Rede aposta em estratégia nacional para impulsionar vendas e competir com campanhas agressivas do setor
SÃO PAULO/SP - O Bob’s acaba de anunciar uma ofensiva promocional nacional para aquecer as vendas e disputar espaço na preferência dos consumidores. A rede entra na chamada “guerra dos fast foods” com combos acessíveis e comunicação em múltiplas frentes de mídia — TV, OOH, digital e influenciadores — reforçando seu posicionamento como uma marca próxima, democrática e competitiva.
A partir de 23 de outubro, todas as lojas Bob’s do Brasil passam a oferecer duas grandes promoções por tempo limitado. A primeira, batizada de “4 por R$ 21,90”, permite ao consumidor escolher quatro itens entre Bob’s Burger (ou Cheeseburguer), Refrigerante Refil, Batata P e Sundae (Ovomaltine, Chocolate ou Morango),
Enquanto concorrentes apostam em combos similares por R$ 22,90, o Bob’s reduz o valor e reforça sua estratégia de acessibilidade sem abrir mão da qualidade.
A segunda oferta traz o clássico Milk Shake de 300 ml por apenas R$ 8,90, disponível nos sabores Crocante, Morango, Chocolate, Baunilha e Paçoca — uma das sobremesas mais icônicas e queridas da rede.
“O Bob’s sempre teve no DNA o pioneirismo e a conexão com o público. Em um cenário de alta competitividade, decidimos responder com o que o consumidor mais valoriza: sabor, qualidade e preço justo. É um convite para que todos se deliciem com os clássicos da marca”, destaca Felipe Diniz, gerente de marketing do Bob’s.
A ação, que pode ser considerada uma “Black Week antecipada”, também marca uma forte aposta da marca em marketing de influência, com nomes como Dois por Todos, Agilmar, Vovó Maria e o Neto, ampliando o engajamento e a visibilidade nas redes sociais.
Com essa ofensiva, o Bob’s reafirma sua força no mercado de fast food brasileiro, mostrando que está pronto para competir de igual para igual e, neste caso, por um real a menos.
SÃO PAULO/SP - A Nestlé e o Banco do Brasil anunciam uma parceria que disponibilizará, à princípio, R$ 100 milhões em linhas de crédito rural voltadas a projetos de descarbonização em fazendas de leite participantes do Programa Nature por Ninho. A iniciativa representa mais um passo na estratégia da Nestlé de incentivar os sistemas alimentares regenerativos, com foco em acelerar a transição para uma produção de leite de baixo carbono no país. A expectativa é beneficiar parte dos produtores parceiros da companhia no país.
Por meio do acordo, a Nestlé atuará como elo entre o Banco do Brasil — que oferece crédito rural para projetos de produção sustentável — e os produtores de leite. A iniciativa também visa orientar os produtores na aplicação dos recursos em práticas regenerativas e de baixo carbono, garantindo que os investimentos resultem em impacto real na sustentabilidade. O objetivo é facilitar a adoção e o escalonamento dessas práticas, que envolvem desde o manejo do solo e técnicas agrícolas até o bem-estar animal e o uso de energia limpa nas propriedades.
O Brasil é a maior operação global da Nestlé na compra de leite fresco e uma vitrine em práticas regenerativas. “A parceria com o Banco do Brasil rompe uma das principais barreiras para a transição em escala: o acesso ao financiamento com taxas competitivas. Acelerar a transformação da cadeia do leite é parte central da nossa estratégia porque traz mais eficiência para os produtores, mais resiliência para os sistemas produtivos e, como consequência, a descarbonização da operação”, afirma Bárbara Sollero, head de agricultura regenerativa da Nestlé.
“A parceria com a Nestlé é um exemplo concreto de como o Banco do Brasil atua para alavancar a aplicação sustentável do crédito rural e promover o desenvolvimento das cadeias produtivas. O convênio permite ao produtor rural a obtenção de financiamentos com taxas competitivas e à empresa conveniada, a originação da matéria destinada à sua produção”, diz João Fruet, diretor de Corporate and Investment Bank do Banco do Brasil.
