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Bolsas viabilizaram a abertura de novos programas de pós-graduação em diferentes áreas

 

SÃO CARLOS/SP - Nos últimos cinco anos (de 2021 até o começo de 2025), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) teve uma ampliação de 25% no número de bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em números absolutos, contabilizando as duas agências de fomento, foram 970 bolsas em 2021 e agora já são 1209, em 2025, para mestrado e doutorado.

Além disso, considerando a concessão de bolsas do CNPq via Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação (PIBPG), partimos de zero em 2021 para 86 em 2025 - foram 20, em 2023; e 40, em 2024. O PIBPG é uma política pública estratégica de desenvolvimento científico e tecnológico do CNPq, instituído em 2022 com o objetivo de apoiar a formação de recursos humanos para a pesquisa por meio da concessão de bolsas de mestrado e doutorado no País em programas de pós-graduação stricto sensu acadêmicos, mediante seleção pública de Projetos Institucionais de Pesquisa.

"Neste ano estamos abrindo novos programas de pós-graduação e novos cursos de doutorado. Essa abertura de programas e cursos foi atendida com novas cotas de bolsas. O crescimento do quantitativo de bolsas ocorreu principalmente no doutorado, com os novos cursos de Imagem e Som, Gerontologia e Engenharia de Produção do Campus Sorocaba. No mestrado, tivemos a abertura do curso de Conservação e Sustentabilidade, em Lagoa do Sino, que também foi contemplado com bolsas", explica Rodrigo Constante Martins, Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSCar.

De acordo com ele, esse aumento significativo no número de bolsas é importante, justamente, para viabilizar a abertura e o funcionamento desses novos cursos. "Com isso, temos o incremento de novas áreas de formação em nossos cursos de doutorado, em diferentes campi", destaca. O crescimento das bolsas pode ser observado em outras instituições de Ensino Superior do País, em consonância com as políticas de ciência e tecnologia do Governo Federal.

Além das bolsas, a UFSCar tem tomado outras medidas no sentido do incentivo e do financiamento à pesquisa científica. "Temos estimulado a participação de grupos de pesquisa de diferentes áreas em grandes editais de fomento, situando nossa Instituição em redes nacionais e internacionais de pesquisa", destaca Martins.

Para a Reitora Ana Beatriz de Oliveira, "o aumento do número de bolsas concedidas à UFSCar é um reflexo do trabalho de fortalecimento da pós-graduação que temos realizado ao longo dos últimos anos. É muito importante que os pós-graduandos da nossa Instituição tenham cada vez mais condições de financiamento das suas pesquisas, pois isso impacta positivamente a permanência e também a produção de conhecimento na UFSCar".

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com nove obras em andamento nos campi São Carlos, Sorocaba e Lagoa do Sino, viabilizadas por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). Os investimentos do Governo Federal somam R$ 46,2 milhões para a Universidade, além de R$ 23,88 milhões para quatro obras no Hospital Universitário (HU-UFSCar), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

"Até este momento, quatro obras já foram licitadas. No Campus São Carlos, a nova unidade do curso de Engenharia Mecânica está em fase final, com previsão de entrega ainda neste mês de abril. A estrutura deve ampliar as condições para ensino, extensão e pesquisa, com novos espaços e possibilidade de instalação de laboratórios",  informa Edna Hércules Augusto, Pró-Reitora de Administração da UFSCar.

Também estão em andamento o prédio do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Ciclos de Vida e Saúde (Civisa), em São Carlos, unidade multidisciplinar da saúde; e o pórtico de entrada e a guarita, além de infraestrutura elétrica no Campus Lagoa do Sino, onde as intervenções estruturais já alcançam 30% de execução. "Para que o Campus Lagoa do Sino opere com segurança e capacidade ampliada, a nova rede elétrica é essencial. Essa etapa já está em andamento e deve ser concluída até julho", prevê Augusto.

