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UCRÂNIA - A Rússia reagiu a um ataque ucraniano e bombardeou a cidade de Bakhmut na noite de quarta-feira (13) e a manhã desta quinta-feira (14). As informações são do jornal O Globo e do jornal The Guardian.

O ataque russo seria uma represália aos ucranianos, que usaram o sistema de mísseis Himars, fornecido pelos Estados Unidos, em um local de defesa aérea russo, na cidade de Luhansk.

De acordo com Pavlo Kyrylenko, governador de Donetsk, uma pessoa e cinco ficaram feridas após os ataques. A cidade é considerada o centro administrativo da região de Donbas.

Nas redes sociais, o político afirmou que os russos estavam “constantemente bombardeando todo o território livre da região de Donetsk”.

O ataque a Luhansk, comandada por separatistas apoiados pela Rússia, foi confirmado por autoridades da cidade nesta quarta-feira.

 

 

ISTOÉ

KIEV - A Ucrânia lançou ataques com foguetes de longo alcance contra forças russas no sul do país e destruiu um depósito de munição, disseram os militares ucranianos, enquanto a Rússia continuava a atacar o leste do país.

O ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 52 pessoas, disseram militares da Ucrânia na terça-feira. As autoridades da cidade instaladas pela Rússia disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas e cerca de 70 ficaram feridas, informou a agência de notícias russa Tass.

O ataque ocorreu depois que Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de artilharia móvel Himars, que Kiev diz que suas forças estão usando com eficiência crescente.

A Reuters não pôde verificar independentemente os relatos do campo de batalha.

"Com base nos resultados de nossas unidades de foguetes e artilharia, o inimigo perdeu 52 (pessoas), um obus Msta-B, um morteiro e sete veículos blindados, bem como um depósito de munição em Nova Kakhovka", afirmou o comando militar do sul da Ucrânia em comunicado.

Autoridades pró-Rússia disseram que o ataque matou civis.

A área é de importância estratégica por causa de seu acesso ao Mar Negro, um setor agrícola antes próspero e localização ao norte da Crimeia, anexada à Rússia.

Vídeos não verificados postados nas mídias sociais mostraram uma imensa bola de fogo em erupção no céu noturno. Imagens divulgadas pela mídia estatal russa mostraram um terreno baldio coberto de escombros e restos de edifícios.

"Ainda há muitas pessoas sob os escombros. Os feridos estão sendo levados para o hospital, mas muitas pessoas estão sitiadas em seus apartamentos e casas", disse Vladimir Leontyev, chefe da administração civil-militar do distrito de Kakhovka, instalada pela Rússia, segundo a Tass.

Ele afirmou que depósitos, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e uma igreja foram atingidos.

O Ministério da Defesa ucraniano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o tipo de arma usada.

A Rússia continuou a atacar o leste da Ucrânia em um esforço para ganhar o controle da província de Donetsk e toda a região industrial de Donbas. No início deste mês, Moscou capturou a província de Luhansk, que compõe o resto de Donbas.

A Rússia diz querer arrancar Donbas da Ucrânia em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas Repúblicas populares cuja independência reconheceu às vésperas da guerra.

A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova e grande ofensiva russa no leste.

 

 

Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk / REUTERS

TURQUIA - Militares da Ucrânia, Rússia e Turquia, com a presença de funcionários da ONU, se reúnem nesta quarta-feira (13) em Istambul para tentar desbloquear a saída de grãos dos portos ucranianos.

A reunião acontece a portas fechadas, segundo o ministério da Defesa da Turquia.

Ao final do encontro, um comunicado será divulgado, de acordo com o ministério, que não divulgou o local e o horário da reunião.

O encontro acontece em um cenário de aumento dos preços dos alimentos, o que ameaça várias regiões do planeta com fome.

Em uma entrevista ao jornal espanhol El País publicada nesta quarta-feira, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, se mostrou relativamente confiante em um resultado positivo.

"Estamos a dois passos de conseguir um acordo com a Rússia", disse Kuleba. "Se eles realmente quiserem, as exportações de grãos começarão em breve", acrescentou.

Mas Kuleba suspeita que a Rússia está bloqueando os embarques para privar a Ucrânia de receita: "Eles sabem que se exportarmos receberemos uma receita dos mercados internacionais e isso nos tornará mais fortes".

A Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de trigo e outros cereais.

Quase 20 milhões de toneladas de grãos estão bloqueados nos portos da região de Odessa pela presença de navios de guerra russos e de minas, instaladas por Kiev para defender sua costa.

