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RÚSSIA - O presidente russo, Vladimir Putin, disse na terça-feira (12/04) que o que está acontecendo na Ucrânia "é uma tragédia", mas que a Rússia "não teve escolha" a não ser lançar o que ele chamou de "uma operação militar especial" - o eufemismo usado pelo Kremlin para a guerra de agressão no país vizinho.

Falando em público sobre a guerra pela primeira vez desde que as forças russas se retiraram do norte da Ucrânia, Putin afirmou que a Rússia triunfará em todos os seus "nobres" e "claros" objetivos na ex-república soviética. O presidente não mencionou as denúncias de atrocidades cometidas por tropas russas e o bombardeio indiscrimado de áreas civis.

O chefe do Kremlin também destacou que o confronto "com as forças antirussas" que surgiram na Ucrânia era inevitável e que era apenas uma questão de tempo para que ocorresse.

"Eles começaram a transformar a Ucrânia em um campo de desfile antirusso, começaram a cultivar os brotos do nacionalismo e do neonazismo que estavam lá há muito tempo", disse, repetindo a narrativa do Kremlin para justificar a guerra, que pinta o governo ucraniano, liderado pelo judeu Volodimir Zelenski, como uma organização "dominada por nazistas".

Segundo Putin, não havia outra alternativa, pois era preciso defender os falantes de russo do leste da Ucrânia e impedir que a ex-república soviética se tornasse um trampolim anti-russo para os inimigos de Moscou.

 

Discurso ao lado de Lukashenko

O discurso foi feito em um evento para celebrar o 61º aniversário da viagem do primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin. Putin esteve acompanhado do presidente belarusso, Alexander Lukashenko, um de seus poucos aliados políticos, em visita ao Cosmódromo de Vostochny, no extremo leste da Rússia.

Questionado por funcionários da agência espacial russa se a operação na Ucrânia atingiria seus objetivos, Putin afirmou que "não tem nenhuma dúvida". "Seus objetivos são absolutamente claros e nobres", disse Putin. "Não há dúvida de que serão alcançados", acrescentou.

"O principal objetivo é ajudar o povo de Donbass, o povo de Donbass, que reconhecemos e que fomos forçados a defender, porque as autoridades de Kiev, pressionadas pelo Ocidente, se recusaram a cumprir os Acordos de Minsk visando uma solução pacífica dos problemas", afirmou.

Putin alegou que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, declarou publicamente que Kiev "não gosta" de nenhuma cláusula dos Acordos de Minsk, enquanto "outros funcionários declararam que sua implementação é impossível".

"Eles o rejeitaram publicamente. Bem, era simplesmente impossível continuar tolerando esse genocídio que durou oito anos", afirmou Putin, referindo-se ao conflito armado entre o Exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia em Donetsk e Lugansk.

 

Erva daninha do neonazismo

Putin afirmou que na Ucrânia "a erva daninha do neonazismo foi especialmente cultivada" e que o confronto da Rússia contra essas forças "era inevitável".

"Infelizmente, o neonazismo se tornou um fato da vida em um país relativamente grande perto de nós. Isso é uma coisa óbvia: era inevitável, era apenas uma questão de tempo", disse.

Kiev e o Ocidente consideram a narrativa do Kremlin como um falso pretexto para invadir a Ucrânia. O governo ucraniano afirma que está lutando por sua sobrevivência, depois que Putin anexou a Crimeia em 2014 e que reconheceu como soberanas, em 21 de fevereiro, duas regiões ucranianas onde lutam rebeldes pró-Moscou.

Putin acrescentou que a "operação militar" prosseguirá conforme o planejado, enquanto o país pró-ocidental se prepara para uma grande ofensiva russa no leste.

"Nossa tarefa é cumprir e alcançar todas as metas estabelecidas, minimizando as perdas. E vamos agir ritmicamente, com calma, de acordo com o plano originalmente proposto pelo Estado-Maior", disse.

Putin, que era onipresente na televisão russa nos primeiros dias da guerra, havia se afastado em grande parte dos olhos do público desde a retirada da Rússia do norte da Ucrânia e sinais que a invasão não correu como planejado por Moscou, com perdas significativas de material bélico e tropas.

Sua única aparição pública na semana passada havia sido no funeral de um deputado ultranacionalista aliado, ocasião na qual ele não abordou diretamente a guerra.

Na segunda-feira, ele se encontrou com o chanceler federal da Áustria em uma residência rural nos arredores de Moscou, mas nenhuma imagem da reunião foi divulgada.

 

Putin diz que sanções falharam

Putin também afirmou que as sanções do Ocidente impostas a Moscou devido a invasão na Ucrânia não funcionaram, com a economia russa resistindo e o rublo (a moeda russa) se recuperando. Para ele, a inflação e o aumento dos preços dos alimentos e do petróleo em países ocidentais começarão a pressionar os políticos.

