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KIEV – A Rússia está violando os “princípios fundamentais de proteção infantil” em tempos de guerra ao dar passaportes russos a crianças ucranianas e colocá-las para adoção, disse o chefe da agência de refugiados da ONU (Acnur) à Reuters em entrevista.

Falando no escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Kiev após uma viagem de seis dias à Ucrânia, Filippo Grandi disse que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu à sua agência para “fazer mais” para ajudar as crianças das regiões ocupadas nas quais isso estava acontecendo.

“Dar a eles nacionalidade (russa) ou adotá-los vai contra os princípios fundamentais de proteção infantil em situações de guerra”, disse Grandi. “Isso é algo que está acontecendo na Rússia e não deve acontecer”.

Zelenskiy, depois de se encontrar com Grandi na quarta-feira, pediu o estabelecimento de mecanismos para “defender e devolver” crianças e adultos deportados para a Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado, assim como para punir os responsáveis.

Grandi disse que sua agência não conseguiu estimar o número de crianças que receberam passaportes ou foram colocadas para adoção, já que o acesso na Rússia é extremamente limitado.

“Estamos buscando acesso o tempo todo, e o acesso tem sido bastante raro, esporádico e restrito”, disse.

Em Moscou, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou Grandi de ficar em silêncio quando crianças morreram como resultado do que ela disse serem bombardeios ucranianos na região de Donbass depois que separatistas pró-Moscou declararam independência em 2014.

“Eu também gostaria que tais funcionários da ONU tivessem notado a colossal assistência humanitária” que a Rússia forneceu aos habitantes da região, disse Zakharova a jornalistas.

 

 

Por Max Hunder / REUTERS

KIEV - A Rússia intensificou as tentativas de romper as defesas da Ucrânia com combates pesados no norte e no leste do país, destacando a necessidade de Kiev por mais armas ocidentais, disseram autoridades ucranianas nesta sexta-feira, 26.

Os militares ucranianos disseram que batalhas ferozes estavam em andamento, um dia depois que mísseis e drones russos mataram pelo menos 11 pessoas, no que pareceu ser uma resposta às promessas de nações ocidentais de fornecer tanques à Ucrânia.

Depois de semanas de negociações, Alemanha e Estados Unidos prometeram à Ucrânia dezenas de tanques modernos para ajudar a repelir as forças russas, abrindo caminho para Canadá, Polônia, Finlândia, Noruega e outros seguirem o exemplo.

A Rússia acusou os Estados Unidos de "despejar armas na Ucrânia" e repreendeu o presidente Joe Biden, dizendo que ele tinha a chave para encerrar o conflito na Ucrânia, mas não a usou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, agradeceu aos aliados por seu apoio, mas renovou os apelos por sanções mais duras contra Moscou e mais armas para repelir os invasores no 12º mês da guerra.

"Este mal, esta agressão russa pode e deve ser detida apenas com armas adequadas. O Estado terrorista não entenderá nada além disso", disse Zelenskiy em seu discurso noturno na televisão na quinta-feira.

Autoridades locais relataram nesta sexta-feira intensos bombardeios no norte, nordeste e leste da Ucrânia, cenário de alguns dos combates mais pesados desde a invasão russa em 24 de fevereiro do ano passado.

"A luta feroz continua nas linhas de frente. Nossos defensores estão mantendo firmemente suas posições e infligindo perdas ao inimigo", disse Oleh Synehubov, governador da região de Kharkiv, no nordeste.

A Reuters não pôde verificar os relatos do campo de batalha.

As linhas de frente ficaram praticamente congeladas nos últimos dois meses, com a Rússia tentando ganhar terreno no leste depois de ocupar faixas de território lá e proteger um corredor de terra que tomou no sul da Ucrânia.

Espera-se que ambos os lados lancem uma ofensiva de primavera, embora os Estados Unidos tenham aconselhado publicamente a Ucrânia a não a fazer isso até que as armas mais recentes estejam instaladas e o treinamento seja fornecido --um processo que deve levar vários meses.

 

 

Por Tom Balmforth e Ivan Lyubysh-Kirdey / REUTERS

Forças Armadas ucranianas explicaram que foram abatidos 24 drones enviados pela Rússia em direção ao país vizinho.

 

UCRÂNIA - Esta foi uma noite de muitos ataques aéreos levados a cabo pelas tropas russas sobre diversas cidades ucranianas, como reporta a imprensa ucraniana e internacional.

Como explicou, inicialmente, a Administração Militar de Kyiv, "cerca de 15 drones inimigos foram abatidos no espaço aéreo" da capital ucraniana durante a noite, explica o The Guardian. O autarca da cidade, Vitali Klitschko, confirmou também já, entretanto, que foram efetivamente ouvidas explosões no local.

