IBATÉ/SP - Na tarde desta terça-feira, dia 17, a E.M. Bruna Esposito recebeu uma visita muito especial: o cabo Abimael Gonçalves Ramos, do Corpo de Bombeiros de São Carlos, acompanhado de sua viatura, proporcionou uma experiência inesquecível para os alunos. Desde os mais pequenos, incluindo os bebês da creche, até os alunos maiores, todos tiveram a oportunidade de conhecer de perto o trabalho de um bombeiro e, claro, tirar muitas fotos ao lado da viatura.
Essa é a terceira vez que o cabo Abimael visita a escola, reforçando a importância dessa ação. "A cada ano que visitamos a E.M. Bruna Esposito, percebemos o quanto as crianças aprendem e se interessam por nossa profissão. É muito gratificante poder mostrar o nosso trabalho e também orientar sobre a prevenção de acidentes, além de criar esse vínculo com a comunidade desde cedo", destacou o cabo Abimael.
A diretora da E.M. Bruna Esposito, Joselaine Spilla, também comentou sobre a relevância desse tipo de experiência: "Essa visita já faz parte do nosso calendário, e é sempre um momento muito esperado pelas crianças. Ter o cabo Abimael aqui pela terceira vez é uma honra para nós, pois além de ser uma atividade educativa, desperta nos alunos um enorme respeito pelo trabalho dos bombeiros", disse.
A visita foi marcada por momentos de muita alegria e entusiasmo, especialmente quando os pequenos puderam se aproximar da viatura e fazer poses para as fotos. Esse tipo de atividade é parte do esforço da escola em proporcionar experiências práticas e educativas, complementando o aprendizado em sala de aula de forma lúdica.
A direção da E.M. Bruna Esposito agradeceu imensamente ao cabo Abimael Gonçalves Ramos por sua disponibilidade e simpatia, ressaltando o quanto essas interações são enriquecedoras para o desenvolvimento dos alunos.
SÃO CARLOS/SP - Na manhã desta segunda-feira (16), um adolescente foi flagrado fumando maconha dentro da escola localizada na rua Sebastião Lemos, no bairro Cidade Aracy 2. O caso ocorreu durante o horário letivo e gerou preocupação entre a equipe escolar e os pais de alunos.
Segundo informações, a direção da escola tomou conhecimento da situação e, imediatamente, acionou a equipe de policiais militares da Ronda Escolar. Os agentes se dirigiram à instituição e abordaram o jovem dentro da sala de aula. Durante a abordagem, foram encontrados com o aluno um cigarro de maconha, um pote e um dichavador, utilizados para o preparo da droga.
O adolescente foi conduzido à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde prestou esclarecimentos. Após as deliberações de praxe, ele foi liberado sob a responsabilidade de um familiar.
A escola não se pronunciou oficialmente sobre o incidente até o momento. O caso reacende o debate sobre o uso de drogas entre adolescentes e a necessidade de medidas preventivas nas escolas para evitar a recorrência de situações semelhantes.
Autoridades policiais reforçaram a importância da parceria entre escolas e a Ronda Escolar para coibir o consumo e a circulação de substâncias ilícitas nas instituições de ensino.
SÃO CARLOS/SP - Um homem foi preso após furtar uma escola municipal localizada no Santa Maria II, em São Carlos. A ação delituosa ocorreu no domingo, 28.
Segundo consta, era por volta das 6h, quando o Centro Operacional (CCO) da Guarda Municipal avistou, por meio de câmeras de segurança, o sujeito praticando o furto.
Imediatamente, viaturas foram até a Rua Professor Bento da Silva Cesar, no CEMEI Professora Marli de Fátima Alves. Porém, quando a viatura chegou, o indivíduo já havia deixado o local, e através das câmeras, o CCO foi informando os GMs até encontrar o acusado.
Em seu poder foram encontrados rolos de fitas adesivas, um par de tênis, três caixas de grampos galvanizados e três pistolas de cola quente.
Os GMs conduziram o homem à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de São Carlos, onde ficou à disposição da Justiça.
Psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica alerta sobre a importância de manter uma rotina sadia e saudável para o pleno desenvolvimento dos pequenos
RIBEIRÃO PRETO/SP - Já reparou quanto tempo as crianças passam no celular, no tablet ou assistindo à televisão? Durante o período das férias escolares, então, a tendência é aumentar. É fato que o uso dos aparelhos eletrônicos pelos pequenos traz praticidade para o dia a dia e inúmeras distrações, mas, em excesso, pode fazer mal à saúde.
