BRASÍLIA/DF - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou que votará no presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele venha a enfrentar no segundo turno ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o ex-ministro afirmou não ser bolsonarista.
“O segundo turno é um problema sério. Mas, não imaginaria uma alternância para ter como da República aquele que já foi presidente durante oito anos e praticamente deu as cartas durante seis anos do governo de Dilma. Penso que potencializaria o que se mostra positivo no governo atual e votaria no governo atual, muito embora não seja bolsonarista”, disse em entrevista ao site UOL.
Já no primeiro turno das eleições, Marco Aurélio disse a reportagem que, no primeiro turno, gostaria de votar no candidato que estiver em terceiro lugar por não ser afeito à polarizações. Fez elogios a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS), mas afirmou que não teria problema em votar no candidato Ciro Gomes (PDT), caso seja ele o terceiro colocado nas pesquisas de opinião. “Reconheço que ninguém conhece mais o Brasil do que Ciro Gomes. Eles, às vezes, é um pouco açodado na fala, mas, paciência, creio que é um bom perfil”.
O ex-ministro da Corte máxima do país é primo do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente da República que o indicou para ocupar a vaga no Supremo em 1990. Hoje, Collor é aliado do presidente Jair Bolsonaro.
Marco Aurélio se aposentou em julho de 2021. Para a vaga dele, Bolsonaro nomeou o ministro André Mendonça.