Já como reporta o The Kyiv Independent, "pelo menos seis explosões foram ouvidas na cidade de Vinnytsia, no centro-oeste do país".

Também há, por sua vez, registo de mísseis russos a sobrevoar Mykolaiv, ao passo que na região de Dnipropetrovsk há mesmo registo de bombardeamentos no terreno. Em Odessa e Zhytomyr, as investidas russas também obrigaram as defesas aéreas ucranianas a entrar em ação.

 

 

por Ema Gil Pires / NOTÍCIAS AO MINUTO

Em quase um ano de combates, a guerra na Ucrânia já deixou cerca de 180.000 mortos ou feridos nas fileiras do Exército russo e 100 mil do lado ucraniano, sem contar as 30.000 mortes de civis, segundo cálculos divulgados neste domingo pelo chefe do Exército norueguês.

"As perdas russas se aproximam de 180.000 soldados mortos ou feridos", afirmou o comandante do estado-maior norueguês, Eirik Kristoffersen, em entrevista à rede TV2, sem informar a origem desses números.

A Noruega faz fronteira com a Rússia e integra a Otan desde a sua fundação, em 1949. "As perdas ucranianas provavelmente ultrapassam 100.000 mortos ou feridos. Além disso, a Ucrânia registra 30.000 civis mortos nessa guerra espantosa", indicou o general norueguês. Rússia e Ucrânia não divulgam balanços confiáveis de suas perdas há meses.

Apesar desses números expressivos, "a Rússia está em condições de prosseguir por muito tempo", assinalou o comandante norueguês, citando a capacidade de mobilização e produção de armas de Moscou

"O mais preocupante é até quando a Ucrânia será capaz de manter a aviação russa fora da guerra", uma vez que isso foi possível "graças às defesas antiaéreas ucranianas". O fundamental dos bombardeios russos nos últimos meses foi realizado com mísseis de longo alcance.

O general norueguês pediu o fornecimento urgente de tanques à Ucrânia, assunto bloqueado no momento principalmente pela Alemanha.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Os Estados Unidos e a Europa anunciaram nesta quinta-feira fornecimentos substanciais de blindados, artilharia e munição à Ucrânia, na véspera de uma reunião crucial entre Kiev e seus aliados em sua guerra contra a Rússia.

O Pentágono apresentou uma lista de US$ 2,5 bilhões em suprimentos, incluindo veículos de combate de infantaria Bradley, uma grande quantidade de blindados para transporte de pessoal e sistemas de defesa aérea Avenger, bem como munições.

O Reino Unido anunciou que enviará 600 mísseis Brimstone; A Dinamarca ofereceu 19 howitzers Caesar de fabricação francesa e a Suécia prometeu seu sistema de artilharia Archer.

O anúncio das armas foi feito um dia antes de autoridades de cerca de 50 países, incluindo os 30 membros da Otan, reunirem-se em Ramstein, Alemanha, para discutir a ajuda à Ucrânia.

 

- Sem tanques de EUA e Alemanha -

Estados Unidos e Alemanha não atenderam ao pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que fornecessem seus tanques mais modernos, que, segundo o Kremlin, levariam a uma "escalada perigosa da guerra".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, enfrenta uma pressão crescente na Europa para autorizar a venda de tanques alemães Leopard antes da reunião. No Fórum Econômico Mundial, em Davos, Scholz disse aos congressistas americanos que a Alemanha forneceria tanques pesados à Ucrânia se os Estados Unidos fizessem o mesmo, disse um congressista americano à AFP. Mas Berlim deixou as portas abertas para permitir que os aliados abasteçam a Ucrânia com tanques.

O ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, garantiu à AFP que "alguns países enviarão" tanques Leopard à Ucrânia e prometeu "mais notícias" durante a reunião. Em visita a Kiev, o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu a entrega de tanques.

Sobre as ofertas, o assessor ucraniano Mikhailo Podoliak disse que "é hora de parar de tremer diante de Putin e dar o passo final. A Ucrânia precisa de tanques, que são a chave para encerrar a guerra adequadamente", publicou no Twitter.

 

- Chefe da CIA -

Uma autoridade americana confirmou que o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), William Burns, visitou Kiev nos últimos dias, enquanto a Ucrânia se preparava para o que alguns acreditam serem os planos russos de ofensiva. "O diretor Burns viajou a Kiev, onde se reuniu com seus pares da inteligência ucraniana, bem como com o presidente Zelensky, e reafirmou nosso apoio contínuo à sua defesa contra a agressão russa", disse a fonte.

