel essencial de incentivo à pesquisa e à inovação.

“O Prêmio Marcos Moraes é uma ponte entre o conhecimento científico e a transformação social. Ao estimular a criação e a premiação de projetos que impactam positivamente a vida da população, a Fundação do Câncer reafirma seu compromisso com o controle do câncer no país”.

Homenageado

O médico alagoano Marcos Fernando de Oliveira Moraes, nascido no município de Palmeira dos Índios (AL), foi diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e idealizador da Fundação do Câncer, sendo presidente do Conselho Curador desde a sua criação. 

Ele presidiu a Academia Nacional de Medicina por duas vezes (2007 a 2009 e 2011 a 2013) e no cargo estimulou os projetos da Fundação do Câncer. 

Moraes formou-se em 1963 em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em cirurgia oncológica na Universidade de Illinois (EUA). 

Tornou-se referência e participou de publicações e comissões na Ciência mundial.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Saúde, por meio dos departamentos de Gestão e do Cuidado Ambulatorial (DGCA) e de Gestão à Atenção Especializada (DGAE), realizou nesta quinta-feira (24/04), no Paço Municipal, uma Capacitação de Prevenção ao Câncer Bucal para profissionais de saúde bucal de atenção básica e especializada das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), das Unidades de Saúde da Família (USF’s) e do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas).

Para fortalecer o diagnóstico precoce, todos os dentistas e auxiliares da rede municipal passaram por capacitação com o médico oncologista do Ambulatório Oncológico, Luiz Gazzi. “Essa capacitação é de fundamental importância para diminuir a incidência de tumores graves e descobrirmos cada vez mais cedo lesões bucais que possam se transformar em algum tipo de tumor. Isso garante que os pacientes tenham acesso mais rápido aos tratamentos e muitas vezes um tratamento curativo que elimina a doença sem deixar sequelas para o futuro”.

A supervisora do CEO, Lilian Almeida Pinheiro, explicou que nessa capacitação foram abordadas as lesões que são potencialmente malignas. “Esteve conosco hoje, o Doutor Luiz Gazzi, que tratou sobre a importância de termos atenções especiais para certos tipos de lesões que podem ser potencialmente malignas, além daquelas que já têm toda a característica clínica de ser maligna. No ano de 2024 foram avaliados 5.040 pacientes, sendo 72 encaminhados para o CEO e 10 diagnosticados com câncer de boca”.

Ainda de acordo com a supervisora, essa capacitação ocorre anualmente e posteriormente acontece a Campanha de Prevenção ao Câncer Bucal. “Este ano o evento será no mês de maio, sendo assim, todos os pacientes que procurarem nas unidades de saúde para se vacinar, podem aproveitar os consultórios odontológicos, dentistas ou auxiliares para um atendimento preventivo. O exame é rápido, onde será examinado a cavidade oral do paciente, se possui aftas ou algum tipo de lesão que possa ser suspeita de malignidade. No caso, se o paciente possuir lesões na mucosa oral que persiste por mais de três semanas, deve ser encaminhado para avaliação especializada e, se necessário, realizar biópsia”, completa Lilian.

O câncer bucal pode afetar lábios, língua, gengivas, céu da boca, amígdalas e glândulas salivares. Entre os principais sinais de alerta estão feridas que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou brancas, caroços no pescoço e rouquidão persistente.

SÃO PAULO/SP - O câncer já se tornou a principal causa de morte em algumas regiões do Brasil, superando as doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores da Unifesp, Fundação Getúlio Vargas e Universidade Federal de Uberlândia. Publicado na revista The Lancet Regional Health - Americas, o estudo analisou dados de 5.570 municípios brasileiros entre 2000 e 2019. Nesse período, enquanto as mortes por doenças cardiovasculares caíram em 25 dos 27 estados, as mortes por câncer aumentaram em 15 estados. O número de municípios onde o câncer é a principal causa de morte quase dobrou, passando de 7% para 13%.

Essa mudança se deve, em parte, aos avanços no tratamento e diagnóstico de doenças cardiovasculares, como infartos e derrames, além de campanhas antitabagismo. "Os avanços no diagnóstico e no tratamento, bem como as campanhas antitabagismo, por exemplo, tiveram grande impacto na queda da mortalidade cardiovascular", explicou Leandro Rezende, um dos autores do estudo. Já o câncer, que engloba mais de cem tipos de doenças, é mais difícil de prevenir e tratar de forma generalizada, pois cada tumor tem características diferentes e a prevenção envolve diversos fatores.

