fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

UCRÂNIA - O exército ucraniano celebrou nesta quinta-feira (30) a "libertação de um território estratégico" depois que a Rússia anunciou a retirada de suas tropas da Ilha das Serpentes, no Mar Negro, ocupada desde os primeiros dias da invasão na Ucrânia.

"Agradeço aos defensores da região de Odessa que fizeram todo o possível para libertar um território estrategicamente importante", disse o comandante das Forças Armadas ucranianas, Valeriy Zaluzhny.

"Em sinal de boa vontade, as Forças Armadas russas cumpriram os objetivos fixados na Ilha das Serpentes e retiraram sua guarnição do local", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, antes de acrescentar que a medida pretende facilitar as exportações de grãos da Ucrânia.

O ministério afirmou que a retirada é uma demonstração ao mundo de que a "Rússia não está impedindo os esforços da ONU de organizar um corredor humanitário para enviar por navio produtos agrícolas a partir da Ucrânia"

A Rússia acrescentou que agora "a bola está do lado da Ucrânia" e acusou o país de não retirar as minas de sua costa do Mar Negro.

"Não há mais tropas russas na Ilha das Serpentes. Nossas Forças Armadas fizeram um grande trabalho", afirmou o conselheiro presidencial ucraniano Andryi Yermak no Twitter.

O comando militar do sul da Ucrânia anunciou no Facebook que durante a noite a Rússia "retirou às pressas os remanescentes de sua guarnição" da ilha depois de "ataques de nossas unidades com mísseis e artilharia".

Também disse que a ilha está "coberta de fogo" e postou uma foto do que parece ser a área com nuvens de fumaça.

A Ucrânia acusa a Rússia de roubar os cereais do país, o que contribui para a escassez mundial de alimentos provocada pelo bloqueio das exportações de produtos agrícolas em portos ucranianos.

Desde o início da ofensiva russa, a pequena Ilha das Serpentes virou um símbolo da resistência ucraniana depois que um grupo de guardas ucranianos que a defendiam rejeitou, em uma mensagem de rádio, a ordem de rendição apresentada por um navio russo.

A retirada militar da Rússia da Ilha das Serpentes, no Mar Negro, mostra que o presidente russo, Vladimir Putin, acha impossível 'quebrar' a Ucrânia, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, em Madri, nesta quinta-feira.

"No final, será impossível para Putin subjugar um país que não aceita seu governo", disse Johnson em entrevista coletiva após uma cúpula da Otan, enfatizando a unidade da aliança contra a Rússia.

"Vimos o que a Ucrânia pode fazer para afastar os russos", disse ele. "Vimos o que eles fizeram em Kiev e em Kharkov, agora na Ilha das Serpentes. Acho que a coisa certa para nós é continuar no caminho que a Otan traçou, não importa o quão difícil seja", acrescentou.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Linhas de trens e ônibus ligarão a partir de 1º julho a Crimeia, anexada pela Rússia, com as novas regiões ocupadas do sul da Ucrânia, anunciaram as autoridades pró-Moscou.

Esta é a primeira vez que isto acontece desde a anexação da Crimeia em 2014 por parte de Moscou e a suspensão dos transportes entre as regiões.

O ministério autoproclamado do Interior da região de Kherson, ocupada desde março por tropas russas, informou em um comunicado que os ônibus ligarão duas vezes por dia Simferopol, a capital da Crimeia, com a cidade de Kherson.

Também será criada uma conexão entre Simferopol e as cidades ocupadas de Melitopol e Berdiansk, na região ucraniana de Zaporizhzhia, parcialmente controlada pelo exército russo.

O ministério também anunciou uma linha ferroviária entre a cidade de Dzhankoi, na Crimeia, e Kherson e Melitopol. "A Rosgvardia (guarda nacional russa) garantirá a segurança dos transportes", afirma o comunicado.

Desde a tomada dos territórios no sul da Ucrânia, Moscou exerce uma política de implementação russa: sua moeda, o rublo, passou a ser utilizada, passaportes russos são distribuídos e críticas são reprimidas.

O prefeito ucraniano eleito de Kherson, Igor Kolijayev, deposto pelas forças russas em abril, foi preso na última terça-feira (28). As novas autoridades locais pró-Moscou pedem a organização de referendos sobre o vínculo da região com a Rússia.

 

 

AFP do R7

EUA - O governo dos Estados Unidos e seus aliados bloquearam mais de 330 bilhões de dólares em ativos russos desde o início do conflito na Ucrânia, informou o Departamento do Tesouro.