Os demais projetos seguem em fase de elaboração para posterior licitação. Entre as propostas em desenvolvimento estão o prédio do curso de Tradutor-Intérprete de Língua de Sinais Português (TILSP), o novo prédio do Departamento de Artes e Comunicação (DAC), a segunda fase do prédio do Departamento de Medicina (DMed) - todos em São Carlos -; uma nova biblioteca e o acervo Raduan Nassar, em Lagoa do Sino; e a ampliação do Restaurante Universitário no Campus Sorocaba. "A permanência estudantil tem sido uma marca da nossa gestão. O funcionamento e a ampliação do Restaurante Universitário refletem essa preocupação com o bem-estar de toda a comunidade acadêmica", reforça a Pró-Reitora.

A execução das obras é acompanhada pela Secretaria Geral de Gestão do Espaço Físico (SEGEF) da UFSCar. "Desde a concepção até a entrega, nossa equipe acompanha todas as etapas,  garantindo a qualidade e o cumprimento dos prazos. A previsão é de que todas as obras comecem em 2025 e sejam finalizadas até o fim de 2026", afirma Luciana Márcia Gonçalves, Secretária-Geral da SEGEF.

Processo de retomada, ampliação e perspectivas
A Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, destaca o caráter estratégico desses investimentos: "Logo no início do governo do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Educação (MEC) retomou o debate sobre as universidades federais. Ficou evidente a urgência de recuperar a infraestrutura negligenciada há mais de uma década. O Novo PAC tem esse propósito: consolidar o que já existe e expandir com responsabilidade".

A UFSCar foi contemplada nas duas frentes: além das nove obras nos campi, a Universidade está no planejamento para implantação de um novo campus em São José do Rio Preto. "São investimentos que fortalecem o que já fazemos bem, ampliam nossa atuação nos territórios de inserção e consolidam o papel da UFSCar como protagonista regional, nacional e internacional. A infraestrutura é a base para seguirmos formando pessoas com qualidade, produzindo Ciência de impacto e contribuindo para as políticas públicas", afirma a Reitora.

Ela ressalta ainda que, embora robusto, o aporte de recursos não resolve todas as necessidades da Universidade. "Há mais de 10 anos não víamos um investimento federal dessa magnitude voltado à consolidação da infraestrutura universitária. Esse movimento atende a demandas antigas e represadas, mas sabemos que ainda há pautas em aberto, em negociação com o MEC, e esperamos, com o apoio da bancada paulista, retomar emendas parlamentares já em 2025", completa Oliveira.

As obras em andamento representam um avanço concreto na infraestrutura institucional da UFSCar, com impacto direto na vida acadêmica, administrativa e assistencial da Instituição. "Com a retomada e ampliação da estrutura física, a UFSCar reafirma seu compromisso com a excelência no ensino público, gratuito e de qualidade", finaliza a Reitora.

SÃO PAULO/SP - O Governo de São Paulo alcançou, nesta quinta-feira (10), a marca de 100 mil emissões da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA). A iniciativa é liderada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) e integra as diretrizes do Plano Estadual Integrado (PEI), lançado em abril de 2023, com o propósito de ampliar o suporte e os serviços oferecidos às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

A emissão gratuita da Carteira de Identificação representa um avanço na garantia de direitos da pessoa no espectro autista, além de fortalecer a inclusão e a acessibilidade. O Abril Azul, campanha de conscientização sobre o autismo, reforça a relevância dessa política pública para assegurar maior visibilidade e mais reconhecimento às demandas dessa população.

“Para quem convive com o autismo, seja pessoalmente ou como familiar, ter um documento que identifica essa condição faz toda a diferença, visto que o TEA não apresenta características físicas evidentes, dificultando a compreensão da sociedade sobre a necessidade de atenção e prioridade”, destaca Marcos da Costa, secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “A CipTEA vem justamente para garantir direitos e proporcionar um atendimento mais digno e respeitoso”, completa.

Além da carteira de identificação, levantamento da Agência SP mostra que já foram disponibilizados mais de 65 mil selos de identificação veicular para pessoas no espectro autista em todo o território paulista. O documento, desenvolvido em conjunto pela SEDPcD, SGGD e o Detran-SP, visa proporcionar mais segurança e autonomia no trânsito para esse público.

