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Radio Sanca Web TV - Quinta, 08 Abril 2021

Projeto está na terceira fase e, em breve, resultados serão disponibilizados na Internet

 

SÃO CARLOS/SP - Estamos vivendo a pior pandemia de escala global. A Covid-19 continua fazendo milhares de vítimas por dia em todo o mundo. O Brasil, hoje, é o epicentro da doença, com o maior número de mortes diárias. Nesse cenário, as projeções a curto e médio prazos são de extrema relevância a fim de possibilitar a formulação de políticas públicas que minimizem os efeitos da doença no sistema de saúde.

Um grupo de pesquisadores de áreas diferentes, como Matemática, Ciência da Computação e Medicina, resolveu se unir para desenvolver o projeto "Acompanhamento de curvas de casos, mortes e internações por Covid-19: modelagem matemática, projeção futura e previsão de cenários", um projeto de modelagem de curvas que prevê notificações oficiais sobre a pandemia.

"A Matemática contribui no entendimento e uso das funções logísticas generalizadas. A Computação no uso de algoritmos genéticos para otimizar o valor dos parâmetros das funções logísticas generalizadas e também com algoritmos para detecção de novas ondas com base nos dados de média móvel de casos. E a Medicina para indicar o uso de parâmetros efetivos de transmissão, como exemplo, a taxa de transmissão de forma a verificar se as curvas estão em conformidade com os aspectos epidemiológicos esperados para a doença", explicou Ricardo Rodrigues Ciferri, docente do Departamento de Computação (DC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Além dele, também integram o projeto Gil Vicente Reis de Figueiredo, docente aposentado do Departamento de Matemática (DM) da UFSCar e idealizador do projeto; José Antonio Salvador, docente do DM da UFSCar; Domingos Alves, docente do Departamento de Medicina Social da Universidade de São Paulo (USP); e o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) pela UFSCar, Douglas Menegol Folletto.

O projeto, apoiado pelo Sindicato dos Docentes em Instituições Federais de Ensino Superior dos Municípios de São Carlos, Araras e Sorocaba (ADUFSCar), foi desenvolvido em fases. A primeira fase objetivou apenas representar as curvas de casos já ocorridas por meio de equações matemáticas. Pelo fato de a pandemia de Covid-19 ser composta de múltiplas ondas sucessivas e com sobreposição, diferente de outras pandemias e epidemias, Figueiredo propôs uma solução a partir da composição de várias ondas, cada qual representada por uma função logística generalizada. Apesar da ideia ser promissora, a solução ainda não conseguia representar adequadamente as curvas devido à dificuldade de se escolher valores mais adequados para os valores dos parâmetros das funções logísticas. Assim, Ricardo Ciferri entrou no projeto de forma a auxiliar no uso de soluções computacionais para identificar esses valores para os parâmetros das funções logísticas. Em seguida, Salvador foi integrado para ajustar os valores das funções logísticas generalizadas e também para ajudar na identificação de novas ondas. "A primeira fase do projeto foi desenvolvida com sucesso e conseguimos representar com muito boa precisão as curvas de casos por meio de ondas, cada qual representada por uma função logística generalizada", avaliou o professor do DC.

A segunda fase do projeto teve por objetivo fazer projeção futura, ou seja, estimar o valor esperado para acontecer nos próximos 30 dias. Como a projeção conseguida não foi satisfatória, surgiu a ideia de convidar, para integrar o projeto, o professor Alves, visando ajudar na qualidade da projeção. Nesse momento, o projeto está na terceira fase, que consiste em fazer previsões com base em cenários distintos, algo como, "se aumentar o percentual de vacinação de 9% para 90%, o que acontece com a estimativa futura?"

O projeto usa dados públicos de média móvel de 14 dias de casos, mortes, internações em enfermaria e internações em UTI, disponibilizados pelo Governo Federal e pelas secretarias estaduais de saúde. 

A projeção do modelo pode ser infinita, mas do ponto de vista de precisão, foram obtidos muito bons resultados com até 14 dias e bons resultados entre 20 e 30 dias. Na prática, os dados vêm sendo trabalhados com projeção futura de até 30 dias. 

