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Radio Sanca Web TV - Segunda, 27 Junho 2022

DINAMARCA - Relatório divulgado nesta 3ª feira (28) pela AEE (Agência Europeia para o Meio Ambiente) mostra que 10% dos casos de câncer identificados na Europa estão relacionados à contaminação de diversas formas. Entre elas, poluição do ar, fumo passivo, raios ultravioleta e exposição ao amianto e a produtos químicos.

Os riscos, segundo a agência, “podem ser reduzidos ao se diminuir a poluição e mudar comportamentos”.

De acordo com o órgão europeu, são 3 milhões de novos casos de câncer e 1,3 milhão de mortes devido à doença por ano na UE (União Europeia).

“O relatório da AEE destaca que muitos casos de câncer têm uma causa ambiental subjacente. A boa notícia é que podemos agir agora para reduzir a poluição e evitar mortes”, declarou Virginijus Sinkevičius, comissário da UE para o Meio Ambiente, Pescas e Oceanos.

Conforme o relatório, a poluição do ar –tanto interior como exterior– está associada a 1% dos casos de câncer na Europa e a 2% das mortes pela doença no continente. Ao se considerar apenas o câncer de pulmão, a percentagem de mortes é elevada para 9%.

“Estudos recentes detectaram associações entre a exposição de longo prazo ao material particulado, um importante poluente do ar, e leucemia em adultos e crianças”, declarou a agência.

A exposição interna ao radônio –gás radioativo natural que pode surgir em locais pouco arejados– está ligada a até 2% dos casos da doença e a 1 em cada 10 casos de câncer de pulmão na Europa. Já a radiação ultravioleta natural é responsável por até 4% dos casos de câncer. “Em particular, a incidência de melanoma, uma forma grave de câncer de pele que aumentou em toda a Europa nas últimas décadas”, disse a AEE.

Segundo a agência, a exposição ao fumo passivo pode aumentar o risco de todos os cânceres em até 16% em pessoas que nunca foram fumantes. A AEE calcula que em torno de 31% dos europeus estejam expostos ao fumo passivo do tabaco.

“Certos produtos químicos usados ​​nos locais de trabalho da Europa e liberados no meio ambiente são cancerígenos e contribuem para o aparecimento do câncer”, informou a agência. Entre eles, chumbo, arsênico, cromo, cádmio, acrilamida, pesticidas, bisfenol A e as chamadas PFAS (substâncias perfluoroalquiladas).

“O longo período de latência de diversos cânceres significa que muitos casos futuros serão devidos à poluição e à exposição ocupacional que ocorrem hoje”, declarou a AEE.

 

 

PODER360

Publicado em Saúde

PERU - O Peru representa um raro exemplo de estabilidade econômica na América Latina. Muitos especialistas até falam de um "milagre econômico peruano" devido ao crescimento sustentado do país nas últimas décadas, apenas interrompido pela pandemia de covid-19.

Embora em amplos setores haja descontentamento com a manutenção das desigualdades, os números macroeconômicos da história recente do Peru são citados como exemplo de sucesso mundo afora.

Uma razão, segundo os especialistas, é a estabilidade da moeda peruana, o sol.

Waldo Mendoza, economista da Pontifícia Universidade Católica do Peru e ex-ministro da Economia do Peru, disse à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC, que "se observarmos o comportamento do câmbio na América Latina, o do Peru é o menos volátil".

Em outras palavras, a moeda peruana é a que menos vê seu valor flutuar em relação à moeda de referência, o dólar americano, e não apresenta tendência a desvalorizações acentuadas em momentos econômicos adversos típicos de outras economias da região.

Neste ano, o comportamento dessa divisa até agora parece embasar a afirmação de Mendoza.

Segundo o ranking de moedas elaborado pela agência Bloomberg, o sol é a segunda moeda latino-americana que teve melhor desempenho em relação ao dólar em 2022, superada apenas pelo peso uruguaio.

A estabilidade no preço de sua moeda é alcançada graças a uma estratégia do Banco Central do Peru (BCRP) conhecida como "flutuação suja".

 

Como funciona a "flutuação suja"?

O valor do dólar medido em unidades da moeda local (taxa de câmbio) é um aspecto fundamental na economia, especialmente para países como a América Latina, em que a moeda americana desempenha um papel-chave e é utilizada amplamente.

Em economia, distinguem-se três modelos principais de regime cambial.