A Turquia, integrante da Otan e aliada dos dois lados do conflito, intensificou os esforços diplomáticos para facilitar a retomada das exportações.

Funcionários do governo turco afirmaram que o país tem 20 navios mercantes esperando no Mar Negro que poderiam ser rapidamente carregados com grãos ucranianos.

Até o momento, os esforços turcos, realizados a pedido da ONU, não conseguiram desbloquear a situação, pois Moscou exige inspecionar os navios, o que Kiev recusa.

A visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a Ancara no início de junho não resultou em nenhum avanço, na ausência de uma representação ucraniana.

 

 

AFP

RÚSSIA - Relatório britânico detalha que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer a pessoal de prisões russas para o grupo Wagner - empresa considerada com ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

As tropas russas continuam a fazer pequenos ganhos territoriais em Donetsk depois de alegarem ter tomado o controle da cidade de Hryhorivka.

Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças russas mantêm o ataque ao longo da principal rota de abastecimento do E-40 (hidrovia E-40 é uma rota de transporte navegável que liga o Mar Báltico e o Mar Negro) em direção às cidades de Slovyansk e Kramatorsk.

O relatório de inteligência britânico aponta ainda que os russos poderão estar a reagrupar e a construir novas ofensivas para um futuro próximo. O documento detalha ainda que a escassez de pessoal das forças armadas russas pode estar a forçar Moscovo a recorrer ao recrutamento não tradicional, onde se inclui pessoal de prisões russas para o grupo Wagner, uma empresa paramilitar com alegadas ligações ao presidente russo Vladimir Putin.

“Se for verdade, este movimento provavelmente indica dificuldades em substituir o número significativo de baixas russas”, aponta o Ministério da Defesa do Reino Unido.

O grupo russo Wagner, que é financiado por Yevgeny Prigozhin, um amigo de Putin, tem mais de 2.000 homens na RCA, divididos entre Bangui, Berengo e a parte interior do país. Segundo a revista African Report, muitos dos mercenários experientes da Wagner começaram as suas 'carreiras' no Donbass, Ucrânia.

O líder operacional do grupo e número dois do Prigozhin, Dmitry Utkin, lutou no Donbass. Este autoproclamado neonazi terá comandado unidades mercenárias, em finais de 2014 e princípios de 2015, sob a bandeira do 'Corpo Eslavo', o antecessor não oficial da Wagner.

Refira-se que a generalidade da comunidade internacional condenou a Rússia por ter iniciado a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 139.º dia.

A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO

Segundo o Estado-Maior da Ucrânia, é esperada uma intensificação das hostilidades em breve.

 

UCRÂNIA - A Rússia voltou a 'abrir fogo' contra a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, bem como sobre outras cidades no leste do país, depois de terem sido confirmadas 18 mortes na sequência de um ataque sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, segundo avançado esta segunda-feira pelas autoridades ucranianas.

Um edifício de apartamentos foi atingido por um míssil durante esta noite em Kharkiv, de acordo com as autoridades locais, aqui citadas pela Reuters. Segundo a informação avançada na rede social Telegram por Oleh Synyehubov, governador de Kharkiv, três pessoas morreram e outras 28 (incluindo um adolescente de 16 anos) ficaram feridas na sequência deste ataque.

O Estado-Maior da Ucrânia acrescentou ainda que as forças russas tinham lançado uma onda de bombardeamentos no leste do país, numa altura em que Moscovo procura assumir o controlo do Donbass. A mesma fonte destacou que essas iniciativas anunciam uma futura intensificação das hostilidades.

Estas informações surgem depois de terem sido confirmadas já 18 mortes na sequência de um ataque, no sábado à noite, sobre um bloco residencial em Chasiv Yar, de acordo com os serviços de emergência locais. As estimativas apontam para que cerca de duas dezenas de pessoas estejam ainda presas nos escombros.

O chefe de gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, considerou que esse incidente foi "outro ataque terrorista" e que a Rússia deveria ser designada como patrocinador estatal do terrorismo.

Tudo isto acontece após o Kremlin ter declarado 'vitória' em Lugansk, estando agora as suas tropas focadas em conquistar a região vizinha, Donetsk. O objetivo, segundo prometido pelo presidente Vladimir Putin, passa por entregar o controlo do Donbass aos separatistas pró-russos que declararam a independência face a Kyiv.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro e, desde então, tem vindo a designar o conflito de "operação militar especial" para desmilitarizar a Ucrânia e "livrá-la" dos nacionalistas.