A emissão da identificação veicular é concedida mediante vinculação à CipTEA, pelo portal ciptea.sp.gov.br. O adesivo também contém a frase: “Pessoa com autismo a bordo. Seja gentil, não buzine”, e pode ser colado no vidro traseiro do carro a fim de promover empatia no trânsito.

Como solicitar a CipTEA

A CipTEA e o selo de identificação veicular podem ser solicitados digitalmente pelo site ciptea.sp.gov.br ou presencialmente em uma das mais de 240 unidades do Poupatempo espalhadas pelo estado. Para a emissão, é necessário apresentar um laudo médico que comprove o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista, além dos documentos pessoais do beneficiário e de seu responsável.

Além disso, o Estado dispõe de 27 unidades do Poupatempo distribuídas pela capital, interior e litoral do estado (confira aqui a relação dos postos). Estes locais contam com salas sensoriais, que são espaços silenciosos de acolhimento para pessoas no espectro autista e neurodivergentes. Os espaços foram criados para reduzir estímulos sensoriais e tornar os ambientes confortáveis, evitando crises e estresse do público atendido. O serviço dispõe de jogos e brinquedos educativos, e bola de pilates.

 

Como solicitar o Selo de Identificação Veicular:

Para quem já possui a CipTEA:

1) Acesse o site https://ciptea.sp.gov.br/ com o login GOV.BR;

2) Clique em “cadastrar veículo”;

3) Informe o número da placa e o Renavam de seu veículo e clique em “cadastrar veículo”;

4) Clique no “carrinho” abaixo da imagem da carteirinha e imprima seu adesivo.

Para novos beneficiários CipTEA:

1) Acesse o site https://ciptea.sp.gov.br/ com o login GOV.BR e clique em cadastrar novo beneficiário;

2) Preencha os dados pessoais e endereço da pessoa diagnosticada com TEA;

3) Preencha as informações do CID, nome e CRM do médico, data do documento e anexe o arquivo do relatório médico em png ou jpg;

4) Preencha os dados do cuidador/responsável;

5) Informe o número da placa e o Renavam de seu veículo;

6) Leia e dê ciência ao Termo de Aceite;

7) Aguarde a análise e aprovação da CipTEA (até 20 dias úteis);

8) Após aprovação, faça o download de sua identificação veicular.

Iniciativas do Governo de São Paulo para a população com TEA

Em 2023, o Governo de SP instituiu o Plano Estadual Integrado para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (PEIPTEA). O projeto define ações das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência; da Saúde (SES); da Educação (Seduc-SP) e de Desenvolvimento Social (SEDS) para efetivar políticas públicas e implementar cuidados para cerca de 460 mil pessoas com TEA que vivem em São Paulo, segundo projeção da Organização Mundial de Saúde. 

Outra iniciativa sancionada pelo governador foi a promulgação da lei estadual 17.897/2024, que institui o cordão de girassol como símbolo para facilitar o reconhecimento de pessoas com deficiências não visíveis.

A SEDPcD, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), anunciou ainda a instalação de centros de ciências para o desenvolvimento, com pesquisas ligadas ao Transtorno do Espectro Autista. As inscrições vão até o próximo dia 22 de abril.

 

 

As Escolas Estaduais Jesuíno de Arruda e Arlindo Bittencourt também serão reformadas

 

SÃO CARLOS/SP - O município de São Carlos foi contemplado com dois ônibus escolares acessíveis, entregues pelo Governo do Estado de São Paulo como parte de um pacote de investimentos destinados à área da educação. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (9), durante cerimônia oficial em São Paulo, que contou com a presença do vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Roselei Françoso, e do secretário de Relações Legislativas, Waldomiro Bueno. Ambos representaram o prefeito Netto Donato no evento.