Os países aliados congelaram 30 bilhões dólares em ativos pertencentes a oligarcas russos próximos do governo e US$ 300 bilhões do Banco Central da Rússia, afirma um comunicado divulgado pela força-tarefa criada para rastrear o capital russo.

Também apreenderam pelo menos cinco iates de luxo e congelaram propriedades de bilionários russos com vínculos com o presidente Vladimir Putin.

"Juntos, vamos garantir que nossas sanções continuem representando um custo para a Rússia por sua agressão contínua e não provocada contra a Ucrânia", afirmou a força-tarefa no comunicado divulgado pelo Departamento do Tesouro.

A força-tarefa foi criada em 17 de março, três semanas após a invasão da Ucrânia, para aumentar a pressão econômica contra Moscou.

Entre os membros do grupo estão funcionários de alto escalão dos Estados Unidos, Austrália, França, Canadá, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido e da Comissão Europeia.

Outra meta da força-tarefa é isolar Moscou no sistema financeiro global.

No domingo, Reino Unido, Canadá, Japão e Estados Unidos anunciaram que pretendem vetar a compra de ouro por parte da Rússia, para impedir que o país e seus oligarcas utilizem este metal para evitar as sanções.

 

 

AFP

TURQUIA - A Turquia abandonou na terça-feira (28) sua oposição ao ingresso na Otan da Suécia e da Finlândia, abrindo o caminho para que estes dois países vizinhos da Rússia engrossem a Aliança inimiga de Moscou, após décadas de neutralidade militar.

"Alegra-me anunciar que já temos um acordo que abre o caminho para que Finlândia e Suécia e unam à Otan", disse Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Madri, onde será inaugurada oficialmente na quarta-feira a cúpula do bloco militar.

"Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um memorando que aborda as preocupações da Turquia, incluindo as que se referem à exportação de armas e à luta contra o terrorismo", acrescentou.

A Turquia anunciou, por sua vez, que "obteve o que queria" para abrir a porta aos dois países nórdicos.

"A Turquia fez avanços importantes na luta contra as organizações terroristas", afirmou em um comunicado o gabinete do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Os dois países solicitaram seu ingresso depois que o presidente russo, Vladimir Putin, iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro e após ter permanecido durante toda a Guerra Fria à margem da Aliança liderada pelos Estados Unidos.

O acordo tripartite assinado em Madri "confirma que a Turquia apoiará esta semana na cúpula de Madri o convite para que Finlândia e Suécia sejam membros da Otan", anunciou, por sua vez, o presidente finlandês, Sauli Niinisto, em um comunicado.

Sem contrapartida dos EUA 

Os Estados Unidos comemoraram a notícia, esclarecendo que não houve concessões de sua parte para que Ancara abrisse as portas, informou um alto funcionário sob anonimato.

O presidente americano, Joe Biden "cumprimentou a Turquia, a Finlândia e a Suécia" e avaliou que seu ingresso "reforçará a segurança coletiva da Otan e beneficiará o conjunto da Aliança Transatlântica", informou a Casa Branca em um comunicado.

"Ao iniciar esta cúpula histórica em Madri, nossa Aliança é mais forte, mais unida e mais decidida do que nunca", acrescentou.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, previu que a adesão deixará a Aliança "mais forte, mais segura".

Em 18 de maio passado, os chanceleres de Suécia e Finlândia entregaram formalmente a Stoltenberg os pedidos de adesão à Otan, mas rapidamente a Turquia anunciou sua oposição, freando um processo que precisa do aval de todos os 30 aliados.

O governo turco acusava a Suécia e a Finlândia de abrigarem militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização considerada "terrorista" por Ancara.

Também denunciava a presença na Suécia de partidários do pregador Fethullah Gülen, do qual suspeita ter sido o mentor da tentativa de golpe contra Erdogan em julho de 2016.

Por fim, exigia a suspensão do bloqueio de exportação de armas imposto pelos dois países nórdicos após sua intervenção militar no norte da Síria em outubro de 2019, um endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de vários indivíduos que considera "terroristas".

"Nenhum aliado sofreu ataques terroristas mais brutais do que a Turquia, incluindo os do grupo terrorista PKK", explicou Stoltenberg.

"O governo da Turquia e os de Finlândia e Suécia acordaram melhorar sua cooperação na questão da luta contra o terrorismo", acrescentou, destacando que isso incluía "tomar medidas contra as atividades do PKK e chegar a um acordo com a Turquia no tema da extradição".