"A pesquisa está em fase de execução de testes exaustivos para verificar a confiabilidade estatística do modelo. Executamos vários testes e tivemos resultados promissores, com precisão frequente de erro de menos de 2% para 14 dias e já tivemos casos de projeção de 25 dias com erro menor do que 7%. Um erro de até 15% é aceitável para esse tipo de problema. Para projeções de 30 dias, temos alcançado erro de 10%", afirmou.

Os resultados são divulgados por meio de relatórios emitidos semanalmente pela ADUFSCar. Em breve, serão disponibilizados pela Internet.

A pergunta que não quer calar: quais são as projeções para os próximos dias? Nada boas. "Segundo o nosso modelo estamos na quinta onda com pico de casos previstos entre 6 de abril e 10 de abril. O pico de mortes tem um deslocamento de 14 dias e, atualmente, está no meio da curva ascendente. Porém, com o feriado da Páscoa, provavelmente teremos a sexta onda e, com isso, a pandemia pode ter novamente duas ondas sobrepostas em momentos distintos (uma onda terminando e outra começando), cuja soma dos efeitos pode ser devastadora", concluiu o pesquisador.

SÃO PAULO/SP - Em 7 de abril de 1941, em Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro, nascia Antônio Carlos Bernardes Gomes, que mais tarde se tornaria um dos principais artistas brasileiros, eternizado pelo personagem Mussum, de Os Trapalhões. Lucio Mauro Filho celebrou os 80 anos do músico e humorista, com quem conviveu na sua infância.

Em postagem no Instagram na quarta-feira, 7, o ator compartilhou um vídeo de Mussum dando entrevista e cantando. Na legenda, relembrou com carinho sua relação com o artista. "Antônio Carlos Bernardes Gomes, Carlinhos da Mangueira, Carlinhos Reco-Reco, Mussum. Hoje faria 80 anos, aquele que foi o primeiro artista negro de quem me tornei fã. Papai dirigiu Os Trapalhões durante uma temporada e também participava como ator. Era a trupe dos sonhos para uma criança do final dos anos 70."

Lucio contou sobre sua impressão quando foi apresentado à Mussum, que apesar de ser engraçado, também sabia tratar de assuntos sérios. "Ele foi um dos primeiros artistas a me dar o entendimento da diferença entre o personagem e a pessoa real. Pra completar, tínhamos todos os discos dos Originais do Samba em casa, o que também me chamou atenção, provando que um artista pode fazer tudo."

O ator destacou o pioneirismo de seu ídolo. "Mussum ao mesmo tempo que servia a Força Aérea Brasileira, se apresentava como percussionista na trupe de Carlos Machado. Seu lado humorista sempre chamou atenção, inclusive de Grande Otelo que foi grande incentivador. Passou pela Escolinha do Professor Raimundo de Chico Anysio lá pro final dos anos 60 e finalmente foi integrar o trio Trapalhões (Zacarias viria depois). Mussum foi um dos primeiros artistas negros a protagonizar na TV. Foi um pioneiro em todos os sentidos."

Além de ser uma influência na vida de Lucio Mauro Filho, Mussum lhe deu um grande companheiro. "Uma influência na minha vida, que se já não bastasse, ainda colocou no mundo seu filho Antonio Carlos, meu querido irmão, homem doce e que herdou do pai o talento e carisma. Viva Mussum!", comemorou.

Mussum morreu em 29 de julho de 1994, em São Paulo, por complicações pós-operatórias de um transplante de coração.

Antônio Carlos Santana, conhecido como Mussunzinho, homenageou o pai no Instagram. 

 

 

*Por: ESTADÃO

Publicado em Celebridades

SÃO PAULO/SP - Andressa Suita estrelou uma sessão de fotos em sua mansão e comentou estar com vontade de sair para curtir a noite. Mas, por conta da pandemia, claro, ela teve que desistir.