Carol Costa Júnior, psicólogo da Hapvida NotreDame Intermédica, enfatiza que o uso excessivo e inadequado dessas tecnologias pode acarretar em riscos significativos para o bem-estar emocional e para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.
“O excesso de telas traz prejuízos emocionais gigantes. Elas liberam neurotransmissores que geram prazer e viciam, assim uma criança sempre vai querer mais, e mais, e mais. Elas ficam realmente dependentes e vão esquecer a motricidade fina, que é o escrever, o pintar e outras atividades que ajudam o cérebro a se desenvolver”, afirma.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo de exposição a telas indicado para crianças de 2 a 5 anos é de uma hora por dia. Já para as de 6 a 10 anos, são duas horas diárias e para as maiores até três horas.
Rotina e criatividade
Segundo Júnior, investir em uma rotina sadia e saudável, além de atividades de socialização, são formas de melhorar a qualidade de vida e a saúde mental das crianças.
"A rotina é estrutural, inclusive, em qualquer tipo de educação, de conduta. A criança precisa ter atividades prontas, precisa criar coisas e saber que no dia a dia existem regras e deveres. Então, o uso da rotina é positivo no sentido de estruturar o carácter, o conhecimento e a aprendizagem”, diz.
O psicólogo também adverte sobre a importância de inserir uma atividade física para dinamizar a rotina da criança e, assim, deixar as telas de lado. "Tudo que leva oxigênio ao cérebro é muito bom para o desenvolvimento, seja cognitivo, funcional e social. E o esporte está ligado não só ao desenvolvimento, mas também à saúde”, frisa.
Prejuízos
O controle do uso de telas na infância é essencial para evitar prejuízos no desenvolvimento desta criança. Segundo Júnior, o uso excessivo traz prejuízos na verbalização, socialização, além de problemas emocionais.
“Há um grande número de pessoas procurando tratamento acerca de doenças mentais, como ansiedade e depressão, provocadas por esse uso demasiado de telas”, conclui.
A unidade escolar já atende mais de 100 crianças em período integral
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos inaugurou oficialmente na sexta-feira (05/07), o Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) “Flávio Aparecido Ciaco”, localizada Avenida Regit Arab, 1.434, no Planalto Verde. A obra é uma parceria entre o Governo do Estado, via Plano de Ações Integradas do Estado de São Paulo (Painsp) e o município, com investimento de R$ 2,9 milhões.
O CEMEI atende 103 alunos de 4 meses a 5 anos em período integral, possui 17 professores, sendo 08 no período da manhã e 08 à tarde, 01 professor de educação física em ambos os turnos, e a direção da escola é de Aline Fernanda de Oliveira Zabotto.
“O CEMEI foi muito desejado por essa região da cidade, agora os pais ficam tranquilos com as crianças em uma unidade próxima das residências, num ambiente saudável, adequado, com uma alimentação carinhosamente preparada pelas merendeiras, portanto é mais uma escola que vem para somar na zona sul da cidade”, disse Paula Knoff, secretária de Educação.
Aline Fernanda de Oliveira Zabotto, diretora do CEMEI, explica que a escola já está funcionando e que existe uma demanda grande no bairro. “A escola está funcionando desde novembro de 2023 e aqui atendemos 103 alunos em período integral, do Planalto Verde, Itatiaia, Nova São Carlos e algumas crianças do Aracy I e II”.
“Nós estamos aqui no Planalto Verde, próximo ao Vida Nova São Carlos, dois bairros novos na cidade de São Carlos, é um investimento importante, necessário para a região. O Prefeito Airton Garcia sempre falou que educação têm que ser prioridade, é isso que estamos fazendo. É um ganho para essa região que hoje têm uma escola próxima e de qualidade”, ressaltou o vice-prefeito Edson Ferraz, lembrando que Flávio Ciaco foi seu professor de matemática.
Vinícius Faraj, diretor de Obras da Fundação e Desenvolvimento para a Educação do Estado de São Paulo (FDE), relatou que existem 8 obras programadas para a cidade. “Mais uma obra importante construída pelo Governo do Estado. Nós estamos com 2 mil obras em execução esse ano, o que representa o dobro do ano passado, e quase o triplo da gestão anterior. Para São Carlos temos 8 obras programadas, escolas que precisam de reformas e 6 obras de climatização em escolas estaduais do município”.