Apesar de compartilharem fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e má alimentação, as doenças cardiovasculares são mais sensíveis a mudanças no estilo de vida e a tratamentos acessíveis. Segundo o cardiologista Eduardo Segalla, do Hospital Israelita Albert Einstein, a rapidez no diagnóstico e tratamento de infartos, por exemplo, é mais eficiente e acessível em comparação ao diagnóstico precoce de tumores como o de mama ou intestino. "A conscientização de tratar fatores de risco e o acesso ao sistema de saúde para tratar um infarto é mais rápido e acessível do que o diagnóstico precoce de um câncer", diz ele.

O estudo também expõe desigualdades regionais no Brasil, revelando que o aumento nas mortes por câncer ocorre principalmente em áreas mais pobres. Enquanto as mortes por doenças cardiovasculares caíram em várias regiões, o Amapá, Roraima e Acre ainda apresentam uma tendência de aumento nesses óbitos. Os autores destacam a importância de desenvolver políticas públicas específicas para cada região, que melhorem o acesso à saúde e à prevenção primária, como campanhas contra o tabagismo, controle do álcool e combate à obesidade.

 

 

POR GUILHERME BERNARDO

Perda de apetite, dores no peito e tosse persistente são alguns dos sintomas mais conhecidos do câncer de pulmão. No entanto, há um sintoma menos discutido que afeta as mãos, mais especificamente os dedos.

O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por câncer no Brasil e no mundo. De acordo com estimativas de 2023, no Brasil, é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens, com 18.020 novos casos, e o quarto entre as mulheres, com 14.540 novos casos. Globalmente, ocupa o primeiro lugar em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Em termos de mortalidade, é o principal causador de mortes por câncer entre os homens e o segundo entre as mulheres, de acordo com as estimativas de 2020, que registraram 2,2 milhões de novos casos no mundo — 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres.

No Brasil, o câncer de pulmão foi responsável por 28.618 mortes em 2020, tornando-se uma das doenças mais letais relacionadas ao tabagismo e à poluição ambiental.

De acordo com o médico Richard LoCicero, citado pelo Huffpost, inchaço nos dedos, também conhecido como "hipocratismo digital" ou "dedos em baqueta de tambor", pode ser um sinal de câncer de pulmão. Esse sintoma é especialmente evidente quando as extremidades dos dedos estão inchadas ou alargadas, e o aspecto das unhas também muda. Essa condição ocorre devido à falta de oxigenação adequada no corpo, provocada por problemas pulmonares graves, como o câncer de pulmão.

Embora o hipocratismo digital possa, em alguns casos, ser uma característica hereditária e inofensiva, ele também pode indicar doenças graves, como problemas cardíacos, hepáticos ou pulmonares. No caso específico do câncer de pulmão, cerca de 80% dos pacientes apresentam esse sintoma em algum estágio da doença, segundo o Dr. LoCicero.

Além do inchaço, outras alterações nas mãos e unhas podem ser sinais de alerta, como o brilho excessivo da pele ao redor das unhas ou unhas que começam a curvar-se para baixo, adquirindo uma aparência em forma de colher (conhecida como "unhas em vidro de relógio"). Esses sinais merecem atenção e avaliação médica, especialmente quando associados a outros sintomas de câncer de pulmão, como dificuldade respiratória, fadiga extrema e perda de peso inexplicável.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

BRASÍLIA/DF - A Inteligência Artificial (IA) está transformando o mundo em um ritmo acelerado, e poucos setores sentem essa revolução tão intensamente quanto a área da saúde. Um exemplo notável desse impacto vem de um hospital na Hungria, onde um algoritmo de IA desenvolvido pelo MIT está sendo utilizado para detectar câncer de mama com uma impressionante antecedência de 4 anos em relação aos métodos tradicionais de diagnóstico.

 

A Revolução na Detecção Precoce

O algoritmo foi treinado usando um vasto banco de dados contendo 90 mil mamografias, permitindo que ele identificasse alterações minúsculas no tecido mamário, invisíveis para os métodos convencionais. Essas mudanças sutis, imperceptíveis a olho nu ou pelos métodos tradicionais, são os primeiros indícios do desenvolvimento do câncer de mama.