Sistema de produção regenerativo
Criado há mais de 15 anos, o Programa Nature por Ninho reúne atualmente cerca de 1.000 produtores parceiros em todo o país. Os produtores são incentivados e remunerados conforme a implementação de práticas sustentáveis e regenerativas, avaliadas em quatro níveis de verificação: Bronze, Prata, Ouro e Diamante. Cada avanço de nível é acompanhado de validações independentes e bonificações proporcionais, reconhecendo o esforço de quem adota práticas mais avançadas.
Os resultados são expressivos: Na safra 24/25 as fazendas classificadas no nível Ouro reduziram em 16% a aplicação de nitrogênio sintético, em 8% o custo de produção da silagem, além de cultivarem 47% mais variedade de espécies quando comparadas às fazendas convencionais. Como consequência, produziram com uma pegada de carbono 39% menor. Desde o início do programa, mais de 1 bilhão de copos de leite já foram produzidos pela Nestlé a partir de fazendas com práticas avançadas em agricultura regenerativa.
Sobre a Nestlé
A Nestlé tem mais de 100 anos de atuação no Brasil e segue renovando seu compromisso com a sociedade, como força mobilizadora que contribui para levar nutrição e bem-estar para bilhões de pessoas, criar um ambiente de inclusão e oportunidade para milhares de brasileiros e ser o produtor de alimentos mais sustentável do país. A empresa emprega mais de 30 mil pessoas no Brasil e tem 18 unidades industriais em operação localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além de 12 centros de distribuição e mais de 70 brokers (responsáveis por vendas, promoções, merchandising, armazenamento e distribuição).
Comprometida com boas práticas que vão do campo à mesa do consumidor, a companhia conta com milhares de produtores fornecedores participando de programas de qualidade nas cadeias de cacau, café e leite, que garantem uma produção sustentável e que trazem modernidade ao campo. Além disso, mantém iniciativas nas fábricas como minimizar a utilização de água e energia e reduzir as emissões, ações de reflorestamento e inovações contínuas em embalagens cada vez mais sustentáveis. A Nestlé Brasil está presente em 99% dos lares brasileiros.
BRASÍLIA/DF - Com o leilão de rodovias do Paraná que foi realizado na tarde desta quinta-feira (23) na sede da B3, na capital paulista, o Brasil atingiu a soma de R$ 200 bilhões em concessões de rodovias realizadas pelo atual governo. A afirmação foi feita pelo Ministro dos Transportes, Renan Filho.

“Com esse leilão de hoje, a gente atinge a marca de R$ 200 bilhões em investimentos privados contratados no Brasil nesse ciclo de leilões. É algo muito significativo, porque o país tinha feito 24 leilões do início do programa de concessão lá atrás, em 1998 até o ano de 2022. E agora, ao final desse ano, nós vamos terminar o ano com 22 leilões e vamos fazer outros 14 no ano que vem”, afirmou.
Segundo o ministro, o valor dos leilões de rodovias representa a maior parte dos investimentos privados já contratados pelo atual governo.
“No total já foram contratados R$ 300 bilhões em todos os tipos de leilões: portos, aeroportos, até de florestas, porque agora a conservação de floresta está sendo leiloada também. Desses R$ 300 bilhões totais, o Ministério dos Transportes hoje completa R$ 200 bilhões, o que corresponde a dois terços dessa agenda de atração do investimento”, disse ele a jornalistas.
Desde 2023, o governo federal realizou 18 leilões de rodovias e mais quatro estão previstos até o final deste ano. O próximo deles, do lote 5 das Rodovias Integradas do Paraná, acontece na próxima quinta-feira (30).
“Esse será o sexto leilão do estado do Paraná. E temos também o leilão do Centro-Oeste. O último leilão do ano será da Fernão Dias, a BR 381, que liga Belo Horizonte a São Paulo. É um conjunto de leilões muito arrojado que está impulsionando o investimento privado na nossa infraestrutura”, disse o ministro.
De acordo com o ministro, os leilões de rodovias vêm sendo bastante competitivos, atraindo uma variedade de concorrentes.