A modelo, ex-mulher do cantor Gusttavo Lima, trabalhou de home office posando para uma sessão de fotos em sua própria casa. Ela dividiu com seus fãs que caprichou nas poses para as fotos que foram feitas em diversos cômodos da casa e ainda brincou sobre estar toda arrumada e não poder aproveitar a produção e o look para sair:

“Por hoje é só! E eu estou aqui, ó, toda arrumada, maquiada, louca pra sair pra algum lugar, mas vou me desmontar e ficar em casa mesmo [risos]”, disse.

 

 

*Por: Renata Jordão / DESEJO LUXO

Publicado em Celebridades

SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania) alertou na quinta-feira (8) para a necessidade de adoção de lockdown em São Carlos, diante do aumento de mortes por Covid-19 e da falta de leitos e insumos hospitalares na cidade. Aliado a isso, defende que a Prefeitura inicie um planejamento de retomada da economia, a partir de um conjunto de medidas locais de apoio aos pequenos e médios empreendedores para enfrentar esse momento crítico. 

“O lockdown imediato precisa se fazer acompanhar de um planejamento da recuperação econômica a partir do controle da transmissão da doença e do número de mortes, que é assustador”, ponderou o parlamentar. 

Ele acrescentou que “sem lockdown neste momento, não salvaremos nem a saúde, nem a economia", fazendo eco a cientistas como Miguel Nicolelis, segundo o qual, o colapso do sistema de saúde, se não for evitado, pode produzir um colapso também da economia. “O que mata a economia é o vírus, não o fechamento ou lockdown”. 

Azuaite observou que países que decretaram o confinamento estão tendo condições de conter a transmissão da Covid-19 e retomar as atividades do comércio, da indústria e dos serviços. Aos que contestam a efetividade do lockdown, aponta o exemplo da vizinha Araraquara, que conseguiu reduzir o número de mortes e contaminação após a medida restritiva mais radical. 

Os números de São Carlos são preocupantes nesta segunda onda de contágio, sobretudo porque se observa o agravamento da doença e a ocorrência de mortes na população mais jovem. Nesta semana foi registrada a morte de um jovem de 23 anos. 

Ao mesmo tempo, diz, “a forma titubeante com que o governo municipal atua infelizmente não tem surtido o efeito desejado e a cidade, como se nota, registra taxas baixíssimas de isolamento social”. 

No seu modo de entender, a Prefeitura já possui o diagnóstico e as indicações de como proceder para que nos próximos dias a situação da Covid-19 no município não se agrave ainda mais, retardando a futura recuperação das atividades. 

“O lockdown pode reduzir de maneira significativa o volume de casos de covid-19”, reiterou. “Com isso, os custos econômicos de curto prazo seriam compensados por um crescimento mais forte no médio prazo”. 

Azuaite observou que no mês passado um documento elaborado pela Frente Parlamentar de Enfrentamento da Pandemia, criada pela Câmara Municipal, elencou uma série de propostas, que incluíram uma aplicação articulada regionalmente de lockdown intensivo imediato e criação de estratégias de suporte social e econômico aos prejudicados pelas medidas de combate à pandemia; 

“O medo e a incerteza são piores para as atividades econômicas do que o isolamento social”, concluiu. 

Publicado em Política

Mais de 20 tabletes da droga foram encontrados em um fundo falso do painel de um carro

 

SARAPUÍ/SP - A Polícia Militar prendeu, na manhã de quinta-feira (8), um motorista, de 25 anos, que foi flagrado transportando mais de 20 tijolos de crack. A ação foi deflagrada na Rodovia Raposo Tavares, no bairro Floresta, no município de Sarapuí.

Uma equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) do 5º Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRv) estava em patrulhamento próximo ao km 135 da via quando desconfiou de um Ford/Ecosport, com placas do Paraná, e resolveu abordá-lo.

Durante vistoria veicular, foi localizado um fundo falso no painel. Dentro do compartimento secreto, foram encontrados 21 tabletes de crack, totalizando 22 quilos. Além da droga, R$ 1.357 e dois celulares também foram recolhidos para perícia.

