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Radio Sanca Web TV - Segunda, 08 Julho 2024

SÃO CARLOS/SP - A Polícia Militar deteve um homem acusado de violência doméstica em um apartamento localizado no grande Santa Felícia, em São Carlos.

Era por volta das 2h da madrugada, de hoje, 09 de julho, quando o acusado teria invadido o apartamento e, ao chegar no quarto, encontrou uma mulher e sua filha de um ano dormindo.

O acusado estava enfurecido e procurando o esposo da mulher, dizendo que iria matá-lo.

Um funcionário do condomínio chegou e, com muito papo, conseguiu contê-lo até a chegada da Polícia Militar.

Os Militares chegaram e, minutos após o marido da mulher chegou, e assim, o acusado começou a ameaçá-lo de morte, porém, com os PMs no local, o homem foi contido e levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de São Carlos.

Na CPJ, o sujeito teria dito ao delegado que foi ao AP para resolver umas coisas pendentes com o esposo da mulher e que o pedaço de pau e a faca que estavam nas mãos eram para se defender.

O caso foi registrado em boletim de ocorrência.

Publicado em Policial

Lojas de São Carlos e Ibaté poderão abrir no feriado estadual de 9 de Julho, das 9h às 13h

 

SÃO CARLOS/SP - O Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários) autorizaram a abertura do comércio de São Carlos e Ibaté, nesta terça-feira, feriado estadual de 9 de Julho (Revolução Constitucionalista de 1932), das 9h às 13h.

Além desse feriado, as lojas de São Carlos e Ibaté também já estão autorizadas a funcionar nos feriados de 07 de setembro (sábado) – Independência do Brasil; 12 de outubro (sábado) – Feriado de Nossa Sra. Aparecida e Dia das Crianças e no feriado de 15 de novembro de 2024 (sexta-feira) – Proclamação da República, sempre das 9h às 13h.

O comércio das duas cidades ainda terá o horário estendido, até às 22h, na antevéspera do Dia dos Pais (9 de agosto) e para a Black Friday (29 de novembro).  

Publicado em Comércio

Você conhece os cursos EAD do Projeto Guri? Não? Pois, vocês devem conhecer, aliás, estão abertas as inscrições para os cursos, onde são gratuitos e para todas as idades e níveis musicais.

Dependendo do curso que vocês escolherem, serão divididos em um ou dois encontros por semana, com aulas de uma hora pela plataforma Zoom.

Vale ressaltar que ganham o certificado os alunos que completarem no mínimo 75% das aulas.

Os interessados podem acessar e se inscrever AQUI.

 

Saiba quais são os cursos.

 

  • Clarinete na MPB: primeiros passos
  • Cordas dedilhadas antigas para iniciantes – módulo 2
  • Guitarra e violão: acordes, arpejos e escalas
  • Improvisação em centros tonais
  • Iniciação vocal: aprenda a cantar do zero
  • Introdução à harmonia
  • Pandeiro para iniciantes
  • Piano para iniciantes
  • Regência: introdução e prática
  • Solfejo para cantoras e cantores – módulo 2
  • Teoria musical para iniciantes
  • Trompete: técnica de estudos e performance
  • Ukulele para iniciantes
Publicado em Educação

SÃO CARLOS/SP - Está marcada para esta terça-feira, dia 9 de julho, às 19h30, na Rua Victor Manuel de Souza Lima, 700 - Jardim Bethania, a inauguração da noda sede do Instituto Coragem, com a expansão de suas instalações e mudança para um novo endereço o Instituto celebra um marco significativo em sua trajetória de cuidado integral à saúde.

O INSTITUTO CORAGEM

Fundado em 12 de Outubro de 2022, o Instituto Coragem se destaca como um centro dedicado ao cuidado da saúde física, mental e emocional da população. Sendo entidade referenciada para o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Com uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados, o Instituto agora dispõe de 5 salas multiuso para atendimento, oferecendo serviços de Psicologia, Fisioterapia, Treinamento parental para familiares de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, e Nutrição.

O novo prédio possui total acessibilidade e segurança aos usuários, estrategicamente localizado próximo à Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, garantindo acesso fácil ao transporte público. Esta mudança representa um passo importante para o Instituto Coragem, ampliando sua capacidade de atendimento e fortalecendo seu compromisso com a comunidade.

O Instituto é uma instituição que conta com o apoio da comunidade, seja através de trabalho voluntário ou doações. Para contribuir ou saber mais sobre como ajudar, entre em contato pelo telefone (16) 99719-5549.