Com a taxa de câmbio fixa, o preço da moeda estrangeira permanece constante ao longo do tempo, mas isso requer uma intervenção permanente do banco central no mercado, comprando ou vendendo dólares conforme necessário para regular a oferta e a demanda e, assim, manter a taxa de câmbio no nível desejado.

Poucos lugares aplicam esse modelo. Um caso típico é o do território autônomo chinês de Hong Kong. Na América Latina, a Bolívia ainda o mantém e ele vigorou na Venezuela chavista por anos.

No modelo de câmbio flutuante, a taxa de câmbio flutua livremente, sem intervenção do Banco Central. É o seguido pelos países europeus que compartilham o euro, ou na América Latina, por exemplo, pelo Chile. Isso pode levar a grandes flutuações influenciadas pela situação atual ou fatores econômicos externos.

Por fim, há o modelo de taxa de câmbio flutuante suja que o Peru segue, em que a taxa de câmbio também oscila, mas de forma muito limitada.

A "flutuação suja" também é adotada pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

 

Por que se chama "flutuação suja"?

Devido a uma intervenção também limitada do banco central no mercado. Nas palavras de Mendoza, "o banco central luta contra a corrente no mercado de câmbio. Ele tende a comprar dólares quando a taxa de câmbio cai e tende a vender quando a taxa de câmbio sobe". Dessa forma, é possível manter seu preço relativamente estável.

É um modelo comum em economias emergentes, onde as autoridades o utilizam para proteger suas moedas de grandes flutuações indesejadas.

Algumas das maiores economias de "flutuação suja" incluem, além do Brasil, Índia, Cingapura, Turquia e Indonésia. Nos dois últimos, os bancos centrais intervieram em 2014 e 2015 para apoiar suas respectivas moedas locais.

No Peru, esse modelo tem sido o adotado pelo Banco Central do Peru (BCRP) e os especialistas concordam que ele pode explicar a estabilidade monetária do país dos últimos anos, contrastando notavelmente com o que aconteceu em outros momentos da história, como a hiperinflação do final da década de 1980, que ainda traz lembranças amargas para muitos peruanos.

 

Quando a "flutuação suja" começou no Peru e como tem sido usada até agora?

O Banco Central do Peru começou a intervir no mercado de câmbio durante a política de estabilização econômica da década de 1990, quando o governo de Alberto Fujimori (1990-2000) realizou uma agressiva reforma econômica liberal.

Quando Fujimori chegou ao poder em 1990, os peruanos viviam sob a hiperinflação herdada do primeiro governo de Alan García (1985-1990), que devorou o poder de compra e a credibilidade da moeda peruana da época, o inti. Em 1991, foi criada uma nova moeda nacional, o novo sol, e estabilizar seu valor tornou-se uma prioridade para o novo governo.

No início, foi implementado um modelo de câmbio fixo, que acabou relaxado. Adotou-se, então, o modelo de taxa de câmbio de flutuação suja, que se mantém até hoje e tem ajudado o sol a enfrentar algumas das turbulências financeiras dos últimos anos.

Nos primeiros anos, foram utilizadas intervenções limitadas e esporádicas, mas a partir de 2002, quando o BCRP adotou sua política de metas de inflação, com o objetivo oficial declarado de manter os níveis de aumento de preços entre 1% e 3%, a flutuação suja acabou implementada.

Os sucessivos presidentes do Banco Central peruano permaneceram fiéis a esse sistema, a ponto de, segundo Mendoza, "não haver nenhum banco central que intervenha mais no mercado de câmbio do que o peruano".

Segundo seu relatório anual, o BCRP interveio em 82% dos dias de 2021 e até agora, em 2022, vendeu US$ 1,8 bilhão em moeda estrangeira para manter o câmbio estável.

Mas o peruano tem algumas particularidades em relação à "flutuação suja" de outros países.

Diego Macera, especialista do Instituto Peruano de Economia e membro do conselho do BCRP, diz à BBC News Mundo que "a diferença mais importante com outros sistemas é que o Peru não tem regras fixas antes da intervenção".

"Nos outros países, foi possível conhecer com mais clareza o momento e a magnitude da intervenção do banco central, o que possibilita a manipulação do sistema. O BCRP tem mais discricionariedade, o que lhe permite ser mais eficaz na redução da volatilidade."

Como o Banco Central do Peru não anuncia com antecedência quando vai intervir no mercado, nem com que intensidade, a incerteza desencoraja os especuladores interessados em "apostar contra" a moeda nacional com manobras de curto prazo.