O automóvel também foi removido. O condutor foi preso em flagrante e conduzido à delegacia do município, onde foi indiciado por tráfico de drogas.

Publicado em Outras Cidades

Na ação, foram apreendidas 180 porções de entorpecentes entre maconha, cocaína e crack

 

BAURU/SP - A Polícia Civil prendeu quatro homens, entre 19 e 42 anos, por tráfico e associação para o tráfico de drogas, na tarde desta quarta-feira (7), na rua Waldemar Gregório de Moraes, em Bauru, no interior do Estado. Na ação, 180 porções de entorpecentes foram apreendidos.

Os trabalhos foram desempenhados por uma equipe da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic). Durante apurações e trabalho de inteligência, os agentes identificaram um ponto de venda de substâncias ilícitas e descobriram que o gerente do local, responsável pelo abastecimento, guardava parte das drogas em um terreno localizado em frente à sua residência.

Após monitoramento, a equipe policial flagrou quatro suspeitos, incluindo o gerente, no ponto de tráfico e realizaram a abordagem. Com eles foram encontradas 43 porções de cocaína, três de maconha e 77 de crack, além de R$ 80 em espécie. No terreno investigado, por sua vez, foram localizadas mais 56 porções de crack e uma de maconha, além de eppendorfs vazios.

Todo o entorpecente foi apreendido para perícia e o dinheiro recolhido. O grupo foi preso em flagrante e levado à especializada, onde foi indiciado e depois encaminhado à Cadeia Pública.

Publicado em Outras Cidades

IBATÉ/SP - O prefeito José Luiz Parella, acompanhado do secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Dr. Alessandro Rosa, participou na quinta-feira, 08, de uma reunião virtual com a vice-presidente do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), Neiva Aparecida Doretto, para tratar sobre os ajustes finais de instalação do Poupatempo, na cidadede Ibaté.

Durante o encontro, Zé Parrella solicitou à vice-presidente, que seja dado andamento o mais rápido possível para a conclusão da instalação da unidade na cidade. “A população aguarda ansiosamente pela inauguração do Poupatempo, o qual vai facilitar a vida dos ibateenses, que não precisarão mais sair da nossa cidade para utilizarem os serviços oferecidos”, afirmou.

Entre os assuntos, as autoridades trataram sobre a instalação da rede de internet e interligação do sistema que é utilizado pelo Poupatempo; dos totens de autosserviços que vão facilitar ainda mais a vida dos usuários; da contratação de funcionários, a qual será realizada por uma empresa terceirizada contratada pelo próprio Governo do Estado, bem como, sobre a aquisição e instalação dos móveis, equipamentos, divisórias e a comunicação visual interna e externa do prédio.

Neiva Doretto ressaltou que os custos de manutenção da unidade do Poupatempo na cidade são divididos entre Estado e Município. “O governo estadual Estado paga 60% desses custos mensais e o restante é de responsabilidade da prefeitura”, afirmou.

A vice-presidente fez questão de parabenizar a cidade pela conquista. “Fiquei muito feliz quando fiquei sabendo da instalação do Poupatempo na cidade de Ibaté. Quando estive na cidade para visitar o prédio, fui muito bem recebida pelo prefeito Zé Parrella e toda sua equipe e é um prazer saber que a cidade vai receber essa unidade que é de muita importância ao município”, disse a vice-presidente Neiva.

No final do ano passado, opresidente do Detran, Ernesto Mascellani Neto, visitou Ibaté para uma visita técnica ao novo prédio do Detran na cidade. O local possui 438 metros quadrados e está localizado na rua Eduardo Apreia, no Jardim Mariana. A obra que custou mais de R$ 638 mil foi realizada com recursos da própria Prefeitura.

O prefeito lembra que, inicialmente, o prédio iria abrigar a unidade do CIRETRAN, que é órgão do Detran nos municípios do interior. “Porém, quando o pessoal do Detran visitou o prédio, ficaram tão abismados, que sugeririam a instalação da unidade do Poupatempo, com os serviços do CIRETRAN incorporados. Ibaté terá todos os serviços oferecidos pelo Poupatempo. Tudo o que é oferecido nas unidades de Araraquara e de São Carlos, teremos aqui na nossa cidade”, contou.