Os recursos estaduais contemplam diversas ações, como reformas e construções de unidades escolares, aquisição de equipamentos, entrega de ônibus escolares, ampliação do programa Prontos pro Mundo e continuidade do processo de climatização das escolas da rede estadual.

Para São Carlos, além dos dois veículos escolares acessíveis destinados à rede municipal, também foi confirmada a reforma de duas escolas estaduais: a E.E. Jesuíno de Arruda e a E.E. Bittencourt.

De acordo com o vice-prefeito Roselei Françoso, os ônibus foram viabilizados por meio de emendas parlamentares. “Um dos veículos é resultado da articulação do deputado Sebastião Santos, a pedido do vereador Paulo Vieira. O outro foi conquistado por meio de emenda do deputado Coronel Telhada. Cada veículo tem valor estimado em R$ 450 mil e ambos são adaptados para garantir acessibilidade”, destacou.

As reformas das unidades estaduais serão realizadas com recursos provenientes de emendas parlamentares dos deputados Oséias de Madureira e do Coronel Telhada, sendo R$ 500 mil de cada parlamentar. “São escolas estaduais, mas que atendem diretamente a comunidade são-carlense. Por isso, a melhoria impacta positivamente toda a rede de ensino do município, seja estadual ou municipal”, reforçou Françoso.

O prefeito Netto Donato comemorou os avanços e destacou o comprometimento da atual gestão com a educação. “Estamos completando menos de 100 dias de administração e já temos resultados concretos para mostrar. São conquistas importantes para a educação de São Carlos. Recentemente, enviamos 21 propostas para o PAC 2025 — fomos o terceiro município paulista que mais apresentou projetos. Agora, também estamos recebendo esses dois ônibus acessíveis que vão fortalecer a mobilidade e a inclusão dos nossos alunos. Agradeço aos deputados parceiros que têm nos ajudado a tirar do papel ações importantes para nossa cidade”, afirmou.

Nesta quinta-feira (10/04), o município já retira um dos ônibus e no dia 23 de abril busca o segundo veículo.

SÃO CARLOS/SP -  Você já ouviu falar em quitosana? A quitosana é um polímero com propriedades bioadesivas, biodegradáveis e potencialmente antimicrobianas, amplamente utilizada em diferentes áreas. Na agricultura, é empregada no combate a pragas e na preservação de produtos agrícolas; na indústria, na fabricação de revestimentos e embalagens biodegradáveis; e no setor farmacêutico, na produção de curativos e no encapsulamento de medicamentos.
Um estudo conduzido no Campus de Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que a quitosana também pode atuar como um antimicrobiano natural na produção de bioetanol, substituindo o ácido sulfúrico, que atualmente é utilizado para controlar contaminações bacterianas no processo industrial. O mais inovador é que essa pesquisa desenvolveu um método que aproveita o melaço de cana como matéria-prima para a extração da quitina - precursora da quitosana - a partir de resíduos de camarão. Dessa forma, a quitosana pode ser produzida diretamente na usina, alinhando-se ao conceito de economia circular.
"A ideia surgiu quando me propus a estudar novos antimicrobianos, a partir de fontes naturais, para aplicação na indústria do bioetanol. Nessa indústria, para combater a contaminação por bactérias, utiliza-se ácido sulfúrico, que é forte e corrosivo, com potencial de causar acidentes graves durante a sua manipulação. Como há relatos da utilização da quitosana na indústria do vinho para combater contaminantes bacterianos, pensei que talvez pudesse ser uma alternativa também para a produção de bioetanol em substituição ao ácido sulfúrico", conta Sandra Regina Ceccato Antonini, professora do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural (DTAiSeR) da UFSCar e responsável pelo projeto.
Para os testes, ao invés de comprar a quitosana, a pesquisadora se propôs a produzir o material a partir de resíduos de camarão. O trabalho foi conduzido por Ligianne Din Shirahigue, que à época era estudante de pós-doutorado, sob orientação de Antonini. "Nos inspiramos em um artigo que tinha acabado de ser publicado, em que os autores haviam utilizado uma bactéria produtora de ácido lático, para a fase de bioextração da quitina a partir de resíduos de camarão. Assim, por meio da fermentação lática, com a produção de ácido e enzimas proteolíticas pela bactéria, foi possível extrair a quitina dos resíduos e depois convertê-la em quitosana", relembra a professora.
Nesse momento da pesquisa, elas apresentaram a produção de quitosana, de alto peso molecular, utilizando a primeira etapa biológica e a segunda química (desacetilação da quitina em quitosana). A quitosana obtida tinha atividade antimicrobiana contra bactéria contaminante da fermentação etanólica e pouco efeito sobre a levedura agente da fermentação. 
"Prosseguindo os trabalhos, passamos então a substituir o meio de cultura utilizado na fase de fermentação lática, que é um meio rico porém caro, por um subproduto da produção de açúcar, o melaço de cana. E conseguimos fazer a substituição com a mesma eficiência. Em seguida, alteramos o processo de desacetilação para produzir uma quitosana de baixo peso molecular, que é normalmente mais antimicrobiana, e de novo tivemos bons resultados. Testamos a quitosana em uma simulação de processo industrial, em escala de bancada, e a quitosana substituiu o ácido sulfúrico com a mesma eficiência quanto à redução da população bacteriana", descreve Antonini.