Foi o que aconteceu com a libra esterlina quando em 1992 um ataque especulativo do financista George Soros acabou forçando sua exclusão do Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (MTC), sistema acordado pelos países que acabaram adotando o euro antes de sua entrada em vigor.

Macera aponta outras vantagens do modelo aplicado no Peru: "Ele é menos vinculante que o sistema de câmbio fixo, o que pode acarretar um risco maior de esgotamento rápido de reservas e especulação em relação à nossa moeda".

O BCRP também é muito ativo na compra de dólares em momentos favoráveis para manter seus níveis de reservas e sua capacidade de intervir em momentos adversos, considerando o peso das exportações minerais na economia peruana.

"Quando o preço dos minerais sobe, o valor do dólar tende a cair e é aí que o BCRP compra dólares", explica Mendoza. "Nos bons tempos, acaba acumulando muito e isso permitiu-lhe ser um dos bancos centrais com mais reservas internacionais."

O BCRP tem US$ 76,1 bilhões em reservas internacionais, o que significa 30,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) do Peru.

O Chile, por exemplo, apesar de ter um PIB maior, tem aproximadamente US$ 30 bilhões a menos em reservas internacionais.

Já as reservas internacionais do Brasil totalizavam, em dezembro de 2021, US$ 362,20 bilhões.

Macera explica que a elevada disponibilidade de reservas é fundamental para o sucesso da "flutuação suja".

"A credibilidade da intervenção do BCRP no mercado é particularmente importante, e é alcançada com um bom histórico da instituição e com um nível de internacionalização de reservas significativo", explica.

Foi isso que permitiu ao banco agir com vigor, como em 2009, quando o Peru foi abalado pelas consequências da crise financeira global, ou, mais recentemente, pela fuga de capitais após a chegada à presidência de Pedro Castillo, em julho de 2021.

 

Ameaça da inflação

Mas a taxa de câmbio não é a única variável, nem mantê-la estável basta para solucionar todos os problemas da economia. A peruana tem alguns atualmente.

O Banco Central recentemente baixou suas expectativas de crescimento para o Peru para este ano de 3,4% para 3,1%. Especialistas concordam que se trata de uma taxa muito baixa para uma economia emergente e que, a esse ritmo, o país terá dificuldade em criar empregos em volumes significativos.

Tampouco uma taxa de câmbio estável é suficiente para corrigir os efeitos da queda na produção mineral, item fundamental para o Peru, devido aos conflitos que paralisaram algumas das principais minas do país.

Depois, há o grande problema dos dias atuais, a inflação, em alta desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. O Peru tampouco está imune a isso. A previsão é de que a inflação peruana feche o ano em 6,4% — a previsão anterior era de 3,5%.

E o BCRP não espera que a inflação volte aos níveis normais até pelo menos o final de 2023.

"Grande parte disso se deve ao preço do trigo, petróleo e outros produtos importados que representam entre 30% e 50% da cesta básica local e que seguirão dinâmicas próprias associadas à guerra", diz Mendoza.

O BCRP está tentando conter essa escalada de preços, como outros bancos centrais, principalmente com o aumento nas taxas de juros, o que indiretamente também ajuda a limitar uma possível desvalorização do câmbio.

Mas, como alerta Mendoza, "isso está esfriando a economia e terá custos, porque é a inflação mais alta em muito tempo".

 

 

'Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61945230'