Para o presidente russo, as sanções vão sair pela culatra. Como exemplo, ele citou as restrições a fertilizantes da Rússia e de Belarus, que irão aumentar os preços globais do produto, levando à escassez de alimentos e ao aumento dos fluxos migratórios.

Putin disse que "o bom senso deve prevalecer" e acrescentou que o Ocidente deve "voltar à razão e tomar decisões equilibradas". "Eles não serão capazes de fechar todas as portas e janelas", afirmou.

Ele argumentou que as novas restrições ocidentais às exportações de alta tecnologia vão encorajar a Rússia a se mover mais rápido para desenvolver novas tecnologias, abrindo uma "nova janela de oportunidades".

Como parte disso, durante o evento, Putin anunciou que reiniciará o programa lunar. "Estamos falando do lançamento desde o cosmódromo Vostochny do aparato robótico espacial Luna-25", disse o chefe de Estado.

"Precisamos enfrentar com êxito os desafios na exploração espacial, para resolver de maneira mais efetiva as tarefas de desenvolvimento nacional aqui na Terra", completou.

Putin garantiu que a Rússia seguirá trabalhando no desenvolvimento de uma nave cargueira de nova geração, com fontes de energia nuclear.

O Kremlin anunciou no ano passado que adiaria até julho de 2022 o lançamento da nave espacial Luna-25, projeto que estava programado inicialmente para outubro de 2021. A ideia era ter mais tempo para testes adicionais.

A Luna-25 será a primeira nave do novo programa russo e terá como fim investigar a região do polo sul da Lua. Em agosto de 1976, a antecessora do equipamento, a Luna-24, foi a terceira a recuperar amostras da superfície lunar.

 

Conquista da União Soviética como exemplo

Na visita ao leste da Rússia, Putin fez uma analogia entre o primeiro voo espacial de Gagarin, há 61 anos, e o desafio da Rússia hoje em dia.

"As sanções foram totais, o isolamento foi completo, mas a União Soviética ainda foi a primeira no espaço", disse Putin, que tem 69 anos, lembrando sua própria admiração como um estudante aprendendo sobre a conquista.

"Não pretendemos ficar isolados", afirmou o presidente russo. "É impossível isolar severamente qualquer pessoa no mundo moderno, especialmente um país tão vasto como a Rússia", afirmou.

O governo russo há muito cita o sucesso da União Soviética no espaço - pouco mais de uma década após a Segunda Guerra Mundial - como um alerta sobre a capacidade da Rússia de alcançar resultados espetaculares contra todas as probabilidades.

Os primeiros sucessos espaciais russos da Guerra Fria, como o voo de Gagarin e o lançamento em 1957 do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial da Terra, têm uma pertinência especial para a Rússia: ambos os eventos surpreenderam os Estados Unidos e foram consideradas vitórias de propaganda da União Soviética.

No entanto, hoje em dia, a economia da Rússia é pequena em comparação com a da superpotência União Soviética - e está bem atrás dos Estados Unidos e da China na maioria das frentes tecnológicas.

No ano passado, a produção econômica nominal da Rússia foi de 1,6 trilhão de dólares - menor que a da Itália e apenas cerca de 7% da economia de 22,9 trilhões de dólares dos EUA.

Além disso, a economia da Rússia está a caminho de uma contração de mais de 10% em 2022, a pior desde os anos que se seguiram à queda da União Soviética em 1991, disse o ex-ministro das Finanças Alexei Kudrin nesta terça-feira.

 

le (EFE, Reuters, AP, AFP, dpa)

dw.com

DNIPRO - A guerra da Rússia contra a Ucrânia entra no 48º dia. No último fim de semana, mísseis russos destruíram o aeroporto de Dnipro, quarta maior cidade do país. Não há informações sobre vítimas.

Veja o vídeo:

 

 

Emerson Fraga, do R7

KRAMATORSK - Mais de 30 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em um ataque de foguete russo a uma estação ferroviária em Kramatorsk, no leste da Ucrânia nesta sexta-feira (8), enquanto civis tentavam evacuar para partes mais seguras do país, informou a empresa ferroviária estatal.

Segundo o órgão, dois foguetes russos atingiram uma estação, que é usada para a evacuação de civis de áreas sob bombardeio pelas forças russas.

"Dois foguetes atingiram a estação ferroviária de Kramatorsk", disse a Ucrania Railways em comunicado.

Mais tarde, acrescentou: "De acordo com dados operacionais, mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas no ataque com foguete na estação ferroviária de Kramatorsk".