O pacote americano tampouco inclui os mísseis de longo alcance ATA pedidos por Kiev, que permitiriam à Ucrânia atingir rotas de abastecimento e depósitos de armas russos além das linhas de combate, que não estão ao alcance de seus sistemas de foguetes Himars.

Os parceiros ocidentais da Ucrânia, no entanto, temem que Kiev use as armas de longo alcance para atingir profundamente o território russo ou a península da Crimeia, anexada pela Rússia, o que a Ucrânia prometeu não fazer.

O Kremlin alertou para uma escalada do conflito "a um novo nível" se o Ocidente atender a pedidos ucranianos mais recentes de armas de longo alcance.

Sirenes de alerta aéreo soaram hoje em Kiev e outras partes do país, um dia depois que um helicóptero se acidentou nos arredores da capital, matando o ministro do Interior do país e outras 13 pessoas. Zelensky informou que o caso é investigado.

 

 

AFP

KIEV - Ao menos 14 pessoas, incluindo o ministro do Interior da Ucrânia, morreram em uma queda de helicóptero na periferia de Kiev na quarta-feira (18). O governo do país invadido pela Rússia em fevereiro passado não descarta sabotagem no aparelho.

Denis Monastirski estava na aeronave com outras autoridades de sua pasta quando ela caiu em Brovari, cerca de 20 km a nordeste da capital. O veículo atingiu um jardim de infância, e ao menos 1 das 14 vítimas identificadas é uma criança que estava em solo. Há também 29 feridos, 15 dos quais alunos da escola.

"É uma tragédia", disse o presidente Volodimir Zelenski. O relato inicial, do governo provincial de Kiev, era de 18 mortos, mas o número foi revisado duas vezes para baixo. Morreram também os números 2 e 3 do ministério, que lida com as emergências internas do país.

Se comprovada a tese de sabotagem, Monastirski será a mais alta autoridade assassinada desde que as forças de Vladimir Putin atacaram o país vizinho, há quase 11 meses. Mas a pasta então liderada pelo ministro afirma que também estão sendo estudadas outras hipóteses, como defeito técnico e violação de regras de segurança pelos pilotos.

Zelenski reforçou a hipótese de sabotagem durante sua participação por videoconferência no Fórum Econômico Mundial, em Davos. "Isso não foi acidente. Nenhum acidente acontece durante uma guerra. Tudo que acontece é resultado da guerra", declarou o líder, que disse ainda não temer por sua segurança ao ser questionado pelo apresentador do painel, o jornalista Fareed Zakaria.

A primeira-dama, Olena Zelenska, que participa presencialmente do encontro na Suíça, também lamentou a queda do helicóptero. "Um outro dia terrível para a Ucrânia. Uma tragédia que ceifou a vida de todos os que estavam no helicóptero e da liderança do nosso Ministério do Interior", disse.

O incidente ocorre após um dos mais rumorosos ataques contra civis da guerra. No sábado (14), um míssil atribuído à Rússia atingiu um prédio residencial em Dnipro, matando 45 pessoas —ainda há duas dezenas de desaparecidos. O governo de Zelenski acusou os russos de usar um míssil Kh-22, disparado de bombardeiros Tu-22 em espaço aéreo russo, pelo estrago. O modelo foi criado na União Soviética para destruir grandes navios, como porta-aviões, mas tem sido empregado pontualmente contra alvos terrestres, o que diminui a eficácia de seu sistema de guiagem desenhado para superfícies aquáticas.

O Kremlin negou ter mirado o prédio e disse que a tragédia foi fruto de fogo amigo de baterias antiaéreas ucranianas. Um assessor de Zelenski chegou a cogitar a ideia e, pressionado, renunciou. A Força Aérea então emitiu uma rara declaração dizendo que não tem como abater Kh-22 e modelos semelhantes.

No leste ucraniano, os combates prosseguem ferozes na região de Bakhmut, em Donetsk, uma das quatro regiões anexadas ilegalmente por Putin em 30 de setembro. Kiev espera que a Otan, a aliança militar do Ocidente, decida em encontro na sexta-feira (20) pelo envio de tanques de guerra para o país.

O Reino Unido prometeu 14 unidades, pressionando a Alemanha a liberar o emprego do germânico Leopard-2, amplamente usado no continente. Ao menos a Polônia e a Finlândia, grandes operadoras do modelo, já prometeram o envio se liberadas por Berlim.

Pode não ser tão simples. Segundo publicou nesta quarta o jornal The Wall Street Journal (EUA), autoridades alemãs só querem dar o OK para a exportação a terceiros se os americanos fizerem os mesmos com seus tanques de guerra.