Publicado em Economia
Tecnologia patenteada pode ter aplicação em gotas, spray, pó, pomada ou cápsulas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma invenção desenvolvida por pesquisadores das universidades federais de São Carlos (UFSCar) e do Mato Grosso (UFMT) reúne elementos químicos que, combinados, se mostram eficazes para combater bactérias como as da espécie Staphylococcus aureus, causadoras de doenças de pele e com cepas cada vez mais resistentes. Também foi observada eficácia no combate à Escherichia coli, potencialmente ocasionadora de doenças gastrointestinais, e Candida albicans, fungo leveduriforme, causador de candidíase.
O método foi registrado como patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar, e é inédito para este tipo de uso.
A inovação foi desenvolvida por Cristina Paiva de Sousa, docente no Departamento de Morfologia e Patologia (DMP) da UFSCar e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Universidade; Bianca Soriano, doutora pelo PPGBiotec; Genoveva Flores Luna, doutora em Biotecnologia, também pela UFSCar; e Thiago Andrade de Toledo, pesquisador de pós-doutorado na UFMT.
O diferencial e a inovação no trabalho dizem respeito à realização de um processo químico envolvendo bases de Schiff e íons metálicos de cobre ou cobalto. As bases de Schiff são compostos orgânicos cujo uso na indústria farmacêutica é interessante pelo baixo grau de toxicidade para as células humanas. "Estudos apontam que as bases de Schiff, ao interagirem com metais, têm potencial antimicrobiano, com interessantes propriedades físicas, químicas e biológicas. Isto possibilita uma vasta gama de aplicações biotecnológicas e industriais, inclusive para potencializar a inibição de doenças", explica Sousa.
Assim, os pesquisadores resolveram "juntá-la" com cobre ou cobalto, por meio de uma reação de síntese. A reação envolve diversas etapas, como testes de microbiologia, definição de temperatura adequada, quantidade específica de cada elemento, bem como testes de citotoxicidade.
"Nós estudamos as propriedades de cada substância, caracterizando-as e em seguida realizando o processo de síntese. Com isso, chegamos no produto antimicrobiano, útil para tratar doenças de pele causadas por bactérias que estão cada vez mais resistentes, ao mesmo tempo em que não causa danos às células humanas", relata a docente da UFSCar.
A tecnologia tem potencial aplicação de diversas formas: gotas, spray, pó, pomada ou cápsulas, o que facilita o seu uso na indústria farmacêutica.
Os testes foram feitos em escala laboratorial e a tecnologia está disponível para comercialização. Empresas interessadas podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Publicado em Educação

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos divulgou o resultado de uma Consulta Pública online. promovida para conhecer a opinião da população sobre a retirada ou inclusão de símbolos e ritos religiosos do plenário e das sessões legislativas.

Realizada no período de 7 de abril a 6 de maio deste ano, a consulta teve por base a importância de promover um debate amplo na sociedade acerca da laicidade do Estado, e submeteu à consideração dos munícipes três questões relacionadas ao tema.

As contribuições enviadas por meio do portal da Câmara na internet apresentaram os seguintes resultados:

1) Considerando o disposto no Art. 19 da Constituição Federal, que versa acerca da laicidade do Estado, você é a favor da separação entre Estado e Religião?

SIM - 82.69% (129)

NÃO - 17.31% (27)

2) Você concorda com a obrigatoriedade da leitura da bíblia cristã no início de

cada Sessão Ordinária ou Extraordinária do Legislativo?

NÃO - 66.67% (104)

SIM - 33.33% (52)

3) Considerando a existência de um crucifixo cristão no plenário da Câmara Municipal, você concorda com a inclusão de outros símbolos religiosos no plenário?

NÃO - 51.28% (80)

SIM - 48.72% (76)

O teor das opiniões dos munícipes está disponível no site da Câmara (www.camarasaocarlos.sp.gov.br)

Ao agradecer as pessoas que participaram da Consulta Pública, o vereador Djalma Nery (PSOL), destacou que “é importante para a democracia que todos possam se manifestar e ajudar aqueles que tomam decisões a escutar a sociedade, a fim de decidir de forma assertiva e conectada com o que de fato a sociedade anseia”.

Publicado em Política

SÃO CARLOS/SP - Esta é a conclusão da primeira pesquisa realizada no sistema on farm em cultura de algodão no país. O estudo, conduzido pela Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, em parceria com o setor produtivo em fazendas do Centro-Oeste brasileiro, constatou que é possível reduzir custos em até 13% aplicando taxas variadas de insumos na produção da planta.

Experimentos no sistema on farm ocorrem na área de produção, enquanto a cultura é desenvolvida, sem alterar a rotina da propriedade.

Os pesquisadores avaliaram a variabilidade espacial e temporal da área agrícola na safra 2019-2020 com o uso de técnicas da agricultura de precisão (AP) para encontrar a dosagem ideal de insumos que seria aplicada na cultura. 

O sistema de gerenciamento agrícola, conceito da AP, permite acompanhar, coletar e analisar informações por meio de tecnologias que facilitam a tomada de decisão por produtores e trabalhadores.

Com o uso de AP é possível utilizar os insumos de forma mais racional, no momento, local, aplicação de doses adequadas, com potencial de geração de benefícios econômicos e ambientais para o produtor.

A geração desses benefícios, com impactos diretos no custo de produção, integra resultados de pesquisas propostas pela Rede AP, criada em 2009 com a participação de mais de 200 pesquisadores da Embrapa, universidades, instituições de ciência e tecnologia e empresas.