Avanços
De acordo com Antonini, extrair quitina por processo biológico - fermentação lática - não é novo. O que é novidade é o uso de melaço de cana em substituição aos meios de cultura semissintéticos e caros. "Além disso, o processo de desacetilação pode ser manejado para produzir quitosana de alto, médio ou baixo peso molecular, dependendo da finalidade. De uma forma geral, quitosana de baixo peso molecular tem maior atividade antimicrobiana, como a que produzimos no processo descrito. Mas conseguimos mostrar que mesmo com essa quitosana é possível produzir filmes e microesferas para outras finalidades, como filmes para embalagens e microesferas para encapsular substâncias, a exemplo de antibióticos ou extratos naturais", completa ela.
Inclusive, o mesmo grupo da UFSCar desenvolveu pesquisa utilizando a quitosana de melaço para cobrir embalagens de papel para café especial. "Tivemos resultados muito bons quanto à melhoria nas características da embalagem quanto na qualidade sensorial do café embalado por ela", destaca Antonini.
Outra novidade é, justamente, a possibilidade de utilização da quitosana na indústria do bioetanol como antimicrobiano. "Estamos agora trabalhando na formulação de um produto e pretendemos testar em escala maior para ver a viabilidade e eficiência do uso. Já fomos contatados por três empresas do setor, uma delas propondo parceria para testar o produto. Mas ainda há um caminho a ser percorrido para a formulação de um produto estável que possa atender às especificidades da indústria do bioetanol", adianta a pesquisadora.

Importância ambiental e econômica dos resultados
"Ainda não fizemos uma avaliação econômica do uso da quitosana na indústria do bioetanol. Estamos concentrados na viabilidade técnica. Em termos ambientais, haverá um ganho substancial pela substituição de um insumo químico perigoso e não-amigável ambientalmente, como o ácido sulfúrico. Além disso, a produção da quitosana envolve o uso de dois resíduos, de camarão e o melaço. A etapa de desacetilação ainda é química, utilizando uma base forte, mas há pesquisas que indicam a possibilidade de usar desacetilação biológica com o uso de enzimas fungicas. É uma outra frente de pesquisa que merece atenção", conclui Antonini.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Educação, iniciou na manhã desta segunda-feira (31/03), pela EMEB Afonso Fioca Vitali (CAIC), localizada no Cidade Aracy, a entrega dos kits escolares para o ano letivo 2025. A escola tem 1.072 alunos, divididos em 3 períodos, 1.032 alunos de 6 a 11 anos (manhã e tarde) e 40 no período noturno no Polo de Educação de Jovens e Adultos.

Os kits escolares são uma medida importante para a inclusão social e para a promoção da igualdade de oportunidades entre os estudantes. Essa iniciativa contribui para a melhoria da qualidade do ensino e para a formação de cidadãos mais preparados para enfrentar os desafios do mundo atual.