Além dos atendimentos do Poupatempo e do CIRETRAN –como a emissão de RG, CNH, licenciamento de veículos e outros – a unidade que será instalada em Ibaté também irá oferecer diversos serviços da Prefeitura Municipal, no mesmo lugar. “Todos esses atendimentos serão integrados ao sistema estadual. O objetivo é concentrar todos os serviços prestados à nossa população, oferecendo como didade para todos”, finaliza o prefeito.

Publicado em Ibaté

BRASÍLIA/DF - No dia em que a pandemia de coronavírus registrou mais mortes no Brasil (4.249) o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados evangélicos sofreram duas duras derrotas no Supremo Tribunal Federal. A primeira teve o ministro Luís Roberto Barroso dando aval ao pedido feito por parlamentares da Cidadania para que o Senado instale a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Pandemia e investigue a omissão do Governo Federal no combate à covid-19. Em outra frente, o Supremo impediu a realização de cultos e missas durante as fases mais graves da crise sanitária em São Paulo, como desejava o presidente.

Bolsonaro e representantes de entidades religiosas, com a força da militância digital do bolsonarismo defendiam que era necessário preservar a liberdade de religião, mantendo igrejas em funcionamento independentemente do estágio da pandemia em que o país se encontra. Foram derrotados no plenário do Tribunal por 9 votos a 2. Os ministros entenderam que o decreto estadual que regulamenta o tema não era inconstitucional, mas que ele visava preservar a saúde pública, e não restringir qualquer liberdade individual prevista na Constituição.

Pela terceira vez em um ano, o STF entendeu que não é possível limitar decretos de governantes estaduais que tentam controlar a disseminação do coronavírus. Nesta quinta-feira, os ministros concluíram o julgamento de uma ação que pedia que fosse declarado inconstitucional um decreto assinado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que proibia temporariamente a realização de cultos e missas em templos religiosos nas fases mais agudas da pandemia de covid-19.

Bolsonaro colocou o Advogado Geral da União, André Mendonça, para defender com um forte discurso apelativo que mantivesse as igrejas em funcionamento. Ao longo da semana, ainda concedeu entrevistas dizendo que esperava que a Corte não reconhecesse o decreto de Doria. Mas a derrota foi acachapante, embora não tenha alcançado a unanimidade já vista em outras decisões da corte: 9 a 2. O ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro para a vaga após a aposentadoria de Celso de Mello, usou mais argumentos religiosos do que técnicos para defender a abertura dos templos. José Antonio Dias Toffoli, nem apresentou qualquer justificativa, só disse que seguia o voto de Marques.

Do outro lado, todos os ministros criticaram a política negacionista do Governo e defenderam que o direito à fé não supera o direito à vida. “O Estado não se mete na fé e a fé não se mete no Estado”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes. Em linha semelhante, seguiu o presidente do Supremo, Luiz Fux. “A fé, que é o coração da cura, não é uma fé cega. É uma fé que presta deferência à ciência”. Por fim, orientados pelos ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, os magistrados entenderam que esta decisão deverá ser replicada em instâncias judiciais do restante do Brasil. “Nós todos estamos pedindo um pouco de sossego pelo menos, um sossego jurídico. E esse desassossego permanente tem gerado uma série de complicações, não em relação especificamente só a este tema, mas estou me referindo à questão das competências. O Supremo definiu [as competências] no ano passado”, afirmou a ministra, lembrando da decisão de abril de 2020 que disse que Estados, União e Municípios tinham de agir conjuntamente no combate à pandemia. Bolsonaro e seus seguidores costumam espalhar a desinformação que aquela decisão de 2020 o impediu de agir no controle da pandemia. O que não é verdade. Esse também será um dos focos da atuação da CPI.