Em sua terceira e última fase, a ser finalizada até o final do ano, o projeto propunha, entre outras soluções, a entrega de tecnologias habilitadoras validadas e experiências geradas, como um modelo de aplicação para a implementação rápida e eficaz da agricultura de precisão no sistema produtivo do algodão em Mato grosso.

A partir dos resultados com os experimentos on farm, os pesquisadores esperam consolidar práticas de AP com aplicabilidade em diferentes sistemas de produção em todo o Brasil.

Doses combinadas

De grande importância econômica para o Brasil, quinto maior produtor mundial, a cultura do algodão é também considerada muito exigente, por apresentar riscos e investimentos maiores.

No entanto, o aumento nos investimentos na cultura não é proporcional ao aumento da produtividade esperada. Por isso, o Instituto Mato-Grossense do Algodão vem apostando no uso de ferramentas de agricultura de precisão, de forma mais intensa, para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Para tentar equacionar o desequilíbrio entre os gastos e os rendimentos, um grupo de 16 profissionais da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Embrapa Agricultura Digital (Campinas – SP), Embrapa Soja (Londrina – PR) e do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), uniram esforços e competências para que a pesquisa fosse viabilizada.

Os resultados dos experimentos on farm, com aplicação da taxa variada de insumos foram apresentados pelo pesquisador da Embrapa Soja, Júlio Franchini, no dia 23, na Famato Embrapa Show, realizada de 22 a 24, em Cuiabá (MT). Franchini participou de todo o processo de concepção do estudo, avaliação e interpretação, entre outras fases do projeto.

De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Carlos Manoel Pedro Vaz, a proposta do experimento on-farm consistiu em encontrar a combinação ideal de dosagens dos insumos avaliados, que propiciassem a maior produtividade.

“Neste modelo, é possível gerar curvas de resposta para aplicação de insumos, importantes para apoiar a definição de estratégias, quando se trata de taxa variável”, afirma Vaz.

Além disso, a pesquisa também objetivou motivar os produtores a realizarem experimentos on-farm para avaliar a produtividade e os custos da lavoura, usando o potencial das máquinas disponíveis na propriedade, que já vêm com ferramentas de AP embarcadas.

O primeiro passo consistiu na avaliação da variabilidade espacial de três talhões de duas fazendas no Mato Grosso quanto aos índices de vegetação da cultura, condutividade elétrica, altimetria-declividade e textura do solo. Todas as camadas de dados obtidas, então, foram correlacionadas com os mapas de produtividade dos respectivos talhões.

No estudo, os pesquisadores utilizaram métodos e ferramentas de AP já consolidados como o analisador granulométrico, desenvolvido por Vaz, empregado na obtenção dos dados das propriedades do solo dos talhões. A análise das propriedades é fundamental para o diagnóstico da sua fertilidade.

Veículos aéreos não tripulados, conhecidos como vants ou drones, integraram o conjunto de ferramentas utilizadas para captação de imagens, além de satélites e dos recursos já embarcados nas próprias máquinas agrícolas.

Os dados foram processados e avaliados para a definição das parcelas virtuais georreferenciadas, representativas dos três talhões de cerca de 200 hectares, e a instalação dos experimentos on farm na fazenda Três Lagoas, do grupo Scheffer, e fazenda Tucunaré, do grupo Amaggi. As propriedades estão localizadas no município de Sapezal, no Chapadão do Parecis, a 480 quilômetros de Cuiabá, capital do estado mato-grossense.

Segundo Vaz, foram criadas, então, combinações aleatórias de populações de sementes, dose de regulador de crescimento e nitrogênio, para aplicação à taxa variada, conforme as dimensões dos talhões virtuais gerados e embarcados nas máquinas agrícolas, para que elas executassem a tarefa.

O pesquisador explicou que os talhões da fazenda Três Lagoas foram divididos em 144 parcelas virtuais, de 0,8 hectares cada, enquanto na fazenda Tucunaré a divisão foi por zona de manejo, com 192 parcelas virtuais, de 0,2 hectares. As divisões virtuais existem apenas na programação das máquinas que aplicam os insumos e nos mapas de produtividade gerados pelas colheitadeiras.

A aplicação dos insumos foi realizada de acordo com as informações obtidas das análises de condutividade elétrica, índice de vegetação, textura do solo, entre outras, e conforme a arquitetura das parcelas virtuais, cuja quantidade foi relativa ao número de combinações propostas.

Ou seja, foram aplicadas 4 dosagens de nitrogênio, 3 populações de sementes e 3 dosagens do regulador de crescimento para os dois talhões da Fazenda Três Lagoas, com 4 repetições, resultando em 144 parcelas virtuais.

