INGLATERRA - A temporada 2026 da F1 pode ter mais uma marca entre as dez já consolidadas no grid atual. A Hitech GP, com forte presença nas categorias de base como a Fórmula 2, Fórmula 3 e Fórmula 4, anunciou nesta segunda-feira que se candidatou para integrar a elite do automobilismo europeu. E o posicionamento da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) quanto à questão é positivo.
- Há algumas equipes que desejam ingressar. Estamos felizes que elas expressem interesse. Temos trabalhado com a FOM (Formula One Management) e com Stefano Domenicali (presidente da F1). Eu entendo as perguntas da equipe. Isso é algo importante; nós, na FIA, também temos essa preocupação. Mas ainda existem regulamentos e não podemos negar a inscrição se atenderem aos requisitos - declarou Mohammed ben Sulayem, presidente da FIA.
Fundada em 2002, a Hitech tem longa história na base da F1. Foi uma das equipes da antiga GP2 Series, antecessora da F2, e chegou a ter como pilotos Nelson Piquet Jr e Alexandre Negrão. Retornou em 2020 e já conquistou dez vitórias e 31 pódios. Na F3, é a "casa" de Sebastian Montoya, filho do ex-F1 Juan Pablo Montoya e que conquistou na atual temporada seu primeiro pódio e primeira vitória.
Parceira da Academia de Pilotos da RBR, a Hitech venceu 25% de suas ações para o empresário Vladimir Kin, do Cazaquistão. A candidatura visando entrar na F1 foi preparada nos últimos meses e apresentada perto do prazo que FIA e F1 têm para decidir quais equipes serão aceitas na categoria, que termina no fim deste mês.
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A Andretti também trabalha com a montadora Cadillac para aderir ao grid da F1, algo que não foi bem recebido pelo presidente Stefano Domenicali, que declarou já serem suficientes as atuais dez equipes. Christian Horner e Toto Wolf, chefes da RBR e Mercedes respectivamente, fizeram coro ao CEO.
O embróglio entre F1, FIA e as equipes envolvendo o assunto Andretti se deu em janeiro deste ano. Na época, Sulayem disse que apenas a Andretti havia surgido como candidata à uma vaga na categoria. A temporada 2026, porém, verá a entrada de outras marcas.
Entre elas estão a Audi como parceira da Sauber (atualmente com a Alfa Romeo) e a Ford, futura fornecedora de motores da RBR e AlphaTauri. A Honda, que trabalha hoje com a atual líder do campeonato de construtores, se unirá à Aston Martin no ano em questão, quando entra em vigor ainda o novo regulamento das unidades de potência e o novo Pacto da Concórdia assinado pelas equipes.
- Realmente entendo as preocupações das outras equipes quando se trata de uma nova equipe. Não estamos quebrando as regras, e espero que eles também entendam nossa posição. Com mais fabricantes de motores, teremos um esporte muito mais acessível, e estamos falando de preços mais baixos. Temos que garantir que (a F1) não seja apenas um clube fechado para grandes equipes. Estou realmente feliz com o rumo que as coisas estão tomando - reforçou Sulayem.