A Reuters não pôde verificar a informação. A Rússia não comentou imediatamente os relatos do ataque e o número de vítimas. Moscou negou atacar civis desde que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

RÚSSIA - A Rússia é o maior exportador de petróleo e gás natural do mundo. De acordo com a Agência Internacional de Energia, 45% do orçamento russo em 2021 veio das receitas geradas por essas exportações. E a União Europeia (UE) é um dos melhores clientes dos russos.

No ano que terminou em outubro de 2021, a Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) afirmou que 49% do petróleo bruto e condensado russo foi exportado para países europeus da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com relação ao gás natural, três quartos destas exportações foram para nações europeias neste mesmo período.

Apesar desta estreita relação comercial, a invasão da Ucrânia e as crescentes evidências de crimes de guerras levaram à UE a acelerar os planos de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos. No entanto, ainda não está claro quão rápido e em qual extensão países europeus como a Alemanha e Itália podem fazer isso.

Porém, se os planos da Comissão Europeia para atingir a independência dos combustíveis russos "bem antes de 2030" derem certo, a Rússia precisará urgentemente de novos clientes.

 

Mercados asiáticos

Moscou provavelmente precisará se concentrar em aumentar as vendas para países que não lhe impuseram sanções, como a China. O país asiático já é o maior cliente russo fora da Europa, adquirindo a maioria dos 38% do petróleo russo exportado para a Ásia e Oceania em 2021.

A Rússia é atualmente o segundo maior fornecedor de petróleo da China, atrás da Arábia Saudita, mas especialistas acreditam que um dos principais objetivos de Moscou é ultrapassar o país do Oriente Médio no mercado chinês.

"A dinâmica mais interessante da perspectiva do mercado de energia que veremos neste ano é como a Rússia tenta deslocar as relações comerciais de longa data do Oriente Médio para o Leste Asiático", avalia Fernando Ferreira, analistas de risco geopolítico da Rapidan Energy Group.

Outro alvo de Moscou deve ser a Índia. O país de 1,38 bilhões de habitantes é o terceiro maior consumidor de petróleo do mundo e depende principalmente das importações. O Iraque, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos são os maiores fornecedores do mercado indiano. Em 2021, a Rússia respondeu apenas por 2% das importações indianas.

A Índia não condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia, e, em março e abril, aumentou significativamente a compra de petróleo russo. Como diversos países estão evitando e reduzindo as importações russas, as refinarias indianas virão uma oportunidade para conseguir bons descontos. De acordo com Margarita Balmaceda, pesquisadora associada do Centro Davis para Estudos Russos e da Eurásia da Universidade de Harvard, duas grandes refinarias indianas compraram recentemente uma carga de petróleo grande da Sokol depois dela ter sido rejeitada por vários países.

Há, porém, dúvidas sobre até que ponto a Índia e a China pode substituir a atual demanda europeia. Ferreira destaca que as relações comerciais entre o Oriente Médio e as nações asiáticas são cultivadas há décadas. "Ambos serão cautelosos em fechar completamente as portas aos países do Oriente Médio em favor dos barris russos".

O especialista acrescenta que outro problema será a capacidade da Rússia para comprar equipamentos e tecnologia necessários para a produção devido aos impactos das sanções.

 

Barreiras para a exportação de gás

Apesar destas dificuldades, será mais fácil para a Rússia achar compradores para seu petróleo do que para o gás, pois o país demanda de gasodutos para escoar o produto e sua capacidade de produção de GNL (gás natural liquefeito) ainda está muito aquém do a de seus concorrentes.

Aqui a China também é a maior aposta russa para substituir os mercados europeus. Em fevereiro, Pequim e Moscou anunciaram um contrato de 30 anos para a Rússia fornecer gás à China por meio de um novo gasoduto. Também foi acordado que as vendas serão feitas em euro.

Moscou investe ainda no Paquistão, onde assinou um contrato para construir um gasoduto para transportar GNL da cidade portuária Karachi até o norte do país. Como a vizinha Índia, o Paquistão não condenou a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Balmaceda afirma que a retórica russa sobre mudar os volumes de exportação de gás do Ocidente para o Oriente não condiz com o que é verosímil. "Na realidade, esses projetos precisam de financiamento maciço, e se não houver financiamento, eles não saem do papel", acrescenta.

Segundo a especialistas, em teoria, a Rússia poderia construir a infraestrutura necessária para abastecer a China e a Índia, mas isso exigiria um alto investimento, algo que não parece realista dadas as perspectivas econômicas do país.

Para Ferreira, a única opção realista de mercado para o gás russo na Ásia é a China, por meio de gasodutos já existentes ou novos. "Isso vai demorar um pouco. Portanto, não há solução de curto prazo para o gás russo".

