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UCRÂNIA - O Presidente ucraniano Volodimir Zelenski garantiu na segunda-feira que os responsáveis pelo ataque a um edifício residencial em Dnipro, no leste da Ucrânia, serão julgados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

"Não há dúvida: cada pessoa culpada deste crime de guerra será identificada e levada à justiça", disse, anunciando que o Serviço de Segurança Ucraniano "já começou a recolher informações sobre os militares russos que prepararam e levaram a cabo este ataque".

"Utilizaremos todas as oportunidades disponíveis, tanto domésticas como internacionais, para assegurar que todos os assassinos russos, todos aqueles que dão e executam ordens de terrorismo com mísseis contra o nosso povo, enfrentem sentenças legais", acrescentou, observando que o recente ataque a Dnipro, "bem como outros ataques semelhantes", estão sob a jurisdição do TPI.

A este respeito, disse que asseguraria que "servem o seu castigo", uma vez que é "uma tarefa fundamental para a Ucrânia e para os nossos parceiros".

Zelenski também apelou ao envio de armas pesadas do Ocidente em ligação com o ataque a Dnipro, elogiando o Reino Unido pela decisão de enviar um pacote de ajuda militar que incluía veículos blindados e artilharia.

O presidente ucraniano indicou, portanto, que esta semana "será ainda mais ativa" a nível diplomático, assegurando que no Fórum de Davos "a Ucrânia será ouvida".

As autoridades ucranianas disseram na segunda-feira que 40 pessoas, incluindo três crianças, tinham sido mortas no ataque russo durante o fim-de-semana. Além disso, 75 pessoas foram feridas, 14 delas menores, enquanto mais de 30 pessoas estão desaparecidas. Os serviços de emergência conseguiram salvar cerca de 40 pessoas, incluindo seis crianças.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - O número de mortos após o ataque russo a um edifício residencial em Dnipro, no leste da Ucrânia, no sábado, subiu para 21, incluindo uma criança, confirmou o chefe do conselho regional de Dnipropetrovsk, Mikola Lukashuk.

No seu relato Telegrama, o governador disse que 73 pessoas foram feridas, incluindo 14 crianças, e 38 pessoas, incluindo seis menores, foram resgatadas.

Os serviços de salvamento, no entanto, ainda estão à procura de 35 pessoas desaparecidas.

Entretanto, o governador da região, Valentin Reznichenko, informou que "o desmantelamento das estruturas destruídas do edifício continua" e "já foram removidas quase 3.500 toneladas de destroços".

Pelo menos 72 casas foram destruídas e outras 230 danificadas.

"Todos os serviços estão agora a trabalhar nos locais onde os mísseis russos atingiram. Dos mais de 30 mísseis lançados sobre a Ucrânia durante o dia, mais de 20 foram abatidos", disse o primeiro-ministro ucraniano Denis Shmigal via Telegrama.

Além disso, Shmigal confirmou que várias instalações de infra-estruturas energéticas foram também atingidas ontem. "Em relação a isto, a situação mais difícil é em Kharkov e Kiev", acrescentou ele.

De acordo com as autoridades, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano publicou uma imagem do edifício atingido, cuja fachada apresenta graves danos materiais.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - O exército ucraniano afirma, nesta sexta-feira (13), conter uma intensa ofensiva russa em Soledar, pequena cidade no leste do país, sob pressão crescente das tropas de Moscou. Uma vitória na região poderia custar, para a Rússia, toda sua artilharia e prejudicar as possibilidades de uma ofensiva de inverno. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir na noite desta sexta-feira para discutir a situação na Ucrânia, quase 11 meses após o início da invasão russa.

"O inimigo lançou quase todas as suas forças principais na direção de Donetsk e está mantendo uma ofensiva de grande intensidade" em Soledar, disse o vice-ministro ucraniano da Defesa, Ganna Maliar, no Telegram.

Os russos tentam conquistar esta área do leste da Ucrânia, junto com a cidade de Bakhmut, localizada 15 km a sudoeste de Soledar. "É uma fase difícil da guerra, mas vamos vencê-la", prometeu Maliar.

A captura de Soledar, de cerca de 10.000 habitantes antes da guerra, agora completamente destruída, permitiria a Moscou finalmente ter uma vitória militar, após uma série de reveses humilhantes.

Os combates em torno da cidade duram vários meses, mas sua intensidade aumentou nos últimos dias, com o exército ucraniano lutando contra os mercenários do grupo paramilitar russo Wagner. "Nossos combatentes estão tentando bravamente manter nossa defesa", disse Maliar.