Para mais informações, visite o site www.institutocoragem.org.br

Publicado em Cidadania

SÃO CARLOS/SP - Dados da Secretaria Estadual de Fazenda apontam que os repasses obrigatórios do governo do para São Carlos cresceram 6,4% no primeiro semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023.

São Carlos recebeu em verbas de impostos estaduais e partilhas federais R$ 178,4 milhões até o mês de junho, ou seja, são R$ 10,7 milhões a mais do que nos seis primeiros meses do ano passado.

Só de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), foram R$ 100,5 milhões em depósitos nestes seis meses. Na comparação com 2023, o crescimento foi de 8,1%, ou R$ 7,5 milhões a mais nos repasses.

O governo do Estado repassa aos municípios 25% do total arrecadado em ICMS. A divisão dos recursos obedece o Índice de Participação deles.

O IPVA ficou em segundo lugar em relação aos repasses ao município com montante de R$ 77 milhões, alta de 4,26% em comparação com 2023. São R$ 3,1 milhões em depósitos. A divisão do imposto é meio a meio entre Estado e Prefeitura.

Em terceiro lugar ficou o Fundo de Exportação do Imposto sobre Produtos Industrializados com R$ 698 mil depositados para Capital da Alta Tecnologia.

Os recursos são utilizados pelo executivo de uso livre, apenas observando a Constituição em relação a obrigação de serem usados 15% em saúde e 25% em educação.

Publicado em Outras Notícias

BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou ontem (8) que aumentará em R$ 0,20 o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina A para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.

O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao transporte.

De acordo com a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%. O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).

 

GLP

A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP), que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.

 

Agência Brasil

Publicado em Economia

SÃO CARLOS/SP - A dor lombar inespecífica e de longa duração está em terceiro lugar dentre as causas de incapacidade no Brasil. Diferentes estudos buscam estratégias de tratamento e intervenções para tratar o problema e aliviar os sintomas dos pacientes que convivem com a lombalgia crônica. Atualmente, um grupo de pesquisa em "Práticas Integrativas e Complementares", vinculado ao Departamento de Medicina (DMed) e à Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar, realiza um estudo clínico para avaliar a efetividade de uma estratégia de homeopatia no tratamento da dor lombar. A pesquisa está convidando pessoas voluntárias para avaliação e tratamento gratuitos na Instituição. Estão sendo ofertadas as dez últimas vagas.

De acordo com Maristela Adler, docente do DMed e investigadora clínica do estudo, a dor lombar é tradicionalmente tratada com medidas não farmacológicas (fisioterapia, exercícios físicos, acupuntura, entre outras) e farmacológicas, muitas vezes com anti-inflamatórios, "medicamentos com sérios efeitos adversos e pouca efetividade a longo prazo". "Ainda não sabemos como a homeopatia vai contribuir para tratar essa dor, mas há estudos recentes demonstrando que medicamentos homeopáticos podem modificar funções celulares por mecanismos epigenéticos, que modificam a leitura dos genes pelas células, sem alterar DNA, e a descoberta de nanopartículas e de propriedades físicas específicas nos solventes das preparações homeopáticas", destaca Adler.

A docente aponta que a expectativa da pesquisa é a "superioridade do medicamento homeopático em relação ao placebo, tanto estatística como clínica. Esperamos que os pacientes com lombalgia crônica possam sentir um alívio importante na dor com o uso da homeopatia, facilitando as atividades da vida diária, a prática de exercícios físicos, posturais etc".

Para realizar o estudo são convidados homens e mulheres, com idade entre 20 e 60 anos, que tenham dor lombar há, pelo menos, três meses. Os voluntários passarão por avaliação inicial e por três consultas presenciais durante oito semanas. Pessoas interessadas devem agendar a avaliação pelo Whatsapp: (16) 99609-1505. Projeto aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 69489123.6.0000.5504).

Publicado em Educação
Terça, 09 Julho 2024 00:49

Por que é feriado em SP em 9 de julho?

SÃO PAULO/SP - O que se comemora em 9 de julho? A data celebra a Revolução Constitucionalista de 1932 e se tornou feriado no estado de São Paulo desde 1997.

A revolução de 32 foi um levante armado do estado contra o governo provisório de Getúlio Vargas, instituído dois anos antes por meio de um golpe de Estado.

E é devido à participação das tropas paulistas, que lideraram o movimento, que 9 de julho se tornou feriado em São Paulo. Nos outros estados, ele não é comemorado.

Neste ano, a véspera do feriado (8 de julho) caiu em uma segunda-feira. Por isso, o dia é considerado ponto facultativo no estado. Na capital paulista, por exemplo, o expediente ficará suspenso para os servidores municipais.