 

Perdendo poder

A longo prazo, Ferreira avalia que a Rússia deixará de ser um ator importante no mercado global de energia. "Eles deixarão de ser a potência energética que são atualmente. Não porque não tem recursos, mas porque simplesmente não terão acesso a mercados e tecnologias".

Balmaceda, porém, não tem tanta certeza se esse realmente será o futuro da Rússia. A especialista acredita que a energia russa pode voltar a ser uma opção para os mercados europeus, a menos que uma coalizão forte o suficiente de grupos de interesses contrários aos combustíveis fósseis russos – por exemplo, produtores de carvão, de GNL ou energias renováveis – possam convencer os políticos de ficarem longe da energia russa a longo prazo.

RÚSSIA - Todos os dias, a Rússia enterra soldados mortos na Ucrânia. A BBC estima que 20% dos mortos contabilizados pelas regiões russas são oficiais. O que os dados dizem sobre o estado do Exército russo lutando na Ucrânia?

A última vez que o Ministério da Defesa russo informou sobre perdas foi em 25 de março - segundo eles, 1.351 militares tinham morrido. Já as Forças Armadas da Ucrânia dão um número muito maior para a estimativa de russos mortos: 18.300 pessoas.

Em 5 de abril, fontes oficiais russas publicaram os nomes de pelo menos 1.083 soldados russos mortos. A maioria dos relatórios sobre as perdas foi publicada pelos chefes das regiões ou distritos.

 

Alta patente

Dos 1.083 mortos identificados, 217 são oficiais de postos que vão de tenente a general. Eles compõem 20% de todos os militares na lista de mortes confirmadas pelo Exército russo, que a BBC acompanha desde o início da guerra.

Uma proporção semelhante foi observada durante o primeiro relatório do Serviço Russo da BBC sobre as perdas do Exército do país: dos 557 mortos identificados, 109 eram oficiais, ou seja, 19,6%.

Um número tão alto de oficiais nas listas de perdas confirmadas não significa que um em cada cinco russos que morreu no campo de batalha fosse oficial. Tradicionalmente, os corpos de comandantes mortos no Exército russo são enviados para casa como prioridade, e suas mortes são mais propensas a serem anunciadas publicamente, diz Samuel Cranny-Evans, do Royal United Services Institute (RUSI, do Reino Unido.

"Em conflitos passados, os militares russos prestaram mais atenção à evacuação dos corpos de oficiais mortos. E menos atenção foi dada aos oficiais militares de baixa patente após a morte. Mas, ao mesmo tempo, os oficiais realmente constituem a espinha dorsal das Forças Armadas russas", diz o especialista.

Na lista de mortos, a BBC encontrou 10 coronéis (incluindo um capitão do primeiro escalão), 20 tenentes-coronéis, 31 majores e 155 oficiais subalternos (de tenente a capitão).

A Ucrânia afirma que sete generais russos já morreram, mas a Rússia apenas confirmou a morte do major-general Andrei Sukhovetsky.

Nos Exércitos dos países da Otan, sargentos, cabos e outros subalternos são autorizados a executar muitas tarefas no campo de batalha. Já no Exército russo, decisões de nível semelhante só podem ser tomadas por oficiais com a patente de pelo menos tenente.

"Os oficiais russos fornecem liderança tática e treinamento para seus pelotões ou batalhões. Os sargentos do Exército russo, na maioria das vezes, apenas controlam equipamentos ou seguem ordens, ou seja, não lideram ninguém. Isso significa que os oficiais são forçados a assumir mais funções na direção. Portanto, é mais provável que um oficial russo morra em combate do que oficiais de muitos outros exércitos", diz Cranny-Evans.

 

Paraquedistas sem apoio

Ao analisar a lista de baixas confirmadas na Rússia, outra tendência é perceptível: cerca de 15% de todos os mortos identificados serviam nas Tropas Aerotransportadas.

Especialistas ouvidos pela BBC observam que os paraquedistas russos são amplamente utilizados para resolver tarefas que, em teoria, poderiam ser atribuídas à infantaria convencional. Mas os comandantes militares russos preferem usar as Forças Aerotransportadas, já que essas unidades geralmente estão muito mais bem preparadas, tanto física quanto mentalmente.

A taxa de baixas relativamente alta entre os paraquedistas não é surpreendente, disse Rob Lee, membro sênior do Instituto de Pesquisa de Política Externa dos EUA. "Unidades de Tropas aerotransportadas participaram de operações nos setores mais difíceis da linha frente - em Hostomel, nas batalhas perto de Kiev e em confrontos no sul da Ucrânia", acrescenta.