Já no talhão da fazenda Tucunaré, foram 4 dosagens de nitrogênio, 4 populações de sementes e uma dosagem de regulador crescimento específica para cada uma das 3 zonas de manejo definidas para o estudo.

De acordo com o estudo, as combinações compostas para os dois talhões da fazenda Três Lagoas resultaram em ganho de 13% e 11% em relação à produtividade média das unidades de cultivo.

Resultados expressivos

“No caso do talhão, com ganho de 13% de produtividade, a combinação de insumos que proporcionará maior lucratividade resultará da aplicação de 13 sementes por metro, 564 mililitros (mL) de regulador de crescimento por e aplicação de 200 kg de nitrogênio por hectare, resultando em produtividade de 343,4 arrobas por hectare”, explicou Vaz. Uma arroba equivale a 15 kg.

A análise do talhão da fazenda Tucunaré, realizada por zona de manejo, apontou que a produtividade atingiu 320 arrobas por hectare, considerando que a média era de 285,3 arrobas/ha. Vaz calculou que o ganho foi de 12% com a aplicação de 8 sementes por metro, 200 kg de nitrogênio e 220 mL de regulador de crescimento por hectare.

Numa análise comparativa de gastos com insumos, o pesquisador disse que, nos dois talhões da fazenda Três Lagoas, o custo com a aplicação do regulador de crescimento, por exemplo, média de 600 mililitros por hectare, representou R$ 13.560.

“Se consideramos que o litro do regulador na região de Mato Grosso é de cerca de R$ 113, uma economia desse insumo com aumento de produtividade se torna muito interessante para o produtor. Por exemplo, em um dos talhões o melhor desempenho foi obtido com 80% da dose de regulador de crescimento recomendada pela fazenda, portanto resultando em economia de 20% deste agroquímico”, calculou o físico Carlos Vaz.

O pesquisador lembra que dados de 2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontaram o elevado custo de produção de algodão. Os agroquímicos, categoria que contempla o regulador de crescimento, somado aos fertilizantes e sementes representaram 87,1% dos custos. O regulador de crescimento é importante para monitorar a altura da planta, que sem o uso do insumo pode chegar até dois metros, quando o ideal é ficar em torno de 1.30 m.

Para o líder da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, Ricardo Inamasu, a pesquisa mostrou a importância do processo colaborativo junto aos produtores na construção de métodos, conhecimentos e de procedimentos.

“A AP trouxe desafios para refinar recomendações adequadas ao uso local. A experimentação on farm viabiliza uma resposta rápida e uma recomendação apropriada ao processo de produção, utilizando máquinas e equipamentos disponíveis nas propriedades”, afirma o pesquisador da Embrapa Instrumentação.

O presidente do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, diz que a realização de validação de técnicas de agricultura de precisão, como aplicação de taxa variável em função da necessidade da planta, além demonstrar o benefício direto de economia de recursos ao produtor, traz outro benefício essencial à sustentabilidade, uma vez que se aplicam apenas as dosagens necessárias em cada parte da lavoura.

“A Embrapa, em parceria com outras instituições, deverá levar ao campo de forma mais intensa as ferramentas de AP, para que o produtor possa avaliar e adotar essas tecnologias, que deverão estar cada vez mais presentes no cotidiano agrícola”, afirma Salles.

O presidente do IMAmt acredita que as soluções adotadas atualmente por grandes produtores, logo serão adaptadas e permitirão que pequenos e médios produtores, de diferentes culturas, também as utilizem. “Isso certamente trará muito mais eficiência e produtividade para todos”, avalia.

 

 

Joana Silva

ARARAQUARA/SP - Policiais Militares detiveram um indivíduo na Rua Nove de Julho (Rua 2), no Jardim Dom Pedro I, na tarde de segunda-feira (27).

O homem de 29 anos, caminhava nas proximidades do Centralizado da Prefeitura de Araraquara, quando foi abordado pelos agentes, que faziam patrulhamento com cães.

Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado com ele, porém, ao consultar sua identidade, os policias constataram que havia um mandado de prisão em regime fechado pelo crime de roubo (Artigo 157 do Código Penal Brasileiro).

O mandado foi decretado nos autos de um processo que tramita na Vara do Júri e das Execuções Criminais de Araraquara.

Diante da situação, o indivíduo foi encaminhado para a delegacia. A autoridade policial tomou ciência e os trabalhos de praxe foram executados para que se pudesse fazer a inserção do procurado ao sistema prisional.