Fábio Ciaco, filho do homenageado enfatizou a emoção da família com a finalização da escola. “É muito emocionante, voltei a dar aula agora de matemática inspirado por ele, é um reconhecimento da cidade por tudo que ele fez, agradeço aos vereadores e a Prefeitura, uma obra linda que acompanhamos desde a pedra fundamental, é um reconhecimento imensurável”.
Estiveram presentes na inauguração os secretários de Segurança Pública, Samir Gardini, de Obras, Leonardo Lázaro, o comandante da Guarda Municipal, Michael Yabuki, a dirigente Regional de Ensino, Débora Costa Blanco, os vereadores Roselei Françoso, Dé Alvim e Bruno Zancheta, diretores, professores, pais e alunos.
São Carlos inova com Tecnologia de Gestão Escolar da FocoBrasil
SÃO CARLOS/SP - Diante da necessidade de manter a gestão escolar constantemente atualizada, a Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME) inicia na próxima quarta-feira (10/07), a instalação de equipamentos para reconhecimento facial nas 62 unidades escolares da Rede Municipal de Ensino, um investimento de R$ 2,04 milhões com recursos próprios do município.
O equipamento permite o controle de frequência dos alunos e de maneira integrada acompanhar outras ações administrativas da escola. O projeto visa modernizar diversos aspectos da administração escolar, trazendo mais eficiência, segurança e conforto para alunos, pais, professores e gestores.
Uma das principais inovações é a frequência digital escolar facial. Com essa tecnologia, os alunos não precisam mais responder à chamada feita pelos professores. Assim que chegam à escola, a presença é registrada por meio de um leitor de reconhecimento facial, economizando tempo e reduzindo o consumo de papel. Em casos de ausência, os pais ou responsáveis são notificados por SMS, push e e-mail, o que aumenta a segurança e tranquilidade das famílias.
Além disso, a solução permite ao gestor público melhorar o planejamento e realizar intervenções imediatas em escolas com baixos índices de frequência. O sistema também integra informações de assiduidade com o Conselho Tutelar.
Os dados sobre frequência dos alunos são compartilhados, permitindo ao Conselho Tutelar visualizar as informações e receber notificações de ausências injustificadas. Isso facilita intervenções rápidas e eficazes para combater a evasão escolar.
Outro destaque é a gestão da alimentação escolar. Com informações em tempo real sobre a presença dos alunos, as cozinhas das escolas conseguem preparar a quantidade ideal de merenda, evitando desperdícios. O sistema permite controlar cardápios diários, valores nutricionais, estoque de produtos, e gerir a alimentação preparada na unidade de ensino ou por empresas terceirizadas.
A gestão do transporte escolar também será otimizada através do georreferenciamento. O sistema possibilita o cadastro e a consulta de veículos, motoristas, rotas e pontos de embarque e desembarque. Tanto o transporte próprio quanto o terceirizado serão monitorados, garantindo maior controle e segurança para os alunos.
O projeto inclui outras importantes funcionalidades: matrículas online, facilita o processo de novas matrículas, pré-matrículas e gerenciamento de filas de espera, gestão de secretaria da unidade escolar; abrange serviços como rematrícula, transferência, geração de turmas, lançamento de notas e frequências.
O Aplicativo Mobile é compatível com iOS e Android, permite a comunicação entre alunos, responsáveis, funcionários e professores via push, SMS e e-mail. Tem também benefícios para a gestão pedagógica, gerência das informações pedagógicas da Educação Básica, de Jovens e Adultos, de Profissional e Tecnológica; infraestrutura das unidades escolares, cadastro e consulta de informações sobre a infraestrutura das escolas.
Outro benefício importante é a prestação de contas alinhada com as exigências do PDDE, oferece mecanismos para gerenciar aquisições e controle de custos; mapa educacional, com centralização de informações para a tomada de decisão na Secretaria de Educação e Help Desk Online com suporte técnico e manutenção.
“A implantação desses recursos nas escolas municipais de São Carlos promete transformar a administração escolar, trazendo mais segurança, cuidado com os alunos, otimizando as buscas ativas de ausências injustificadas e outros benefícios significativos para toda a comunidade educativa”, avalia Paula Knoff, secretária de Educação.