 

Artilharia pesada

O exército russo concentrou suas doze brigadas de artilharia ao redor de Bakhmut e Soledar. Quase todos os canhões russos estão lá: a artilharia motorizada de grande calibre, como o 2S7 Pion de 207mm e os canhões 152, mas também lançadores de mísseis rebocados da década de 1980.

Moscou está usando seus estoques, de acordo com Philippe Gros, pesquisador da Fundação de Pesquisa Estratégica de Paris. Para evitar o desgaste muito rápido da artilharia, eles limitam os disparos diários a 24 tiros por canhão.

"Uma arma 152, após 2.000 tiros, deve ser substituída”, explica Gros. "Não está nada claro que os russos tenham muita artilharia de reserva. A operação para manter a retaguarda é pesada. Desde o início da guerra, eles já usaram centenas de canhões rebocados, o que significa que sua artilharia já estava gasta antes deste conflito. Tem um problema de desgaste que se torna absolutamente decisivo. É por isso que me pergunto com o que eles poderão equipar as tropas para voltar à ofensiva. Com que material? Que munição?", questiona o pesquisador.

Um segundo contingente dos 300.000 soldados russos recrutados logo estará operacional. As forças russas poderiam ainda ser complementadas por uma segunda leva de recrutamentos, para um grande ataque no final do inverno.

Mas sem a artilharia, este ataque seria essencialmente humano, com “soldados descartáveis”, como são chamados pelos próprios generais russos, antes de cada ofensiva.

 

Soledar já conquistada

Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), organização sediada nos Estados Unidos que acompanha a evolução dos combates em tempo real, "as forças russas (na realidade) provavelmente capturaram Soledar em 11 de janeiro".

Para sustentar sua declaração, o ISW aponta para "fotos georreferenciadas publicadas em 11 e 12 de janeiro" que "indicam que as forças russas provavelmente controlam a maior parte, senão toda, de Soledar e provavelmente expulsaram as forças ucranianas da periferia oeste da cidade".

Mas, de acordo com o Instituto, a captura da cidade "provavelmente não indicaria um cerco iminente de Bakhmut" e "não permitirá que as forças russas exerçam controle sobre as importantes linhas terrestres de comunicação ucranianas" para as grandes cidades da região.

 

Tudo para evitar conquista de Soledar e Bakhmut

Na quinta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu fornecer "tudo o que for necessário" para que seu exército resista aos ataques russos em Soledar e Bakhmut.

Na véspera, o líder do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigojine, havia reivindicado a captura de Soledar, antes de ser rapidamente desmentido não só por Kiev, mas também pelo Ministério da Defesa russo com o qual mantém relações de rivalidade.

Sem apresentar números, Mykhaïlo Podoliak, assessor da presidência ucraniana, já reconheceu à AFP "perdas significativas" nesta "batalha sangrenta", estimando que também foram "enormes" no campo adversário. No entanto, o Ministério da Defesa russo não confirmou.

O exército ucraniano disse ter repelido ataques na quinta-feira em mais de uma dezena de localidades da região. "Ainda há muito trabalho a fazer", disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov a repórteres.

 

 

RFI e AFP

RÚSSIA - O Ministério da Defesa russo anunciou na quarta-feira, 11, um novo comandante encarregado das forças russas destacadas na Ucrânia, onde Moscovo conduz o que descreve como uma "operação militar especial".

O governo confirmou numa declaração a nomeação de Valeri Gerasimov como o novo comandante militar na Ucrânia, bem como os seus adjuntos, sem especificar as razões da mudança, relata a agência noticiosa Interfax.

Gerasimov, que já era uma figura importante nas forças armadas, substitui Sergei Surovikin, que foi nomeado em Novembro de 2022 e irá agora atuar como adjunto.

O Presidente russo Vladimir Putin também apelou numa reunião governamental para um maior reforço das armas e "sem dúvida" para a resolução de "todos os problemas" relacionados com o fornecimento de tropas destacadas em território ucraniano, de acordo com a agência noticiosa TASS.

Os problemas logísticos, bem como outros relacionados com a cadeia de comando, estão alegadamente a marcar a implantação da Rússia no país vizinho, onde os combates continuam, principalmente no leste. Na quarta-feira, as partes deram versões contraditórias da situação na aldeia de Soledar, a poucos quilómetros de Bajmut.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - Após meses de impasse em torno da estratégica cidade de Bakhmut, em Donetsk, no leste da Ucrânia, forças russas mudaram sua tática e conseguiram avançar para uma posição que pode lhes permitir romper as defesas ucranianas na região.