“Esses 18 leilões tiveram 14 empresas vitoriosas diferentes, demonstrando sempre novos entrantes e uma competição que derruba preço. A outra coisa que demonstra a competição é a derrubada de preço. O leilão de hoje colocou as tarifas que serão praticadas agora nesse novo contrato 52% menores do que as tarifas praticadas anteriormente, se elas fossem atualizadas pela inflação. Ou seja, o povo do Paraná está levando hoje um bom produto a preços muito melhores do que eles pagaram no passado”, ressaltou.
Na tarde de hoje, o ministro acompanhou a realização do leilão do lote 4 das Rodovias Integradas do Paraná, que foi vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR (composto pela EPR e Perfin Voyager Fundo de Investimento), que ofereceu 21,30% de desconto sobre o preço da tarifa. Ele concorreu com outras três empresas: a Motiva (antiga CCR), a Mota-Engil e a Reune Rodovias Holding.
Segundo o governador do Paraná, Ratinho Junior, que também esteve presente na B3, o certame de hoje foi um sucesso.
“Hoje é uma semana muito importante para o estado. Ontem nós tivemos a concessão do canal de chegada no Porto de Paranaguá, que foi o primeiro do Brasil. Foi um sucesso. E hoje mais um sucesso no nosso lote de concessão rodoviária, que foi o quinto entre seis lotes que foram programados nessa parceria entre governo federal e governo do estado”, falou ele a jornalistas. “Esses seis lotes são o maior pacote de concessão rodoviária da América Latina”, destacou.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - Cerca de 2,5 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) se formalizaram como microempreendedores individuais (MEI) após o registro na base de dados do programa. A conclusão é de um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O número representa 55% dos MEI incluídos no CadÚnico.

O Cadastro Único para programas sociais identifica e caracteriza as famílias de baixa renda no país. É o principal instrumento do governo para a seleção e a inclusão de famílias de baixa renda em programas federais, como o Bolsa Família, o Pé-de-Meia, a Tarifa Social de Energia Elétrica, o Programa Minha Casa Minha Vida, dentre outros.
O estudo mostra que o CadÚnico tem contribuído para a inserção produtiva e a autonomia de beneficiários de programas sociais do governo federal. Entre as 95,3 milhões de pessoas cadastradas, 4,6 milhões são MEI, e mais de um terço (34,1%) já recebeu atendimento do Sebrae entre janeiro de 2020 e julho deste ano.
Os dados indicam que os empreendedores atendidos pelo Sebrae apresentam melhores resultados: 78,9% das empresas desse grupo estão ativas, ante 61,5% entre os que não receberam apoio da instituição.
Segundo o levantamento, a maioria dos MEIs inscritos no CadÚnico atua no setor de serviços (53,1%), seguido por comércio (26,5%), indústria (10,1%), construção (9,7%) e agropecuária (0,5%). Entre os microempreendedores da base, 41,7% recebem o Bolsa Família e 6,4% o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os estados com maior percentual de MEIs inscritos no CadÚnico são Amazonas (56,3%), Acre (54,8%) e Piauí (54,6%).
O levantamento integra as ações do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Sebrae e o MDS em 2023. O objetivo é promover a integração de políticas públicas voltadas à inclusão produtiva e à geração de renda para famílias em situação de vulnerabilidade.
O acordo prevê o compartilhamento de informações do CadÚnico e do Programa Bolsa Família para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre pequenos negócios, contribuindo para o aprimoramento de políticas públicas voltadas ao setor.
AGÊNCIA BRASIL
SÃO PAULO/SP - Presente em todas as regiões do estado de São Paulo, o Poupatempo completa 28 anos. O programa soma 246 postos fixos e 900 totens de autoatendimento, que levam cidadania e inclusão digital a mais de 640 municípios. Ao todo, são mais de 4,2 mil serviços disponíveis, em formato presencial e digital, em áreas essenciais como saúde, educação, mobilidade urbana e inclusão social.
De janeiro a setembro deste ano, foram realizadas 54,8 milhões de interações digitais e 13 milhões de atendimentos presenciais. Os números consolidam o Poupatempo como um dos maiores programas de atendimento público do País, unindo eficiência e proximidade para facilitar a vida do cidadão paulista.