De acordo com a secretária as instalações de todos os equipamentos, um avanço inovador na educação municipal, começa na próxima quarta-feira, (10/07), logo após o feriado. “No retorno das férias estaremos com todos os equipamentos instalados e funcionando, aguardando somente o cadastro dos alunos”, completou Paula Knoff.
Importante salientar que os dados armazenados ficarão em posse da administração de cada escola, ou seja, ninguém terá acesso aos dados gerados, somente os funcionários que já manipulam os dados do alunado hoje, obedecendo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Todas as escolas municipais de São Carlos também contam com câmeras, sensores de monitoramento internos e externos, novos alarmes e sensores de fumaça. Cada unidade, dependendo do tamanho, recebeu de 8 a 10 sensores externos. A partir do disparo do equipamento, as imagens são enviadas em tempo real para a Central de Monitoramento da Guarda Municipal que envia a viatura na hora para o local.
Desenvolvido pelo Departamento de Operações, Inteligência e Tecnologia da Secretaria Municipal de Segurança Pública em parceria com a Agência de Inovações da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Rede Municipal de Ensino também conta com o “SOS Escolar”, aplicativo de acionamento emergencial, desenvolvido para utilização de diretores, professores e servidores das escolas em caso de ocorrências graves nas unidades, com acionamento imediato da Guarda Municipal.
SÃO CARLOS/SP - Uma funcionária de uma escola no bairro Cidade Aracy foi à Central de Polícia Judiciária e registrou um boletim de ocorrência (B.O), contra uma mãe de aluno, onde trabalha.
A diretora da unidade de ensino disse aos Policiais que estava trabalhando quando teria recebido via WhatsApp uma mensagem da mãe de um aluno, onde lhe acusava de ter agredido sua filha e de ser racista.
A dirigente da escola teria respondido à mãe que a filha dela não aparece na escola há pelo menos 15 dias. E sobre a agressão na última terça-feira, contra a garota, a diretora disse estar atendendo uma empresa que presta serviços à unidade escolar.
O fato foi registrado.
BRASÍLIA/DF - A aprovação da reforma do ensino médio pela Comissão da Educação do Senado representa mais um passo para mudanças bastante significativas não apenas na rotina de profissionais da educação e de alunos, mas também para as famílias desses estudantes e para as comunidades. Para que seja de fato implementado e garanta a qualidade e equidade na educação, será necessário o empenho e articulação dos entes federados, assim como da comunidade escolar e de universidades, visando a formação de professores para o novo currículo.
Como o texto aprovado do PL 5.230/23 na comissão é um substitutivo, ele terá de retornar à Câmara dos Deputados, caso se confirme a aprovação no plenário do Senado. O texto aprovado prevê a ampliação da carga horária mínima total destinada à formação geral básica (FGB), das atuais 1,8 mil horas para 2,4 mil. A carga horária mínima anual do ensino médio passa de 800 para 1 mil horas distribuídas em 200 dias letivos.
Há a possibilidade de essa carga ser ampliada progressivamente para 1,4 mil horas, desde que levando em conta prazos e metas estabelecidos no Plano Nacional de Educação (PNE), respeitando uma distribuição que seja de 70% para formação geral básica e 30% para os itinerários formativos – disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo a serem escolhidos pelos estudantes nos três anos da etapa final da educação básica.
Segundo o substitutivo aprovado, da relatora do PL no Senado, Dorinha Seabra (União-TO), a partir de 2029, as cargas horárias totais de cursos de ensino médio com ênfase em formação técnica e profissional serão ampliadas, de 3 mil horas para 3,2 mil; 3,4 mil; e 3,6 mil quando se ofertarem, respectivamente, cursos técnicos com carga específica de 800 horas, 1 mil horas e 1,2 mil horas.
Entre os destaques apresentados pela parlamentar no relatório figura a inclusão da língua espanhola como componente curricular obrigatório, além do inglês. Outros idiomas poderão ser ofertados em localidades com influências de países cujas línguas oficiais sejam outras, de acordo com a comunidade escolar (professores, técnicos administrativos, estudantes e pais ou responsáveis).