É algo bizantino, dado que aliados europeus da Otan não operam modelos de Washington —a Polônia irá fazê-lo em breve. Mas os EUA têm um número incerto, na casa de dezenas, de seus modelos M-1A2 Abrams deslocados para missões na Europa, e assim Berlim parece querer pressionar o governo de Joe Biden a tomar a frente, talvez enviando alguns deles para a Ucrânia.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

UCRÂNIA - As autoridades ucranianas aumentaram na quarta-feira, 18, para cerca de 460 o número de crianças mortas desde o início da invasão russa desencadeada a 24 de Fevereiro de 2022 por ordem do Presidente russo Vladimir Putin.

O Ministério Público ucraniano afirmou numa mensagem na sua conta Telegrama que, até agora, conseguiu verificar a morte de 459 crianças, antes de acrescentar que mais de 900 foram feridas "como resultado da agressão armada em larga escala por parte da Rússia".

"Estes números não são definitivos, pois o trabalho para os estabelecer continua nos lugares de hostilidades ativas, nos territórios temporariamente ocupados e nos territórios libertados", disse, após confirmar a morte de seis menores em resultado de um ataque de fachada a um edifício residencial em Dnipro.

Finalmente, assinalou que a província de Donetsk é a que tem o maior número de vítimas, com 429 mortos e feridos. É seguida pela região de Kharkov com 269, Kiev com 117, Zaporiyia com 84, Kherson com 83, Mikolaiv com 82, Chernobyl com 68, Lugansk com 66 e Dnipropetrovsk com 63.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - O Presidente ucraniano Volodimir Zelenski garantiu na segunda-feira que os responsáveis pelo ataque a um edifício residencial em Dnipro, no leste da Ucrânia, serão julgados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

"Não há dúvida: cada pessoa culpada deste crime de guerra será identificada e levada à justiça", disse, anunciando que o Serviço de Segurança Ucraniano "já começou a recolher informações sobre os militares russos que prepararam e levaram a cabo este ataque".

"Utilizaremos todas as oportunidades disponíveis, tanto domésticas como internacionais, para assegurar que todos os assassinos russos, todos aqueles que dão e executam ordens de terrorismo com mísseis contra o nosso povo, enfrentem sentenças legais", acrescentou, observando que o recente ataque a Dnipro, "bem como outros ataques semelhantes", estão sob a jurisdição do TPI.

A este respeito, disse que asseguraria que "servem o seu castigo", uma vez que é "uma tarefa fundamental para a Ucrânia e para os nossos parceiros".

Zelenski também apelou ao envio de armas pesadas do Ocidente em ligação com o ataque a Dnipro, elogiando o Reino Unido pela decisão de enviar um pacote de ajuda militar que incluía veículos blindados e artilharia.

O presidente ucraniano indicou, portanto, que esta semana "será ainda mais ativa" a nível diplomático, assegurando que no Fórum de Davos "a Ucrânia será ouvida".

As autoridades ucranianas disseram na segunda-feira que 40 pessoas, incluindo três crianças, tinham sido mortas no ataque russo durante o fim-de-semana. Além disso, 75 pessoas foram feridas, 14 delas menores, enquanto mais de 30 pessoas estão desaparecidas. Os serviços de emergência conseguiram salvar cerca de 40 pessoas, incluindo seis crianças.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - O número de mortos após o ataque russo a um edifício residencial em Dnipro, no leste da Ucrânia, no sábado, subiu para 21, incluindo uma criança, confirmou o chefe do conselho regional de Dnipropetrovsk, Mikola Lukashuk.

No seu relato Telegrama, o governador disse que 73 pessoas foram feridas, incluindo 14 crianças, e 38 pessoas, incluindo seis menores, foram resgatadas.

Os serviços de salvamento, no entanto, ainda estão à procura de 35 pessoas desaparecidas.

Entretanto, o governador da região, Valentin Reznichenko, informou que "o desmantelamento das estruturas destruídas do edifício continua" e "já foram removidas quase 3.500 toneladas de destroços".

Pelo menos 72 casas foram destruídas e outras 230 danificadas.

"Todos os serviços estão agora a trabalhar nos locais onde os mísseis russos atingiram. Dos mais de 30 mísseis lançados sobre a Ucrânia durante o dia, mais de 20 foram abatidos", disse o primeiro-ministro ucraniano Denis Shmigal via Telegrama.

Além disso, Shmigal confirmou que várias instalações de infra-estruturas energéticas foram também atingidas ontem. "Em relação a isto, a situação mais difícil é em Kharkov e Kiev", acrescentou ele.