Estão sendo distribuídos 18.433 mil kits escolares no total, sendo 6.294 kits para o ensino fundamental I (1º ao 5° ano); 980 kits para os anos finais do ensino fundamental II (6º ao 9° ano); 819 kits para o ensino de jovens e adultos (EJA); 5.475 kits para creche, atendendo bebês e crianças de 0 a 3 anos; e 4.875 kits para a pré-escola, beneficiando crianças de 4 a 5 anos.

Cada kit contém itens essenciais para o aprendizado, como apontador, borracha, cadernos brochurão, de desenho e cartografia, caneta hidrográfica, cola branca, cola em bastão, cola glitter, estojo multiuso, gizão de cera, lápis grafite, lápis sextavado, pasta com aba e elástico, pincéis, régua, tesoura e tinta guache.

O secretário de Educação, Roselei Françoso, destacou a importância do investimento na educação municipal. “Estamos investindo mais de R$ 5 milhões para garantir que todos os alunos da rede municipal tenham acesso a materiais escolares de qualidade. Além dos kits individuais para o ensino fundamental I, II e EJA, também fornecemos material coletivo para a educação infantil. Nosso compromisso vai além, também estamos reformando, ampliando e construindo novas escolas, garantindo um ambiente mais adequado para o aprendizado. Queremos que nossas crianças tenham cada vez mais estrutura e oportunidades para um futuro promissor.”

O prefeito Netto Donato reforçou o compromisso da gestão municipal com a educação. “Nosso objetivo é proporcionar as melhores condições para que nossas crianças e jovens possam estudar com dignidade. Além dos kits escolares, estamos contratando mais professores e promovendo melhorias na infraestrutura das escolas. Ver todas as crianças com o material em mãos, prontas para um ano letivo produtivo, é motivo de grande satisfação. Esse investimento assegura equidade no ensino e fortalece o aprendizado, tornando o retorno às aulas mais organizado e eficiente para todos”.

As outras 61 unidades escolares também estão recebendo os kits escolares. Também participaram da entrega dos Kits escolares no CAIC os vereadores Dé Alvim e Larissa Camargo.

Curso na área de Agricultura e Ambiente deve começar em 2026

 

ARARAS/SP - Em 2024, o Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) teve o seu primeiro curso de doutorado aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). É o doutorado em Agricultura e Ambiente, do Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA), que foi pioneiro na oferta de mestrado nessa área no Brasil e repete o feito agora com o doutorado.

O processo, no entanto, não foi simples. "Foi um processo longo, e o doutorado não foi aprovado em nossa primeira tentativa. Nós enviamos uma primeira proposta em 2016, que foi indeferida. Entre 2016 e 2022, o Programa amadureceu a ideia, atuou para corrigir os quesitos apontados pela Capes e, em 2022, enviou um novo projeto, que veio indeferido mais uma vez, porém com muitos elogios e com alguns poucos pontos a serem corrigidos, o que nos instigou a enviá-lo novamente em 2023. A proposta foi então aprovada e, atualmente, aguardamos as orientações para a implantação do curso", recorda a professora Roberta Nocelli, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) e Coordenadora do PPGAA à época.

De acordo com ela, o curso de doutorado trará um grande diferencial para a área de estudos em Agricultura e Ambiente, ao pesquisar e propor avanços ao desenvolvimento sustentável. "O mestrado em Agricultura e Ambiente do CCA foi o primeiro do Brasil e agora o doutorado também. É uma área extremamente importante para conseguirmos alcançar um futuro mais sustentável, com uma agricultura produtiva e com baixo impacto para o meio ambiente. É uma área chave para alcançarmos os objetivos do desenvolvimento sustentável", afirma Nocelli.

Além disso, hoje em dia, uma formação com base na integração da produção agrícola com a sustentabilidade é uma exigência do mercado em todas as áreas. Quando pensamos na produção agrícola, na segurança alimentar e na conservação da biodiversidade, essa exigência se torna ainda mais evidente.