 

Seguidas derrotas no STF

Os dois reveses impostos ao bolsonarismo nesta quinta pela Corte soma-se a outro, ainda mais caro ao presidente. O ministro Edson Fachin anulou, no dia 10 de março, as condenações do ex-presidente ao reconhecer que a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela maioria dos casos da Operação Lava Jato, não tinha a competência para julgar os processos de Lula. Dias depois foi a vez dos ministros da Segunda Turma do Supremo voltarem ao pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro, solicitado pela defesa do petista. Por 3 a 2, a Corte legitimou o pedido do ex-presidente, trazendo-o mais perto para o tabuleiro eleitoral de 2022, ao entender que o ex-juiz Sérgio Moro foi parcial eu seu julgamento.

O presidente, agora, vê-se diante de uma investigação que tem potencial de interferir nos rumos políticos da segunda metade de seu mandato. Sem conseguir que o presidente da Câmara e líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), aceite um dos pedidos de impeachment, a CPI será o principal instrumento da oposição para expor as falhas da gestão Bolsonaro na atual crise. “A CPI é essencial para corrigir erros, apontar culpados e colocar o Brasil no rumo certo no combate à pandemia de covid-19”, alegou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Ao lado de seu correligionário Jorge Kajuru (GO), Vieira recorreu ao Supremo para conseguir que o Senado instalasse o colegiado.

Desde fevereiro, 31 senadores tentam abrir a investigação parlamentar. Mesmo tendo conseguido quatro assinaturas a mais que o mínimo necessário para se instalar a comissão, os senadores encontravam uma barreira para a criação dela: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Eleito com o apoio de Bolsonaro, o senador não autorizou a abertura da CPI alegando que ela seria contraproducente no momento atual da pandemia. “A comissão poderá ter o efeito inverso ao desejado, como o de eventualmente gerar desconfiança da população em face das autoridades públicas em todos os níveis, promover reações sociais inesperadas”, justificou Pacheco em ofício encaminhado ao STF.

O ministro Roberto Barroso não reconheceu os argumentos de Pacheco e acatou o requerimento da oposição por entender que todos os requisitos legais para sua abertura foram cumpridos. “Trata-se de garantia que decorre da cláusula do Estado Democrático de Direito e que viabiliza às minorias parlamentares o exercício da oposição democrática. Tanto é assim que o quórum é de um terço dos membros da casa legislativa, e não de maioria. Por esse motivo, a sua efetividade não pode estar condicionada à vontade parlamentar predominante”, afirmou Barroso na decisão.

No fim do dia, o senador Rodrigo Pacheco afirmou que cumprirá a decisão judicial, mas destacou que, na sua avaliação, a CPI no momento atual seria um “ponto fora da curva”. “Ela pode ser o coroamento do insucesso nacional no enfrentamento da pandemia. Como se pretende apurar o passado se não conseguimos defender o nosso presente e o nosso futuro com ações concretas?”, indagou. Ele ainda se queixou do caráter eleitoral que a comissão terá. “A CPI poderá, sim, ter um papel de antecipação de discussão política eleitoral de 2022, de palanque político, que, absolutamente, é inapropriado para esse momento da nação”.

Como a decisão de Barroso foi dada em uma liminar, ela ainda deve ser analisada pelo plenário do STF a partir do dia 16 de abril. Os votos serão virtuais, nos quais cada ministro deposita seu entendimento no sistema interno e, quando todos forem computados, é feito o cálculo e o anúncio da tese vencedora. Antes, porém, o Senado já deve iniciar o processo de instalação. Pacheco se comprometeu a iniciar a criação da comissão na primeira sessão da próxima semana, que deve ocorrer no dia 12.

 

 

*Por: Afonso Benites / EL PAÍS

Publicado em Política

IRLANDA DO NORTE - Confrontos entre manifestantes, a maioria jovens, e forças policiais voltaram a ocorrer na noite de quinta-feira (08/04) na Irlanda do Norte, agitada desde há uma semana pela violência como não se via havia anos.

Pedras e cocktails molotov foram lançados sobre forças policiais em Belfast, capital da Irlanda do Norte, para onde foram deslocadas tropes de choque. As forças de segurança responderam com jatos de água e ameçaram com balas de plástico, um procedimento criticado por grupos de direitos humanos.