De acordo com blogueiros militares russos e avaliação do Ministério da Defesa do Reino Unido, tropas do grupo mercenário russo Wagner controlam quase toda Soledar, uma cidadezinha de 10 mil habitantes famosa por sua mina de sal, que fica 15 km a nordeste de Bakhmut.

Desde outubro, russos e ucranianos transformam a região numa terra arrasada, um moedor de carne humana na definição das Forças Armadas de Kiev. Bakhmut é hoje mais ruína, ao estilo do que ocorreu em Mariupol, tomada pelos russos no mais sangrento cerco da guerra iniciada em fevereiro de 2022.

As linhas de suprimento para as forças da Ucrânia em Bakhmut foram interrompidas. Na segunda (9), o presidente Volodimir Zelenski disse que, "graças à resistência em Soledar, ganhamos tempo", sem especificar para quê. Donetsk é, das quatro regiões anexadas por Vladimir Putin em setembro, a menos controlada pelos russos talvez algo mais do que 50% dela esteja em mãos de Moscou. Há ações ofensivas também em Liman, cidade de onde os russos se retiraram em outubro, e Adviika.

A situação difícil consolida o fim da onda de otimismo exagerado acerca do momento pró-Kiev da guerra, que se mostrava evidente pela sequência de boas notícias para Zelenski: a retomada de territórios em Kharkiv, no nordeste do país e a retirada de forças russas da margem oeste do rio Dnieper em Kherson, abandonando a capital regional homônima, maior cidade que haviam conquistado.

Houve lances mais simbólicos, como os ataques com drones a bases aéreas no interior da Rússia e um ataque mortífero contra uma base com recrutas em Donetsk, mas o fato é que do fim do ano para cá o impasse voltou a dominar a cena com um viés favorável aos russos, que têm tido tempo para se reorganizar e empregar os 320 mil reservistas que mobilizaram para os moedores de carne a oeste.

"Os soldados são feridos e morrem de frio ou de perda de sangue, sem que ninguém os colete", afirmou o analista militar ucraniano Oleh Jdanov no YouTube, pintando um quadro mais cruel do lado do adversário.

No sul do país, os ucranianos não conseguiram avançar além das linhas defensivas mais elaboradas dos russos na margem leste do Dnieper, e Moscou segue impondo uma campanha punitiva contra civis, mirando com mísseis e drones suicidas a infraestrutura energética do país em pleno inverno.

Na semana passada, após grande protelação, países ocidentais anunciaram o envio de blindados para a Ucrânia, exatamente o tipo de armamento necessário para a campanha no leste que pressupõe seu emprego para romper linhas, no que de resto é uma grande batalha de artilharia.

Os números, contudo, ainda são modestos, e não há sinais de tanques de guerra, uma demanda de Kiev. Os EUA enviarão 50 blindados de combate de infantaria Bradley, a Alemanha, 40 similares Marder e a França, um número incerto de tanques leves AMX.

Se ficar nisso, não deve ser suficiente para mudar o rumo da guerra, assim como as complexas baterias antiaéreas Patriot americanas, que serão cedidas por países da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, como a Alemanha representantes do Pentágono confirmaram à imprensa americana nesta terça que receberão em breve soldados ucranianos para treiná-los a operar o sistema. Se o influxo aumentar, como no caso dos lançadores de foguetes Himars, o impacto pode ser significativo.

Zelenski quer ao menos 300 novos tanques ocidentais. Da sua frota de 987 veículos pré-guerra, acrescida de 230 modelos soviéticos T-72 da Polônia, ao menos 444 foram destruídos, de acordo com o site de monitoramento militar holandês Oryx. O Reino Unido, segundo a imprensa local, estuda enviar alguns modelos pesados Challenger-2, buscando assim incentivar a Alemanha a fazer o mesmo movimento com seus modernos Leopard-2. Um ex-comandante da Otan, o general britânico Richard Shirreff, disse à rádio londrina LBC que "o Ocidente deveria ter enviado tanques muito antes".

Putin já sinalizou que, ao menos neste momento, estaria satisfeito em negociar uma paz que o deixasse com os nacos que anexou da Ucrânia, cerca de 20% dos territórios do país, incluindo a Crimeia, que absorveu em 2014. Kiev não aceita, por óbvio, tal posição.