Aquele que é visto como o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial já matou mais de quatro mil civis, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), e causou uma enorme destruição em várias partes do país. Mais de 5,5 milhões de ucranianos foram, consequentemente, obrigados a abandonar o país.

 

 

NOTÍCIAS AO MINUTO

EUA - O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (8) um pacote adicional de ajuda militar à Ucrânia no valor de 400 milhões de dólares (R$ 2,1 bilhões), que incluirá armas de “maior capacidade de precisão”.

Uma funcionária de alto escalão do Departamento de Defesa explicou em conversa por telefone com jornalistas que esse novo pacote contém quatro Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars, na sigla em inglês) e munição para esses projéteis de longo alcance.

Esse tipo de armamento, segundo disse, "está sendo muito importante e eficaz para ajudar a Ucrânia" quando se trata de combater a artilharia russa na região do Donbass e, com os novos Himars anunciados hoje, Kiev terá um total de 12 sistemas desse tipo.

"O que estamos vendo agora é como os EUA aumentaram os sistemas Himars e mísseis para esses sistemas, com os quais a Ucrânia está atingindo com sucesso as posições russas nas linhas de frente e interrompendo sua capacidade de realizar operações de artilharia", explicou a fonte do Pentágono.

O novo pacote de assistência também inclui três veículos táticos para ajudar nas tarefas de abastecimento e recuperação de materiais, bem como mil peças de munição de artilharia de 155 milímetros, "com maior precisão e que vão oferecer à Ucrânia a capacidade de atacar com precisão alvos específicos", acrescentou a funcionária.

A fonte salientou ainda que até agora os EUA não tinham fornecido esse tipo de munição de precisão à Ucrânia e que o pacote representa uma evolução na assistência a Kiev, que está empenhada na luta pelo controle da região do Donbass, no leste ucraniano.

A ajuda, que contém munição para demolição e sistemas de radares antiartilharia, entre outros, chegará à Ucrânia nas próximas duas semanas e será enviada para o Donbass.

A funcionária do Departamento de Defesa americano declarou também que a assistência de segurança que seu país concede à Ucrânia "está claramente moldada" com base nos pedidos de Kiev, que quer armas para combater as operações russas no Donbass.

"Essas são as capacidades que estamos fornecendo; eles não pediram armas de ataque", esclareceu.

 

 

por Agência EFE

KIEV - Forças ucranianas hastearam nesta quinta-feira sua bandeira nacional em uma ilha do Mar Negro recapturada, em um símbolo de desafio contra Moscou, mas forças russas consolidaram ganhos no leste da Ucrânia e sondaram as defesas de potenciais novos alvos.

Moscou respondeu rapidamente à cerimônia de hasteamento da bandeira. Disse que um de seus aviões de guerra atingiu a Ilha da Serpente pouco depois e destruiu parte do destacamento ucraniano lá.

A pequena ilha, localizada a cerca de 140 km ao sul da cidade portuária ucraniana de Odessa, é estrategicamente importante, pois protege as rotas marítimas. A Rússia a abandonou no final de junho no que disse ter sido um gesto de boa vontade --uma vitória para a Ucrânia que Kiev espera que possa afrouxar o bloqueio de Moscou aos portos ucranianos.

Imagens divulgadas pelo Ministério do Interior da Ucrânia na quinta-feira mostraram três soldados ucranianos levantando a bandeira nacional azul e amarela em um pedaço de terra na Ilha da Serpente, próximo aos restos de um prédio destruído.

"Glória aos soldados ucranianos", afirmou o ministério no Twitter.

Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, sugeriu que o momento seria repetido em toda a Ucrânia nos próximos meses.

"A bandeira da Ucrânia está na Ilha da Serpente. À nossa frente estão muitos outros vídeos de cidades ucranianas que estão atualmente sob ocupação temporária", escreveu ele no Telegram.

O ataque de mísseis da Rússia aos novos moradores da ilha causou danos significativos ao seu cais, disse o porta-voz da administração regional de Odessa, Serhiy Bratchuk.

Bratchuk disse que mais dois mísseis russos atingiram e destruíram dois depósitos de grãos em sua região contendo 35 toneladas de grãos.

Em Moscou, o Ministério da Defesa russo afirmou que várias tropas ucranianas desembarcaram na ilha antes do amanhecer e tiraram fotos com a bandeira.

"Uma aeronave das Forças Aeroespaciais Russas lançou imediatamente um ataque com mísseis de alta precisão na Ilha da Serpente, e como resultado disso parte do pessoal militar ucraniano foi destruído", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov.