Antes, durante o dia, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o premiê irlandês, Michael Martin, apelaram à calma após as violências "inaceitáveis" registradas nos últimos dias na Irlanda do Norte. Esta foi a sétima noite seguida de violência.

Em Washington, a Casa Branca também manifestou inquietação face aos distúrbios na Irlanda do Norte e apelou à calma. A Comissão Europeia também já condenou "nos termos mais fortes possíveis" os distúrbios que ocorreram nos últimos dias, apelando a que os envolvidos para se abstenham imediatamente de atos de violência.

Também o governo da Irlanda do Norte, formado por unionistas leais ao governo britânico e republicanos favoráveis à unificação com a República da Irlanda, condenou a violência como "inaceitável e injustificável".

Segundo a polícia, os confrontos dos últimos dias na Irlanda do Norte provocaram 55 feridos entre os policiais.

Na quarta-feira à noite, durante uma manifestação, alguns participantes atacaram a polícia com bombas feitas com gasolina na área protestante de Shankill Road, enquanto outros atiravam objetos em ambas as direções sobre o chamado muro da paz, que separa Shankill Road de uma área nacionalista irlandesa vizinha.

As manifestações de violência na quarta-feira à noite seguiram-se aos distúrbios ocorridos durante o fim de semana da Páscoa em áreas dentro e ao redor de Belfast e Londonderry, com carros incendiados e ataques contra polícias.

As autoridades acusaram grupos paramilitares ilegais de incitar os jovens a causar confusão. A maioria dos manifestantes são jovens, entre eles menores de idade. Embora não haja sinais de que algum grupo esteja por trás dos confrontos, a violência está concentrada em áreas onde gangues criminosas ligadas a paramilitares unionistas têm grande influência.

Pandemia e Brexit

Entre os motivos apontados para os confrontos está a decisão da polícia de não punir a participação no funeral de Bob Storey, um líder do antigo grupo terrorista IRA, que reuniu cerca de 2 mil pessoas em junho passado, em plena pandemia e contra as restrições em vigor, incluindo dirigentes do partido republicano Sinn Féin, associados aos católicos.

Mas a violência recente, em grande parte em áreas pró-britânicas, também aumentou devido a tensões crescentes sobre as regras comerciais pós-Brexit para a Irlanda do Norte e deteriorou as relações entre os partidos no governo de Belfast, compartilhado entre católicos e protestantes.

O novo acordo comercial entre Londres e o bloco comunitário impôs, na prática, controles aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.

O acordo foi elaborado para evitar controles na fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, um membro da União Europeia, uma vez que uma fronteira irlandesa aberta ajudou a sustentar o processo de paz construído pelo Acordo de Sexta-Feira Santa em 1998, que encerrou três décadas de violência, com mais de 3 mil mortes.

Mas os unionistas têm argumentado que esses novos controles equivalem a uma nova fronteira no mar da Irlanda entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, defendendo o abandono do acordo.

 

 

as (Lusa, AFP)

*dw.com

Publicado em Política

VATICANO - O Papa Francisco disse aos líderes das finanças do mundo que os países pobres atingidos pelo impacto econômico da pandemia de covid-19 precisam ter reduzidos os fardos de suas dívidas e receber uma voz maior na tomada global de decisões.

Em carta aos participantes do encontro anual de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o papa disse que a pandemia forçou o mundo a lidar com as crises inter-relacionadas nas áreas sócio-econômica, ecológica e política.

"A noção de recuperação não pode se contentar com o retorno a um modelo desigual e insustentável da vida social e econômica, onde uma minúscula minoria da população mundial detém metade da riqueza", disse o pontífice na carta, datada de 4 de abril.

Ele disse que um espírito de solidariedade global "exige, no mínimo, uma redução significativa do fardo da dívida das nações mais pobres, que foi exacerbada pela pandemia".

 

 

*Por Gavin Jones - Repórter da Reuters

Publicado em Economia

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