No Ocidente, o momento russo não passou despercebido. Após semanas falando sobre o que considerava derrota certa de Moscou, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça (10) que "não se deve subestimar a Rússia". Assim, além de fazer um "hedge" acerca da situação em campo, abre espaço para o aumento no envio de armas para Kiev, algo que tem sido ajustado ao longo do conflito pelo temor de que os russos considerassem o fornecimento de caças, por exemplo, um envolvimento direto demais da aliança no conflito arriscando uma Terceira Guerra Mundial.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S. PAULO

UCRÂNIA - A Comissária Russa dos Direitos Humanos Tatiana Moskalkova confirmou na segunda-feira, 09, que planeia encontrar-se com o seu homólogo ucraniano Dmitry Lubinez na Turquia esta semana.

Questionado sobre a possibilidade de se encontrar com o seu homólogo ucraniano, Moskalkova disse que o encontro teria lugar entre 12 e 14 de Janeiro na Turquia, que tem vindo a mediar entre a Rússia e a Ucrânia desde o início da invasão russa, informou a TASS.

"Confirmo que estou a planear uma tal reunião. Um grande fórum organizado pelo Provedor de Justiça da Turquia será realizado na Turquia. E falámos sobre a possibilidade de uma reunião e de uma agenda aproximada", disse o Comissário russo dos Direitos Humanos.

No entanto, Moskalkova não desenvolveu as questões que serão discutidas nas conversações com Lubinez. A Ucrânia ainda não confirmou a reunião.

A 8 de Dezembro, Moskalkova anunciou que estava a negociar com a Lubinets o regresso mútuo dos cidadãos contra os quais tinha sido iniciado um processo penal, de acordo com a "Kommersant".

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - As autoridades pró-russas na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, anunciaram na segunda-feira que assumiram o controlo da cidade de Bajmutske, a sul de Soledar, ao avançarem para a cidade de Bajmut, que Kiev vê como um símbolo da "indomitabilidade" do país.

"Hoje, 9 de Janeiro de 2023, Bakhmutske foi libertado no território de Donetsk pelas Forças Armadas russas", disse o exército numa mensagem na sua conta do Telegrama.

As forças russas continuam as suas operações com o objectivo de finalmente verem Bajmut cair, apesar das tentativas falhadas de confiscar a área até agora.

A cidade emergiu recentemente como um dos pontos quentes do conflito na Ucrânia. As autoridades de Kiev têm repetidamente detalhado que é em Bakhmut que a Rússia está agora a concentrar a maior parte dos seus esforços para confiscar a cidade.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

UCRÂNIA - Desde o início da invasão russa na Ucrânia, a guerra no leste europeu é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e, sem dúvidas, o mais noticiado nos veículos de comunicação. Além do conflito em si, um piloto ucraniano viralizou no TikTok ao fazer vídeos mostrando seu dia a dia pilotando um helicóptero Mil Mi-8 para a Ucrânia.

Com o nome de just.one.more.captain (apenas mais um capitão), o perfil vem fazendo sucesso com vídeos dos momentos tensos da guerra, mas com humor. Confira acima

Mil Mi-8

O Mil Mi-8 é um helicóptero russo desenvolvido na década de 1960 para transporte de carga ou tropas. O Mi-8 é uma das aeronaves mais produzidas do mundo (cerca de 17 mil unidades foram construídas), estando em serviço em mais de 50 países. A Rússia é o seu principal construtor e o maior operador dos helicópteros tipo Mi-8/Mi-17.

 

 

ISTOÉ

RÚSSIA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, na quinta-feira (5), a aplicação de um cessar-fogo a suas tropas na Ucrânia nos dias 6 e 7 de janeiro, por ocasião do Natal ortodoxo, um anúncio recebido com frieza por Kiev e seus aliados.

O anúncio acontece depois que o patriarca da igreja ortodoxa russa Kirill, de 76 anos, pediu uma pausa nos combates na véspera do Natal ortodoxo, que será comemorado no sábado.

"Em vista do chamado de Sua Santidade, o patriarca Kirill, instruo o ministro da Defesa da Rússia a introduzir um regime de cessar-fogo ao longo de toda linha de contato entre as partes na Ucrânia", anunciou o Kremlin em nota.

A trégua terá início às 12h locais (6h em Brasília) de 6 de janeiro e vai até as 24h locais (18h em Brasília) de 7 de janeiro, acrescentou.