Com integração ao portal e ao aplicativo Poupatempo SP.GOV.BR, os usuários podem realizar serviços de forma rápida, segura e gratuita, sem precisar sair de casa.
“O Poupatempo é símbolo da transformação digital do Governo de São Paulo. Em quase três décadas, o programa se modernizou sem perder sua essência: atender bem, simplificar processos e garantir dignidade no acesso aos serviços públicos”, destaca Gileno Barreto, presidente da Prodesp, empresa de tecnologia do Governo de São Paulo responsável pela gestão do programa, vinculada à Secretaria de Gestão e Governo Digital.
Reconhecido nacionalmente pela qualidade do atendimento, o Poupatempo recebeu o selo RA1000 do Reclame AQUI, distinção concedida a instituições com excelência em resposta, solução e confiança dos usuários. O programa também está entre os três finalistas do Prêmio iBest 2025, na categoria Governo Estadual, reforçando o reconhecimento da população pela eficiência e inovação no atendimento ao cidadão.
Primeira unidade inaugurada em 1997, o Poupatempo Sé é o símbolo da transformação na forma de atender o cidadão. Desde sua abertura, já realizou mais de 62 milhões de atendimentos, consolidando-se como referência de eficiência e acolhimento.
Somente entre janeiro e setembro deste ano, foram 267 mil serviços prestados à população. O atendimento presencial é feito exclusivamente mediante agendamento prévio e gratuito, disponível nos canais oficiais — portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo SP.GOV.BR e totens de autoatendimento.
Campanha transforma Big Mac em esperança e alcança o maior valor arrecadado da história em prol da saúde e da educação infantojuvenil do país
SÃO PAULO/SP - O McDia Feliz 2025 consolidou-se como um marco na história de solidariedade do Brasil. A campanha anual promovida e realizada pelo McDonald's, cuja renda da venda de sanduíches Big Mac, exceto alguns impostos, é revertida para causas sociais, alcançou uma arrecadação histórica de mais de R$28 milhões. O valor representa um crescimento de cerca de R$2 milhões em relação à 2024 e todo o recurso será destinado ao Instituto Ronald McDonald e ao Instituto Ayrton Senna, fortalecendo o combate ao câncer infantojuvenil e o apoio à educação pública de qualidade.
Desde 1988, o McDia Feliz tem como fortaleza a mobilização nacional. Ao todo, a campanha já soma mais de R$450 milhões destinados à saúde e educação de crianças e jovens e mais de 11 milhões de vidas transformadas ao longo desses 37 anos de compromisso com a sociedade.
Para Rogério Barreira, Presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados, o resultado é motivo de orgulho. "O McDia Feliz é o reflexo mais puro do nosso propósito de servir à comunidade e gerar impacto social positivo. Para a nossa companhia, ele é mais do que um evento, é o nosso maior propósito. É o dia em que o nosso trabalho, que é servir e alimentar pessoas, se conecta de forma mais profunda com o nosso propósito, que é o de construir sonhos”.
Impacto em duas causas vitais - A campanha reforça o investimento em dois pilares fundamentais. Os fundos para o Instituto Ronald McDonald apoiarão mais de 80 projetos em 49 instituições que atuam para mudar o cenário da oncologia pediátrica do país. Já a parceria com o Instituto Ayrton Senna possibilitará a formação de mais de 41 mil educadores e o atendimento de cerca de 590 mil jovens e crianças, ampliando as oportunidades de um futuro melhor para os estudantes da rede pública.
O sucesso da edição deste ano sinaliza o crescente interesse do público em iniciativas que geram transformação social mensurável. O McDia Feliz não é apenas um dia de vendas, mas um movimento de solidariedade que impulsiona o desenvolvimento social e a esperança de milhares de famílias.
“A cada ano, essa campanha nos surpreende, nos emociona e nos mostra a força da solidariedade. E esse trabalho só é possível pela parceria com dois Institutos que realizam um trabalho genuíno, importante e necessário. Para nós, é uma honra atuar ao lado do Instituto Ronald McDonald e do Instituto Ayrton Senna e assumir nossa responsabilidade e governança da aplicação dos recursos arrecadados", comemora Barreira.