Para validar sua eficácia, o modelo foi testado em outras 60 mil mamografias com resultados já conhecidos. O algoritmo conseguiu identificar corretamente aquelas que, anos mais tarde, teriam o diagnóstico de câncer de mama confirmado. Este feito extraordinário significa que a IA pode prever, com precisão, o desenvolvimento do câncer de mama até 4 anos antes do que seria possível com os exames tradicionais.

 

O Impacto Transformador da IA na Saúde

Essa conquista destaca o imenso potencial da Inteligência Artificial na medicina. A capacidade de identificar doenças em estágio inicial é apenas o começo. A IA promete transformar todas as áreas da saúde, desde o diagnóstico até o tratamento e a gestão hospitalar, oferecendo uma precisão e uma eficiência sem precedentes.

Além disso, a aplicação da IA na saúde não apenas melhora os resultados clínicos, mas também acelera processos, reduz custos e proporciona um atendimento mais personalizado aos pacientes. O impacto dessa tecnologia será gigantesco, com benefícios que vão muito além da medicina, afetando todas as áreas de negócios e a maneira como vivemos.

 

O Futuro da Saúde e a Inovação Tecnológica

Para aqueles interessados em entender mais profundamente o papel das novas tecnologias na saúde, o principal evento de tecnologia e inovação nas áreas médica e hospitalar da América Latina será uma oportunidade imperdível. Este evento reunirá especialistas e líderes do setor para discutir como a IA e outras tecnologias emergentes estão revolucionando a saúde e transformando o futuro dos cuidados médicos.

Não perca a chance de descobrir como essas inovações estão moldando o futuro e de se inspirar pelas histórias de sucesso como a do hospital na Hungria, onde a IA já está salvando vidas, anos antes do que qualquer outro método seria capaz.

Prepare-se para um futuro onde a tecnologia e a saúde caminham juntas para oferecer diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e, acima de tudo, uma melhor qualidade de vida para todos.

 

 

Apeti.org.br

Fatores como excesso de bebidas alcoólicas, tabagismo e relações sexuais sem proteção podem ser comportamentos de risco em relação a esses tumores

 

SÃO PAULO/SP - Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os cânceres de cabeça e pescoço atingem mais de 40 mil brasileiros ao ano, em sua maioria, homens com mais de 60 anos. A campanha Julho Verde tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância dos cuidados e do combate a esses tumores, que se desenvolvem nos lábios, na boca, na garganta, na laringe, na faringe, nas glândulas salivares, na fossa nasal e nos seios paranasais, além da pele. “A iniciativa permite divulgar informações sobre sinais que podem levar a um diagnóstico precoce, além de orientações quanto à prevenção e tratamento”, define a médica oncologista da Oncoclínicas e do Hospital Edmundo Vasconcelos, Malu Viter.

No Brasil, o câncer de boca e laringe é o segundo mais frequente entre homens, enquanto o de tireoide é o quinto mais comum entre mulheres. A médica cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital Edmundo Vasconcelos, Rafaella Falco Bruhn, explica que essas doenças possuem características diferentes, mas compartilham alguns sintomas iniciais que requerem atenção das pessoas. “Feridas na boca ou na língua que sangram, não cicatrizam em 15 dias e continuam crescendo podem ser indícios de câncer de boca. Nódulos no pescoço ou mesmo alguma ferida na pele na região da cabeça e do pescoço também podem ser sinais de alerta. Dificuldade para engolir, alteração na voz, rouquidão que não melhora e até falta de ar podem ser indicativos de tumor de laringe, por exemplo. Outras manifestações clínicas poderão surgir a depender do tipo de câncer”, afirma.

Malu Viter ainda complementa que sintomas persistentes por mais de três semanas são um alerta para a busca por uma avaliação médica adequada, visto que essas neoplasias quando diagnosticadas precocemente, possuem chance de cura de 90%. “Caso a doença seja detectada, o paciente pode passar por diversos tratamentos, dependendo do tipo, localização e volume do tumor e do seu perfil clínico. A maioria requer tratamento cirúrgico, porém alguns podem ser abordados com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e iodoterapia, como no caso de câncer de tireoide”.