De acordo com as autoridades, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano publicou uma imagem do edifício atingido, cuja fachada apresenta graves danos materiais.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - O exército ucraniano afirma, nesta sexta-feira (13), conter uma intensa ofensiva russa em Soledar, pequena cidade no leste do país, sob pressão crescente das tropas de Moscou. Uma vitória na região poderia custar, para a Rússia, toda sua artilharia e prejudicar as possibilidades de uma ofensiva de inverno. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir na noite desta sexta-feira para discutir a situação na Ucrânia, quase 11 meses após o início da invasão russa.

"O inimigo lançou quase todas as suas forças principais na direção de Donetsk e está mantendo uma ofensiva de grande intensidade" em Soledar, disse o vice-ministro ucraniano da Defesa, Ganna Maliar, no Telegram.

Os russos tentam conquistar esta área do leste da Ucrânia, junto com a cidade de Bakhmut, localizada 15 km a sudoeste de Soledar. "É uma fase difícil da guerra, mas vamos vencê-la", prometeu Maliar.

A captura de Soledar, de cerca de 10.000 habitantes antes da guerra, agora completamente destruída, permitiria a Moscou finalmente ter uma vitória militar, após uma série de reveses humilhantes.

Os combates em torno da cidade duram vários meses, mas sua intensidade aumentou nos últimos dias, com o exército ucraniano lutando contra os mercenários do grupo paramilitar russo Wagner. "Nossos combatentes estão tentando bravamente manter nossa defesa", disse Maliar.

 

Artilharia pesada

O exército russo concentrou suas doze brigadas de artilharia ao redor de Bakhmut e Soledar. Quase todos os canhões russos estão lá: a artilharia motorizada de grande calibre, como o 2S7 Pion de 207mm e os canhões 152, mas também lançadores de mísseis rebocados da década de 1980.

Moscou está usando seus estoques, de acordo com Philippe Gros, pesquisador da Fundação de Pesquisa Estratégica de Paris. Para evitar o desgaste muito rápido da artilharia, eles limitam os disparos diários a 24 tiros por canhão.

"Uma arma 152, após 2.000 tiros, deve ser substituída”, explica Gros. "Não está nada claro que os russos tenham muita artilharia de reserva. A operação para manter a retaguarda é pesada. Desde o início da guerra, eles já usaram centenas de canhões rebocados, o que significa que sua artilharia já estava gasta antes deste conflito. Tem um problema de desgaste que se torna absolutamente decisivo. É por isso que me pergunto com o que eles poderão equipar as tropas para voltar à ofensiva. Com que material? Que munição?", questiona o pesquisador.

Um segundo contingente dos 300.000 soldados russos recrutados logo estará operacional. As forças russas poderiam ainda ser complementadas por uma segunda leva de recrutamentos, para um grande ataque no final do inverno.

Mas sem a artilharia, este ataque seria essencialmente humano, com “soldados descartáveis”, como são chamados pelos próprios generais russos, antes de cada ofensiva.

 

Soledar já conquistada

Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), organização sediada nos Estados Unidos que acompanha a evolução dos combates em tempo real, "as forças russas (na realidade) provavelmente capturaram Soledar em 11 de janeiro".

Para sustentar sua declaração, o ISW aponta para "fotos georreferenciadas publicadas em 11 e 12 de janeiro" que "indicam que as forças russas provavelmente controlam a maior parte, senão toda, de Soledar e provavelmente expulsaram as forças ucranianas da periferia oeste da cidade".

Mas, de acordo com o Instituto, a captura da cidade "provavelmente não indicaria um cerco iminente de Bakhmut" e "não permitirá que as forças russas exerçam controle sobre as importantes linhas terrestres de comunicação ucranianas" para as grandes cidades da região.

 

Tudo para evitar conquista de Soledar e Bakhmut

Na quinta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu fornecer "tudo o que for necessário" para que seu exército resista aos ataques russos em Soledar e Bakhmut.

Na véspera, o líder do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigojine, havia reivindicado a captura de Soledar, antes de ser rapidamente desmentido não só por Kiev, mas também pelo Ministério da Defesa russo com o qual mantém relações de rivalidade.

Sem apresentar números, Mykhaïlo Podoliak, assessor da presidência ucraniana, já reconheceu à AFP "perdas significativas" nesta "batalha sangrenta", estimando que também foram "enormes" no campo adversário. No entanto, o Ministério da Defesa russo não confirmou.

O exército ucraniano disse ter repelido ataques na quinta-feira em mais de uma dezena de localidades da região. "Ainda há muito trabalho a fazer", disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov a repórteres.

 

 

RFI e AFP

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