Sobre a Arcos Dorados
A Arcos Dorados é a maior franquia independente do McDonald’s do mundo e a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe. A companhia conta com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias locais de restaurantes McDonald’s em 21 países e territórios dessas regiões. Atualmente, a rede possui mais de 2.400 restaurantes, entre unidades próprias e de seus franqueados, que juntos empregam mais de 100.000 funcionários (dados de 15/07/2025). A empresa também está comprometida com o desenvolvimento das comunidades em que opera com a oferta de oportunidades de primeiro emprego formal aos jovens e com o impacto ambiental positivo por meio de sua Receita do Futuro. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia por favor visite o nosso site.
BRASÍLIA/DF - O número de pessoas que trabalham por meio de aplicativos cresceu 25,4% em 2024, na comparação com 2022. Nesse intervalo, o contingente de trabalhadores nessa condição passou de 1,3 milhão para quase 1,7 milhão. São 335 mil pessoas a mais. 

Nesse período, houve também aumento de participação desses trabalhadores no universo da população ocupada – pessoas com 14 anos ou mais de idade que trabalham.
Em 2022, os trabalhadores por meio de aplicativos eram 1,5% dos 85,6 milhões de ocupados, proporção que alcançou 1,9% dos 88,5 milhões de ocupados em 2024.
Os dados fazem parte do módulo sobre trabalho por meio de plataformas digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado na sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
>> Clique aqui e leia mais sobre a Pnad Contínua – trabalho por plataformas digitais
De acordo com o analista responsável pela pesquisa, Gustavo Fontes, explicações para esse aumento podem passar pelo fato de esses trabalhadores conseguirem mais renda; além da flexibilidade que a modalidade permite.
“Essa possibilidade de a pessoa escolher os dias em que vai trabalhar, a jornada de trabalho, o local de trabalho, isso também pode ser um fator”, diz.
O IBGE considerou quatro tipos de aplicativos mais populares, sendo os de transporte a modalidade mais utilizada:
Na categoria serviços profissionais estão casos como designers, tradutores e até telemedicina, quando o médico usa a plataforma digital para captar pacientes e realizar consultas, por exemplo.
Do 1,7 milhão de trabalhadores, 72,1% têm a atividade classificada como operador de instalação e máquinas e montadores, que é, segundo o IBGE, a categoria que abrange os motoristas e motociclistas.
Enquanto na população brasileira ocupada, 44,3% dos trabalhadores são informais, entre os plataformizados, como chama o IBGE, esse percentual salta para 71,1%.
O IBGE considera informal situações como empregados sem carteira assinada e quem trabalha por conta própria, mas sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
Os pesquisadores identificaram os seguintes vínculos entre os plataformizados:
Um exemplo de empregador é o dono de um restaurante que vende refeições por meio de aplicativo.
A proporção dos conta própria entre os plataformizados é três vezes maior que na população ocupada como um todo (28,1%).
Em 2024, de todos os ocupados por conta própria, 5,7% trabalhavam por meio de plataformas digitais.
Ao traçar o perfil do trabalhador “plataformizado”, a Pnad identificou que 83,9% deles são homens, proporção bem acima do patamar no universo da população ocupada como um todo (58,8% são homens).
As mulheres somam 16,1% entre as plataformizadas e 41,2% na população ocupada brasileira.
O pesquisador Gustavo Geaquinto Fontes, responsável pelo estudo, associa a predominância masculina ao fato de os apps mais utilizados serem de entrega e transporte de passageiros:
“A ocupação de condutor de motocicleta é fortemente exercida por homens.”
Quanto à faixa etária, os pesquisadores identificaram que 47,3% dos trabalhadores por aplicativo têm de 25 a 39 anos, e 36,2% têm de 40 a 59 anos.
Ao classificar os trabalhadores por escolaridade, seis em cada dez tinham ensino médio completo e superior incompleto:
A pesquisa aponta que mais da metade (53,7%) dos plataformizados era da região Sudeste. Em seguida figuravam o Nordeste (17,7%), Sul (12,1%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7,5%).