O anúncio de Putin foi recebido com frieza pelas autoridades ucranianas.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, garantiu que tratava-se de uma "desculpa para frear o avanço" das tropas de Kiev no Donbass e que serviria para o envio de "equipamentos, munição e aproximar tropas de nossas posições".

"Qual será o resultado? Mais mortes", afirmou.

Mais cedo, o assessor da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, classificou o anúncio russo de "hipocrisia" e insistiu em que as tropas de Moscou deveriam abandonar a Ucrânia.

"A Rússia deve deixar os territórios ocupados. Somente então haverá uma 'trégua temporária'. Fique com sua hipocrisia", tuitou.

 

- "Buscando oxigênio" -

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também não recebeu o anúncio com otimismo.

Vladimir Putin "estava pronto para bombardear hospitais, creches e igrejas" no dia 25 de dezembro e no Ano Novo, criticou durante um discurso na Casa Branca. "Acredito que ele esteja buscando um pouco de oxigênio", acrescentou.

A Alemanha afirmou que o cessar-fogo não garantiria mais "liberdade nem segurança às pessoas que vivem com medo diário sob a ocupação russa".

O Reino Unido insistiu em que Moscou deve retirar "permanentemente suas forças (...) do território ucraniano e acabar com os ataques bárbaros contra civis inocentes".

Tanto a Alemanha quanto os Estados Unidos concordaram nesta quinta-feira em enviar veículos blindados de combate à Ucrânia para ajudar na contraofensiva, anunciou a Casa Branca.

Além disso, Berlim seguirá o exemplo de Washington e também entregará um sistema de defesa antiaérea Patriot a Kiev.

A Rússia está disposta a iniciar um "diálogo sério" com a Ucrânia, mas com a condição de que Kiev aceite "as novas realidades territoriais" que surgiram após a invasão do país, disse Putin ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em conversa por telefone.

O mandatário turco pediu a Putin a aplicação de um "cessar-fogo unilateral" para dar início às negociações de paz com Kiev.

Em setembro, Moscou reivindicou a anexação de quatro oblasts (províncias) que ocupa parcialmente na Ucrânia, assim como já havia feito com a península ucraniana da Crimeia em março de 2014.

Zelensky, no entanto, recusa-se a negociar com a Rússia enquanto Putin estiver no poder, insistindo em que o objetivo é recuperar todos os territórios ocupados.

 

- "Deixaremos a cidade" -

Os apelos de cessar-fogo ocorrem dias depois de um ataque ucraniano na véspera do Ano Novo com pelo menos 89 soldados russos mortos em Makiivka, na província anexada de Donetsk.

Em um fato pouco comum desde o início do conflito, o Exército russo admitiu este trágico balanço após o bombardeio, o que lhe rendeu duras críticas.

Na frente de batalha, os combates continuam intensos. Em Chasiv Yar, uma localidade situada a menos de 20 km de Bakhmut, os moradores disseram à AFP que um míssil russo havia atingido um edifício, ferindo um homem e uma mulher.

A explosão destruiu as janelas de um edifício contíguo e de um hospital, deixando muitos escombros pelo chão.

"Quando ficar muito difícil, vamos deixar a cidade", declarou Olena, uma moradora, à AFP. "Tenho três cachorros. Já teria partido se alguém aceitasse levá-los, mas ninguém quer", explicou.

Mais ao sul, em Berislav, cidade próxima a Kherson, os bombardeios causaram a morte de duas pessoas, segundo o chefe adjunto da administração presidencial, Kirilo Timochenko.

Outras duas morreram um ataque no oblast de Zaporizhzhia, também no sul, segundo o governador Oleksandr Starukh.

 

 

AFP

RÚSSIA - O chefe da Igreja Ortodoxa na Rússia, Patriarca Kirill, pediu na quinta-feira uma trégua na guerra na Ucrânia entre sexta-feira e sábado para assinalar as celebrações do Natal Ortodoxo.

"Eu, Kirill, Patriarca de Moscovo e Toda a Rússia, apelo a todas as partes envolvidas no conflito interno para que mantenham um cessar-fogo e estabeleçam uma trégua de Natal a partir do meio-dia de 6 de Janeiro até à meia-noite de 7 de Janeiro, para que a população ortodoxa possa assistir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo", disse ele numa mensagem publicada no website da Igreja Ortodoxa Russa.

A guerra na Ucrânia eclodiu a 24 de Fevereiro por ordem do Presidente russo Vladimir Putin, que dias antes tinha reconhecido a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, localizadas na região de Donbas (leste) e o cenário de conflito desde 2014.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Pedro Santos / NEWS 360

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