No primeiro dia da guerra, o Exército russo desembarcou tropas no aeroporto Antonov, na vila de Hostomel - as tropas esperavam que os militares russos, vindos da Bielorrússia, pudessem estabelecer contato com eles e providenciar suprimentos. Isso não foi feito por completo e, em 31 de março, - após um mês de intensos combates - as tropas ucranianas recuperaram o controle do aeroporto.

Cranny-Evans explica que as operações de armas combinadas da Rússia foram relativamente lentas, e as unidades aerotransportadas na linha de frente ficaram sem tropas regulares e apoio aéreo.

Há informações sobre baixas de outras unidades de elite russas. A lista de perdas que pudemos confirmar inclui 15 representantes das forças especiais de inteligência militar controladas pelo GRU, o Departamento Central de Inteligência, (incluindo cinco oficiais) e 10 representantes das forças especiais da Guarda Nacional.

Entre os mortos estão pelo menos três proprietários de "boinas vermelhas" (Ruslan Galyamov e Oleg Kirillov do Tartaristão, e Vyacheslav Aktyashev da região de Perm) - esta é a elite das forças especiais da Rússia. A seleção para o direito de usar boina vermelha é considerada uma das provas militares mais difíceis do mundo.

A lista de vítimas confirmadas por nós também inclui pessoas de profissões inesperadas. Em 28 de março, jornalistas de Bryansk noticiaram a morte de um sargento sênior da banda militar, Alexander Karpeev. Especifica-se que Karpeev tocava trompete. Quais tarefas ele realizou na Ucrânia não são mencionadas nos relatórios.

 

Longo caminho para casa

Na maioria dos casos conhecidos publicamente, os corpos dos mortos são entregues em casa duas a três semanas após sua morte. Por exemplo, um alferes das forças especiais da Guarda Nacional chamado Ruslan Galyamov, segundo dados publicados, morreu em 11 de março e foi enterrado em 26 de março.

Em alguns casos, o corpo pode levar mais de um mês para ser enviado. Mikhail Bakanov, de 20 anos, segundo dados oficiais, foi morto no segundo dia da guerra - 25 de fevereiro. Eles conseguiram entregar seu corpo em casa apenas no final de março.

Esses prazos de entrega dos corpos dos mortos são geralmente típicos dos grandes conflitos modernos, de acordo com o Instituto Real Britânico de Estudos de Defesa e Segurança.

"Em uma situação como na Ucrânia, os vivos sempre terão precedência sobre os mortos. E os esforços estarão sempre focados em preservar e prover para aqueles que estão vivos. Enviar os corpos daqueles que não podem mais ser ajudados para sua terra natal não é prioridade. A situação é agravada pela linha de frente em constante mudança. Nesta fase do conflito, é difícil para ambos os lados proteger seus flancos das incursões inimigas", observa Cranny-Evans.

Autoridades ucranianas e testemunhas oculares afirmaram repetidamente que, ao recuar, o Exército russo deixa os corpos de soldados mortos para trás. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que Kiev quer transferir os corpos dos mortos para a Rússia, mas a Rússia "a princípio recusou, depois ofereceu algum tipo de bolsa".

Na segunda quinzena de março, o chefe da administração regional de Nikolaev, Vitaly Kim, exortou os moradores locais a relatar a localização de corpos de militares russos nos territórios libertados pela Ucrânia.

"Nem sempre eles levam seus [soldados], e na primavera e no verão será um problema nosso. Por favor, diga-nos onde estão, […] se possível, recolha-os em bolsas. Por isso, temos que recolhê-los e colocá-los em geladeiras, enviá-los de volta para que sejam identificados por DNA, porque esses soldados também têm mães."

Pelo menos três militares russos foram identificados apenas após um exame de DNA. Alexander Vavilin, de 21 anos, da cidade de Nizhny Novgorod, morreu em 27 de fevereiro, mas seus parentes foram informados de sua morte apenas em 1º de abril. Durante todo esse tempo uma investigação estava em andamento e, segundo a mídia local, eles estavam esperando, entre outras coisas, pelos resultados de um teste de DNA.

Alexander Yemtsov, um nativo de Transbaikalia de 27 anos, também foi identificado apenas graças a um exame - Yemtsov morreu em um veículo blindado queimado.

 

Trabalhos do Exército

A região na Rússia onde a maioria das mortes foi relatada é o Daguestão - 93 soldados foram enterrados lá. As escolas recebem seus nomes e até as ruas são batizadas com seus nomes.

Altos números de mortos também foram relatados na Buriácia (52 pessoas), na região de Volgogrado (48), na região de Orenburg (41) e na Ossétia do Norte (39).

Isso não significa que representantes de determinadas regiões tenham sido especialmente enviados para participar da invasão da Ucrânia, como sugeriram alguns especialistas e jornalistas.