O Sudeste foi a única região em que a participação dos trabalhadores por app na população ocupada (2,2%) superava a média nacional (1,9%).
O levantamento do IBGE coletou informações no terceiro trimestre de 2024 e faz parte de um convênio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
O instituto buscou informações apenas de pessoas que tinham os aplicativos como forma principal de intermediação de trabalho. Ou seja, quem faz um bico como motorista de aplicativo na hora vaga para complementar a renda não entrou no cálculo.
De acordo com Gustavo Fontes, essa exclusão não tira significância do levantamento.
“O universo dessas pessoas não é tão grande assim”, diz ele, contextualizando que pouco menos de 3% da população ocupada tem uma segunda atividade.
O IBGE classifica a Pnad sobre trabalho por plataforma ainda como experimental, ou seja, em fase de teste e sob avaliação. O estudo não considerou plataformas de hospedagem, aluguel ou imóvel por temporada.
“A gente incluiu aquelas plataformas intensivas em trabalho”, justifica Fontes, antecipando que a pesquisa a ser realizada em 2025 trará informações sobre plataformas de comércio eletrônico.
Há no Brasil um debate institucional sobre a relação entre motoristas e as plataformas digitais. A decisão sobre se há vínculo empregatício entre as partes está no Supremo Tribunal Federal (STF).
Representantes dos trabalhadores reclamam de precarização das condições de trabalho, enquanto as empresas negam existência de vínculo empregatício, posição defendida também pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O presidente do STF, ministro Edson Fachin, prevê que a votação sobre o tema ocorrerá no início de novembro.
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) suspendeu a possibilidade de realização de operações de crédito consignado e quatro instituições financeiras nesta quinta-feira (16).
Segundo documentos publicados no Diário Oficial da União, os bancos Inter e Paraná e as instituições Facta Financeira e Cobuccio a Sociedade de Crédito Direto não podem mais mais realizar o empréstimo após denúncias de irregularidades, que estão sob investigação no governo federal.
"Decisão é medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração", diz o documento.
Em nota, a Facta Financeira diz que "cumpre rigorosamente a legislação do mercado financeiro e atende aos requisitos dos órgãos reguladores".
O Inter, também em nota, diz que foi surpreendido com a suspensão cautelar de novos consignados pelo INSS e informa que está contato com o instituto para entender os motivos da decisão. "O Inter reforça ainda seu compromisso com a transparência e o respeito aos clientes, especialmente aposentados e pensionistas", adiciona o banco. As demais instituições não responderam até a publicação deste texto.
O problema estaria ligado a descumprimento de ACT (Acordo de Cooperação Técnica) entre o INSS e as instituições. O crédito consignado é um empréstimo no qual a parcela é descontada diretamente da aposentadoria ou pensão. Com isso, como o risco de calote é praticamente zero, os juros são os mais baixos do mercado.
As regras são controladas pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) e a exigência de biometria passou a valer após o TCU (Tribunal de Contas da União) mandar bloquear as liberações.
O instituto não comentou as suspensões, mas reafirma posicionamento já informado anteriormente, quando decidiu não renovar o ACT assinado com o Banco Master. Na ocasião, afirmou que contratos só seguirão vigentes "desde que observadas todas as regras vigentes".
"A decisão, de caráter preventivo, decorre de análise técnica e jurídica e seguirá válida até a conclusão das apurações em andamento ou até que a instituição financeira comprove, de forma objetiva, o atendimento integral à legislação e aos regulamentos que disciplinam o crédito consignado", disse o órgão.
A suspensão atinge novos contratos. Quem já é cliente dos bancos deverá ser atendido normalmente, sob pena de punições às instituições. A medida não deve alterar os canais de atendimento ao cidadão, nem os procedimentos de orientação sobre crédito consignado.
Outra informação é a de que as instituições poderão ter o contrato para empréstimo retomado com o instituto após a conclusão das apurações e caso comprovem que estão agindo conforme as normas aplicáveis.