De acordo com Rafaella Falco Bruhn, existem alguns fatores de riscos mais frequentes para esse tipo de tumor, como a ingestão de bebida alcoólica, o tabagismo, incluindo o uso de cigarro eletrônico, a exposição solar sem proteção e uma higiene oral inadequada. “Vale lembrar que manter uma alimentação saudável, fazer exercício físico e manter o peso adequado também contribuem para a prevenção”, detalha a médica.

A médica Malu Viter ainda destaca que o uso de preservativo durante o sexo oral é importante para prevenir a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), um dos agentes etiológicos do câncer de orofaringe.  Além disso, a vacina tetravalente contra o HPV está disponível gratuitamente nos postos de saúde para meninas e meninos entre nove e 14 anos, homens imunossuprimidos de nove a 26 anos, pacientes oncológicos e mulheres de nove a 45 anos, além de pacientes usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP).

BRASÍLIA/DF - Tipo de câncer mais incidente em homens, o tumor de bexiga matou de 800 mil pessoas no mundo e mais de 19 mil no Brasil de 2019 a 2022.

Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS) indicam mais de 110 mil casos de neoplasia maligna da bexiga desde 2019. Assim como em outros tipos de câncer, o tabagismo é o principal fator de risco da neoplasia de bexiga.

Julho é mês de conscientização do câncer de bexiga. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aproveita a data para alertar sobre a importância da detecção precoce deste tipo de tumor, quando as chances de cura são maiores. Nas redes sociais, posts, vídeos e live com especialistas informam o público leigo.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que este ano deverão ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres, o que corresponde a um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres. Segundo o Inca, este é o sétimo câncer mais incidente entre os homens (exceto o de pele não melanoma), representando mais de 3% dos cânceres no sexo masculino.

“O câncer de bexiga tem como principal fator de risco o tabagismo, relacionado a mais de 50% dos casos. Portanto, eliminando esse hábito, conseguimos diminuir significativamente as chances de aparecimento desse tumor. Outro ponto fundamental na prevenção é seguir hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, beber água em quantidade adequada e exercitar-se”, alerta o presidente da SBU, Luiz Otavio Torres.

O motorista Edgar Azevedo dos Santos, de 51 anos, descobriu a doença após uma dor lombar em 2017. Ele fez ultrassom que constatou nódulos. Ele passou por uma cirurgia e sessões de quimioterapia. “Eu nunca imaginaria que teria um câncer. De lá para cá faço acompanhamentos periódicos”.

“Temos observado que muitas pessoas desconhecem o câncer de bexiga, como se manifesta e quais são os principais vilões. A maioria já sabe que o fumo pode levar ao câncer de pulmão, por exemplo, mas muitos desconhecem que ele também é o principal causador do câncer de bexiga.

Além disso, apesar de que muitas vezes causa sangramento na urina, geralmente no início é intermitente e não provoca dor, e por isso é comum as pessoas não darem a devida importância e retardarem a ida ao médico, podendo agravar o quadro”, esclarece a diretora de Comunicação da SBU e coordenadora das campanhas de awareness da entidade, Karin Jaeger Anzolch.

Apesar de geralmente ser silencioso no estágio inicial, o tumor de bexiga pode provocar sangue na urina, maior frequência urinária, ardência ao urinar, urgência para urinar e jato urinário fraco

“A presença de sangue visível na urina é o sintoma mais comum do câncer de bexiga e está normalmente presente em 80% dos pacientes. Outros sintomas comumente relatados são aumento da frequência urinária, urgência miccional e dor para urinar, que podem estar relacionados à presença de carcinoma in situ.

O câncer de bexiga pode ser também assintomático e detectado através de exames de imagem com ultrassonografia, tomografia ou ressonância nuclear magnética”, explica o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Mauricio Dener Cordeiro.

Tipos de câncer

O câncer de bexiga pode ser classificado de acordo com a célula que sofreu alteração, sendo os principais: carcinoma de células transicionais (ou urotelial) que representa a maioria dos casos e tem início na camada mais interna da bexiga; carcinoma de células escamosas (ou epidermoide) que afeta as células delgadas e planas da bexiga, ocorre após infecção ou inflamação prolongadas; e adenocarcinoma que é mais raro, tem início nas células glandulares (de secreção) após infecção ou irritação prolongadas.