 

 

Ed Junior / PORTAL MORADA

Publicado em Araraquara

SÃO PAULO/SP - O clima não anda nada bom no estúdio do “Mais Você”, da Globo em São Paulo. Segundo fontes de IstoÉ Gente, Ana Maria Braga e o Louro Mané (interpretado pelo ator Fabio Caniatto), filho do saudoso Louro José, estariam vivendo alguns ‘desencontros de afinidade’ durante a atração matinal.

Nas últimas semanas, a apresentadora deixou o boneco no vácuo (falando sozinho) quando ele se pronunciou em determinadas pautas. Uma durante a entrevista com o ex-BBB Rodrigo Mussi e outra com outros convidados do programa.

Fomos informados que a produção do “Mais Você” estaria dando toques para Ana Maria – para que não gere uma repercussão na mídia e entre os internautas nas redes sociais sobre a falta de entrosamento dos colegas de trabalho.

No início do mês de abril deste ano, Louro Mané chegou na atração para substituir o Louro José, interpretado por Tom Veiga, que morreu em novembro de 2020 em decorrência de um AVC. Vale lembrar que quando foi especulado que teria um novo boneco no matutino, Ana Maria não teria gostado muito da ideia, mas acabou acatando devido ordens da direção da emissora.

Fabio Caniatto, o artista por trás do fantoche, tem contrato vigente com a TV Globo até 2023. Ele é pesquisador de máscaras e manipulação de bonecos, já foi ator da série infantil “Que Monstro Te Mordeu” (TV Cultura/Primo Filmes), orientador artístico e light designer do Programa “Fábricas de Cultura”, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

 

 

Letícia Sena / ISTOÉ GENTE

Publicado em TV

De janeiro a maio, também houve redução nos furtos em geral, roubos de cargas, de veículos e em geral

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A região de Ribeirão Preto terminou maio com queda nos indicadores de homicídios, furtos de veículos, roubos em geral e de cargas. No acumulado do ano, os roubos e furtos em geral também caíram, assim como os casos de roubos de cargas e de veículos.

A análise dos dados criminais usa como referência o mês de maio e os cinco primeiros meses de 2019, primeiro ano pré-pandemia em que não houve restrição da circulação das pessoas. Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus e que impactou diretamente na dinâmica criminal. Em 2020, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2021, o número ficou em 42%. O índice de isolamento social, amplamente divulgado nos dois anos, foi calculado pelo IPT com base em informações sobre a movimentação de celulares, fornecidas pelas prestadoras de serviços de telecomunicação.

A região registrou 22 homicídios dolosos em maio, um a menos que no mesmo mês de 2019. Com o resultado, a taxa de mortes intencionais dos últimos 12 meses (de junho de 2021 a maio de 2022) ficou em 6,82 para cada grupo de 100 mil habitantes. 

Foram registrados 2 latrocínios em maio. Em 2019, nenhum caso.

Os roubos em geral caíram 11,9%, passando de 522 para 460 registros. Este foi o menor total desde o início da série histórica, sem considerar 2020 e 2021. Já de janeiro a maio, o indicador recuou 18,1%, caindo de 2.892 para 2.368.

 

 

Os casos de estupros e roubos a bancos permaneceram estáveis. O primeiro indicador teve 83 registros em maio dos dois anos. Já o segundo, permaneceu zerado no período, bem como no acumulado do ano.

Os roubos de veículos cresceram na região, registrando alta de 8,2% em maio. Foram de 97 para 105 boletins. No acumulado dos primeiros cinco meses, foi mantida redução de 6,3%,  com queda de 512 para 480 registros.

Os furtos de veículo caíram de 432 para 416 casos, em maio,  ou seja, redução de 3,7%. 

A região registrou 11 roubos de carga, um a menos que em maio de 2019. No acumulado de janeiro a maio, também houve recuou nos roubos de cargas, de 72 para 60 casos, ou seja, redução de 16,7%.

Os furtos em geral foram de 3.353 boletins para 3.419, alta de 2%. No acumulado do ano, o indicador oscilou 0,3%, passando de 16.693 para 16.651 ocorrências. 

 

Produtividade
 

O trabalho das polícias paulistas na Região de Ribeirão Preto, no mês passado, resultou em 1.375 prisões e na apreensão de 69 armas de fogo ilegais. Também foram registrados 338 flagrantes por tráfico de entorpecentes.

 


Dados estatísticos

Confira os dados estatísticos do Estado por ano e mês clicando aqui .