A ampliação da carga horária e a inclusão da língua espanhola entre as disciplinas a serem ministradas são pontos positivos da reforma, segundo a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos. Ela chama atenção para alguns problemas que podem decorrer da forma como serão implementadas.
“O texto aprovado pela comissão do Senado apresenta alguns avanços, ainda que insuficientes, na comparação com o texto enviado pela Câmara”, disse a educadora à Agência Brasil. “Trazer o espanhol de volta é algo positivo, se levarmos em consideração nossa identidade continental. Mas é preciso estabelecermos uma divisão clara das cargas horárias, uma vez que horas dedicadas a espanhol são horas a menos para outros conteúdos”, disse ela ao destacar ser necessário, também, que haja clareza, no novo ensino médio, com relação não apenas à carga horária de cada disciplina, mas também aos conteúdos que serão apresentados.
Segundo a educadora, o substitutivo manteve brechas especialmente relativas à educação profissional, uma vez que não ficou claro quais seriam as disciplinas que vão compor tais áreas. “É preciso dizer as áreas do conhecimento e, dentro delas, definir disciplinas e carga horária. A nova legislação precisa apresentar e detalhar isso; pegar as áreas de conhecimento e dizer o que vai compor em termos de disciplinas".
Diretor de Políticas Públicas da ONG Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa diz que a obrigatoriedade da língua espanhola no ensino médio será provavelmente um ponto de discordância, quando a matéria retornar à Câmara.
“É possível que a Câmara não acate todas mudanças feitas pela senadora Dorinha no texto. Antevejo discordância de alguns com relação à obrigatoriedade do espanhol no ensino médio. O problema, talvez, seja colocá-lo na parte comum, como mais uma disciplina obrigatória, porque implicaria na diminuição da carga horária de outras disciplinas importantes”, disse.
A solução, segundo ele, seria a de colocar o espanhol como disciplina opcional, em vez de obrigatória. “Se as escolas já funcionassem em tempo integral, não haveria esse problema, porque a carga horária seria maior”, complementou ao lembrar que essa obrigatoriedade foi publicamente criticada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação – o que certamente será usado como argumento pelos contrários.
Criados com o objetivo de aprofundar áreas de conhecimento ou de formação técnica profissional – levando em conta a importância desses conteúdos para o contexto local e as possibilidades do sistema de ensino –, os itinerários formativos terão carga horária mínima de 800 horas nos três anos de ensino médio.
Na avaliação de Catarina de Almeida, da UnB, o aumento da carga horária do técnico profissionalizante acabaria por resultar na diminuição da formação básica, o que, segundo ela, não seria bom.
“Levando em consideração o atual quadro de professores e a infraestrutura limitada das escolas, o correto seria não fazer essa divisão [entre áreas de conhecimento e técnico profissionalizante], e sim focar exclusivamente em uma formação básica, comum a todos. Isso, na verdade, significa os dois tipos para todos. Ao separar o processo, teremos estudantes com menos informação do básico”, argumentou.
Se for para implementar com essa divisão, que seja, na avaliação dela, aumentando a carga horária total. Nesse caso, ela sugere que se postergue a implementação das novas regras. “A pressa pode atrapalhar a perfeição. Se o Brasil está atrasado nessa reformulação, ficará ainda mais com a necessidade de, depois, ter de fazer mais uma reforma. Isso prejudicaria mais gerações. O melhor é centrar esforços em uma reforma robusta que possa ficar por muito tempo”.
Com relação aos itinerários formativos, a grande preocupação manifestada por parlamentares durante a tramitação do texto foi a de resultarem em conteúdos e atividades de pouca relevância para a formação do estudante. Foi inclusive citado o caso de uma aula dedicada a ensinar estudantes a prepararem brigadeiro gourmet.
A ideia proposta prevê que os itinerários têm de estar articulados com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC): linguagens e suas tecnologias, integrada pela língua portuguesa e suas literaturas, língua inglesa, artes e educação física; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias, integrada pela biologia, física e química; e ciências humanas e sociais aplicadas, integrada pela filosofia, geografia, história e sociologia.
As diretrizes nacionais que aprofundarão cada uma das áreas do conhecimento ficarão a cargo do Ministério da Educação (MEC), em parceria com os sistemas estaduais e distrital de ensino.
