KIEV - Um ataque aéreo noturno em Kiev causou pelo menos uma morte e quatro feridos, informaram as autoridades locais nesta quinta-feira (13), noite de quarta-feira em Brasília, na terceira noite consecutiva de ataques contra a capital da Ucrânia. Os serviços de emergência responderam a chamadas dos distritos de Solomyansky, Shevchenkivsky, Podilsky e Darnytsky após uma série de "explosões na capital", segundo o prefeito, Vitali Klitschko.
A noite foi novamente difícil para os habitantes de Kiev. As sirenes soaram na capital ucraniana pela terceira noite consecutiva. Várias explosões, bem como o som de drones Shahed, de fabricação iraniana, foram ouvidos no centro da cidade. Aqui, eles são chamados de "vespas" (scooters) porque o ruído é bastante semelhante ao deste modelo de moto.
“Vinte drones Shahed foram destruídos, todos os que voavam foram abatidos. Dois mísseis de cruzeiro Kalibr também foram eliminados”, disse o porta-voz da força aérea ucraniana, Yuriy Ignat, que disse que eles foram derrubados “principalmente na região de Kiev”. A defesa aérea destruiu uma dúzia deste tipo de equipamento nos céus da cidade.
Os destroços que caem provocam danos e incêndios, além de poder matar pessoas. A informação ainda não foi completamente esclarecida, mas, segundo fontes locais, nesta noite foram afetados cinco bairros do centro da capital, três prédios de apartamentos e um parque. Pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas. Centenas de bombeiros foram mobilizados.
Hesitação da Otan
Não há indícios neste momento de que os ataques a infraestruturas civis vão cessar, um dia depois do fim da cúpula da Otan organizada em Vilnius, na Estônia.
Três quartos dos ucranianos já perderam um membro da família ou uma pessoa próxima desde o início da invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia no ano passado e todo mundo conhece um ou mais soldados lutando nas frentes militares. Por isso, a falta de precisão no calendário para a adesão da Ucrânia à Otan não agrada à opinião pública local. Se os ucranianos estão muito atentos e muito gratos pelas entregas de armas que se anunciam como garantias de segurança, eles também têm a sensação de terem pago durante anos em vidas humanas o preço desta guerra.
Com a correspondente da RFI em Kiev, Emmanuelle Chaze, e AFP
por Jeffrey Epstein