A Facta diz também que a suspensão temporária e valerá por até 30 dias e que a situação envolve também outras diferentes instituições financeiras.
"O motivo da decisão cautelar ainda não está esclarecido, uma vez que não houve acesso aos autos. A administração da empresa está em contato com INSS para compreender o contexto e elaborar um plano de ação com objetivo de normalizar o serviço com a maior brevidade possível", afirma.
A financeira atua há 29 anos e diz ter 4 milhões de clientes ativos.
AUSÊNCIA DO 'NÃO PERTURBE' LEVOU A MAIS CANCELAMENTOS
No início de agosto, o INSS cancelou a autorização para que oito instituições financeiras fizessem novas operações de consignado, com desconto feito diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
As instituições foram descredenciadas por não terem implementado o mecanismo obrigatório do Não Perturbe, criado para bloquear ligações indesejadas com ofertas de crédito e coibir o assédio a um público considerado vulnerável. Parte delas afirma que não oferece crédito por telefone, mas providenciará a contratação do serviço para ter sua autorização reativada.
O QUE É E COMO FUNCIONA O EMPRÉSTIMO CONSIGNADO?
O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é descontado diretamente do benefício mensal do segurado. Aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS podem autorizar esse tipo de operação.
Atualmente, é possível comprometer até 45% da renda mensal com o crédito, sendo 35% com empréstimo pessoal consignado, 5% com cartão de crédito e 5% com cartão de benefício.
O prazo de pagamento pode chegar a 84 meses (sete anos). Em março, o CNPS elevou o teto dos juros para 1,85% ao mês. Até então, o limite era de 1,8% mensais, valor definido no início de 2025.
FOLHAPRESS
FRANÇA - Reconduzido na semana passada ao cargo de primeiro-ministro da França, depois de ter renunciado com apenas um mês no cargo, Sébastien Lecornu propôs na terça-feira (14) uma suspensão da reforma das aposentadorias até a próxima eleição presidencial, prevista para 2027, em seu primeiro discurso diante da Assembleia Nacional.
O anúncio é uma forma de garantir que seu governo não será vítima de uma moção de censura da oposição. "Eis incontestavelmente uma ruptura", discursou aos deputados.
Para demonstrar sua disposição ao diálogo com os deputados, o premiê prometeu não recorrer a um controverso dispositivo que lhe permitiria aprovar o orçamento de 2026 sem votação parlamentar, o artigo 49.3 da Constituição -o mesmo que Macron e a ex-primeira-ministra, Élisabeth Borne, usaram para atropelar a oposição e impor a reforma da aposentadoria aos franceses.
Lecornu também se comprometeu a propor a criação de uma "contribuição excepcional" sobre grandes fortunas -outra forma de contentar a oposição de esquerda. Ele se recusa, porém, a adotar a "taxa Zucman", um imposto de 2% sobre os patrimônios acima de € 100 milhões (cerca de R$ 640 milhões). O economista que propôs a taxa, Gabriel Zucman, acusou o premiê de poupar os bilionários em seu plano.
O primeiro-ministro também propôs que até o final do ano seja incluído na Constituição o novo estatuto da Nova Caledônia, arquipélago do oceano Pacífico que pertence à França. Conforme acordo assinado em julho para pôr fim à disputa com os separatistas, será criado um "Estado da Nova Caledônia", que pode ser reconhecido por outros países, mas continua a fazer parte da França.
"Não vamos censurar o governo a princípio e não faremos parte dos que derrubam primeiros-ministros. A França precisa de um mínimo de estabilidade, de governo, de orçamento", disse Laurient Wauquiez, dos Republicanos, de direita.
Já a ultraesquerda, representada principalmente por Jean-Luc Mélenchon, do partido A França Insubmissa, criticou a suspensão da reforma como apenas uma postergação da medida. "E agora todos vão fingir que não ouviram que a suspensão da reforma tem uma data limite, e então volta a vigorar. Além disso, quem for eleito em 2027 pode compensar o atraso ou propor uma reforma pior", disse
A ultradireita aproveitou para criticar Macron. "Na Assembleia Nacional, dos Republicanos [direita] ao Partido Socialista [centro-esquerda], é o ciclo amigável dos salvadores de Emmanuel Macron que se sucedem falando no púlpito", afirmou Jordan Bardella, líder da Reunião Nacional (RN). "O único denominador comum dessa maioria sem sentido, pronto para qualquer tipo de barganha, é o medo das urnas e o medo do povo."
