De acordo com a pesquisadora, a relação entre dor crônica e depressão já está comprovada. "Dor crônica e depressão têm uma relação bidirecional. A dor crônica pode ser explicada pelo modelo biopsicossocial, o qual teoriza que várias dimensões do ser humano estão inter-relacionadas, sendo que componentes psíquicos, sociais e cognitivos podem comprometer o componente biológico e vice-versa", explica. Oliveira acrescenta que a relação entre os fatores será analisada junto aos universitários, que é uma população pouco estudada nessa temática.
"A dor crônica pode impactar muito negativamente estudantes universitários e, se ela estiver acompanhada de depressão, maior impacto ocorrerá", afirma Lilia Oliveira. Os impactos negativos da dor incluem baixa qualidade de vida, sofrimento psicológico, incapacidade, redução da produtividade e altos custos socioeconômicos. Diante disso, a possibilidade de mapear essa situação entre os estudantes da UFSCar permite conhecer a realidade desse público com relação a problemas que interferem sobremaneira nas suas vidas pessoais e acadêmicas. "Um projeto futuro que temos é o de auxiliar esses estudantes a realizarem o automanejo da dor como uma prática de autocuidado", comenta a pesquisadora citando que alunos de outros cursos também serão convidados para a pesquisa em etapas futuras.
Neste momento, estudantes de cursos da área de Ciências Humanas da UFSCar estão sendo convidados a responderem este questionário online (https://bit.ly/3QfGcGl), que consiste em perguntas sobre caracterização sociodemográfica e de hábitos de vida, análise quantitativa da dor e um instrumento de rastreio para episódios depressivos. O preenchimento do questionário leva cerca de 30 minutos e os interessados podem acessá-lo até o dia 25 de agosto. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..