"A parte principal dos soldados contratados no Exército russo são pessoas da periferia, não é o sul, nem o norte do Cáucaso, mas toda a periferia - cidades médias e pequenas, vilas e aldeias", explica a especialista na área de sociologia e desenvolvimento econômico das regiões russas, professora Natalya Zubarevich.

Ela observa que pessoas de regiões mais pobres também costumam se juntar ao Exército. A Buriácia é considerada uma dessas áreas.

Uma das pessoas mortas desta região é Mikhail Garmaev, de Ulan-Ude. Depois de sair da escola, ele entrou no ensino técnico de construção, mas não terminou seus estudos e foi servir no Exército.

Depois de servir, Mikhail voltou para Ulan-Ude e conseguiu um emprego em uma empresa de instalação de alarmes. Mas alguns anos depois, ele voltou ao Exército e assinou um contrato. Em 6 de março, perto de Kiev, Mikhail foi pego em uma emboscada e baleado duas vezes. Em 21 de março, ele foi enterrado em Ulan-Ude.

Cenários semelhantes - de alguém que estudou, serviu, tentou conseguir um emprego civil, mas depois voltou para o Exército - são encontrados nas biografias de muitos outros russos que morreram na guerra na Ucrânia.

"O Exército é um empregador importante em áreas onde é quase impossível ganhar dinheiro. O recrutamento no Exército dá a você um salário estável e segurança", enfatiza Zubarevich.

As regiões da Rússia ainda têm políticas diferentes em relação à publicação de informações sobre os mortos.

Em oito regiões, não houve relatos de mortes de oficiais. Mas em três deles - a região de Tomsk, a República de Adygea e a Chukotka - a BBC conseguiu confirmar relatos sobre funerais de soldados russos que foram mortos na Ucrânia.

Até o fim de março, as autoridades da região de Kemerovo não tinham relatado oficialmente as mortes na Ucrânia. No curso da primeira investigação sobre perdas nas forças armadas russas, a BBC conseguiu estabelecer os nomes de sete moradores de Kuzbass que morreram nesta guerra. Poucas horas após esta publicação, as autoridades da região de Kemerovo, que anteriormente mantinham silêncio, anunciaram detalhes sobre 13 militares mortos, sem nomeá-los. Desde então, os dados não foram atualizados oficialmente. No momento, a BBC conseguiu identificar pelo menos 18 pessoas da região de Kemerovo que morreram na Ucrânia.

"Na região de Kemerovo, o governador se baseou na retórica vitoriosa de forma mais enfática, com menos atenção ao tema do custo da guerra", observa o cientista político Mikhail Vinogradov.

"Admito que no Daguestão o envolvimento emocional é maior, inclusive para reconhecer o papel das pessoas da república na operação. Isso é feito em parte em uma competição à revelia com pessoas da Chechênia que estão em primeiro plano publicamente. Em outras regiões, os dados podem ser percebidos de forma mais traumática", acrescenta o cientista político.

Vinogradov acredita que Moscou deliberadamente delegou aos chefes de regiões o dever de relatar perdas na guerra, o que na Rússia é chamado de "operação especial".

"Acho que há um desejo de não traumatizar os cidadãos desnecessariamente com os números agregados de perdas - portanto, eles são dados raramente e às vezes vagamente", diz o especialista.

"Por outro lado, o fluxo de perdas é relativamente grande e você não quer escondê-lo completamente. E, por isso, poucas pessoas têm interesse em encontrar números comuns. Talvez os governadores não tivessem um comando claro sobre como cobri-lo, e há relativamente muita autonomia."

Em algumas regiões da Rússia, houve casos em que a mídia noticiou a morte de militares russos, mas depois excluiu o relatório.

"Não é proibido coletar informações sobre os militares mortos, mas, pelo que sei, todos os meios de comunicação da região foram informados de que isso não irá ao ar ou será publicado por enquanto. E eles não dizem quando será possível publicar. Pessoalmente, suponho que nunca", disse um jornalista siberiano à BBC sob condição de anonimato.

 

Propaganda

Os caixões com soldados russos que morreram na Ucrânia chegam não apenas às regiões da Rússia, mas também aos países da ex-União Soviética.

Em 25 de março, o funeral de Egemberdi Dorboev foi realizado na região de Issyk-Kul, no Quirguistão. O prefeito de Norilsk disse que Dorboev chegou recentemente ao território de Krasnoyarsk e morava lá com sua mãe. O jovem tinha cidadania russa e, no outono de 2021, foi convocado para o Exército. Ele morreu com 19 anos.

Rustam Zarifulin, de 26 anos, que assinou contrato com o Exército russo e morreu na Ucrânia, também foi enterrado no Quirguistão.