A adesão é "vital, já que enfrentamos a maior crise de segurança em décadas", comemorou Stoltenberg.

 

 

AFP 

UCRÂNIA - Pelo menos dez pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas pelo impacto de um míssil russo em um centro comercial do centro da Ucrânia nesta segunda-feira (27), anunciou o governador regional, alertando que o saldo pode se agravar.

"Dez mortos e mais de 40 feridos. Esta é a situação atual em Kremenchuk por causa do ataque com um míssil", disse Dmytro Lunin, que chefia o governo regional de Poltava.

"Os ocupantes dispararam um míssil contra um shopping onde havia mais de mil civis. O shopping está em chamas e as equipes de resgate combatem o fogo. O número de vítimas é impossível de imaginar", escreveu mais cedo, no Facebook, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

O mandatário ucraniano acompanhou sua mensagem com um vídeo que mostra o centro comercial pegando fogo, com grandes colunas de fumaça e caminhões dos bombeiros.

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o shopping foi atacado com mísseis Kh-22 disparados a partir de bombardeiros de longo alcance Tu-22 da região russa de Kursk.

"O tiro de míssil em Kremenchuk atingiu um local muito movimentado sem qualquer relação com as hostilidades", denunciou no Facebook Vitali Maletsky, prefeito desta cidade que tinha 220 mil habitantes antes da guerra.

"Há mortos e feridos. Mais detalhes chegarão", acrescentou.

O governador regional, Dmytro Lunin, denunciou um "crime de guerra" e um "crime contra a humanidade", bem como um "ate de terror não dissimulado e cínico contra a população civil".

 

 

por AFP

UCRÂNIA - A Rússia disse neste domingo (26) que atacou três centros de treinamento militar no norte e oeste da Ucrânia, incluindo um perto da fronteira polonesa, dias antes de uma cúpula da Otan, da qual a Polônia é membro.

Esses bombardeios foram realizados com "armas de alta precisão das forças aeroespaciais russas e mísseis Kalibr [de cruzeiro]", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.

Entre os alvos está um centro de treinamento militar das forças ucranianas no distrito de Starytchi, na região de Lviv, a cerca de trinta quilômetros da fronteira polonesa.

 

 

Da AFP, com R7

UCRÂNIA - As forças ucranianas devem se render em Severodonetsk após semanas de ofensiva das tropas russas, com ataques que deixaram a cidade reduzida a escombros, anunciou nesta sexta-feira (24) uma autoridade local ucraniana.

A notícia foi divulgada poucas horas depois do apoio contundente da União Europeia (UE) à Ucrânia, com a concessão do status de país candidato, embora o processo possa demorar anos antes de Kiev integrar o bloco.

A tomada de Severodonetsk, na região leste do Donbass, se tornou um objetivo crucial dos russos, depois que suas tropas foram obrigadas a abandonar Kiev no início da invasão, que completa quatro meses nesta sexta-feira.

A cidade estratégica foi cenário de combates extremamente violentos nas ruas durante semanas, nos quais os ucranianos tentaram superar a desvantagem bélica com uma forte resistência.

"As Forças Armadas ucranianas terão que se retirar de Severodonetsk. Receberam ordem para isso", afirmou pelo Telegram Sergiy Gaidai, governador da região de Lugansk, onde fica a cidade industrial.

"Permanecer em posições que foram bombardeadas incessantemente durante meses não faz sentido", acrescentou. "A cidade foi quase transformada em escombros pelos bombardeios contínuos. Todas as infraestruturas críticas foram destruídas: 90% da cidade foi danificada, 80% das casas terão que ser demolidas."

A conquista de Severodonetsk permitiria aos russos avançar sobre a cidade vizinha de Lysychansk, consolidando o controle da região de Lugansk e possibilitando o avanço na ofensiva pela bacia de mineração do Donbass, que desde 2014 está parcialmente sob controle dos separatistas pró-Moscou.

 

Lysychansk sofre bombardeios

Gaidai informou que agora os russos avançam para Lysychansk, que também está sob cerco intenso das tropas de Moscou, que bombardeiam a cidade sem trégua.

Os jornalistas da AFP que deixaram a cidade na quinta-feira tiveram que sair do carro em que viajavam duas vezes para se proteger no chão devido aos bombardeios russos contra a principal rota de abastecimento da cidade.

A situação para os que permanecem em Lysychansk parece sombria. Liliya Nesterenko contou à AFP que sua casa não tem gás, água nem energia elétrica. Ela e a mãe cozinham em uma fogueira.