O projeto em tramitação no Senado aponta para a importância do tempo integral, e isso certamente constará na lei, segundo Gabriel Corrêa, da ONG Todos pela Educação. Enquanto isso não acontece, o Senado propôs a ampliação da carga diária atual, de 5 horas, no caso dos estudantes que optarem por curso técnico. Já a Câmara defende cargas horárias iguais para os dois grupos – técnico profissionalizante e áreas de conhecimento.
“Há alguns problemas com relação ao tempo integral. Um deles é que as redes [de ensino] das secretarias de educação terão de ofertar estrutura para alunos ficarem mais tempo na escola, o que resulta em mais trabalho, recursos e contratações de professores. Outro ponto está relacionado ao risco de os estudantes optarem por uma frente, apenas pelo fato de ficarem menos tempo em sala de aula. Em outras palavras, desestimularia a escolha pelos cursos técnicos, caso a carga horária diária deles seja maior”, argumentou o diretor.
A ONG Todos pela Educação defende que não haja essa distinção entre as duas frentes, até porque mais carga atrapalha a oferta do poder público para a expansão da rede. “O ideal é que todos tenham a mesma carga horária, independentemente do caminho a ser escolhido. Com isso, a escolha é em função da vocação e dos interesses, e não da preguiça de fazer menos aulas. Por fim, isso pode confundir os estudantes, levando-os a acreditar que uma maior carga horária indicaria maior relevância”.
Um outro ponto polêmico do texto substitutivo aprovado na comissão do Senado é o que trata da possibilidade de algumas aulas serem ministradas por pessoas sem diploma de licenciatura específico para a disciplina, mas que tenham notório saber e experiência comprovada no campo da formação técnica e profissional. Algo similar já ocorre, por exemplo, quando engenheiros dão aula de matemática.
Segundo a relatora Dorinha Seabra, a atuação desses profissionais de notório saber será “em caráter excepcional, mediante justificativa do sistema de ensino e regulamentação do Conselho Nacional de Educação (CNE)."
Essa possibilidade preocupa a educadora Catarina de Almeida Santos, da UnB. Segundo ela, esse tipo de situação implica risco de, ao autorizar aulas ministradas por pessoas de notório saber, a nova legislação coloca à frente das salas de aula pessoas leigas, em vez de profissionais habilitados da área. “A meu ver, notório saber não tem relação com saber prático”.
Essa possibilidade foi também criticada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “Um ponto considerado negativo foi a permanência do notório saber, embora o texto aponte para a normatização nacional e excepcional da contratação desses profissionais para atuarem no itinerário da formação técnico-profissional”, ponderou a entidade.
A relatora Dorinha Seabra disse à Agência Brasil que, para ser implementada de forma adequada, a nova proposta vai requerer esforço do estado e do governo federal, para melhorar a estrutura das escolas. Em especial, as estruturas de laboratórios e bibliotecas.
“Será necessário um aprofundamento em relação às disciplinas básicas. Quando se trata da educação profissional, requer uma estrutura ainda maior de investimento em laboratórios e livros; em atividades extras. Temos um grande desafio, a exemplo dos profissionais e de funcionamento das escolas”, disse.
Dorinha acrescentou que o aumento de carga horária vai requerer mais dedicação também de alunos e professores. “O tempo integral fica no foco de todo conjunto, [passando por] ampliação da carga horária e permanência na escola”.
Ainda segundo a senadora, o olhar do novo do ensino médio tem que estar cada dia mais inserido no seu espaço; na sua localidade. “Requer a participação da comunidade nesses espaços coletivos de formação e leituras em relação ao meio em que está inserido, bem como aos espaços no mundo do trabalho.”
A ONG Todos pela Educação alerta que “sem o apoio do governo federal ao estado, e dos estados às escolas, o abismo entre escolas públicas e privadas permanecerá mesmo com o país tendo sua legislação melhorada.”
A aprovação pelo Legislativo, segundo Corrêa, é apenas um primeiro passo para novos desafios. “Na sequência teremos outros desafios, até que consigamos, de forma gradual, fazer as mudanças que melhorarão o ensino médio do país. Será uma fase complexa e não rápida, tomando pelo menos os anos de 2025 e 2026”, afirmou.
Segundo ele, os desafios para a implementação das novas regras passam pela preparação de infraestruturas, profissionais, materiais e pelas avaliações que são necessárias para identificar o que pode ser melhorado.