A lei que incorporou a data ao calendário oficial do estado é a Lei 9.497, de 5 de março de 1997, que determina que 9 de julho seja feriado estadual e não ponto facultativo. Ela foi sancionada pelo então governador Mário Covas.

 

A Revolução Constitucionalista

São Paulo se rebelou em 1932 cobrando uma Constituição e protestando contra o governo Getúlio Vargas.

Militar gaúcho, Getúlio havia assumido o poder dois anos antes, marcando o fim da política "Café com Leite", como ficou conhecido o período em que políticos ligados aos estados de São Paulo e Minas Gerais dominaram as primeiras décadas da República no país.

Para governar São Paulo, foi composto um secretariado encabeçado por José Maria Whitaker, que acabou deixando o cargo 40 dias depois. Assumiu como interventor o delegado militar do governo João Alberto Lins de Barros, o que gerou mais insatisfação

Os protestos ganharam força em maio de 23 de maio, quando um grupo organizou manifestação na sede do Partido Popular Paulista (PPP).

Na confusão, quatro foram mortos: Martins, Miragaia, Drausio e Camargo. Nasceu então um movimento com as iniciais dos quatro nomes, o MMDC, que teve papel importante na mobilização para a luta.

Também foi atingido na confusão um homem conhecido como Alvarenga, que morreu depois e cujo nome não entrou na sigla.

A revolução em si foi desencadeada por um levante em reação ao afastamento do general Bertoldo Klinger, simpático ao movimento.

A revolução teve adesão do povo, mas perdeu força porque os revoltosos de outros estados acabaram controlados pelo governo e armas encomendadas no exterior não chegaram aos paulistas. No fim, mais de 600 constitucionalistas foram mortos nas batalhas segundo as contas oficiais, estimativa considerada abaixo da realidade por muitos envolvidos nos combates.

 

 

g1

Publicado em Outras Notícias

BRASÍLIA/DF - O governo Lula (PT) deve marcar posição e atuar para frear o avanço da PEC (proposta de emenda à Constituição) das Drogas na Câmara dos Deputados. O objetivo é adiar a votação ou trabalhar para alterar o texto, que prevê punição para o porte de entorpecentes.

A atuação, discutida no Palácio do Planalto e em ministérios, contrasta com o tratamento dado ao texto quando ele passou pelo Senado. Na ocasião, aliados do presidente Lula evitaram se posicionar por entenderem não ter força para influenciar o debate diante de um Congresso conservador.

Os ministérios da Justiça e da Saúde serão responsáveis pela tentativa de convencer parlamentares de que não se deve criminalizar os usuários. O assunto é considerado delicado porque pode opor Lula ainda mais a grupos como evangélicos, já refratários ao presidente.

A estratégia definida pelo governo é tratar o tema como uma questão de saúde pública e não de costumes. Aliados de Lula devem repisar o discurso de que são contra as drogas, argumentando que criminalizar o usuário pode afastá-los do acesso a serviços de saúde.

O governo vai defender o tratamento da posse e do uso de drogas como um ato ilícito, passível de sanções administrativas, mas não como crime.

Deve haver também a propagação da leitura de governistas de que a PEC acaba por afetar, sobretudo, populações negras e periféricas.

Auxiliares do presidente avaliam que há chances de evitar o avanço da proposta, por enquanto. A expectativa é que os debates sejam retomados só depois das eleições municipais, em outubro.

A leitura é que a repercussão negativa em torno da PL Antiborto por Estupro gerou desgastes ao Parlamento e mostrou que assuntos sensíveis não devem ser discutidos de forma açodada.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oficializou a criação de uma comissão especial para discutir a PEC das Drogas no final de junho, em reação ao STF (Supremo Tribunal Federal). Horas antes, a corte havia decidido a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, depois de nove anos de julgamento.

A comissão da Câmara, no entanto, ainda não foi instalada. O próprio Lira sinalizou aos pares que não deve acelerar a tramitação da proposta.

Antes disso, ela andou de forma rápida no Senado. Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em setembro do ano passado, ela foi aprovada em abril. Em junho, a PEC recebeu o aval da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.

A PEC das Drogas inclui na Constituição o crime de possuir ou carregar drogas, independentemente da quantidade e da substância.

A tendência é que a comissão especial na Câmara seja composta por maioria de centro-direita, favorecendo sua aprovação. O governo pretende reforçar o discurso de que o Congresso precisa se concentrar nos projetos ligados à economia e que outras matérias sensíveis não devem ser prioridade.