Os corpos de dois soldados russos (Saidakbar Saidov e Ramazon Murtazoev), que morreram na Ucrânia, foram enterrados no Tajiquistão. E na capital da Ossétia do Sul, que se separou da Geórgia, o sargento russo Andrei Bakaev, que participou da guerra, foi enterrado.

"Antes, pessoas de alguns países pós-soviéticos aspiravam a ingressar no Exército russo, porque era uma forma de obter a cidadania russa sob um esquema simplificado. Agora não há tais preferências", diz a ativista de direitos humanos Svetlana Gannushkina.

Ela acrescenta que, para alguns migrantes, as Forças Armadas podem continuar sendo um empregador atraente: "Com o Tajiquistão, por exemplo, a Rússia tem um acordo sobre dupla cidadania. E as pessoas que serviram como recrutas no Exército do Tajiquistão também são consideradas oficialmente como tendo servido na Rússia. Isso significa que, se desejarem, podem ir imediatamente ao serviço contratado. Essas pessoas não nos contataram. Mas, pelo que posso imaginar, para aqueles que não tiveram um destino diferente e de alguma forma não conseguiram prosperar, por exemplo, com educação, o serviço militar pode parecer atraente. E há uma propaganda apropriada."

UCRÂNIA - Vladyslav Starodubtsev afirma ter decidido ficar na Ucrânia em vez de deixar seu país após a invasão russa para mostrar que socialistas como ele podem ser úteis em tempos de guerra.

"Trabalhamos em ajuda humanitária, com refugiados no oeste da Ucrânia, comprando e entregando medicamentos, equipamentos militares ou armas", disse Starodubtsev em entrevista à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Seu partido, Sotsyalnyi Rukh (Movimento Social), é uma organização socialista democrática ucraniana que se define como oposta ao capitalismo e à intolerância.

E nos últimos dias, ele também tentou convencer grupos de esquerda no Ocidente - do Podemos da Espanha aos trotskistas venezuelanos - a apoiar o envio de armas para a Ucrânia contra as forças de Moscou.

Desde que o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro, alguns partidos, líderes e governos de esquerda evitaram condená-lo tão claramente quanto outros e, em vez disso, apontaram para a responsabilidade dos EUA e da Otan pela crise.

"Nem mesmo os socialistas russos cometem o mesmo erro que os socialistas ocidentais" e "(os socialistas russos) se opõem à invasão", afirma Starodubtsev.

A seguir, veja os principais trechos da conversa por telefone que o socialista ucraniano, de apenas 19 anos e membro do conselho do seu partido, teve com a BBC Mundo:

 

BBC News Mundo - Como está a situação aí?

Vladyslav Starodubtsev - Está mais ou menos estável. Nos primeiros dias houve pânico, mas também um esforço de organização e de ajuda mútua. As pessoas viajaram quilômetros para se juntar ao Exército. Agora se estabilizou e tudo voltou ao normal. As pessoas se acostumaram a sirenes aéreas e bombardeios e tentam levar uma vida normal, como antes da guerra.

 

BBC News Mundo - Qual é sua opinião sobre a invasão russa na Ucrânia?

Starodubtsev - A invasão russa é absolutamente injustificada e horrível. Alguns tentam dizer que a Rússia está se defendendo contra a Otan. Mas isso não tem relação com a realidade.

Na realidade, trata-se de uma guerra do nacionalismo radical russo que acredita ter o direito de decidir o que os ucranianos devem ser, como devem viver. É uma guerra do imperialismo russo.

 

BBC News Mundo - Seu partido tem se oposto ao governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Como você avalia a forma como ele respondeu à invasão russa na Ucrânia?

Starodubtsev - Há duas dimensões para essa resposta. Em primeiro lugar, a resposta militar e tudo relacionado à ela, como sua maneira de fazer campanha na mídia, seu apelo aos europeus e assim por diante. Nesse sentido, Zelensky fez um ótimo trabalho. Ele motivou a todos, mostrou liderança na guerra. Ele tomou decisões militares corretas. Ele fez um ótimo trabalho reunindo todos nessa luta.

Mas há uma segunda dimensão em sua resposta: a dimensão social, defendendo a estabilidade do povo ucraniano. Aqui a resposta é muito pior.

Em tempos de guerra, o governo tenta promover sua reforma anti-trabalhista, reformar o código trabalhista para permitir 60 horas de trabalho semanais e que os trabalhadores possam ser demitidos sem justificativa. Eles também estão promovendo cortes de bem-estar e uma reforma da dívida que coloca todas as necessidades da guerra sobre os pobres, ao mesmo tempo em que defendem empresas e corporações. Nesse sentido, Zelensky foi horrível.

 

BBC News Mundo - A ideologia desempenhou algum papel em como você e outros na Ucrânia reagiram à invasão russa?