"A existência de um curso de mestrado e outro de doutorado pioneiros, em uma universidade pública de qualidade na região de Araras, pode trazer contribuições importantes para os diferentes setores do mercado local, mas impactará fortemente na formação de profissionais que serão necessários regional e globalmente", defende a professora da UFSCar.

Para o CCA também é mais uma grande vitória. O Centro está em franca expansão desde 2009, quando os investimentos do Reuni (o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidade Federais) permitiram a criação de quatro novos cursos de graduação. A partir daí, muitos novos docentes foram contratados, as linhas de pesquisas se ampliaram e três programas de mestrado iniciaram suas atividades. "Faltava um curso de doutorado, que consolida a pesquisa no Centro, garantindo a permanência dos pesquisadores pois mais tempo no CCA. Essa permanência aumenta a produção científica, permite o desenvolvimento de projetos de longo prazo e tem grande impacto na formação dos estudantes de graduação pela convivência com os pós-graduandos. Além disso, o curso de doutorado atrai mais investimentos públicos e privados, aumentando o financiamento das pesquisas", acredita Nocelli.

A previsão é que o curso de doutorado em Agricultura e Ambiente inicie suas atividades em 2026. "Apesar da aprovação ter acontecido em 2024, ainda há um longo caminho burocrático antes que o curso inicie suas atividades. Precisamos organizar as disciplinas, preparar a documentação e atender às normas da Capes, mas esperamos já estar em pleno funcionamento no início de 2026", aponta ela. Novas informações serão divulgadas no site do PPGAA, em www.ppgaa.ufscar.br.

BRASÍLIA/DF - Estados, municípios e o Distrito Federal têm até a próxima segunda-feira, 31 de março, para se inscreverem na segunda etapa do Novo PAC Seleções, que destinará recursos para projetos nas áreas de educação e saúde. O programa, coordenado pelo Governo Federal, prevê investimento total de R$49,2 bilhões em diversas modalidades, como infraestrutura social e inclusiva, cidades sustentáveis e resilientes, ciência e tecnologia e Água para Todos.
 

As inscrições devem ser feitas pela plataforma Transferegov
 

EDUCAÇÃO — Na área da educação, o Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), investirá R$2,3 bilhões para financiar a construção de 500 novas creches e pré-escolas, além da aquisição de mil novos ônibus escolares pelo Programa Caminho da Escola. Todos os municípios podem participar da seleção para ambas as iniciativas, enquanto o DF está apto apenas para o financiamento de creches e pré-escolas.
 

Para a construção de creches e pré-escolas, o MEC destinará R$1,75 bilhão. As capitais e o DF podem apresentar até dez propostas, enquanto os demais municípios podem enviar uma proposta cada. As unidades atenderão até 188 crianças de zero a cinco anos em dois turnos ou 94 em período integral. A previsão é de criar até 94 mil novas vagas nos dois turnos ou 47 mil vagas em tempo integral.
 

Para os ônibus escolares, serão destinados R$500 milhões para a compra dos veículos. Cada município pode solicitar um ônibus, com modelos que variam entre 13 e 59 lugares. A iniciativa busca garantir o transporte de 120 mil alunos e reduzir a evasão escolar, especialmente na zona rural.
 

SAÚDE — Na saúde, o Novo PAC Seleções financiará a construção de 945 novas unidades de saúde e a aquisição de 18,9 mil equipamentos para Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de ambulâncias e unidades odontológicas móveis. O objetivo é fortalecer a infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando e modernizando a rede de atendimento.
 

Para participar do processo seletivo, os gestores municipais e estaduais devem preencher uma Carta-Consulta e, se necessário, enviar documentação complementar. O Ministério da Saúde disponibilizou um Manual de Orientações com detalhes sobre os procedimentos do edital, acessível nos sites do Ministério da Saúde e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
 

Cada modalidade possui regras próprias e alguns fatores podem ser decisivos para a aprovação das propostas. Municípios já selecionados em 2024 podem participar novamente — mas aqueles com bom andamento nos processos de licitação das obras previamente aprovadas podem ter prioridade, considerando a publicação do edital de licitação até 15 de abril de 2025.
 