Enquanto isso, as forças russas no leste da Ucrânia mantiveram a pressão sobre as tropas ucranianas que tentavam manter a linha ao longo da fronteira norte da região de Donetsk, em preparação para uma nova ofensiva mais ampla contra elas.

Depois de tomar a cidade de Lysychansk no domingo e efetivamente consolidar seu controle total da região ucraniana de Luhansk, Moscou deixou claro que planeja capturar partes da região vizinha de Donetsk que ainda não conquistou. Kiev ainda controla algumas grandes cidades.

 

 

Por Max Hunder / REUTERS

KIEV - A Ucrânia até agora frustrou uma tentativa de avanço russo para o norte de sua região de Donetsk, mas a cidade de Sloviansk e outras áreas civis estão sendo fortemente bombardeadas, disseram autoridades ucranianas nesta quarta-feira.

A Rússia aumentou seu foco em Donetsk, onde a parte sul já é controlada por ela e seus representantes, depois de concluir a captura da região vizinha de Luhansk no domingo com a tomada de Lysychansk, que agora está em ruínas.

Moscou diz que expulsar totalmente os militares ucranianos de ambas as regiões é fundamental para o que chama de "operação militar especial" para garantir sua própria segurança, uma ofensiva de quatro meses que o Ocidente classifica de guerra de agressão não provocada.

Donetsk e Luhansk formam Donbas, a parte industrializada do leste da Ucrânia que vive a maior batalha na Europa em gerações e que a Rússia quer tomar o controle em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas repúblicas populares.

Autoridades ucranianas disseram que fortes combates estavam ocorrendo enquanto as forças russas tentavam avançar de Luhansk para a região de Donetsk e para a cidade de Sloviansk.

"Estamos segurando o inimigo na fronteira da região de Luhansk e da região de Donetsk", afirmou o governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, à televisão ucraniana.

Ele disse que o Exército regular russo e as forças de reserva foram enviados para lá em um aparente esforço para cruzar o rio Siverskiy Donets e que dois pequenos assentamentos dentro das fronteiras de Luhansk foram palco de combates ferozes.

"A região de Luhansk ainda está lutando. Quase todo o território foi capturado, mas em dois assentamentos os combates estão em andamento", declarou ele em uma entrevista em vídeo.

Gaidai e outras autoridades ucranianas disseram que as forças russas estão atacando alvos na região de Donetsk com artilharia.

Vadym Lyakh, prefeito de Sloviansk, contou em um vídeo na quarta-feira que a cidade foi bombardeada nas últimas duas semanas.

"A situação é tensa", disse ele, falando um dia depois que autoridades locais disseram que forças russas atacaram um mercado e uma área residencial em Sloviansk e mataram pelo menos duas pessoas.

A Rússia diz que não tem civis como alvo.

Lyakh afirmou que 17 moradores foram mortos e 67 ficaram feridos desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas entrassem na Ucrânia em 24 de fevereiro.

 

 

Por Pavel Polityuk e Max Hunder / REUTERS

UCRÂNIA - Um ex-funcionário do poderoso Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia, a unidade de inteligência que sucedeu a KGB, assumiu nesta terça-feira (5) o governo da região ucraniana de Kherson, ocupada pelas forças de Moscou.

Sergei Eliseyev, 51 anos, que até agora era o primeiro vice-governador da região russa de Kaliningrado (noroeste), "assumiu o posto de chefe de Governo da região de Kherson", informou Vladimir Saldo, que comanda a administração da ocupação russa.

O ex-deputado ucraniano Alexei Kovalev, que passou para o lado russo, foi nomeado vice de Eliseyev, responsável pelas questões ligadas à agricultura.

"A Rússia está aqui para sempre", disse.

Desde a conquista de Kherson, Moscou iniciou uma política de "russificação". O país introduziu o uso do rublo na região, emitiu passaportes russos e abriu um banco. Além disso, a economia está em grande parte sob controle da administração da ocupação e os críticos sofrem com a repressão.

No início da ofensiva contra a Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin disse que o país não ocuparia a Ucrânia.

Agora, o Kremlin afirma que os moradores das regiões devem decidir seu destino, o que dá a entender que Moscou seria favorável à organização de um referendo sobre a anexação à Rússia, como aconteceu com a Crimeia.

Nas últimas semanas, no entanto, funcionários pró-Kremlin nas zonas ocupadas foram alvos de atentados.

Kovalev escapou no fim de junho de uma tentativa de assassinato.

 

 

AFP

UCRÂNIA - O exército russo prossegue nesta segunda-feira (4) com os bombardeios no leste da Ucrânia e avança com o plano de conquistar toda a região do Donbass após a queda cidade estratégica de Lysychansk, no momento em que começa uma conferência internacional na Suíça para traçar um roteiro para a reconstrução da Ucrânia.