O câncer de bexiga é considerado superficial quando se limita ao tecido de revestimento da bexiga e infiltrativo quando transpassa a parede muscular, podendo afetar órgãos próximos ou gânglios linfáticos.

Fatores de risco

O tabagismo (também o passivo) é o principal fator de risco do câncer de bexiga, porém há outras ameaças como: exposição a substâncias químicas; alguns medicamentos e suplementos dietéticos; gênero e raça (homens brancos têm mais chances de desenvolver a doença); idade avançada; histórico familiar.

“Além do tabagismo, o contato com substâncias químicas como as presentes em defensivos agrícolas, tinturas utilizadas na indústria, fumaça de diesel ou outras substâncias também podem predispor a essa doença. Medicamentos como a pioglitazona, utilizada para o controle do diabetes, já foram associados com o desenvolvimento do câncer de bexiga. Contudo, o risco é relativamente baixo, e o principal ponto de atenção deve ser para pacientes que já tiveram câncer de bexiga e utilizam essa medicação”, explica o supervisor da Disciplina de Câncer de Bexiga da SBU, Fernando Korkes.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e cistoscopia (investigação interna da bexiga por meio do cistoscópio, instrumento dotado de câmera introduzido pela uretra). Durante a cistoscopia, caso o especialista identifique alguma alteração, pode ser retirado material para biópsia.

O tratamento do câncer de bexiga varia conforme o estágio da doença e pode consistir em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Os tipos de cirurgia consistem em: ressecção transuretral – remoção do tumor por via uretral; cistectomia parcial - retirada de uma parte da bexiga; cistectomia radical - remoção completa da bexiga, com a construção de um novo órgão para armazenar a urina.

Nos casos de lesões iniciais, após removido o tumor, pode ser administrada a vacina BCG ou algum quimioterápico dentro da bexiga a fim de evitar recidiva da doença.

“Algumas das novidades nessa área incluem novas medicações como imunoterapia, terapias alvo e terapias com anticorpos conjugados a drogas que já têm sido utilizados na prática e trazem benefícios para muitos pacientes. Quanto à cirurgia, as plataformas robóticas auxiliam bastante nos casos em que é necessário remover a bexiga e fazer algum tipo de reconstrução”, ressalta Fernando Korkes.

Mortalidade

De 2019 a 2022 o Sistema de Informações sobre Mortalidade registrou 19.160 óbitos em decorrência de neoplasia maligna da bexiga. Desses, 12.956 (67,6%) eram do sexo masculino e 6.204 (32,3%) do sexo feminino.

Para o diretor da Escola Superior de Urologia da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para rastrear o câncer de bexiga e desenvolver políticas públicas eficazes para reduzir a incidência e mortalidade, é essencial considerar várias estratégias, começando por campanhas de conscientização e educação como essa promovida pela SBU, além de identificar grupos de alto risco, garantir que todos tenham acesso a serviços de saúde que ofereçam diagnóstico e tratamento adequados com a criação de centros especializados para garantir padrões elevados de cuidado e resultados melhores para os pacientes.

“Implementar essas medidas requer colaboração entre profissionais de saúde, governos, instituições de pesquisa, organizações não governamentais e a própria comunidade para enfrentar de forma eficaz esse grande desafio, que é reduzir as taxas de mortalidade do câncer de bexiga”, afirma Fernandes.

 

 

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza, ao longo deste mês, uma campanha para alertar sobre o câncer de rim, doença que matou cerca de dez mil pessoas entre 2019 e 2021, no país, segundo a instituição. A SBU usará suas redes sociais para divulgar mensagens, vídeos e transmissões ao vivo, com especialistas, para esclarecer as principais dúvidas sobre este tipo de tumor.

“O câncer de rim é uma doença que afeta homens e mulheres, mas tem uma maior incidência em homens, entre 50 e 70 anos. O problema do câncer de rim é que, em geral, ele é totalmente assintomático. O sinal mais frequente deste tipo de câncer é a presença de sangue na urina”, explica o presidente da SBU, Luiz Otávio Torres.

Para rastrear a doença, Torres defende realização rotineiros de exames de ultrassom abdominal ou do aparelho urinário, que observa a situação dos rins e dos órgãos adjacentes. “Muitas vezes, a gente diagnostica um câncer de rim de forma incidental, ou seja, o exame não foi pedido para o câncer. Aquelas pessoas fizeram o ultrassom por outra razão e foi detectado um câncer”, informou.