Quando a comissão for de fato instalada, auxiliares de Lula pretendem agir para ampliar o número de governistas no colegiado e colocar um time em atuação. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quer trazer do exterior especialistas fora do campo da esquerda para debater a questão.

Com um Congresso considerado mais conservador, o Planalto vem lidando com cautela com temas considerados polêmicos e que possam entrar na seara de costumes ou ideologias.

Integrantes do governo avaliam, no entanto, que a gestão Lula não pode correr o risco de ficar distante do debate como ocorreu no caso do PL Antiaborto por Estupro e precisa se posicionar, mesmo que acabe derrotado no Congresso.

A senha foi dada por Lula em entrevista ao UOL, quando disse considerar "nobre" que haja uma decisão ou regra que faça a diferenciação entre os consumidores de drogas e os traficantes. Ele ponderou, no entanto, que a decisão não precisaria ter sido tomada pelo STF, acrescentando que a corte "não tem que se meter em tudo".

Depois, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) disse que o Congresso deve se debruçar sobre pautas econômicas, mas afirmou que ministros se envolverão no debate da PEC das Drogas.

A secretária Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, afirmou à Folha que tem defendido junto a parlamentares o teor da decisão do STF.

"A gente está dialogando com diversos parlamentares para tentar justamente esclarecer um pouco mais a decisão do STF. Ao contrário do que os discursos mais populistas dizem, não é um 'liberou geral'", afirmou.

Machado argumentou que a decisão é clara ao determinar que o Executivo, junto ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e ao Congresso, regulamente as sanções administrativas a serem aplicadas aos usuários. Afirma ainda que o governo e os parlamentares devem elaborar medidas de conscientização e redução do consumo de maconha.

"A gente vai, para cumprir a decisão do Supremo, pensar um plano, com investimento robusto, em ações para a diminuição do consumo."

Ela afirmou que mesmo os votos no STF contrários à decisão apontam falhas na aplicação da lei atual e que pesquisas comprovam que a lei é aplicada de modo diferente a pessoas negras e periféricas.

"Pesquisas e a experiência internacional mostram que a criminalização não é capaz de diminuir o consumo, a criminalização só joga os usuários nas mãos das facções e gera estigma", disse a secretária.

Ela defende que é preciso investir recursos na asfixia do crime organizado. "A gente encarcera quem não precisaria estar encarcerado. E quando a gente encarcera, imediatamente uma pessoa é recrutada para as organizações criminosas."

 

 

POR FOLHAPRESS

Publicado em Política

BRASÍLIA/DF - Tipo de câncer mais incidente em homens, o tumor de bexiga matou de 800 mil pessoas no mundo e mais de 19 mil no Brasil de 2019 a 2022.

Dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS) indicam mais de 110 mil casos de neoplasia maligna da bexiga desde 2019. Assim como em outros tipos de câncer, o tabagismo é o principal fator de risco da neoplasia de bexiga.

Julho é mês de conscientização do câncer de bexiga. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aproveita a data para alertar sobre a importância da detecção precoce deste tipo de tumor, quando as chances de cura são maiores. Nas redes sociais, posts, vídeos e live com especialistas informam o público leigo.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que este ano deverão ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres, o que corresponde a um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres. Segundo o Inca, este é o sétimo câncer mais incidente entre os homens (exceto o de pele não melanoma), representando mais de 3% dos cânceres no sexo masculino.

“O câncer de bexiga tem como principal fator de risco o tabagismo, relacionado a mais de 50% dos casos. Portanto, eliminando esse hábito, conseguimos diminuir significativamente as chances de aparecimento desse tumor. Outro ponto fundamental na prevenção é seguir hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, beber água em quantidade adequada e exercitar-se”, alerta o presidente da SBU, Luiz Otavio Torres.

O motorista Edgar Azevedo dos Santos, de 51 anos, descobriu a doença após uma dor lombar em 2017. Ele fez ultrassom que constatou nódulos. Ele passou por uma cirurgia e sessões de quimioterapia. “Eu nunca imaginaria que teria um câncer. De lá para cá faço acompanhamentos periódicos”.

“Temos observado que muitas pessoas desconhecem o câncer de bexiga, como se manifesta e quais são os principais vilões. A maioria já sabe que o fumo pode levar ao câncer de pulmão, por exemplo, mas muitos desconhecem que ele também é o principal causador do câncer de bexiga.

Além disso, apesar de que muitas vezes causa sangramento na urina, geralmente no início é intermitente e não provoca dor, e por isso é comum as pessoas não darem a devida importância e retardarem a ida ao médico, podendo agravar o quadro”, esclarece a diretora de Comunicação da SBU e coordenadora das campanhas de awareness da entidade, Karin Jaeger Anzolch.