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas anunciou no domingo à noite a retirada de Lysychansk, cenário de combates violentos nas últimas semanas, e reconheceu a "superioridade" das tropas russas nesta região de Lugansk, leste da Ucrânia.

Após a tomada de Lysychansk, peça central do plano de conquista desta bacia industrial do Donbass, majoritariamente russófona e controlada parcialmente pelos separatistas pró-Rússia desde 2014, o exército russo parece concentrar agora os esforços em Sloviansk e Kramatorsk, duas importantes cidades situadas mais ao oeste, que foram atingidas sem trégua desde domingo.

Em um discurso no domingo à noite, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tentou manter as aparências e citou outras frentes de batalha na região de Kharkiv (nordeste) ou Kherson (sul), onde afirmou que o país conseguiu "progressos".

"Chegará o dia em que falaremos o mesmo sobre o Donbass", declarou Zelenski.

Em Sloviansk, cidade que tinha quase 100.000 habitantes antes da guerra, seis pessoas morreram, incluindo uma menina de nove anos, em bombardeios russos. "O nome dela era Eva. Ela completaria 10 anos em agosto", disse Zelensky em seu discurso.

As autoridades ucranianas pediram à população que abandone esta região. A linha de frente fica a poucos quilômetros de Sloviansk.

Em Siversk, quase 20 km ao oeste de Lysychansk, as tropas ucranianas desejam estabelecer uma linha de defesa entre esta cidade e Bakhmut para proteger Sloviansk e Kramatorsk, que têm um elevado valor simbólico.

Os moradores contaram à AFP que os bombardeios em Siversk ficaram mais intensos nos últimos dias.

"O inimigo intensificou os bombardeios contra nossas posições na direção de Bakhmut", confirmou o Estado-Maior do exército ucraniano em um boletim.

Na Ucrânia, ninguém ousa prever o tempo de duração da guerra.

"No início, os analistas diziam que a guerra terminaria rapidamente. Depois afirmaram que terminaria no Dia da Constituição (28 de junho), depois no Dia da Independência (24 de agosto) e agora não falam nada", declarou à AFP Lyudmila Yashchuk, uma moradora de Kiev de 55 anos.

 

- Reconstrução -

Na cidade de Bucha, alvo de ataques extremamente violentos no início da guerra, alguns moradores começaram a plantar flores ao pé dos prédios ou a reconstruir seus jardins. Mas a maioria dos habitantes não se atreve a pensar na reconstrução da localidade, quando o resultado dos combates permanece tão incerto.

Na cidade, o estigma dos combates permanece visível em todos os cantos: janelas quebradas, marcas de tiros, paredes com buracos.

"Nós deitamos sem saber se vamos acordar amanhã", conta Vera Semeniuk, de 65 anos. "Todos voltaram e estão começando a reparar as casas, muitos estão colocando janelas novas. Seria terrível se voltasse a acontecer e tivéssemos que deixar tudo de novo".

Enquanto o resultado da guerra permanece incerto, a Conferência de Lugano, que já estava programada para acontecer antes de a Rússia invadir a Ucrânia no fim de fevereiro, tentará nesta segunda-feira e na terça-feira traçar as linhas da futura reconstrução da Ucrânia.

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Schmigal, e o presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk, chegaram a Lugano no domingo.

Eles devem ter uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para estabelecer as bases do "Plano Marshall" para a Ucrânia, apesar da impossibilidade de vislumbrar o fim da guerra e dos cálculos para a reconstrução do país que oscilam de dezenas e centenas de bilhões de dólares.

Robert Mardini, diretor geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, disse que embora a verdadeira reconstrução tenha que esperar até o fim dos combates, é vital dar "uma perspectiva positiva aos civis".

A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, apresentará um grande plano para ajudar a Ucrânia a longo prazo, com a participação na reconstrução do país assim que a guerra com a Rússia terminar.

Por sua vez, o Comitê Olímpico Internacional triplicará sua ajuda financeira direta aos atletas ucranianos visando os Jogos de Paris de 2024 e depois os Jogos de Inverno de 2026, anunciou o presidente do COI, Thomas Bach.

Em visita a Kiev no domingo, Bach, que discursou ao lado do presidente ucraniano, também indicou que "não chegou a hora" de modificar a posição do COI, que recomendou a exclusão de atletas russos e bielorrussos de todos os eventos esportivos internacionais.

 

 

AFP

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