Starodubtsev - Nós, como socialistas, nos opomos ao imperialismo russo desde o início.

Mas a ideologia, infelizmente, desempenhou um papel na esquerda ocidental para defender as políticas de Putin e o imperialismo contra a Ucrânia.

UCRÂNIA - Várias divisões da Guarda Nacional da Ucrânia chegaram na terça-feira (5) à antiga usina nuclear de Chernobyl, após a retirada russa de 31 de março, anunciou a estatal Chernobyl NPP.

A "principal tarefa" dos guardas é "garantir a segurança e a defesa das instalações nucleares, assim como a proteção física do material nuclear", comentou a companhia em comunicado divulgado em redes sociais.

Após a retirada russa das instalações na semana passada, ainda está pendente uma inspeção da infraestrutura por parte das Forças Armadas ucranianas. Outra tarefa a ser realizada é a medição das radiações na usina e nas instalações onde as forças russas se alojaram, já que "ignoraram completamente as regras de segurança" durante a estada.

A estatal acrescenta que é preciso dar um descanso aos trabalhadores encarregados da manutenção da usina, entre eles 46 voluntários que assumiram as funções em 20 de março, durante o controle russo.

Também continuam em Chernobyl 13 funcionários que já acumulam mais de mil horas de trabalho e que estavam na usina quando as instalações foram capturadas, em 24 de fevereiro.

EUA - O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou na segunda-feira (4) que a Rússia está "reposicionando suas forças para concentrar suas operações ofensivas no leste e em partes do sul da Ucrânia".

"A Rússia tentou subjugar toda a Ucrânia e falhou. Agora tentará subjugar partes do país", disse Sullivan, estimando que essa nova fase da ofensiva militar "pode durar meses ou mais".

A Rússia indicou há alguns dias que concentrará seus esforços no leste da Ucrânia e redobrou seus esforços nessa região do território, assim como no sul.

Nessa região se encontram cidades portuárias fundamentais para a criação de uma conexão terrestre entre a península da Crimeia — anexada em 2014 pela Rússia — e as regiões separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk.

Sullivan declarou que os Estados Unidos e seus aliados vão anunciar "nesta semana" novas sanções econômicas contra a Rússia. Segundo o funcionário americano, estudam-se possíveis medidas "relacionadas à energia", um tema muito delicado para os europeus, muito dependentes do gás russo.

Nesta segunda-feira, o governo dos Estados Unidos anunciou ter aprovado a venda de oito aviões de combate F-16 para a Bulgária, para "reforçar a segurança" de um dos membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), no contexto da guerra na Ucrânia.

RÚSSIA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, é constantemente acompanhado por um médico especialista em câncer de tiroide. Esse seria um dos indicativos de que ele estaria fazendo um tratamento oncológico há anos. As informações foram publicadas pelo portal Proekt Media, que atualmente está bloqueado em território russo

A matéria revela que o cirurgião Yevgeny Selivanov, do Hospital Clínico Central de Moscou, visitou Putin 35 vezes em um resort em Sochi, onde fica uma de suas residências.

Segundo o portal, o presidente começou a invasão da Ucrânia enquanto escondia problemas de saúde da população do país. O tratamento de um possível tumor incluiria o uso de esteróides. As revelações ocorrem em meio às especulações sobre a saúde do líder russo.

Putin, que fará 70 anos em outubro, já demonstrou publicamente seu interesse relacionado ao câncer de tiroide. Segundo a reportagem do portal Proekt, em julho de 2020, ele se reuniu com Ivan Dedov, chefe do Centro Nacional de Investigação Médica.

RÚSSIA - O conflito na Ucrânia chama a atenção do mundo por ser a primeira grande guerra na Europa desde a década de 1940. O que muitos acabam não percebendo, entretanto, é que o confronto iniciado pela Rússia no final de fevereiro pode ser o marco para uma nova ordem mundial de poder.

É o que defende o cientista político e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo) Pedro da Costa Júnior. O autor do livro Colapso ou Mito do Colapso encabeça um artigo que defende que China e Rússia estabeleceram no início de 2022 a Nova Ordem Mundial Policêntrica.

Os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping assinaram há cerca de dois meses um documento chamado Aliança Sem Limites, no qual os líderes das duas grandes potências prometem uma forte parceria em áreas vitais, como economia e diplomacia.

“[Os presidentes] dizem que têm uma parceria econômica, política, tecnológica e diplomática para as próximas décadas. Agora você tem a segunda economia do mundo, que é a China, que cresce initerruptamente a taxas estratosféricas há 40 anos [...] unida com a segunda maior potência militar do mundo, a Rússia”, conta Costa Júnior ao R7.

 

 

Lucas Ferreira, do R7

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