“Além disso, será necessário estabelecer uma nova comunicação [das autoridades] com estudantes e famílias sobre as mudanças que virão. Apoiar os estudantes inclusive para que eles apoiem a escola. Não adianta o poder público se preparar e as comunidades não se apropriarem desse modelo”, complementou.
Além de campanhas midiáticas, será necessária muita atuação no ambiente escolar, no sentido de preparar professores e diretores. “Serão momentos de debates sobre projetos de vida e opções disponibilizadas pelo ensino médio. Não é apenas o governo chegar e expor suas intenções. Será necessário ouvir, dialogar e envolver o jovem nesse processo de escolha. Não será algo fácil. Por isso precisaremos de uma coordenação muito boa entre MEC e secretarias estaduais/distrital de educação”.
Outra sugestão apresentada no relatório da parlamentar é a obrigatoriedade de os estados manterem pelo menos uma escola com ensino médio regular noturno em cada município, caso haja demanda comprovada.
O relatório prevê, ainda, formação continuada de professores, de forma a garantir que eles estejam preparados para as novas diretrizes e metodologias, “com foco em orientações didáticas e reflexões metodológicas, assegurando o sucesso das transformações propostas para o ensino médio.”
O ministro da Educação, Camilo Santana, comemorou pelas redes sociais a aprovação do substitutivo na comissão do Senado. Em tom de agradecimento aos parlamentares, ele destacou, entre os avanços, a manutenção das 2,4 mil horas, conforme proposto pelo governo federal, para a formação geral básica e fortalecimento da formação técnica de nível médio.
Segundo ele, esta foi uma vitória para a educação e para a juventude do Brasil. "Prevalece o interesse maior, que é comum aos que trabalham por um país de mais oportunidades: a construção de um ensino médio capaz de contribuir para tornar a escola pública mais atrativa, gratuita e de qualidade para todas e todos”, disse.
POR AGÊNCIA BRASIL
DOURADO/SP - A escola centenária Senador Carlos José Botelho foi reinaugurada em Dourado (SP). A restauração e reforma do prédio é fruto de uma iniciativa inédita de parceria público-privada entre a Prefeitura Municipal de Dourado e a PremieRpet – por meio do seu braço social, o Instituto PremieRpet –, que conta com um polo industrial na cidade.
O evento, aberto ao público, marcou o retorno das atividades escolares em um prédio histórico, com mais de 100 anos, e teve a presença do prefeito Gino Torrezan, da vice-prefeita Angela Sciarretta, do diretor de educação Ricardo Fattore e da diretora da escola Rosana Puerta, além de diretores da PremieRpet e do Instituto PremieRpet, autoridades da região, educadores e alunos e ex-alunos da escola.
Além da restauração do prédio, a parceria entre a prefeitura e a PremieRpet reafirmou o compromisso com a população de Dourado e região e a preservação do patrimônio histórico da cidade. O projeto incluiu não apenas a recuperação física do edifício centenário, mas também a implementação de melhorias estruturais e tecnológicas, proporcionando um ambiente educacional moderno e acolhedor para os alunos.
“Esta parceria entre a Prefeitura de Dourado e o Instituto PremieRpet demonstra o nosso comprometimento constante em não apenas oferecer alimentos de alta qualidade para pets, mas também contribuir positivamente para a sociedade. Para a PremieRpet é uma satisfação patrocinar essa iniciativa para fomentar a educação no município. Muitos de nossos colaboradores e seus familiares residem em Dourado e, cientes de nosso papel social, mantemos foco em fazer a diferença com ações em prol da comunidade”, afirma Fábio Maluf, diretor executivo da PremieRpet.
SÃO CARLOS/SP - O Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos (SIBISC) da Secretaria Municipal de Educação (SME), realiza neste sábado (15/06), das 9h às 11h, na Festa da Família do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Vicente Botta, no Jardim Ipanema, o “Barganha Book”.
O evento terá contação de histórias “Que barulho é esse mitaí?” trocas de livros, gibis e revistas infantis. Não serão aceitos livros didáticos. Para participar do Barganha Book leve um livro em bom estado de conservação que já não esteja mais sendo utilizado e faça a troca por outro livro.
“Estimular a leitura por meio da troca voluntária de livros é o objetivo principal do projeto Barganha Literária”, salientou Amanda Cristina Marangoni, chefe da seção das Bibliotecas Públicas e Municipais do SIBISC/SME.
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