Um representante dos separatistas pró-Rússia afirmou que a resistência ucraniana é "inútil". "Acredito que no ritmo que nossos soldados prosseguem, muito em breve todo o território da República Popular de Lugansk estará libertado", declarou à AFP por videochamada o tenente-coronel Andrei Marochko, porta-voz das milícias pró-Rússia.

No sul da Ucrânia, na cidade de Kherson, que está sob controle dos russos, um funcionário designado por Moscou morreu em um atentado com explosivos colocados em seu carro, de acordo com as agências de notícias russas.

O governador nomeado pela Rússia para a região de Kherson, Kirill Stremousov, confirmou a identidade da vítima à agência RIA Novosti. "Sim, um dos meus funcionários morreu. Dmitri Savlushenko era secretário para a Juventude e Esportes."

A Ucrânia insiste nos pedidos por mais armas e na quinta-feira o governo dos Estados Unidos anunciou uma nova ajuda militar para Kiev, de 450 milhões de dólares.

 

Decisão histórica da UE

Na reunião de cúpula da UE em Bruxelas, na quinta-feira, os líderes dos 27 países concordaram em conceder o status de candidato a Ucrânia e Moldávia, outra ex-república soviética com parte de seu território controlado por separatistas pró-Rússia.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, agradeceu pelo apoio, que chamou de "momento único e histórico" nas relações entre seu país e a UE.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a decisão envia "um sinal muito forte" para a Rússia.

Após a reunião de cúpula da UE, será a vez do encontro do G7 e, em seguida, acontecerá a reunião da Otan, estas duas últimas com a presença do presidente americano Joe Biden.

Uma fonte do governo dos Estados Unidos afirmou que a reunião do G7 no próximo domingo (26) pode anunciar novas sanções contra a Rússia.

 

 

Do R7

BERLIM - A Alemanha acionou o "estágio de alarme" de seu plano de emergência de gás nesta quinta-feira em resposta à queda na oferta russa, mas não permitiu que as concessionárias repassem os custos crescentes de energia para clientes na maior economia da Europa.

A medida é a mais recente escalada de um impasse entre a Europa e Moscou desde a invasão russa da Ucrânia, que expôs a dependência do bloco ao fornecimento de gás russo e desencadeou uma busca frenética por fontes alternativas de energia.

O passo é amplamente simbólico, sinalizando para empresas e famílias que cortes dolorosos estão a caminho. Mas isso marca uma grande mudança para a Alemanha, que cultivou fortes laços energéticos com Moscou desde a Guerra Fria.

Fluxos menores de gás provocaram alertas nesta semana de que a Alemanha poderia entrar em recessão se o fornecimento russo parasse completamente. Uma grande pesquisa na quinta-feira mostrou que a economia está perdendo força no segundo trimestre.

"Não podemos nos enganar: o corte no fornecimento de gás é um ataque econômico contra nós do (presidente russo Vladimir) Putin", disse o ministro da Economia, Robert Habeck, em comunicado.

Espera-se que o racionamento de gás seja evitado, mas não pode ser descartado, afirmou Habeck, alertando:

"A partir de agora, o gás é uma commodity escassa na Alemanha... Estamos, portanto, agora obrigados a reduzir o consumo de gás, agora já no verão."

A Rússia negou que os cortes de fornecimento tenham sido deliberados, com a fornecedora estatal Gazprom culpando um atraso na devolução de equipamentos reparados causado por sanções ocidentais. O Kremlin disse nesta quinta-feira que a Rússia "cumpriu rigorosamente todas as suas obrigações" com a Europa.

 

 

Por Holger Hansen e Vera Eckert / REUTERS

UCRÂNIA - A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (22) que a cidade de Severodonetsk, no leste do país, vive um "inferno" com o cerco das tropas russas que tentam controlar essa área do Donbass.

"Durante quatro meses, todas as nossas posições estiveram sob fogo cruzado — e quero enfatizar isso — de todas as armas que o Exército russo tem", afirmou Serguei Gaiday, governador da região de Lugansk, nas redes sociais.

"É o inferno", completou, referindo-se ao cerco de Severodonetsk, que há semanas enfrenta bombardeios intensos devido às tentativas dos russos de assumir o controle da cidade.

O governador afirmou que o Exército ucraniano mantém suas posições e vai "resistir pelo tempo que for necessário".

Nos últimos dias, as tropas russas avançaram pelo sul de Severodonetsk e se aproximaram da cidade de Lysychansk, que fica do outro lado do rio Donets.