A diretora de Comunicação da SBU, Karin Anzolch, afirmou que ainda não existe uma recomendação universal para rastrear o câncer de rim em todas as pessoas, mas a ultrassonografia abdominal é um procedimento de baixo custo e não invasivo, que poderia ser incluído na rotina de check ups. “Sobretudo nos grupos de maior risco, [a ultrassonografia] pode detectar em fases iniciais a doença, possibilitando melhores índices de cura”.

De acordo com a SBU, além de provocar milhares de mortes, o câncer de rim levou à necessidade de realização de 18 mil procedimentos de nefrectomia (retirada total ou parcial do órgão). O câncer renal corresponde a 3% dos tumores malignos urológicos e tem entre seus fatores de risco o tabagismo. A campanha está sendo realizada em junho, porque o Dia Mundial do Câncer de Rim será celebrado no dia 20 deste mês. 

 

 

Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

A ação acontece nas Instituições de Longa Permanência para Pessoas Idosas e para População em Situação de Rua

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA), promoveu na tarde da última terça-feira (04/06), mais uma ação preventiva no combate ao câncer bucal. Desta vez a Instituição de Longa Permanência para Pessoas Idosas “Helena Dornfeld” recebeu a equipe de odontologia do Dr. Luís Guilherme Manelli, que realizou a avaliação para prevenção do câncer bucal, além de avaliar os dentes e próteses dos idosos.
Esse trabalho teve início no final do mês de maio com o diagnóstico realizado no Centro de Referência da População em Situação de Rua (Centro POP), que atende em média 80 pessoas em situação de rua, e termina no Cantinho Fraterno no próximo dia 11 de junho. Somente nas duas instituições de longa permanência serão atendidos aproximadamente 100 idosos. 
A campanha busca estimular ações preventivas e educativas relacionadas a prevenção do câncer bucal, que é um tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochecha, céu da boca, língua (mais as bordas), e região de assoalho de língua. É mais comum em homens de mais de 40 anos. Os fatores de risco são exposição ao sol, alcoolismo e tabagismo. 

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Ademir Bitelli, presidente da Associação Beneficente Helena Dornfeld, ressalta a importância de ações como essa e destaca também a importância do calor humano e da doação do tempo para uma visita. “Toda ação que a Prefeitura faz aqui é importante, especialmente essa da prevenção do câncer bucal, porque os idosos não têm como se deslocar para ir até um dentista e a Prefeitura sempre está colaborando com essas ações, já vieram aqui oftalmologistas, enfermeiras para aplicar vacinas e agora essa campanha de prevenção do câncer bucal. Tudo isso é importante, porém a doação do amor, que não custa nada, somente um tempo para vir aqui, conversar, cumprimentar, são fundamentais, então não é somente trazer as necessidades deles, doar um bem físico ou dinheiro, mas doar seu tempo, isso traz felicidade no dia, na semana e contribui muito na qualidade de vida deles”, disse Ademir, lembrando que as visitas podem ser agendadas pelo telefone (16) 3416 1567. 
Luís Guilherme Manelli, dentista da rede municipal de Saúde, enfatiza que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura da doença. “É o quarto tumor mais prevalente em homens e o diagnóstico precoce do câncer facilita o tratamento da doença e aumenta as chances de cura. A campanha tem como objetivo revelar alterações que identifiquem tumores em estágios iniciais, é importante pois é com o diagnóstico precoce que obtemos mais sucesso no tratamento e cura da doença”.
Ângela dos Santos, Articuladora de Saúde Bucal do DGCA e supervisora da campanha, destaca a importância do diagnóstico e de uma melhor atenção na saúde bucal dos idosos e moradores em situação de rua. “Existe uma necessidade grande em avaliar esse grupo de pessoas em decorrência de uma carência de informações e de um acompanhamento e abordagem especial, muitos são acolhidos sem o hábito da higiene bucal e a precariedade da situação bucal são notórias, o que facilita o aparecimento de lesões e de possíveis doenças, além de prejudicar a qualidade de vida dos idosos e da população em situação de rua”, finaliza Ângela.
A Instituição de Longa Permanência para Pessoas Idosas “Cantinho Fraterno” vai receber a campanha no próximo dia 11 de junho, a partir das 14h.

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