Publicado em Ribeirão Preto

IBATÉ/SP - A festividades de Aniversário dos 129 anos de Ibaté também contaram com uma programação musical de muita qualidade. 
Nos dias 25 e 26 de junho, nas dependências da Praça dos Três Poderes, aconteceu o 2º Ibaté Moto Festival, que reuniu motociclistas de diversos Moto Clubes e Moto Grupos das mais variadas regiões do estado e do país. 
No palco da Praça dos Três Poderes, o sábado (25) e o domingo (26) do público presente. Na noite de sábado, pela primeira vez na cidade e região, a Banda Plebe Rude subiu ao palco para cantar seus grandes sucessos aos fãs do rock nacional. 
O evento agradou e surpreendeu até mesmo aqueles que estão acostumados com festas grandiosas deste segmento. “Foi uma festa memorável. A Prefeitura de Ibaté está de parabéns por realizar um evento dessa envergadura, oferecendo toda a estrutura e condições necessárias aos motociclistas e amantes do rock-roll. Quem veio este ano para cá, com certeza, voltará em 2023”, afirmou Marcos Murta, responsável pela realização do Barretos Motorcycles, que é organizado pelo Clube Os Independentes daquela cidade.
No domingo, o encerramento das festividades ficou por conta da dupla Rionegro & Solimões. Assim que o sol se pôs, o público sertanejo começou a tomar as dependências da área onde a Prefeitura de Ibaté montou o palco principal do evento. Pontualmente às 20h, os cantores estavam em cima do palco. 
Cerca de 20 mil pessoas assistiram ao show dos cantores que cantaram sucessos como “Peão Apaixonado”, “Frio da Madrugada”, “A Gente Se Entrega”, “De São Paulo a Belém”, “Na Sola da Bota”, entre tantas outras canções que emocionaram e embalaram o público presente, bem como, o hit do momento: “Saudade de Ex”.
O prefeito José Luiz Parella agradeceu todos os envolvidos na organização das festividades. “Obrigado a cada um dos nossos funcionários envolvidos, bem como, da nossa população que participou e prestigiou nossos eventos. Todos estão de parabéns, as pessoas que prestigiaram cada um dos eventos e nossos funcionários que trabalharam para que pudéssemos realizar essa linda festa aqui em Ibaté. Ano que vem tem muito mais”, finalizou.

Publicado em Ibaté

SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - Ontem (27), a fábrica de São Bernardo do Campo da Volkswagen do Brasil, na região metropolitana de São Paulo, concedeu 10 dias de férias coletivas aos funcionários, em razão falta de semicondutores, conforme confirmou a empresa.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que 3 mil trabalhadores terão em férias coletivas em função da falta de peças e componentes eletrônicos para finalizar a produção dos veículos. Os metalúrgicos ficarão fora da fábrica até 7 de julho. A montadora não informou o número de funcionários envolvidos.

De acordo com informações do sindicato, a crise dos semicondutores tem diversos fatores, mas que para o setor automobilístico o principal é a disponibilidade restrita de fabricação dos componentes para o setor por parte de fornecedores. Ainda segundo a entidade, essa é uma crise bem ampla que envolve fatores geopolíticos, logística, pandemia e até fatores climáticos, e já vem de no mínimo três anos.

A montadora já havia colocado cerca de 2,5 mil metalúrgicos em coletivas no mês de maio por problemas na cadeia de fornecimento de peças. Dados do sindicato dão conta de que a empresa conta com cerca de 8,2 mil trabalhadores na planta de São Bernardo, sendo 4,5 mil na produção.

O coordenador-geral da representação do sindicato na Volkswagen, José Roberto Nogueira da Silva, avalia que a falta de componentes tem impactado não só o ramo automotivo, mas todo setor industrial brasileiro. “Este é um problema que vem afligindo não só a indústria automobilística. Toda a indústria nacional vem sendo impactada. Isso acaba atingindo diretamente os trabalhadores. A falta de política industrial e de desenvolvimento no país tem causado a desestruturação da cadeia produtiva nacional”, disse, em nota. 

Segundo Silva, um acordo vigente na montadora, negociado entre sindicato e a empresa, dá aos trabalhadores tranquilidade em relação aos empregos. “É muito importante neste momento termos um acordo de longo prazo que prevê situações como esta que vem perdurando a muito tempo. O acordo dá previsibilidade para trabalhadores se organizarem e também para a empresa pensar o futuro da planta”.

 

 

Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil 

Publicado em Economia

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