CIDADES — Na modalidade Água para Todos e Cidades Sustentáveis e Resilientes, o Novo PAC destina R$22,6 bilhões. Esses investimentos abrangem abastecimento de água, esgotamento sanitário urbano, urbanização de favelas, renovação de frotas e ações preventivas a desastres naturais.
 

De acordo com o Ministério das Cidades, as seleções de cada obra serão realizadas à medida que os projetos apresentarem os requisitos necessários. O processo seletivo vai incluir análise de enquadramento, avaliação por agentes financeiros e revisão técnica antes da validação final.

 

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Artigo apresenta dados e recomendações para o manejo da dor crônica na população idosa

 

SÃO CARLOS/SP - A dor é um dos principais motivos de busca por atendimento médico e pode impactar profundamente a qualidade de vida, especialmente na população idosa. Mas por que a dor crônica é tão comum entre as pessoas idosas? Quais são os desafios do seu tratamento?

Essas questões são abordadas no artigo mensal da coluna EnvelheCiência, de autoria de Fernando Augusto Vasilceac, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A iniciativa, idealizada por Márcia Regina Cominetti, também docente no DGero, é uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição.

O objetivo da coluna é divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.

Na publicação deste mês - "Como a dor afeta as pessoas idosas?" -, Vasilceac explica como o envelhecimento contribui para o aumento da dor crônica, muitas vezes associada a condições como artrite, neuropatias e doenças degenerativas. O artigo também destaca os impactos da dor crônica na mobilidade, no bem-estar emocional e na interação social, além de abordar estratégias para prevenção e manejo, incluindo acompanhamento médico e e medidas para controle da dor baseadas em evidências.

A publicação está disponível para leitura em bit.ly/envelheciencia-dor.

Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.

SÃO PAULO/SP - A USP está entre as melhores universidades do mundo em 49 das 55 áreas específicas avaliadas no QS World University Ranking by Subject, divulgado na quarta-feira (12). O destaque foi o curso de Engenharia de Petróleo, classificado em 9º lugar – a melhor posição alcançada por uma universidade latino-americana em qualquer área específica. Além de Engenharia do Petróleo, outros oito cursos da Universidade estão entre os 50 melhores do mundo: Odontologia (13ª); História da Arte (21-50), Antropologia (25ª); Engenharia de Minas (33ª); Esportes (39ª); Arqueologia (43ª); Enfermagem (47ª); e Política e Estudos Internacionais (50ª).

Em 30 áreas específicas a Universidade ficou entre a 51ª e a 100ª posição; em oito áreas, entre as 150 melhores; e, em duas áreas, entre as 250 melhores.

As áreas específicas são agrupadas em cinco grandes áreas e a USP está entre as 100 melhores na classificação geral de todas as cinco: Ciência Social e Administração (43ª), Artes e Humanidades (50ª), Ciências da Vida e Medicina (47), Ciências Naturais (70ª) e Engenharia e Tecnologia (67ª).

As universidades norte-americanas lideram o ranking em 32 das 55 áreas específicas.

Mais informações sobre o ranking podem ser obtidas na página do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP.

Liderança na América Latina

Na edição deste ano do ranking, foram avaliados cursos de mais de 5.200 universidades do mundo todo. Desse total, 1.747 instituições tiveram cursos classificados em 55 áreas específicas e cinco grandes áreas.

Impulsionada principalmente pela boa classificação de cursos como Engenharia de Petróleo, Odontologia e História da Arte, a USP foi a instituição da América Latina com melhor desempenho no ranking.

Publicado desde 2013 pela Quacquarelli Symonds, organização britânica de pesquisa especializada em instituições de ensino superior, o ranking avaliou as universidades de acordo com cinco indicadores (reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações científicas, índice H e internacionalização), adaptados de acordo com cada área específica.

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