Lecornu é o quarto primeiro-ministro em um ano, sintoma da instabilidade da política francesa desde as eleições legislativas de 2024, que produziu um Parlamento dividido em três grandes grupos, nenhum deles com uma maioria confortável no Legislativo e disposto a fazer concessões.
Caso o gabinete de Lecornu caia, Macron sofrerá uma pressão ainda maior para renunciar ao cargo ou dissolver a Assembleia e convocar novas eleições legislativas, em que a ultradireita seria favorita.
A questão central para a sobrevivência do segundo gabinete montado por Lecornu é o número de votos necessário para derrubá-lo. Para aprovar uma moção de censura, são necessários 288 dos 575 deputados com mandato em vigor.
Já anunciaram que vão votar contra Lecornu a ala mais à esquerda do Parlamento e a ala mais à direita. Isso representa cerca de 210 deputados. O fiel da balança, portanto, são a esquerda moderada (o Partido Socialista) e o que resta da direita gaullista tradicional (Republicanos), cada vez mais próxima da ultradireita.
O gabinete tem seis ministros do Republicanos. Por isso, o partido ainda hesita em censurar Lecornu. Os socialistas, por sua vez, mesmo sem participação no governo, afirmam aguardar o anúncio das primeiras medidas antes de tomar uma decisão. Reivindicam, sobretudo, a suspensão da reforma das aposentadorias promulgada em 2023.
Essa reforma prevê o aumento progressivo da idade mínima para se aposentar, de 62 para 64 anos. Parte da oposição de esquerda, e até economistas como Philippe Aghion, agraciado na segunda-feira com o Prêmio Nobel, propunham que a reforma seja congelada no patamar atual -62 anos e 9 meses- até a eleição presidencial de abril de 2027.
Esse debate evidencia o que realmente está por trás do cálculo de todos os políticos -a corrida para suceder Macron. O atual presidente não pode concorrer de novo, por já estar no segundo quinquênio.
A impopularidade de Macron -uma pesquisa recente lhe atribuiu apenas 19% de opiniões favoráveis- faz dele um péssimo cabo eleitoral, o que o fez ser abandonado até por antigos aliados fiéis, como o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe.
FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo federal está "completamente seguro" de que o país não precisará retomar o horário de verão neste ano.
"O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne mensalmente para discutir a segurança energética nacional e a modicidade tarifária [princípio que garante cobrança de tarifas justas]. Chegamos à conclusão que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em condição de segurança energética completa e absoluta para este ano."
Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia, Ministro", Silveira lembrou que o Brasil é um país que depende naturalmente de suas hidrelétricas.
"Elas nos dão segurança energética e dependem das nossas térmicas. Por isso, estamos implementando e vamos, na próxima semana, lançar o leilão das térmicas."
"O Brasil produz muita energia, em especial, com o advento das energias renováveis. São energias ainda intermitentes. Por isso, também estamos com uma expectativa muito grande de lançar, ainda este ano, nosso leilão de bateria. A gente vai literalmente armazenar vento. O vento vai ser armazenado através das baterias."
"Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema", completou.
O ministro destacou que as chamadas energias intermitentes cresceram rapidamente não apenas Brasil, mas em todo o mundo.
"É um grande problema é não é um problema nacional, é um problema no mundo inteiro. Portugal, Espanha sofreram agora recentes apagões de longo prazo por causa dessa intermitências".
"Mas o nosso sistema é muito robusto. Há um planejamento muito bem feito e nós estamos completamente seguros de que não precisamos do horário de verão neste ano."
"O que não pode é faltar energia para o povo brasileiro. Por isso, teríamos coragem completa e absoluta, caso fosse necessário, independentemente das opiniões e das controvérsias sobre o horário de verão, de implementá-lo", concluiu.
AGÊNCIA BRASIL
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