Apesar de geralmente ser silencioso no estágio inicial, o tumor de bexiga pode provocar sangue na urina, maior frequência urinária, ardência ao urinar, urgência para urinar e jato urinário fraco

“A presença de sangue visível na urina é o sintoma mais comum do câncer de bexiga e está normalmente presente em 80% dos pacientes. Outros sintomas comumente relatados são aumento da frequência urinária, urgência miccional e dor para urinar, que podem estar relacionados à presença de carcinoma in situ.

O câncer de bexiga pode ser também assintomático e detectado através de exames de imagem com ultrassonografia, tomografia ou ressonância nuclear magnética”, explica o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Mauricio Dener Cordeiro.

Tipos de câncer

O câncer de bexiga pode ser classificado de acordo com a célula que sofreu alteração, sendo os principais: carcinoma de células transicionais (ou urotelial) que representa a maioria dos casos e tem início na camada mais interna da bexiga; carcinoma de células escamosas (ou epidermoide) que afeta as células delgadas e planas da bexiga, ocorre após infecção ou inflamação prolongadas; e adenocarcinoma que é mais raro, tem início nas células glandulares (de secreção) após infecção ou irritação prolongadas.

O câncer de bexiga é considerado superficial quando se limita ao tecido de revestimento da bexiga e infiltrativo quando transpassa a parede muscular, podendo afetar órgãos próximos ou gânglios linfáticos.

Fatores de risco

O tabagismo (também o passivo) é o principal fator de risco do câncer de bexiga, porém há outras ameaças como: exposição a substâncias químicas; alguns medicamentos e suplementos dietéticos; gênero e raça (homens brancos têm mais chances de desenvolver a doença); idade avançada; histórico familiar.

“Além do tabagismo, o contato com substâncias químicas como as presentes em defensivos agrícolas, tinturas utilizadas na indústria, fumaça de diesel ou outras substâncias também podem predispor a essa doença. Medicamentos como a pioglitazona, utilizada para o controle do diabetes, já foram associados com o desenvolvimento do câncer de bexiga. Contudo, o risco é relativamente baixo, e o principal ponto de atenção deve ser para pacientes que já tiveram câncer de bexiga e utilizam essa medicação”, explica o supervisor da Disciplina de Câncer de Bexiga da SBU, Fernando Korkes.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e cistoscopia (investigação interna da bexiga por meio do cistoscópio, instrumento dotado de câmera introduzido pela uretra). Durante a cistoscopia, caso o especialista identifique alguma alteração, pode ser retirado material para biópsia.

O tratamento do câncer de bexiga varia conforme o estágio da doença e pode consistir em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Os tipos de cirurgia consistem em: ressecção transuretral – remoção do tumor por via uretral; cistectomia parcial - retirada de uma parte da bexiga; cistectomia radical - remoção completa da bexiga, com a construção de um novo órgão para armazenar a urina.

Nos casos de lesões iniciais, após removido o tumor, pode ser administrada a vacina BCG ou algum quimioterápico dentro da bexiga a fim de evitar recidiva da doença.

“Algumas das novidades nessa área incluem novas medicações como imunoterapia, terapias alvo e terapias com anticorpos conjugados a drogas que já têm sido utilizados na prática e trazem benefícios para muitos pacientes. Quanto à cirurgia, as plataformas robóticas auxiliam bastante nos casos em que é necessário remover a bexiga e fazer algum tipo de reconstrução”, ressalta Fernando Korkes.

Mortalidade

De 2019 a 2022 o Sistema de Informações sobre Mortalidade registrou 19.160 óbitos em decorrência de neoplasia maligna da bexiga. Desses, 12.956 (67,6%) eram do sexo masculino e 6.204 (32,3%) do sexo feminino.

Para o diretor da Escola Superior de Urologia da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para rastrear o câncer de bexiga e desenvolver políticas públicas eficazes para reduzir a incidência e mortalidade, é essencial considerar várias estratégias, começando por campanhas de conscientização e educação como essa promovida pela SBU, além de identificar grupos de alto risco, garantir que todos tenham acesso a serviços de saúde que ofereçam diagnóstico e tratamento adequados com a criação de centros especializados para garantir padrões elevados de cuidado e resultados melhores para os pacientes.

“Implementar essas medidas requer colaboração entre profissionais de saúde, governos, instituições de pesquisa, organizações não governamentais e a própria comunidade para enfrentar de forma eficaz esse grande desafio, que é reduzir as taxas de mortalidade do câncer de bexiga”, afirma Fernandes.

 

 

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

Publicado em Ciência & Saúde

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