Gaiday disse que as forças de Moscou tentam "cercar" Lysychansk, mas que a cidade ainda está sob controle de Kiev.

"Lysychansk está sendo intensamente bombardeada com armas de grosso calibre", acrescentou, antes de insistir que a cidade sofreu uma "destruição colossal".

O governador afirmou que moradores ainda estão sendo retirados de Lysychansk, mas que em Severodonetsk as centenas de civis que buscaram refúgio na fábrica de produtos químicos de Azot não podem abandonar o local devido aos combates.

"Uma operação de retirada é possível em caso de um acordo de alto nível, se acontecer um cessar-fogo e tivermos uma rota claramente demarcada", disse Gaiday.

 

 

Do R7

UCRÂNIA - A invasão da Ucrânia pela Rússia causou quase US$ 4,3 bilhões (R$ 22 bi na cotação atual) em danos ao setor agrícola ucraniano, segundo um novo estudo da Escola de Economia de Kiev Agrocenter, enquanto o mundo continua a enfrentar uma crise alimentar global agravada pela guerra.

 

Principais fatos até agora

A guerra destruiu US$ 2,1 bilhões (R$ 10,8 bi) em terras agrícolas e colheitas de inverno não colhidas e US$ 926 milhões (R$ 4,75 bilhões) em maquinário, de acordo com os pesquisadores. Outros danos incluem US$ 136 milhões (R$ 698,8 milhões) à pecuária, basicamente à criação de gado, e US$ 272 milhões (R$1,4 bilhão) às instalações de armazenamento. O relatório vem depois que as Nações Unidas alertaram que a guerra poderia levar à fome por causa de um bloqueio naval russo no Mar Negro que impediu a exportação de milhões de toneladas de grãos ucranianos.

 

Reflexos da invasão

A invasão da Rússia afetou a capacidade da Ucrânia de exportar produtos agrícolas para “alimentar 400 milhões de pessoas por ano em todo o mundo”, disse Roman Neyter, pesquisador do Centro de Pesquisa de Alimentos e Uso da Terra da Escola de Economia de Kiev, acrescentando que, sem a “restauração de ativos perdidos” a Ucrânia lutará para recuperar seu papel como fornecedor global de alimentos.

A economia da Ucrânia deve encolher 45% por causa dos danos da guerra, enquanto milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam escassez de alimentos, disseram os pesquisadores.

 

O grande número do agro

São 2,4 milhões de hectares. Essa é a quantidade de áreas com safras de inverno que podem não ser colhidas por causa da guerra, no valor de cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,2 bi).

 

O que é o agro da Ucrânia no mundo

A Ucrânia desempenha um papel importante no fornecimento de vários produtos agrícolas ao mundo: o país é o quinto maior exportador global de trigo, o quarto maior exportador de milho e o maior exportador de óleo e farelo de girassol, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). A Ucrânia suspendeu a atividade portuária no início da guerra por causa dos bloqueios russos, com cerca de 20 milhões de toneladas de grãos colhidos presos no país, segundo a ONU.

A Ucrânia estimou que em maio as exportações de grãos caíram 64% em relação ao mesmo período do ano passado. Na semana passada, autoridades dos EUA e do Reino Unido também apoiaram relatos de que a Rússia roubou grãos ucranianos para enviá-los ao redor do mundo como produção própria. A Rússia negou os relatos, embora as imagens de satélite da Maxar Technologies pareçam mostrar navios russos trazendo grãos roubados a bordo. A Escola de Economia de Kiev estimou no mês passado que a invasão da Rússia custou à Ucrânia até US$ 600 bilhões no total (R$ 6,1 trilhões), com US$ 92 bilhões (R$ 472,7 bilhões) em danos à sua infraestrutura.

 

O que disse Joe Biden

O presidente Joe Biden, em um discurso à AFL-CIO (American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations) na terça-feira passada (14 de junho), disse que estava “trabalhando de perto” com aliados europeus para transportar 20 milhões de toneladas de grãos bloqueados na Ucrânia para ajudar a reduzir os preços dos alimentos. Biden disse que os grãos não poderiam ser transportados pelo Mar Negro porque seriam “escorraçados para fora dessas águas”, então os aliados estão trabalhando para desenvolver um plano para exportar os grãos por via férrea. Parceiros dos EUA e da Europa estão trabalhando com a Ucrânia para construir silos temporários na fronteira da Polônia para transportar os grãos para fora do país e ao redor do mundo.

 

 

Madeline Halpert / FORBES BRASIL

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Outubro 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
  1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31      
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.